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Restauração de ecossistemas: técnicas e
experiências
M.Sc. Maria Otávia Silva CrepaldiCoordenadora da Comissão de Recuperação de
Ecossistemas CORE/GRN/IEMA
2010
Recuperação: reabilitação ou restauração?
• Reabilitação: Técnica utilizada para recuperar pelo menos algumas das funções do ecossistema (Primack & Rodrigues, 2001). Exemplo: conservação do solo
• Restauração: Restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre degradada o mais próximo possível da sua condição original (SNUC 2000).
Ou seja, restabelecer as condições mais próximas daquelas originais do ambiente
Fases históricas da restauração
• Fase 1: plantio de árvores sem critérios ecológicos para a escolha das espécies (invasoras);
• Fase 2: plantio de árvores nativas brasileira com baixa diversidade florística. Inserção da sucessão florestal;
• Fase 3: incorporação do conceito de distribuição espacial das mudas no campo e utilização de alta diversidade de nativas regionais;
• Fase 4: restauração dos processos ecológicos que constroem uma floresta sem visar um climax único (fase atual).
“Ao invés de tentar reproduzir a estrutura de uma comunidade madura, a ênfase agora é restaurar processos que levem à construção de uma comunidade funcional, na qual a florística e a estrutura dessa comunidade surge da interação entre as ações implementadas e os processos de migração e seleção de espécies que irão se desenvolver no local em restauração (Gandolfi & Rodrigues, 2007)”
Conceito atual
Sucessão ecológica
Clímax múltiplos
Vantagens
• Incremento da diversidade de espécies e de formas de vida;
• Incremento diversidade genética; • Restabelecimento da sucessão ecológica,
de grupos funcionais de espécies nativas regionais e dos demais processos ecológicos mantenedores dos ecossistemas naturais;
• Isolamento dos fatores de degradação e• Eliminação de espécies exóticas
invasoras.
Aspectos Básicos
• Diagnóstico da área em restauração; • Histórico local e fatores de degradação;• Diagnóstico do entorno imediato
(principais fontes de diásporos, potencial de conectividade);
• Planejamento da restauração – escolha da melhor técnica a ser utilizada;
• Previsão de manutenções!
Técnicas de restauração
Condução da regeneração natural • Indicada para áreas com menor grau de
perturbação: processos ecológicos não estão ausentes - banco de sementes, banco de plântulas, chuva de sementes e rebrota;
• Importância de organismos dispersores como as aves;
• Isolar a área e manejar.
RESTAURAÇÃO DA DIVERSIDADE E DE
PROCESSOS ECOLÓGICOS
Acompanhamento, condução e promoção de processos naturais
Técnicas de nucleação
Transposição de chuva de
sementes
Transposição de plântulas
Transposição de
serrapilheira
Condução da regeneração
natural
Técnicas de restauração
Nucleação
• Baixo custo: implantar poleiros ou“ilhas diversidade” – arvores isoladas ou em grupos – de espécies que atraem animais, em especial os frugívoros.
• Transporte de galharia, solos e serrapilheira de fragmentos proximos conservados.
• Processo mais lento.
• Número de poleiros por hectare: 3 a 5 poleiros/ha• Número total de núcleos por hectare: 10 núcleos/ha• Controle de gramíneas: roçada manual por 3 anos
Técnicas de restauração
Plantio por sementes (semeadura direta)
• Áreas de difícil acesso, onde qualquer intervenção no solo pode ser problemática;
• Baixo custo;• Baixa eficiência: recrutamento de apenas
10% a 15% do total semeado. Germinação acima de 60% do total semeado quando recobertas por fina camada de solo,
• Indução espécies pioneiras e enriquecimento de espécies não pioneiras.
• Fotos semeadura palestra lerf
Técnicas de restauração
Enriquecimento
• Baixa diversidade limita a sustentabilidade de fragmentos;
• Reintroduzir em remanescentes degradados de floresta, sob as copas das arvores, espécies que foram extintas ou estão em risco de extinção;
• Implantação sem definir alinhamentos nem espaçamentos.
Técnicas de restauração
Adensamento
• Presença de indivíduos espaçados que não conseguem recobrir o solo nem garantir o processo de regeneração natural;
• Preencher espaços entre indivíduos remanescentes com o plantio de espécies iniciais.
Técnicas de restauração
Plantio total
• Preenchimento e Diversidade: conceitos funcionais;
• Preenchimento: rápido crescimento e boa cobertura;
• Diversidade: todas as demais.
•Espaçamento: 3 x 2m •Número total de mudas por hectare: 1667 mudas/ha + 20% replantio•Leguminosas arbustivas: 10kg/ha•Controle de gramíneas: roçada manual por 2 anos
Modelos de plantio
• Espaçamento 3 X 2: sugerido pelo Pacto para Restauraçao da Mata Atlântica;
• Proporciona espaço suficiente pra se obter o crescimento máximo com melhor qualidade e menor custo;
• Arranjo: considerar a forma com que as espécies ocorrem naturalmente;
• Espécies de preenchimento propiciem, na fase inicial, um sombreamento para as de diversidade. Ex: quincôncio e regular.
Modelo operacional?
Procedimentos de manutenção
• Evitar competição e densidade das invasoras e/ou oportunistas;
• Roçada manual seletiva, o controle de formigas cortadeiras, o coroamento e a capina manual ou química seletiva;
• Até que se verifique auto-sustentação (retorno de elementos da fauna e recrutamento de indivíduos arbóreos).
Manutenção
• Procedimento caro;
• Grande falha da maioria dos projetos;
• Falta de conhecimento de auto-sustentação a longo prazo;
• Estagnação da sucessão?
• Adaptação dos padrões de florestas plantadas?
Instrução Normativa IEMA nº 17/2006
“Institui Termo de Referência com o objetivo de estabelecer critérios técnicos básicos e oferecer orientação para elaboração de Planos de Recuperação de Áreas Degradadas PRAD, visando a restauração de ecossistemas”.
• Detalhes sobre diagnóstico da área, recomposição topográfica, manejo do solo e da vegetação, seleção de espécies, manutenção e monitoramento.
Reabilitação
Restauração ecológica
no ES
Município Executor Área total
(ha) N° de Mudas
Af. Cláudio INCAPER 11,46 0
Alegre - PECF VALE 32,00 33.000
Boa Esperança VALE 52,00 56.000
Boa Esperança INCAPER 35,31 0
Brejetuba Proprietário 38,91 44.100
Corredor Saíra INCAPER 7,90 0
C. da Barra - PEI IEMA 33,80 5.000
C. do Castelo INCAPER 3,00 0
C. do Itapemirim INCAPER 18,39 0
C. do Itapemirim VALE 39,70 13.900
Castelo - PEFG VALE 20,89 0
D. Martins Proprietário 0,95 1.213
Guarapari - APA de Setiba VALE 6,78 5.000
Guarapari - PEPCV IEMA 4,00 4.000
Jaguaré Proprietário 178,86 220.174
Linhares VALE 39,00 45.000
Nova Venécia INCAPER 17,22 0
Pinheiros VALE 95,00 40.100
Santa Maria de Jetibá VALE 25,77 19
São Mateus Proprietário 52,94 65.054
São Mateus INCAPER 31,09 0
Vila Valério INCAPER 17,88 0
TOTAL 762,85 532.560
Urochloa sp.)
Phyllostachys sp.
Extensão Ambiental
Grata pela atenção!CORE- (27) 3136-3437Maria Otávia S. Crepaldi •mcrepaldi@iema.es.gov.br ou core@iema.es.gov.br
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