Sindicalistas protestam por juros mais baixos Paraná fecham · 2015-04-27 · bem. Estamos de...

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Informativo do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense Resende, 09/09/2011 - Edição nº 769

Embora a lei trabalhista não tra-te das demissões em massa, o Tri-bunal Regional do Trabalho (TRT) da5ª Região considerou irregular a dis-pensa de 400 trabalhadores pelaNovelis, em dezembro, sem prévianegociação com o Sindicato dosMetalúrgicos. A fabricante de alu-mínio demitiu os empregados aofechar a fábrica de Aratu, na Bahia.

Essa é a terceira vez que um Tri-bunal do Trabalho decide dessa for-ma. Os outros dois casos envolve-ram a Embraer, que demitiu 4.270

Demissões em massa devem ser negociadas

Na última semana de agosto,representantes das centrais sindicaisprotestaram em frente às sedes doBanco Central (BC) em Brasília eSão Paulo, enquanto era definidoqual seria o novo valor da taxa bá-sica de juros (Selic). O Presidente doSindicato dos Metalúrgicos do SulFluminense, Renato Soares, que es-tava em Brasília, somou-se aosmanifestantes da cidade, que assa-ram sardinhas em frente ao BC.

“A sardinha representa a comi-da do trabalhador pobre, viemos

mostrar que não queremos só isso,queremos também a boa comidaque os poderosos comem”, dissePaulinho, da Central Sindical. Re-nato acrescentou “É um absurdoque o Brasil tenha a taxa de jurosmais alta do mundo. Precisamos dejuros baixos para aumentar a pro-dução e o desenvolvimento e gerarmais empregos”. Renato ainda com-pletou: “A sardinha também é a co-mida dos tubarões. Não podemosficar em silêncio enquanto os pode-rosos tentam nos engolir, temos quenos fazer ouvidos para que cum-pram nossos direitos”, e explicou:“Juros altos incentivam investimentosem empréstimos, ao invés de inves-tirem no setor produtivo”.

O Comitê de Política Monetária(Copom), depois de tantos protestosde variados setores da sociedade,decidiu, pela redução da taxa de ju-ros de 12,5% para 12%. O resul-tado ainda não foi satisfatório paraos manifestantes, que pediam a re-dução de 1%, mas já é um começo.

Sindicalistas protestampor juros mais baixos

trabalhadores em 2009, e a fabri-cante de vagões de carga AmstedMaxion, que dispensou 600 pesso-as em 2008.

Que isso sirva de prerrogativapara casos semelhantes!

Foto do portal R7: O presidente so Sindicatodos Metalúrgicos do Sul Fluminense, RenatoSoares, entre os outros manifestantes em Brasília

Os acordos salariais fechados nofinal de agosto pelos metalúrgicosdas montadoras do ABC paulista eda Renault do Paraná relembram ocomeço do século, quando se tentoufirmar acordos por períodos mais lon-gos, porém a prática foi abandona-da por não ter dado certo. O acordocom duração de dois anos foi testa-do entre 2001 e 2002, depois todosvoltaram a praticar acordo anuais,já que a conjuntura econômi-ca podemudar muito no longo prazo.

Porém, no momento, os acordosfechados em ambos os estados aten-deu os trabalhadores em sua unani-midade. No ABC, o acordo salarialfechado com as montadoras – Volks,Scania, Ford, Mercedes e Toyota –garante reposição total da inflação,5% de aumento real (10,8% de au-mento total), com retroativo a 1º desetembro de 2010 e dois abonos deR$ 2.500,00, além de estender para180 dias a licença maternidade.

O acordo da Renault superou odo ABC. Foram concedidos aumen-tos reais de 2,5% este ano, mais 3%em 2012, e 3,5% em 2013, além dareposição da inflação e uma corre-ção da estrutura de salários da em-presa, que pode conce-der até mais10% reais para os trabalhadores daprimeira faixa salarial da montadora.

Montadoras do ABCe Renault do

Paraná fechamacordo de 2 anos

O negociador eficaz nunca é imediatista. Ele sabe que benefícios em curto prazo podem levar adanos de longo prazo. Exemplo disso foi a greve de 37 dias na Volks do Paraná, em que a Renault –maior controladora da Nissan no Brasil – decidiu procurar uma nova região para se instalar. Tudoindica que essa nova região será Resende. Outro exemplo são as negociações passadas, feitas pelagestão anterior do nosso Sindicato, que priorizou adianta-mentos de PLR e abonos de mais de R$1000,00 em troca de reajustes, na maioria das vezes, abaixo da inflação.

Negociador

Assédio MoralEstamos recebendo muitas denúncias de assédio

moral por parte de trabalhadores da MAN, em especialda BBS, Sapore Restaurante e Continental. Parece sersempre a mesma coisa: o chefe esculachando o traba-lhador. Lembramos que o conceito de liderança passalonge de repressão, ameaça e humilhação. O Sindica-to recebeu reclamações de coordenadores e superviso-res pressionando os funcionários com ameaças de de-missões. Isso acaba tornando o ambiente de trabalhotriste e desmotivador.

Lembramos mais uma vez: assédio moral é crime!Não relutaremos em abrir processos contra as empre-sas que continuarem com essa prática.

Quarterização clandestinaJá é do conhecimento do Sindicato que existe mó-

dulo que está fazendo quarterização dos seus serviços,por debaixo dos panos.

MeridionalA empresa, que tem contrato com o departamento médico,

não acertou a data base conforme recomenda o Sindicato.Além disso, restam os 3% do acordo do ano passado.

Rodízio de pessoal no 3º turnoOs trabalhadores que foram levados para o terceiro

turno com a promessa de fazerem rodízio ainda nãoforam remanejados. Isso não está funcionando muitobem. Estamos de olho!

O crime de assédiomoral praticado entre fun-cionários de mesmo nívelhierárquico rendeu a umaempresa de Betim-MG apagar indenização de R$10 mil a um funcionárioque estava sendo chama-do de “chifrudo” peloscolegas. A 5ª Vara do tra-balho da cidade julgouque a empresa não agiupara evitar o constrangi-

Justiça pune assédio moral

Práticas tida como assédio moral noambiente de trabalho:

• Marcar tarefas com prazos impossíveis;• Mudar alguém de uma área de responsabili-

dade para funções triviais;• Apropriar-se de ideia alheia;• Ignorar ou excluir um funcionário, só se diri-

gindo a ele por meio de terceiros;• Sonegar informações de forma reiterada;• Espalhar rumores maliciosos;• Criticar com persistência;• Subestimar esforços;• Determinar o cumprimento de atribuições in-

compatíveis com o cargo;• Sonegar trabalho ao funcionário.

mento e humilhação so-fridos pelo empregado.Casos como esse – deassédio moral horizontal– crescem no Judiciário,assim como as penalida-des para empresas quenão evitam o problema.A Justiça tem reconheci-do que colegas que per-seguem o outro podemser demitidos por justacausa.

Montadoras ampliamcortes de produção

As montadoras conti-nuam diminuindo o rit-mo de produção para re-duzir o número de veí-culos parados nos páti-os, que está em alta nosúltimos meses, apesardo crescimento do mer-cado. As paradas se dãopor meio de férias cole-tivas ou folgas.

A Ford informou quevai interromper por qua-tro semanas a produçãono complexo de Cama-çari (BA). A cada dia deparalisação, a montado-

ra deixará de fabricar 912veículos.

A Fiat e a Scania deci-diram conceder folga afuncionários.

A Volkswagen disseque também está toman-do medidas para adequarseus estoques.

Na General Motors,300 funcionários da fábri-ca de São José dos Cam-pos (SP) voltaram ao tra-balho após duas semanasde férias. A fábrica deixoude produzir cerca de 1,5mil carros no período.

Estrada da MorteA rodovia RJ-161, que liga a Dutra ao Pólo Industrial

de Porto Real/Resende (onde ficam localizadas empre-sas como a MAN, PSA e Magneto), continua em péssi-mas condições e provocando acidentes. Nesta segunda-feira (05/09) mesmo uma colisão entre dois carros dei-xou um morto e um gravemente ferido. O descaso dasautoridades, a sinalização precária e o desgaste da es-trada, associados ao alto fluxo de veículos, coloca emrisco todos os dias as vidas dos trabalhadores que pas-sam por ali. O Sindicato está organizando um grandeprotesto em breve. Fique atento!

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