Rolagem Automática Terezinha de Jesus, com sapatinho branco e anel de vidro, foi no Itororó...

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Rolagem Automática

Terezinha de Jesus,com sapatinho brancoe anel de vidro,foi no Itororó cirandar.

Ciranda, cirandinha,vamos todos cirandar.

Brincava e rodava, ora com o cravo, ora com a rosa,até que por ciúme:

o cravo brigou com a rosae a rosa pôs-se a chorar.

Terezinha de Jesusdeu uma queda, foi ao chão,acabou sem cavalheiroe sem anel na mão.

Na brincadeira de roda a vida,o terceiro foi aqueleque Tereza não deu a mão.Vida de cavalheiroé regida pelo tempo,que sempre e no seu ritmo,toca, dança, roda e canta:

passa, passa gavião,todo mundo passa.

Foi o mesmo Sr. Tempo,Rei dos reis e do mar,que, do terceiro cavalheiro,a barca não esqueceu de virar.

Nunca mais com Terezinha,de ciranda poderá brincar,para sempre com a Mulher-Rainha,eternamente, nos braços de Iemanjá.

Violão e Voz: Jorge Costa FilhoComposição: J. Coêlho

Fotos Internet Sites: colinaemfamília.blogspot.com;picasaweb.google.com; brasiloeste.com.br; asspaulo.8m.com; cptmg.org.br.

A seguir o texto “Rei dos Reis” desenvolve um pouco mais o tema que gerou a composição “Roda de Cantigas”

Se for de interesse é só CLICAR e continuar clicando.

A única certeza que temos na vida é a da morte.

A nossa existência tem a duração exata dos dias entre o nascimento e a morte. Para a grande maioria que acredita na reencarnação, é bom que esclareçamos que estamos falando da vida física e de cada encarnação.

Se utilizarmos a terminologia dos matemáticos, nossas vidas seriam a integral dos nossos minutos. Ou seja, nossas vidas representam a maneira como vivemos o tempo entre o nosso nascimento e nossa morte.

Aos que entendem dessa forma, o tempo é o fator mais importante de nossas vidas. Matar o tempo, nunca. Viver o tempo, sempre.

Sentar na máquina do tempo e mergulhar no passado é escutar os doces refrões da infância, é reviver e suprir nossas reservas de afetividade e ternura.

Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar, vamos dar não só meia volta, mas a volta inteira e por cima.

Devemos viver a vida, segundos diante da eternidade, como brincadeira de roda, cheios de prazer e de alegria.

Vamos trabalhar, estudar, dormir, brincar, amar, dançar, cantar, escrever, lutar e sonhar com muito prazer.

Devemos fazê-lo, pois o Sr.Tempo, Rei dos reis, nos dá uma única oportunidade. Não adianta o “rema-rema” nosso de cada dia, pois a barca vai virar e não tem como impedirmos as ondas naturais, que irão arrebatá-la.

Só levaremos a vida que levamos.

“Roda de Cantigas” são refrões do passado, que alimentam o presente e avisam sobre o limite do futuro.

Texto e Formatação: J. Coêlho

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