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Sedição de Pinto Madeira. Um dos inimigos merecia especial atenção: Joaquim Pinto Madeira, influente latifundiário da vila de Jardim, monarquista convicto, inimigo radical do liberalismo e do constitucionalismo imperial. - PowerPoint PPT Presentation
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Sedição de Pinto Madeira
Com o fuzilamento dos líderes rebeldes na Praça dos Mártires, a facção patriota/liberal praticamente sumiu do firmamento político da província nos anos posteriores à Confederação.
Os “ Corcundas” eram senhores absolutos no Ceará. Nas eleições que ocorreram após 1825, para Deputado na assembleia do Império e senador, os escolhidos eram quase todos conservadores.
Nos sertões, grupos populares vagavam sem rumo certo matando, e espancando e expulsando remanescentes liberais.
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As poucas chuvas que caíram em 1824, sequer caíram em 1825 e 1826.
A mortalidade foi alarmante. Multidões migraram para os centros urbanos. Cadáveres se aglomeravam pelas estradas, praças e ruas.
A “caridade” do poder público resumia-se a cercar áreas por estacas para sepultar aqueles infelizes.
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Na sequência de tragédias aparece a varíola num quadro dantesco de dor, sofrimento e morte.
• Para agravar as nessa época o Governo central passou a convocar “voluntários” para a Guerra da Cisplatina. Ao total 2600 cearenses foram “recrutados” entre os quais índios e até crianças de 12 anos!
Estima-se que um terço dos cearenses morreu em virtude da Confederação do Equador, assassinatos, peste, fome. A economia local já em crise, abalou-se ainda mais com esses eventos.
• A mão-de-obra do setor produtivo deslocou-se para a luta armada. Para complicar, os lucros cearenses reduziram-se ainda em virtude da diminuição da demanda externa pelo algodão brasileiro.
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Na madrugada de 07 de abril de 1831, D.Pedro I abdicou ao trono brasileiro. Enquanto Pedro de Alcântara fosse menor de idade, seria o Brasil governado por uma regência, conforme determinava a Constituição de 1824.
Foi somente em 13 de maio de 1831, com a chegada de um navio inglês a Fortaleza, que os cearenses souberam da abdicação de D. Pedro I. Os segmentos liberais saíram as ruas para celebrar o acontecimento, e a machadadas derrubaram a forca do Campo da Pólvora, a qual deveria ser usada para executar os “Revolucionários” de 1824.
No Ceará, o grupo “Patriota” tinha muitas contas a acertar com os “corcundas”. Mesmo que a maioria dos liberais tivesse abandonado as ideias radicais republicanas, não esqueceram dos momentos de terror que passaram em 1817 e 1824.
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Um dos inimigos merecia especial atenção: Joaquim Pinto Madeira, influente latifundiário da vila de Jardim, monarquista convicto,
inimigo radical do liberalismo e do constitucionalismo imperial.
Em 1817, combatera o movimento republicano do Crato e escoltara os Alencar presos para Icó – daí a rixa
pessoal com aquela família.
Madeira chegou a ser preso 2 vezes mas conseguiu ser solto devido ao seu prestígio político e a fragilidade de denúncias de que estava tentando derrubar a ordem constitucional.
Madeira era acusado de estar preparando uma revolta para reconduzir D. Pedro ao Trono. Usando de seu domínio e prestígio sobre a população de Jardim, iria resistir à bala.
Pinto Madeira recrutou para a luta vários sertanejos, os quais, sem armas de fogo, eram munidos de cassetetes abençoados por Pe. Manuel de Sousa, os quais acreditavam-se possuir propriedades milagrosas. Por esse motivo o Padre ficou conhecido como “Padre-Benze-cacetes”
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• A 27 de dezembro de 1831, no local chamado Buriti, próximo a Barbalha, deu-se o encontro dos dois exércitos em uma sangrenta batalha. As forças absolutistas massacraram os liberais e no dia seguinte conquistaram a vila cratense, provocando saques e assassinatos. Entre os mortos, um liberal governista, José Pinto Cidade, rico proprietário local, cujo assassinato serviria como pretexto para o futuro fuzilamento de Pinto Madeira.
• Informações davam conta que Madeira tencionava atingir Fortaleza e depor o Presidente. José Mariano Albuquerque Cavalcanti que decidiu intervir ao lado dos cratenses. No primeiro embate os sediciosos foram derrotados. Dois dias depois, Madeira venceu outros confrontos em Barbalha e no Sítio Coité.
• As vitórias motivaram os sediciosos a atacar Icó, onde se encontrava a maior parte das tropas liberais. Lá, foram travadas duas das mais brutais batalhas de nossa história. Os absolutistas foram derrotados e além de muitas mortes, 20 deles foram presos e enviados para Fortaleza e assassinados no caminho.
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As derrotas, as deserções, a falta de munições e alimentos reduziram dramaticamente as forças rebeldes. Pinto Madeira e o Pe. Antônio Manuel entregaram-se em 13 de outubro de 1832. Temendo o ódio dos governantes locais, pediram para serem transferidos para o Rio de janeiro.
O pedido destes foi atendido parcialmente, pois foram encaminhados para Recife. Após 1 ano, pensavam que fossem encaminhados para a capital do Império. Mas retornaram ao Ceará obedecendo ao Código de Processo Criminal do Império e o desejo de vingança liberal para serem julgados.
Temendo a volta de focos da revolta, os mesmos foram para o Maranhão. Mas em 1834, Madeira voltou ao Ceará, Pe. Manuel doente, permaneceu no Maranhão. Nesta época, o Presidente da província era.... JOSÉ MARTINIANO DE ALENCAR!!!
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Madeira foi condenado à pena capital sem sequer o direito de recorrer à sentença.
José Martiniano foi acusado de ser o coautor do assassinato, embora sempre negasse qualquer envolvimento. O governo regencial determinou apuração enérgica, mas nada aconteceu.
Pe. Antônio Manuel teve mais sorte e foi absolvido, pois a condenação de Madeira deixou péssima repercussão. Só voltou para Jardim, velho e doente e lá faleceu em 1857.
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