RESENHA. Texto não é um aglomerado de frases. Todo texto contém um pronunciamento dentro de um...

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RESENHA

• Texto não é um aglomerado de frases.

• Todo texto contém um pronunciamento dentro de um debate de escala ampla.

• Nenhum texto é peça isolada, nem a manifestação da individualidade de quem o produziu.

• Uma boa leitura nunca pode basear-se em fragmentos isolados do texto, já que o significado das partes sempre é determinado pelo contexto dentro do qual se encaixam.

Uma boa leitura nunca pode deixar de apreender o pronunciamento contido por trás do texto, já que sempre se produz um texto para marcar posição frente a uma questão qualquer.

Com muita frequência um texto retoma

passagens do outro. Quando um texto de caráter científico cita outros textos, isso é

feito de maneira explícita. Já no texto literário, a citação de

outros textos é implícita.

A citação de um texto por outro, a

esse diálogo entre textos dá-se o nome de

intertextualidade.

A percepção das relações intertextuais, das referências de um texto a outro,

dependedo repertório do leitor, do seu acervo

de conhecimentos literários e de outras manifestações culturais.

Daí a importância da leitura, principalmente daquelas obras que

constituem as grandes fontes da literatura

universal. Quanto mais se lê, mais se amplia a

competência para apreender o diálogo que os textos travam entre si por meio de referências,

citações e alusões.

Intertextualidade

Um texto cita outro com, basicamente, duas finalidades distintas:

a) Reafirmar alguns dos sentidos do texto citado;

b) Inverter, contestar e deformar alguns sentidos do texto citado; para polizar com ele.

Tipos de intertextualidade • Pode-se destacar sete tipos de intertextualidade:• Epígrafe - constitui uma escrita introdutória a outra. • Citação - é uma transcrição do texto alheio, marcada por

aspas. • Paráfrase - é a reprodução do texto do outro com a

palavra do autor. Ela não se confunde com o plágio, pois o autor deixa claro sua intenção e a fonte.

• Paródia - é uma forma de apropriação que, em lugar de endossar o modelo retomado, rompe com ele, sutil ou abertamente. Ela perverte o texto anterior, visando à ironia,ou à crítica

• Pastiche - uma recorrência a um gênero. • Tradução - a tradução está no campo da

intertextualidade porque implica na recriação de um texto.

• Referência e alusão

• A Lição de Anatomia do Dr. Tulp (neerlandês: De Anatomische les van Dr. Nicolaes Tulp) é uma pintura a óleo sobre tela de Rembrandt, pintada em 1632. É uma de suas obras mais famosas e revolucionárias.

• A obra retrata uma aula de anatomia do doutor Nicolaes Tulp. O corpo que aparece no quadro é de um marginal que havia sido condenado à morte por assalto a mão armada no dia anterior à lição. Lições de anatomia realmente existiam e aconteciam em anfiteatros,dadas por doutores anatomistas.

• A Liberdade Guiando o Povo (em francês: La Liberté guidant le peuple) é uma pintura de Eugène Delacroix em comemoração à Revolução de Julho de 1830, com a queda de Carlos X.[1] Uma mulher representando a Liberdade guia o povo por cima dos corpos dos derrotados, levando a bandeira tricolor da Revolução francesa em uma mão e brandindo um mosquete com baioneta na outra.[1]

Vídeo Intertextualidade

Todo texto assimila as ideias da

sociedade e da época em que foi produzido.

As ideias produzidas num determinado tempo, numa dada época estão presentes no texto. No entanto, uma sociedade não

produz uma única forma de ver a realidade. Como ela é dividida pelos interesses

antagônicos dos diferentes grupos sociais, produz ideias contrárias entre si.

A mesma sociedade que gera ideias racistas produz ideias anti-racistas. Por isso

constroem-se nessa sociedade textos que fazem pronunciamentos antagônicos com relação aos mesmos dados da realidade.

Para entender com mais eficácia o sentido de um texto, é preciso verificar

as concepções correntes na época e na sociedade

em que foi produzido, pois as ideias de uma época estão presentes

nos significados dos textos.

Cabe lembrar ainda que as ideias de uma época são veiculadas por textos, uma vez que não existem ideias puras, ou seja, não transmitidas linguisticamente. Assim, analisar as ideias presentes num texto é estudar o diálogo entre textos, em que um assimila ou registra as ideias presentes nos outros.     

A partir de dados mais concretos na superfície, pode-se chegar à

compreensão de significados mais abstratos, que dão unidade e organização

ao texto.

O texto admite 3 planos em sua

estrutura:

1. Estrutura superficial: significados concretos e diversificados (narrador, ação, personagem, cenários...)

2. Estrutura intermediária: valores dos diferentes personagens (acordo, desacordo)

3. Estrutura profunda: significados mais abstratos e mais simples (compreensão)

Os três níveis correspondem:

a) superficial = estrutura discursiva

b) intermediário = estrutura da narrativa

c) profundo = estrutura profunda

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