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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
MARIA APARECIDA PERINA
A LEITURA COMO PROCESSO DE ENRIQUECIMENTO PESSOAL, SOCIAL E CULTURAL.
MARINGÁ
2012
MARIA APARECIDA PERINA
A LEITURA COMO PROCESSO DE ENRIQUECIMENTO PESSOAL, SOCIAL E CULTURAL.
Projeto apresentado à Coordenação do Programa de
Desenvolvimento Educacional – PDE, da Secretaria de Estado
da Educação do Paraná, em convênio com a Universidade
Estadual de Maringá, como requisito para o desenvolvimento
das atividades propostas para o período de 2012/2013. Sob a
orientação da Professora Luciane Braz Perez Mincoff.
MARINGÁ
2012
2
SUMÁRIO
Apresentação....................................................................................................... 05
1. Orientações Teóricas para o Professor............................................................ 06
2. Objetivos deste trabalho ................................................................................. 11
2.1 Objetivo Geral................................................................................................ 11
2.2 Objetivos Específicos.................................................................................... 11
3. Orientações Metodológicas para o Professor.................................................. 12
4. Conheça cada um dos módulos que compões este trabalho.......................... 13
4.1. Questionário................................................................................................. 13
4.2 Poema – O açúcar......................................................................................... 14
4.2.1 Poema - Meu Povo meu poema................................................................ 14
4.3 Revisão de conteúdo..................................................................................... 15
4.4 Atividades...................................................................................................... 15
4.5 Conhecendo o poema................................................................................... 15
4.6 Poemas Trabalhados..................................................................................... 15
5. Apresentação de Estudos: Poemas e autores de diferentes épocas.............. 17
5.1 Poema – Cidadezinha................................................................................... 17
5.2 Retomada de Conteúdo................................................................................. 18
5.3 Atividades...................................................................................................... 18
5.4 Conhecendo os poetas.................................................................................. 19
5.5 Poema – O Bicho........................................................................................... 22
5.6 Filme – Ilha das Flores.................................................................................. 22
5.7 Atividades ..................................................................................................... 22
5.8 Poesia – Retrato............................................................................................ 22
5.9 Conhecendo a poetisa .................................................................................. 23
5.10 Conhecendo a poetisa e o poeta................................................................. 24
6. Observação dos textos trabalhados na Unidade............................................. 25
6.1 Diferenciação entre poema e poesia............................................................. 25
6.2 Divisão em grupos......................................................................................... 25
3
6.3 Visita ao Aterro Sanitário .............................................................................. 25
6.4 Atividades...................................................................................................... 26
6.5 Montagem de Mural....................................................................................... 27
6.6 Produção Textual Coletiva............................................................................. 27
6.7 Apresentação dos Trabalhos......................................................................... 27
6.8 Avaliação........................................................................................................ 27
6.9 Referências Bibliográficas............................................................................. 28
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Apresentação
“Para quem viaja ao encontro do sol é sempre madrugada”
Helena Kolody.
CARO PROFESSOR:
O presente trabalho tem a intenção de cooperar com a efetivação do
processo de leitura em níveis de compreensão, interpretação e análise,
apresentando uma diversidade discursiva interna dos textos lidos, indo além do
entendimento de senso comum, possibilitando a compreensão global social,
histórico e cultural.
Justifica-se, também pela contribuição para compreensão das diferenças e
preconceitos existentes em seu meio. Nesse sentido, a atividade de leitura e escrita
e a interpretação de poemas e poesias vêm favorecer a desenvoltura do aluno
leitor/escritor tentando definir as características próprias dos mesmos.
Outro ponto relevante para a apresentação do presente trabalho, diz respeito
às deficiências que os alunos têm em ler, interpretar e compreender os diversos
tipos de textos literários que o ambiente escolar proporciona através do livro, em seu
papel de conscientizar e ampliar a visão do mundo leitor e o contato dos discentes
com essas obras literárias, motivando seus conhecimentos e autonomia de ler,
analisar e produzir.
Portanto, será desenvolvida uma Sequência Didática composta por três
módulos, contemplando educandos do 1° ano da Educação Geral do Colégio
Estadual Doutor Camargo Ensino Médio, no município de Doutor Camargo.
5
AQUI ENCONTRAM-SE ALGUMAS ORIENTAÇÕES TEÓRICAS PARA VOCÊ, PROFESSOR!
1. ORIENTAÇÕES TEÓRICAS
O aluno do Ensino Médio já passou por diversas etapas dentro da escola,
mas a maior barreira encontrada pelos professores de Língua Portuguesa é o
desafio visível em relação ao trabalho com a leitura, é também motivo de
preocupação constante dos profissionais que atuam na educação.
Algumas gerações vêm demonstrando não apenas o desinteresse pela
leitura, mas a incapacidade de fazê-la corretamente em profundidade, limitando as
possibilidades e as habilidades de conhecimento que o indivíduo poderia adquirir.
No Brasil, o meio social em que a criança e o pré-adolescente estão inseridos
tem uma grande contribuição na formação de um leitor, destacando-se a família,
amigos e a escola que frequenta, considerando o letramento conforme a
necessidade do grupo em que vive.
Por isso, a escola deve estar compromissada com o processo educativo de
sua clientela e o professor precisa estar engajado para que aconteça a formação de
um aluno leitor competente. Para tanto, é preciso que o professor seja um leitor
assíduo, tornando-se exemplo para o aluno; mas no momento percebe-se que o
professor vem perdendo o perfil de professor leitor pelo acúmulo de carga horária de
trabalho. Além disso, a redução de números de aulas de Língua Portuguesa no
ensino fundamental e médio tem causado a impressão de que a responsabilidade na
formação do aluno leitor e crítico é somente do professor de Língua Portuguesa e
que isso é muito simples de se fazer.
Na verdade, a abertura para o conhecimento é dada em todas as áreas do
currículo escolar constatando-se que há uma carência da leitura efetiva elevada
entre os alunos, professores e a escola, pois infelizmente, só se lê aquilo que é
necessário.
As Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para a Educação Básica
(Paraná, 2008, p.48) reiteram que “É tarefa da escola possibilitar que seus alunos
participem de diferentes práticas sociais, que utilizem a leitura, a escrita e a
oralidade, com finalidade de inseri-los nas diversas esferas de interação”.
6
Evidentemente que o acesso de todos os tipos de leitura é fundamental para
desenvolver um sujeito leitor, tornando-o consciente com uma visão de mundo
amplificada que pode capacitá-lo a elaborar critérios próprios por meio dos quais
fará sua crítica e avaliação de obras literárias ou não. Sendo a leitura ingrediente
básico e fundamental no processo ensino e aprendizagem ela é tarefa não só dos
professores de Língua Portuguesa, mas é necessário que, juntamente com
professores de outras áreas, busquem metodologias e estratégias que auxiliem a
compreensão e utilizem a leitura como processo inovador para o ensino-
aprendizagem.
Como proposta de estudo da língua tem por finalidade desenvolver o gênero
poema e poesia e cooperar com a efetivação do processo de leitura em níveis de
compreensão, interpretação e análise, apresentando uma diversidade discursiva
interna dos textos lidos, indo além do entendimento do senso comum, possibilitando
a compreensão global social, histórica e cultural.
A escolha do texto-base, a poesia “O açúcar”, de Ferreira Gullar justifica-se
pelo fato de retratar a realidade da grande maioria da clientela escolar do município
onde o projeto será desenvolvido e a intervenção pedagógica realizada.
Outros textos poéticos como “Cidadezinha”, de Mário Quintana, “O bicho”, de
Manuel Bandeira e a poesia “Retrato”, de Cecília Meireles, serão trabalhados como
atividades de apoio, acompanhados de outros poemas que serão comparados e
analisados, onde os autores refletem a naturalidade de seus poemas despertando a
percepção da poesia existente em seus poemas, retratando a realidade da
comunidade local como êxodo rural, desigualdade social e o envelhecimento
populacional do município.
As escolhas justificam-se também pela contribuição para a compreensão das
diferenças e preconceitos em seu meio. Nesse sentido, a atividade de leitura escrita
e a interpretação de poemas e poesias vêm favorecer a desenvoltura do aluno
leitor/escritor, tentando definir as características próprias dos mesmos.
Outro ponto relevante são as deficiências que os alunos têm em ler,
interpretar e compreender os diversos tipos de textos literários que o ambiente
escolar disponibiliza para o aluno. O trabalho com a diversificação textual tem o
papel de conscientizar e ampliar a visão do mundo leitor e o contato dos discentes
com essas obras literárias motiva a aquisição de conhecimentos e autonomia de ler,
analisar e produzir.
7
Para Irandé Antunes (2003),
“a atividade da leitura favorece, a ampliação dos repertórios de informação
do leitor. Por ela, o leitor pode incorporar idéias, novos conceitos, novos
dados, novas e diferentes informações a cerca das coisas, das pessoas,
dos acontecimentos do mundo em geral”. (ANTUNES, 2003, p.70).
Portanto, a leitura literária, constitui um desafio tanto para o aluno quanto para
o professor, pois é preciso trabalhar valores e ideais que permeiam a sociedade,
observando como se apresenta a mobilidade das ideias e das pessoas,
representando uma oportunidade significativa de aquisição de novas informações
possibilitando a experiência prazerosa pelo simples gosto de ler.
A atividade de leitura completa a atividade da produção escrita, pois é pela
leitura que se aprende o vocabulário específico de certos gêneros textuais ou outras
áreas do conhecimento, fundamentando-se para a ampliação da competência
discursiva em língua escrita.
Kleiman (2011, p.175) destaca a importância na leitura, das experiências dos
conhecimentos prévios do leitor, a autora afirma que ambos permitem ao leitor fazer
previsões e inferências sobre o texto. Considera a autora que o aluno leitor constrói,
e não apenas recebe um significado global para o texto, ele procura pistas formais,
formula e reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões, utilizando-se de
estratégias buscadas no seu conhecimento linguístico, na sua vivência sociocultural
e no seu conhecimento de mundo.
Segundo o miniaurélio Século XXI (1986, p. 941 e 942), POESIA é a “arte de
criar imagens, de sugerir emoções por meio de uma linguagem em que se
combinam sons, ritmos e significados”. Já o POEMA é definido como “obra em verso
ou não em que há poesia”.
Portanto, quando se fala em poema, trata-se da obra do próprio texto; e,
quando se fala em poesia, trata-se da arte, da habilidade de tornar algo poético.
Uma pintura, uma música, a cena de um filme, um espetáculo de dança, uma obra
de arquitetura também podem ser poéticos.
É difícil definir as características próprias de um poema. Um texto escrito em
versos rimados é um poema, outro feito sem rimas também pode ser, com formas
variadas, falando de diferentes temas, revelando sentimentos como tristeza e
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angústia, cantam saudades e beleza, uma história acontecida ou ainda que
denunciem injustiças e desigualdades sociais.
Os poetas escrevem para emocionar, divertir, convencer, fazer pensar o
mundo de um jeito novo. Usam diferentes recursos, como rimas, repetições,
metáforas, e até formas diferentes de colocar as palavras no papel. Tudo para
transmitir ideias, experiências e emoções ao leitor.
Ao escrever um poema pode-se jogar com a sonoridade, rimando as palavras,
repetindo sons parecidos nos versos, fazendo com que eles ecoem ao longo do
texto. Também trabalham com ritmo, fazem com que o poema tenha cadência, como
um tambor batendo a intervalos regulares, tornando-se prazeroso ouvir poemas
sendo declamados.
Outro recurso usado pelo poeta é a comparação que pode, além de transmitir
a impressão que algo lhe causou, criar imagens; quando fazem isso criam metáforas
e, assim, dão às palavras um sentido mais rico, como se elas quisessem dizer algo
mais.
Solé (1998) considera que,
“a partir do Ensino Médio, a leitura é uns dos meios mais importantes na
escola para consecução de novas aprendizagens, não significando que não
se considere mais necessário em seu ensino, mais deve-se ter sempre um
momento reservado para a leitura.” (Solé, 1998,p.36).
Por outro lado, à medida que se avança na escolaridade, aumenta a
exigência de uma leitura independente.
A autora (1998, p.37), afirma, ainda, que “a leitura no Ensino Médio, parece
seguir dois caminhos dentro da escola, um em que o aluno melhore sua habilidade
adquirindo hábito de leitura e outro, em que deve utilizá-lo para ter acesso a novos
conteúdos de aprendizagem nas diversas áreas que formam o currículo escolar”.
Levando-se em conta que o desempenho dos alunos, quanto ao
desenvolvimento de capacidade leitora, tem-se mostrado bastante insatisfatório,
numa realidade dinâmica como a nossa, que se transforma na mesma velocidade
com que se disseminam informações nos meios eletrônicos, é essencial o papel que
a disciplina que a língua portuguesa desempenha na educação formal do indivíduo,
já que a linguagem permeia todas as atividades humanas, em todas as esferas
9
sociais. Além disso, na esfera escolar, a linguagem, seja oral ou escrita, é uma
ferramenta indispensável para a construção de conhecimentos nas diferentes áreas
e disciplinas.
Assim, ao se propor um trabalho de leitura de poemas e textos literários para
os alunos do Ensino Médio, através do Método Recepcional de Bordini & Aguiar
(1993), espera-se que a Estética da Recepção tenha estratégias suficientes para
desenvolver no aluno o gosto pela leitura através de textos mais simples dentro do
contexto social dele, cativando-o, auxiliando-o a apreciar a compreender e a
interpretar textos mais complexos, que possam ampliar seu horizonte de
expectativas voltando-se para formação de um cidadão autônomo, capaz de
interagir com a realidade em que vivemos.
Neste trabalho será desenvolvida uma Sequência Didática composta por
módulos. Desta forma, os educandos do 1° ano de Educação Geral do Colégio
Estadual Doutor Camargo Ensino Médio, na cidade de Doutor Camargo, terão a
oportunidade de desenvolver procedimentos de leitura e escrita, utilizando o poema
e a poesia que privilegiam o leitor no processo de ensino e em suas análises
literárias dentro de um contexto significativo, o que possibilitará que os alunos
desenvolvam e identifiquem as características composicionais esperando-se
reconhecê-los em outras circunstâncias.
A vontade de contribuir para o esclarecimento dos gêneros apresentados,
somada ao desejo de tornar cada vez menos doloroso o processo de leitura e escrita
estimularam o trabalho que tem vários objetivos; os quais podem ser observados a
seguir.
10
PROFESSOR, VERIFIQUE, COM ATENÇÃO, OS OBJETIVOS DESTE TRABALHO !
2. OBJETIVOS: 2.1 - Objetivo Geral
Proporcionar e despertar o interesse pela leitura de textos literários (poemas e
poesias) nos alunos do 1° ano do Ensino Médio, a fim de que ampliem suas
habilidades e competências tornando-se leitores reflexivos e críticos, por meio de
atividades de diferentes formas e gêneros diversos, usando a metodologia da
Estética da Recepção.
2.2 - Objetivos Específicos
• Discutir a realidade social do aluno por meio da leitura que será trabalhada.
• Criar situações em que o aluno possa desenvolver o senso crítico a partir da
leitura criteriosa, inserindo-a em sua dinâmica social, além de espaço escolar.
• Estabelecer uma hierarquia entre as obras poéticas, poema e poesia, com
base no valor intrínseco de cada uma delas.
• Identificar os componentes ou elementos fundamentais de uma poesia.
• Levar o aluno a perceber que é pela leitura de poesias que reverterá em
outras visões de mundo.
• Valorizar o aluno através de suas produções poéticas, expondo seus
sentimentos, escondidos dentro de si.
• Propiciar um estudo interdisciplinar, a partir da leitura das obras trabalhadas.
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PROFESSOR, AQUI VOCÊ PODE CONFERIR ALGUMAS CONSIDERAÇÕES/ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS ACERCA DO MÉTODO RECEPCIONAL QUE SERÁ UTILIZADO PARA O DESENVOLVIMENTO DESTE TRABALHO!
3. ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS: A ESTÉTICA DA RECEPÇÃO
No momento atual, as Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa (Paraná,
2008, p.58) propõem que se pense no ensino de literatura fundamentada nos
pressupostos teóricos da Estética da Recepção, segundo a qual a leitura é vista
como “um processo de produção de sentido que se dá a partir de interações sociais
ou relações dialógicas que acontecem entre leitor/texto/autor”. Sendo assim, o
educador é um mediador que orienta e toma como base uma teoria que segue
determinada metodologia.
A Estética da Recepção tem oferecido bons resultados na formação do leitor
da literatura, ampliando horizontes de expectativas ao leitor, por meio da leitura de
obras distantes de sua realidade. Hans Robert Jauss (1994) é um dos principais
idealizadores da teoria que visa formar leitor capaz de sentir e de expressar o que
sentiu, com condições de reconhecer nas aulas de leitura um envolvimento entre
obra/autor/leitor, interação presente no ato de ler, relacionando-se leitor e obra e
nela a representação do mundo leitor.
Segundo Bordini & Aguiar, (1993, p.31) a teoria da Estética da Recepção
“desenvolve seus estudos em torno de reflexão sobre as relações entre narrador –
texto – leitor. Vê a obra como um objeto verbal esquemático, a ser preenchido pela
atividade de leitura, que se realiza sempre a partir de um horizonte de expectativas”.
Utilizando os pressupostos teóricos da Estética da Recepção, foram
elaboradas algumas atividades, em diferentes etapas, para o ensino de leitura de
obras literárias, a partir do Método Recepcional que tem se revelado eficaz na
formação do leitor.
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PROFESSOR, AO INICIAR CADA MÓDULO, VOCÊ ENCONTRARÁ OS OBJETIVOS A SEREM ATINGIDOS, EM CADA ATIVIDADE, ONDE SÃO PROPOSTAS AS AÇÕES PARA O APROFUNDAMENTO DO CONHECIMENTO DOS EDUCANDOS. A ÚLTIMA ETAPA DESTE TRABALHO SERÁ A APRESENTAÇÃO E A EXPOSIÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS.
NA SEQUÊNCIA, CONHEÇA CADA UM DOS MÓDULOS QUE COMPÕEM ESTE TRABALHO.
4. MÓDULOS
4.1 – Professor, este módulo tem como objetivo analisar o conhecimento prévio dos
educandos quanto ao gênero poema e poesia, para a ampliação de conhecimentos
a respeito dos gêneros em questão.
Neste momento será aplicado um questionário, por meio do qual será feita
uma sondagem com intuito de averiguar se seus aprendizes têm hábitos de leitura,
onde os resultados servirão de base para o encaminhamento das próximas
estratégias e o desenvolvimento das próximas etapas.
Questionário- Você já leu um poema? E uma poesia? Escreva o título e o autor dos mesmos.
Poemas:
Poesias:
- Você considera-se um poeta? ( ) sim ( ) não, Por quê?
- Já escreveu um poema ou uma poesia? ( ) sim ( ) não.
- Em sua opinião qual é a diferença entre um poema e uma poesia?
Poema:
Poesia:
- Você conhece o trabalho de algum poeta brasileiro ou paranaense? Destaque-os.
- Você afirmaria que o poema e a poesia são do mesmo gênero literário? ( ) sim ( )
não. Por quê?.
- Onde podemos encontrar inspiração para escrever um poema ou uma poesia?
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- Em qual série de sua escolaridade você ouviu falar em poema ou poesia?
- Escreva o nome de dois poetas ou poetisas famosos na literatura brasileira.
- Com suas palavras escreva um texto a respeito do tema de um poema ou de uma
poesia que você leu.
- Você conhece pessoas na comunidade que escreve poemas ou poesias? Cite-os.
4.2 – Professor, após a realização da sondagem e os resultados obtidos, esta etapa
será iniciada com a entrega de uma cópia do poema “O açúcar” de Ferreira Gullar.
Os alunos farão uma leitura silenciosa, e após uma discussão oral com
questões direcionadas pela professora como:
• A expressão poética retratada pelo autor.
• A antítese configurando a imagem da divisão social do trabalho na sociedade
brasileira.
• A comparação entre o poema e a realidade das pessoas do município que
trabalham no canavial.
• Origem do açúcar que adoça seu café da manhã.
• Fazer questionamentos como: Quanto ganha um trabalhador canavieiro?
• Você conhece famílias que sobrevivem com o plantio de cana-de-açúcar?
• Quais as vantagens e as desvantagens da tecnologia canavieira no Brasil?
• Além do açúcar, quais outros produtos que a cana-de-açúcar fornece?
• Discutir questões referentes à luta do trabalhador canavieiro pela sua
sobrevivência como: jornada de trabalho, salário, aposentadoria, saúde, e
outros pontos que certamente serão levantados.
Como apoio didático será trabalhado o poema metalinguístico “Meu povo,
meu poema”, Ferreira Gullar, encontrado no livro Toda Poesia, por meio do qual o
autor reflete sobre a natureza de sua poesia. Gullar atribui uma origem (expressão,
canto) e uma função (ação, semeadura) social à sua poesia, facilitando para o aluno
o entendimento poético do autor, despertando a consciência e a percepção da
poesia existente no poema.
Em papel Kraft serão escritos os dois poemas, facilitando a explanação dos
mesmos.
14
4.3 - Na sequência será feita uma revisão do que é verso, estrofe, nome de outros
tipos de estrofe como: (terceto, quadra ou quarteto...). A definição do que é métrica,
ritmo e rima e a diferença entre a divisão silábica gramatical e a divisão silábica
poética que serão observadas nos dois poemas mencionados.
4.4 - Para finalizar esse módulo, será solicitado aos alunos que tragam nas
próximas aulas, poemas e poesias de vários autores brasileiros, com a finalidade de
montar um mural coletivo, deixando-o exposto até o término do trabalho.
4.5 - Conhecendo um pouco do autor:
José Ribamar Ferreira Gullar (1930 -2012)
Nascido em São Luis do Maranhão. Poeta, jornalista e crítico de arte.
Participou do concretismo, como qual rompeu em 1956 para criar o seu próprio
grupo de vanguarda, o Neoconcretismo. Principais obras: A luta corporal (1954),
Poemas Neoconcretos (1958), Dentro da noite veloz (1975), Poema sujo (1976).
4.6 – Poemas trabalhados
O açúcar. O branco açúcar que adoçará meu café
nesta manhã de Ipanema
não foi produzido por mim
nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.
Vejo-o puro
e afável ao paladar
como beijo de moça, água
na pele, flor
que se dissolve na boca. Mas este açúcar
não foi feito por mim.
Este açúcar veio
da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira, dono da mercearia.
Este açúcar veio
de uma usina de açúcar em Pernambuco
15
ou no Estado do Rio
e tampouco o fez o dono da usina.
Este açúcar era cana
e veio dos canaviais extensos
que não nascem por acaso
no regaço do vale.
Em lugares distantes, onde não há hospital
nem escola,
homens que não sabem ler e morrem de fome
aos 27 anos
plantaram e colheram a cana
que viraria açúcar.
Em usinas escuras,
homens de vida amarga
e dura
produziram este açúcar
branco e puro
com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.
(Ferreira Gullar. Toda Poesia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980, p.227-8.)
Meu povo, meu poema.Meu povo e meu poema crescem juntos
como cresce no fruto
a árvore nova
No povo meu poema vai nascendo
como no canavial
nasce verde o açúcar
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No povo meu poema está maduro
como o sol
na garganta do futuro
Meu povo em meu poema
se reflete
como a espiga se funde em terra fértil
Ao povo seu poema aqui devolvo
menos como quem canta
do que planta
Ferreira Gullar. Toda Poesia (1950-1999). 9° ed. Rio de Janeiro, José Olympio, 2000, p.155.
PROFESSOR, AQUI ESTÃO APRESENTADOS POEMAS E MÚSICAS AUXILIARES, ASSIM COMO INFORMAÇÕES A RESPEITO DE ALGUNS POETAS
05 – Apresentação de Estudo: Poemas e autores de diferentes épocas:
5.1 - Neste módulo, professor, o objetivo é estudar poemas de diferentes autores e
épocas, sua terra natal. Espera-se que através deles, os alunos despertem
sensações e sentimentos poéticos a observar o lugar onde vivem.
O primeiro poema a ser trabalhado com os alunos, será “Cidadezinha”, de
Mario Quintana. Primeiramente, será realizada uma leitura em voz alta e, em
seguida, será ouvida a música “Cidadezinha”, de Sandra Pestana (CD Poetas da
Escola). Na sequência, direcionada pela professora, acontecerá uma discussão oral
como:
• Imagine a cidade escrita pelo poeta.
• Pense no tema e no tom apresentados pelos poetas.
• Estabelecer um paralelo entre a cidade do texto da música e aquela em que
moram, justificando-se.
17
• Interpretar os sentimentos do poeta em relação à cidade referida em cada
poema.
Realizando a discussão oral será solicitado a um aluno que faça a leitura do
poema “Cidadezinha Qualquer”, de Carlos Drummond de Andrade, onde o autor
descreve o cotidiano de sua obra em tom irônico, herança da fase modernista em
suas primeiras obras.
Em seguida, os alunos deverão reler os dois poemas e ouvir novamente a
música, tentando imaginar o senso comum entre as cidades descritas por poetas
diferentes.
5.2 - Ao retomar o conteúdo da série, será feita uma análise aprimorada com as
rimas consonantais, metáfora, comparação e outros recursos sonoros como a
literação, assonância, paranomásia e o paralelismo engajados no poema e na
poesia.
Ao ouvir o poema “Milagre no Corcovado”, Angela Leite de Souza (CD poetas
da escola), o aluno fará uma análise verificando que a poetisa fala da cidade onde
vive e do que aprecia em sua rotina diária. Apesar de falar de tema semelhante e
usar recursos parecidos, a realidade das cidades são completamente opostas, esta
é a conclusão a qual o aluno deverá chegar ao término da análise.
5.3 - Finalizando o módulo, como atividade de produção escrita, será proposta a
elaboração de uma paródia da cidade em que vive, onde a tarefa do professor será
ajudá-los ao encontrar essa inspiração, resgatando impressões, relatos, fatos,
lembranças e sentimentos direcionados pelos questionamentos a seguir:
• Destacar o ponto mais importante das cidades retratadas no módulo.
• Nos recursos empregados nos textos, o leitor sente vontade de conhecer o
local destacado pelos poetas? ( ) sim ( ) não. Por quê? Qual?
• Quais as diferenças e a semelhanças existentes nos poemas apresentados?
• Qual a relação entre os poemas e a música que foram trabalhados?
• Qual a cidade maior e a menor que você visitou? Qual gostaria de conhecer?
18
• Você conhece o Rio de Janeiro? ( ) sim ( ) não. Considerando ser a sede da
Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 qual é sua opinião sobre
os contrastes que a cidade apresenta?
• A cidade comporta um evento dessa grandeza? Faça seu comentário...
• Quais os temas que você fará sua paródia? (saúde, educação, segurança,
lazer, política...)
Assim, espera-se que eles sejam capazes de expressar em sua paródia um
olhar pessoal sobre o lugar onde vive imprimindo um tom autoral em seus versos,
incentivando a turma a observar pequenos detalhes, perceber as impressões e as
sensações causadas por essa observação é o principal objetivo.
Ao término da atividade, será aberto um espaço para leitura e a montagem de
um painel de paródias, reservando-o para a exposição no final do trabalho.
5.4 - Conhecendo um pouco sobre os poetas:
Mario Quintana (1906-1994)
Poeta Sul-Rio-Grandense. Buscando sempre uma poesia simples e
despojada, publicou mais de uma dezena de livros, entre os quais se destacam: A
rua dos cata-ventos (1940), Espelho mágico (1948), O aprendiz de feiticeiro (1950),
Caderno H (1973), Apontamentos de história sobrenatural (1976), A vaca e o
Hipógrifo (1977) e Esconderijos do tempo (1918).
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987)
Nasceu em Itabuna MG, em 1902, faleceu no Rio de Janeiro em 1987.
Passou sua infância na cidade natal (Itabuna - MG) e fez seus estudos secundários
em Friburgo e Belo Horizonte. Formou-se em Farmácia, mas dedicou-se ao
jornalismo em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. Foi também funcionário público.
Quando morreu, aos 84 anos era considerado um dos maiores poetas brasileiros de
todos os tempos.
19
Cidadezinha
Cidadezinha cheia de graça…
Tão pequenina que até causa dó!
Com seus burricos a pastar na praça…
Sua igrejinha de uma torre só.
—-
Nuvens que venham, nuvens e asas,
Não param nunca, nem um segundo…
E fica a torre sobre as velhas casas,
Fica cismando como é vasto o mundo!…
—-
Eu que de longe venho perdido,
Sem pouso fixo ( que triste sina!)
Ah, quem me dera ter lá nascido!
—
Lá toda a vida poder morar!
Cidadezinha… Tão pequenina
Que toda cabe num só olhar…
Mario Quintana (n: Lili Inventa o mundo. São Paulo: Global. 2005 @ by Elena Quintana)
Cidadezinha Qualquer
Casas entre bananeiras
Mulheres entre laranjeiras
Pomar amor cantar.
Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar... as janelas olham.
Eta vida besta, meu Deus
Carlos Drummond de Andrade - Poesia Completa & Prosa. Rio de Janeiro: José Aguiar 1967.
20
Milagre do Corcovado
Todas as noites
de céu nublado
no Corcovado
faz seu milagre
o Redentor:
fica pousado
no algodão-doce
iluminado
como se fosse
de isopor.
Mas todos sabem
que bem de perto
esse Jesus
é um gigante
de mais de mil
e cem toneladas...
Suba de trem,
vá pela estrada,
quem chega lá,
ao pé do Cristo,
vira mosquito.
E olhando em volta
para a cidade
de ponta a ponta
maravilhosa
a gente sente
um arrepio:
o milagre
é o próprio Rio!
Ângela Leite de Castilho Souza ( Meus Rios. Belo Horizonte: Formato 2000.)
21
5.5 – Nesta etapa, o objetivo é observar que o poeta Manuel Bandeira consegue
cativar o leitor, através da leitura do poema “O bicho”, convidando-o a refletir a
realidade das condições desumanas que muitos brasileiros vivem, sendo que os
recursos poéticos usados pelo autor em seus versos deixam transparecer
sentimentos verdadeiros, como fosse um recado universal para humanidade.
Será entregue uma cópia do poema “O bicho” para cada aluno, solicitando
que alguém da sala faça a leitura em voz alta. Em seguida, será ouvida a música
“Comida – do grupo Titãs”, com o mesmo tema que ilustrará o poema, fazendo
oralmente a relação entre o poema e a música trabalhada.
5.6 - Dando ênfase ao tema, os alunos serão levados para o laboratório de
informática para assistir ao filme de curta-metragem “Ilha das flores”, do gênero
comentário; escrito e dirigido pelo cineasta Jorge Furtado em 1989, com duração de
10:28 minutos. Em seguida, serão feitos oralmente, comentários sobre o filme e
comparações da realidade e das condições em que o ser humano vive e também o
desperdício de toneladas de comidas que são jogadas por dia nos lixões do Brasil.
5.7 – Na sequência, como atividade proposta, será solicitado que façam,
primeiramente, uma produção de texto em prosa referente ao tema e, instigados por
alguns apontamentos, respondam por escrito os questionamentos abaixo:
• O que leva uma pessoa a sobreviver, financeiramente, por meio do trabalho
no lixão?
• O que leva uma pessoa a catar comida em um lixão?
• Em sua opinião, por que tanto desperdício, se milhões de pessoas passam
fome?
• Qual seria seu recado, aos governantes desse país, referente a esse
assunto?
• Se você fosse um político, qual seria sua proposta de trabalho para que esse
problema não existisse em nosso país?
5.8 - Finalizando o módulo, será apresentada a poesia “Retrato”, de Cecília Meireles,
onde será realizada, pelo professor, uma leitura da mesma e, juntamente, com os
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alunos deverão ser comentadas as relações explícitas entre os poemas, poesia e o
filme apresentado como:
• O tempo que o homem não viu e não vê passar e a fragilidade humana.
• A pobreza das cidadezinhas e do ser humano que vive no lixo.
• O contraste da beleza e da feiúra do homem comparado com o bicho.
• A admiração do corcovado, a exuberância da cidade do Rio de Janeiro, do
homem que se sujeita a catar lixo para sua sobrevivência.
• A realidade mostrada pelo autor do filme de forma única e irônica sobre a
pobreza do povo brasileiro.
• A vida indigna que leva o ser humano a se entregar ao sofrimento, não
percebendo que a velhice chega tão rápida e outras comparações que
surgirão no momento da explanação.
5.9 - Conhecendo um pouco sobre a poetisa:
Cecília Meireles (1901-1964)
Nasceu no Rio de Janeiro em 1901 e faleceu também no Rio de Janeiro em
1964, seu nome completo era Cecília Benevides de Carvalho Meireles. Foi
professora primária e universitária, além de pesquisadora do folclore brasileiro. Em
diversas viagens ao exterior, difundiu nossa cultura através de conferências e
publicações na imprensa.
RETRATO
Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.
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Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?
Cecília Meirelles. Flor de poemas. Rio de Janeiro. José Aguilar/MEC, 1972.
5.10 - Conhecendo um pouco sobre o escritor e poeta
Manuel Bandeira (1881-1968)
Nasceu em Recife (PE) em 1881 e faleceu em 1968, no Rio de Janeiro (RJ).
Seu nome completo era Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho. Em 1912, a
tuberculose obrigou o então estudante de Engenharia a abandonar o curso da
Escola Politécnica de São Paulo a deslocar-se para a Suíça em busca de cura.
Regressando ao Brasil, exerceu várias funções ligadas ao ensino, mais sua
atividade principal foi a de escritor. Além de traduções, crônicas e história literária
Manuel Bandeira fez sobretudo poesia, tornando-se um dos maiores poetas no
Brasil. Dois anos antes de morrer, em entrevista concedida a um jornal, Bandeira
falou da influência da tuberculose em sua vida. “Não tive condições físicas e
materiais para me casar, tive que parar os estudos, por causa da doença. Isso é
quase tudo o que não fiz”. O BICHOVi ontem um bicho
Na imundice do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa;
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
Manuel Bandeira. Estrela da Vida Inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993.
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06 – Observações dos Textos Trabalhados na Unidade
6.1 - O objetivo desse último módulo é observar que todos os textos trabalhados
abordam questões sobre conhecer a si mesmo, perceber a realidade e a
desigualdade social de cada ser humano que vive em diferentes espaços, por meio
dos quais os autores procuram chamar atenção dos leitores.
O aluno fará a leitura individual e em grupos, conversação do poema, a
diferença e as características entre poema e poesia, enfim, atividades que
propiciarão a participação e a interação entre os alunos e o professor.
Na sequência, após a leitura, discussão e o término das atividades propostas
até o presente momento, outras atividades serão desenvolvidas através de teatro,
maquete e desenhos.
6.2 - Para cada poema será proposta uma atividade específica. A sala será dividida
em 3 (três) grupos, todos com a orientação da professora.
O primeiro grupo ficará responsável pelo poema “O açúcar”, de Ferreira
Gullar, deverá preparar uma apresentação teatral.
O segundo grupo deverá montar maquetes que representem os poemas
“Cidadezinha”, de Mario Quintana, “Uma Cidadezinha Qualquer”, de Carlos
Drummond de Andrade e a poesia “Milagre do Corcovado”, de Angela Leite de
Souza.
O terceiro grupo deverá produzir desenhos que retratam o poema “O Bicho”,
de Manuel Bandeira e apresentar a música “Comida” do grupo Titãs, encerrando a
etapa com as apresentações de seus trabalhos.
6.3 - A atividade referente à poesia “Retrato”, de Cecília Meireles – uma discussão
reflexiva oral - será desenvolvida, coletivamente, no momento de uma visita ao
Aterro Sanitário Orgânico e Reciclagem Municipal de Doutor Camargo, localizado na
estrada “Pé de Galinha”, às margens da BR-323. Outro agendamento será feito para
Depósito de Entulhos Municipal localizado próximo ao morro da estrada velha
Maringá / Cianorte, por meio dos quais os alunos poderão fotografar a realidade dos
lugares visitados, observar o processo de coleta e reciclagem de todo lixo recolhido
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no município, o destino dos entulhos e ainda fazer uma entrevista com os
trabalhadores locais fazendo os seguintes questionamentos:
• Quando foi inaugurado o Aterro Sanitário de Doutor Camargo?
• Qual é a quantidade de lixo recebido por dia/mês/ano?
• Qual é o processo para o lixo orgânico? E para reciclagem?
• Quantas pessoas trabalham no local? E como são remunerados?
• Para efetuar o trabalho locar é usado equipamentos de proteção prevenindo
possíveis doenças?
• Qual é o destino do produto final reciclados no local?
• A população camarguense contribui na separação correta do lixo doméstico?
E o que é para reciclar? ( ) sim ( ) não ( ) ou em partes.
• Considerando as opções de respostas, o que é preciso fazer para que a
população esteja conscientizada do trabalho que está sendo realizado?
• Qual é a capacidade do aterro para os próximos anos?
• A questão ambiental foi resolvida, quando se fala em lixo no município?
• Qual são os entulhos recolhidos no local? E quantos quilos por dia/mês/ano
são transportados para o local?
• Qual é o destino do lixo hospitalar do município?
• Aqui no município existem pessoas que catam lixo para sobrevivência?
• Pedir ao responsável pelos locais visitados que faça explanação de todo o
processo realizado no local.
6.4 - Ao encerrar a primeira e a segunda etapa do módulo três, acredita-se que
os alunos terão com subsídios suficientes para produzir individualmente um poema
referente ao assunto trabalhado, e em seguida apresentá-lo em forma paráfrase,
deixando-a registrada no caderno. Para produzir as duas atividades citadas acima,
os alunos usarão seus conhecimentos escolares ou vivências pessoais, refletindo a
respeito de leituras realizadas e o mundo em que vive.
Espera-se que os alunos percebam que o trabalho realizado não seja apenas
uma tarefa escolar, mas que compare seu horizonte de expectativas iniciais com os
interesses atuais. Os alunos poderão perceber que suas experiências foram
ampliadas.
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6.5 - Esta etapa será iniciada com a montagem de um mural com apresentação
das fotos registradas dos lixões visitados e do poema produzido na etapa anterior.
Também será desenvolvida uma atividade de conversação em que os alunos
partilharão suas impressões a respeito do trabalho desenvolvido pelo projeto e
falarão acerca dos pontos positivos e negativos que perceberam, além de discutirem
questões que demonstrem a relação de proximidade entre os temas dos textos
trabalhados com a realidade dos alunos.
6.6 - Ao final dessa conversa, será proposta aos alunos uma produção textual
coletiva (duplas ou trios), de gênero livre, em que deverão escrever a respeito da
relação entre os temas trabalhados e a realidade em que vive.
6.7 - Concluindo a Unidade Didática, totalizando 32 horas/aula, será apresentada em
uma sala disponível para visitação, a exposição dos trabalhos realizados como:
• A representação da peça teatral “O açúcar”, apresentado pelo grupo 1.
• Mural coletivo de poemas de diversos autores e épocas.
• Painel de paródias individual da cidade onde vive.
• Registro dos poemas produzidos pelos alunos referentes ao lixo.
• Exposição das fotos que foram feitas durante a visitação dos lixões do
município.
• Exposição da maquete confeccionada pelo grupo 2.
• Exposição dos desenhos confeccionados pelo grupo 3.
6.8 - Os alunos serão avaliados desde o início do desenvolvimento da Unidade:
leitura, produção, apresentação e exposição das atividades propostas. O professor,
frequentemente, irá observar o interesse, a participação e principalmente o
envolvimento dos alunos durante todo processo de leitura e produção.
Para tanto, o aluno deverá envolver-se nos temas e nos acontecimentos
diários. Só assim seus trabalhos serão respaldados e valorizados pelo leitor que
quer atingir: professores, alunos e comunidade.
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