RESÍDUOS QUÍMICOS: IMPACTO NA SAÚDE E NO MEIO AMBIENTE Profª. Drª. Carmem Dickow Cardoso CEPARC...

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RESÍDUOS QUÍMICOS:IMPACTO NA SAÚDE E NO MEIO AMBIENTE

Profª. Drª. Carmem Dickow Cardoso

CEPARC

carmem.dickow@gmail.com

ceparc.ufsm@yahoo.com.br

Universidade Federal de Santa Maria – UFSM/RSDepartamento de Química - CCNE

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QUALIDADE DE VIDA

Organização Mundial da Saúde

Condições físicas

Condições psicológicas

Nível de independência

Nível de relações sociais

Meio ambiente

Aspectos religiosos

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– Indústria– Hospitais/farmacêutica– Agrotóxicos– Queima de combustíveis– Mineração– Instituições de ensino e pesquisa– NOSSA CASA

Fontes geradoras de resíduos químicos

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Grande volume de efluentes tóxicos

Ações governamentais:

- aprimorar os processos;

- Minimizar os efeitos tóxicos.

Resíduos Químico- Farmacêuticos

Resíduos industriais

Fármacos residuais em águas superficiais:

indicativo de contaminação por esgotos das ETEs.

Grandes geradores: indústrias quím-farmaceut.

Pequenos geradores: instituições de ensino e pesquisa

Micro-geradores: residências e fazendas pecuárias

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Problemas de saúde:

Irritação nos olhos

Problemas respiratórios

COMBUSTÍVEIS ALTERNATIVOS

Mineração

Queima de combustíveis

Fármacos residuais em águas superficiais:

indicativo de contaminação por esgotos

das ETEs.

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Agrotóxicos

8,5 milhões km2

Grande Potencial para a

AGROPECUÁRIAAGROPECUÁRIA

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PESTICIDASPESTICIDAS

Emprego Excessivo

RESÍDUOSRESÍDUOS

TOXICIDADETOXICIDADE 3 milhões de intoxicações agudas 220.000 MORTES/ANO (MUNDO)

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• Laboratórios de graduação e de pesquisa em química e áreas afins

• Hospitais

• Artes plásticas

• Resíduos químicos, biológicos e radioativos

Instituições de Ensino e Pesquisa

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– Biológico – contaminação;

– Físico – chamas, temperaturas elevadas, ruídos, entre outros;

– Acidente – vidraria, eletricidade;

– Ergonômico – fadiga física e mental, dores em geral, irritabilidade;

– Químico - compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, através da pele ou por ingestão.

Riscos a que estamos expostos

Até 2003 – 86 Cursos de Química no Brasil (Química Nova, 28, 2005).

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CAUSAS ATUAISCAUSAS ATUAIS % em 1990 % em 1990 % %

em 2000em 2000TabacoTabaco 1919 18,118,1Dieta pobre / SedentarismoDieta pobre / Sedentarismo 1414 16,616,6ÁlcoolÁlcool 5 5 3,5 3,5Agentes MicrobiológicosAgentes Microbiológicos 4 4 3,1 3,1Agentes Químicos TóxicosAgentes Químicos Tóxicos 3 3 2,3 2,3Veículos AutomotivosVeículos Automotivos 1 1 1,8 1,8Armas de FogoArmas de Fogo 2 2 1,2 1,2Comportamento SexualComportamento Sexual 1 1 0,8 0,8Uso de Drogas IlícitasUso de Drogas Ilícitas <1<1 0,7___0,7___TotalTotal 50 50 48,248,2

CAUSAS DE MORTE NOS U.S.A.

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Intoxicação aguda

Intoxicação crônica

Afastamento temporário

Afastamento definitivo

Incapacidade

Morte

Risco químico

Toxicidade

Causticidade

Inflamabilidade

Explosão

Incompatibilidade

Produtos de reação

Incêndios

LABORATÓRIOS DE QUÍMICA(Ensino e Pesquisa) – NOSSA REALIDADE

restante da população e meio ambiente

aluno, funcionário e professor

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– Reações na chama;

– Reações com produção de gases;

– Reações em solução aquosa – metais pesados, ácidos, bases;

- Preparo de soluções (sobras de reagentes);

- Solventes orgânicos / reações orgânicas;

- Frascos de reagentes líquidos ou sólidos (lavagem antes do descarte)

Fontes de geração de resíduos em um laboratório químico

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• Planejamento das atividades;

• Tempo disponível para a execução do experimento;

• Avaliação das condições do laboratório

• Normas de segurança

• Treinamento de segurança

Organizando o trabalho

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Algumas Normas de Segurança

• Quando da realização de atividades de elevado risco, os demais membros do laboratório e os vizinhos devem ser notificados;

• uso de luvas e capela com exaustão para descarte e pré-lavagem de recipientes com produtos químicos.;

• evitar acúmulo de recipientes, contendo ou não produtos químicos, em bancadas, pias e capelas;

• manter a menor quantidade possível de produtos químicos nos laboratórios;

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-(Unicamp-IQ) É proibido o uso de mistura sulfocrômica

em todos os laboratórios de Ensino e Pesquisa do Instituto;

A solução pode ser substituida pela solução sulfonítrica (1 a 2 partes de ácido sulfúrico para 3 partes de ácido nítrico) para efetuar limpeza de vidraria .

A presença do Cromo VI na solução é comprovadamente cancerígeno em

humanos e acumulativo no meio ambiente. O uso é prejudicial no ambiente

de trabalho e para o ecossistema.

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Rotulagem de recipientes – Diagrama de Hommel

Riscos à Saúde4 - Letal3 - Muito Perigoso2 - Perigoso1 - Risco Leve0 - Material Normal

Reatividade 4 - Pode explodir3 - Pode explodir com choque mecânico ou calor2 - Reação química violenta1 - Instável se aquecido0 - Estável

Inflamabilidade 4 - Abaixo de 23ºC3 - Abaixo de 38ºC2 - Abaixo de 93ºC1 - Acima de 93ºC0 - Não queima

Riscos EspecíficosOX - OxidanteACID - ÁcidoALK - Álcali (Base)COR - CorrosivoW - Não misture com água

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PRODUTO QUÍMICO

Produto Principal

Produtos Secundários

Usuário:

Procedência:

Data:

Exemplo de rótulo

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- Limpezaantes, durante e depoismaterial absorventecaixa de areia

Uso geral:

Box em resinas de alta resistência;

Tampos em cerâmica anti-ácida

Bordas frontais para contenção de líquidos derramados

Janela tipo guilhotina de vidro resistente

Compostos orgânicos:

Box em resinas de alta resistência

Tampos em aço inoxidável

Bordas frontais

Ácido perclórico:

Box de aço inoxidável

Sistema de lavagem com água

Bordas frontais

- Sistema de exaustão

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EPI – Equipamentos de Proteção Individual

Norma Regulamentadora para Equipamentos de Proteção Individual

http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentaDORAS/Default.asp

Nossa realidade: EPIs determinados por cada laboratório

-Avental

-Óculos de proteção

-Luvas

-Máscara para gases

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EPC – Equipamentos de Proteção Coletiva

Chuveiro e lava-olhosFluxo de água abundante e de baixa pressãoManuntençãoBem identificado e de fácil acesso

Caixa de Primeiros Socorros

Cobertor antifogo

Extintores

Tipo de incêndio Material combustível Tipo de extintor

A Papel, madeira, tecido. Água, CO2, pó químico seco

B Líquidos inflamáveis Pó químico seco, CO2

C Equipamentos elétricos CO2, pó químico seco

D Metais inflamáveis Pó químico especial

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TREINAMENTO COM BOMBEIROS – Curso de Farmácia da UCPel

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Gases comprimidos

Riscos:-Difusão do gás no ambiente;

-Efeito anestésico ou asfixiante nos usuários, em caso de escape;

-Formação de misturas explosivas;

-Incêndios de grandes proporções.

Cuidados com:-Recebimento do cilindro;

-Teste de vazamento;

-Armazenagem;

-Manuseio;

-Válvula;

-Movimentação.

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O laboratório não é almoxarifado.

O estoque no laboratório deve se resumir a quantidade aproximada para uso.

Estocagem de substâncias químicas

Cuidados especiais:Abrigo da luz;Protegido da umidade;Ambiente climatizado;Incompatibilidade de substâncias;

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No Brasil, a simbologia de risco está normatizada pela ABNT,

NBR 7.500, e é a mesma adotada pela ONU em convenção

internacional da qual o país é signatário.

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almoxarifado

Área para

substâncias

químicas

Área para

cilindro de gás

Área para

inflamáveis

Área restrita para

substâncias

perigosas

Cilindro cheio

Cilindro vazio

Área

climatizada

Área para

rejeitos

SITUAÇÃO IDEAL DE ESTOCAGEM

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Classificação NBR 10.004 para resíduos químicos perigosos

Pelas suas características de:

Inflamabilidade;

Reatividade;

Corrosividade;

Toxicidade;

Podem apresentar risco à saúde pública, provocando ou contribuindo

para um aumento de mortalidade ou incidência de doenças e/ou efeitos

adversos ao meio ambiente, quando manuseados ou dispostos de

forma perigosa.

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Gerenciamento de Resíduos

• Política dos “3 Rs”:

Reduzir

Reutilizar

Reciclar

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Três conceitos importantes

• 1º - gerenciar resíduos não é sinônimo de “geração zero de resíduos”.

• 2º - só se pode gerenciar aquilo que se conhece.

• 3º - o gerador do resíduo é o responsável pelo mesmo.

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Operacionalização do gerenciamento

• Apoio institucional ao PRGR;

• O lado humano x tecnologia e lucros;

• Divulgação de metas;

• Reavaliação constante.

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Operacionalização do gerenciamento

• Compromisso da Unidade Geradora em manter o PRGR;

• Inventário do passivo existente no local;

• Inventário do ativo gerado na rotina.

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Inventário do passivo

• Identificar QUALITATIVA e QUANTITATIVAMENTE a maior quantidade possível dos resíduos químicos estocados.

Armários em geral;

Espaços disponíveis sob as pias;

Geladeiras e congeladores;

Mais fácil em laboratórios de rotina do que em

laboratórios de pesquisa.

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Problemas encontrados

• Complexa caracterização devido a atividades de ensino e pesquisa;

• Ausência total de rótulos ou outro indicativo do produto;

• Rótulos deteriorados pelo tempo;

• Misturas complexas incluindo mais de uma fase.

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Caracterização preliminar de resíduos químicos não-identificados

Fonte: Gerenciamento de Resíduos Químicos, Wilson F. Jardim, LQA – Unicamp.

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Segunda etapa de caracterização

• Ácidos• Bases• Orgânicos• Inorgânicos• Sólidos• Líquidos• Gasosos• Oxidantes

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Reaproveitamento, estocagem e disposição final

• Pesquisa criteriosa

tipo de resíduo

periculosidade

custos

• Minimização do passivo

3 Rsbanco de resíduos

(http://www.bancossociaisrs.org.br/bancoderesiduos/)

recuperação

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Inventário do ativo

É o principal foco do PRGR.

Após inventário inicial:

Diminuir a quantidade do ativo;

Eliminar, na medida do possível, resíduos considerados tóxicos

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Tomadas de atitudes de acordo com as prioridades

• Otimizar a rotina de trabalho;

• Minimizar a proporção de resíduos perigosos;

• Separar os resíduos de modo a viabilizar economicamente a atividade

gerenciadora;

• Reuso interno ou transferência de resíduos;

• Reciclagem;

• Resíduo disponibilizado na sua forma mais passível de tratamento;

• Dispor o resíduo de maneira segura.

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Departamento de Química - UFSM

Início: 1997• Prof. Edegar Ozorio da Silva• Profª. Berenice W. Roth • Prof ª. Marta Tochetto

Inventário do

ativo

Resíduos líquidos

Resíduos sólidos

CETREL - PoA

Aterro sanitário - Gravataí

RTM

RTM

http://www.cetrel.com.br

http://www.rtmambiental.com.br

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Centro de Pesquisa e Análise de Resíduos e Contaminantes

Segurança Alimentar e Qualidade Ambiental

O CEPARC faz parte do Departamento de Química e do Centro de Ciências

Naturais e Exatas da Universidade Federal de Santa Maria.

Coordenadora: Profa. Dra. Ionara R. Pizzutti

Vice-coordenadora: Profa. Dra. Carmem D. Cardoso

Desenvolvimento de métodos multi-resíduos por LC-MS/MS e GC-MS/MS, para análise de resíduos de pesticidas e micotoxinas em

diversos tipos de amostras.

Prestamos serviços para produtores rurais, cooperativas, companhias e indústrias de exportação,

órgãos de fiscalização.

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• Prof ª. Dra. Ionara R. Pizzutti (Químico Analítico)• Prof ª. Dra. Carmem D. Cardoso (Químico Analítico)• Doutoranda Rosselei C. da Silva (Farmacêutica) • M.Sc. Catiucia Vareli (Farmacêutica)• Mestranda Bárbara Noronha (Químico)• Mestrando Jefferson Soares (Químico)• Bárbara Reichert (Farmacêutica)• Graciele N. Rohers (Químico)• Wagner Azambuja (Químico Industrial)• Cristiano Spiazzi (Químico Industrial)• Laís Righi (graduanda em Química e Farmácia)• Darliana Mello de Souza (graduanda em Química)• Melissa Budke Rodrigues(graduanda em Química)• Jonatan V. Dias (graduando em Química)•Jaqueline Reichert (graduanda em Química)

Equipe do Equipe do CEPARCCEPARC

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Bibliografia sobre o assunto- ABNT. NBR 7500 - Símbolos de risco e manuseio para o transporte e armazenamento de

materiais.

- ABNT. NBR 10004 - Resíduos sólidos. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Normas

Técnicas, 1987.

- BRASIL. Normas regulamentadoras do segurança e saúde no trabalho. www.mtb.gov.br

-NATIONAL INSTITUTE FOR OCCUPATIONAL SAFETY AND HEATH.

www.cdc.gov/niosh/database.html

- QUÍMICA NOVA, Laboratórios de Resíduos Químicos do Campus USP-Sào carlos –

Resultados da Experiência Pioneira em Gestão e Gerenciamento de Resíduos Quimicos em

um Campus Universitário, 26 (2), 2003.

- QUÍMICA NOVA, Relato de uma experiência: recuperação e cadastramento de resíduos dos

laboratórios de graduação do Instituto de Química da UFRGS, 24 (3), 2001.

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M U I T O O B R I G A D A

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