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TRANSFERÊNCIAS DE RECURSOS
FEDERAIS
As formas de transferências de recursos do Governo
Federal para os Municípios são:
• TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS
• TRANSFERÊNCIAS LEGAIS AUTOMÁTICAS (PNAE, PDDE)
• TRANSFERÊNCIAS DIRETAS AO CIDADÃO
• TRANSFERÊNCIAS FUNDO A FUNDO (FNS - SUS)
• TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS
As transferências voluntárias são definidas no art. 25 da LRF como a entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde. Os instrumentos para a operacionalização das transferências voluntárias: Convênio (No convênio, os recursos são transferidos diretamente da União para o município) Contrato de repasse (No contrato de repasse, há a intermediação de um banco oficial)
TRANSFERÊNCIAS
VOLUNTÁRIAS
CONVÊNIO
• Acordo, ajuste ou qualquer outro instrumento que discipline a transferência de recursos financeiros de dotações consignadas nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União e tenha como partícipe, de um lado, órgão ou entidade da administração pública federal, direta ou indireta, e, de outro lado, órgão ou entidade da administração pública estadual, distrital ou municipal, direta ou indireta, ou ainda, entidades privadas sem fins lucrativos, visando a execução de programa de governo , envolvendo a realização de projeto, atividade, serviço, aquisição de bens ou evento de interesse recíproco, em regime de mútua cooperação. (Decreto Nº 6.170, de 25 de julho de 2007)
CONTRATO DE REPASSE
Contrato de Repasse é o instrumento
utilizado para a transferência de recursos da
União para Estados, Distrito Federal ou
Municípios, por intermédio de instituições ou
agências financeiras oficiais federais,
destinados à execução de programas
governamentais. (Decreto nº 1.819, de 16
fevereiro de 1996)
Marco legal - legislação superior
Constituição Federal
Lei Complementar nº 101/00 LRF
Leis e Decreto-lei:
– Lei de Diretrizes Orçamentárias LDO
– Lei n.º 9.452/97 (Comunicação de Repasses)
– Lei nº 8.666/93 (vide art. 116)
– Lei nº 4.320/64
– Decreto-lei nº 200/67
Decreto nº 93.872/86
Decreto nº 6.170, de 25.07.2007
IN nº 01 STN, de 15.01.1997
(Assinatura, execução e prestação de contas de convênios)
IN nº 05 STN, de 08.06.2000
(Cumprimento do art. 25 da LRF)
IN nº 01 STN, de 04.05.2001
(CAUC )
Portaria Interministerial MP/MF/CGU nº507/2011
Marco legal - Regulamentação
REQUISITOS LEGAIS PARA CELEBRAÇÃO DE CONVÊNIOS
(CF, LRF, LDO, IN/STN )
• Existência de dotação orçamentária específica;
• Não destinação de recursos para pagamento de pessoal (ativo, inativo ou pensionista);
• Cumprimento dos limites constitucionais relativos à educação e à saúde;
• Observância dos limites das dívidas consolidada e mobiliária, de operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, de inscrição em restos a pagar e de despesa total com pessoal;
• Previsão orçamentária de contrapartida;
• Arrecadação de todos os impostos de competência do Ente Federativo;
• Estar adimplente quanto:
ao pagamento de tributos, empréstimos e financiamentos devidos
ao ente transferidor;
à prestação de contas de recursos anteriormente dele recebidos;
com as obrigações previstas na legislação do FGTS;
com o pagamento de pessoal e encargos sociais;
• Apresentação do Plano de Trabalho, contendo: razões que justifiquem a celebração do convênio;
descrição completa do objeto e das metas a serem atingidas;
etapas de execução do objeto;
plano de aplicação dos recursos e da contrapartida, quando for o caso;
REQUISITOS LEGAIS PARA CELEBRAÇÃO DE CONVÊNIOS
(CF, LRF, LDO, IN/STN)
Requisitos para celebração de convênios previstos
na Legislação Estadual
Atendimento ao disposto no art. 25 da LRF;
Definição da contrapartida de acordo com a capacidade financeira
do respectivo ente beneficiado, podendo ser atendida por meio de
recursos financeiros, bens e serviços economicamente
mensuráveis;
Regularidade fiscal junto à Previdência Estadual;
É proibida a celebração de convênios que visem a transferência
voluntária de recursos do Estado aos municípios que estiverem em
atraso com o pagamento do funcionalismo público municipal ou em
atraso com prestação de contas junto ao Tribunal de Contas do
Estado ou Tribunal de Contas dos Municípios. (Lei Estadual nº
6.286/2000)
• Objeto;
• Obrigações dos convenentes;
• Vigência;
• Prorrogação;
• Fonte dos recursos;
• Cronograma de desembolso;
• Obrigatoriedade de apresentação de relatórios de
execução físico-financeira;
• Obrigatoriedade de apresentar a PRESTAÇÃO DE
CONTAS;
• Plano de trabalho anexo.
CLÁUSULAS ESSENCIAIS DOS CONVÊNIOS
Cláusula essencial de fiscalização para os
Convênios Estaduais
Resolução TCE nº 13.989/95:
“Nos instrumentos de repasse de recursos
mediante auxílios, subvenções, convênios,
acordos ou outros instrumentos congêneres, é
obrigatória cláusula que disponha sobre a
obrigação do órgão repassador de acompanhar,
controlar e fiscalizar a execução dos projetos
custeados pelos recursos repassados, sob pena
de invalidade substancial do ato.”
13
OBJETO DO CONVÊNIO
CONCEDENTE
OBRIGAÇÃO DOS
PARTÍCIPES
CONVENENTE
EXECUTOR
INTERVENIENTE
IN 01/97, Art. 7º, Incisos I e II - Cláusulas Obrigatórias
CLARA PRECISA
DESCRIÇÃO DEVE SER
OBJETIVA
14
É OBRIGAÇÃO DOS ESTADOS, DISTRITO
FEDERAL E MUNICÍPIOS
Lei 10.180/01, Art. 35 - Cláusulas Obrigatórias
A INCLUSÃO DOS RECURSOS
TRANSFERIDOS EM SEUS RESPECTIVOS
ORÇAMENTOS
Lei 4.320/64, Art. 93
15
RESCISÃO OU DENÚNCIA
PREVISÃO DA POSSIBILIDADE DAS PARTES
RESCINDIREM OU DENUNCIAREM O CONVÊNIO
IN 01/97, Art. 7º, Inciso X - Cláusulas Obrigatórias
RESPONSABILIDADE DAS PARTES PELA
EXECUÇÃO DURANTE O PERÍODO DE SUA
VIGÊNCIA
ASSIM COMO DOS BENEFÍCIOS AUFERIDOS NO
MESMO PERÍODO
16
DEVOLUÇÃO DE SALDOS
DEVOLVER SALDOS
AO TESOURO NACIONAL
DOS RECURSOS
TRANSFERIDOS
DA APLICAÇÃO
FINANCEIRA
IN 01/97, Art. 7º, Inciso XI - Cláusulas Obrigatórias
COMPROMISSO DO CONVENENTE
ATRAVÉS DA GRU
17
DEFINIÇÃO, QUANDO FOR O CASO
PARCELA A SER
EXECUTADA EM OUTRO
EXERCÍCIO
QUANDO NÃO HÁ DISPONIBILIDADE DE RECURSOS NO
EXERCÍCIO OU PROGRAMA/AÇÃO INCLUÍDO NO P.P.A.
REQUER A CELEBRAÇÃO DE TERMO ADITIVO
EXERCÍCIOS FUTUROS
Decreto 93.872/86, Arts. 30, § 1° e 31
IN 01/97, Art. 7º, Incisos XV e XVI - Cláusulas Obrigatórias
18
CADA CONVÊNIO IMPLICA, OBRIGATORIAMENTE, EM TER UMA CONTA
BANCÁRIA ESPECÍFICA, NÃO IMPORTANDO O QUANTITATIVO DE
CONVÊNIOS CELEBRADOS COM UM MESMO ÓRGÃO CONCEDENTE
Município
CONVÊNIO 1 CONVÊNIO 2 CONVÊNIO 3
CONTA
BANCÁRIA 1
CONTA
BANCÁRIA 3
CONTA
BANCÁRIA 2
19
MOVIMENTAÇÃO DOS RECURSOS
- TRANSFERÊNCIA ELETRÔNICA
- ORDEM BANCÁRIA
- CHEQUE
IN 01/97, Art. 20
AT
RA
VÉ
S D
E:
CO
MP
RO
VA
NT
ES
: - NOTA FISCAL
- RECIBO
- FATURA
- CUPOM FISCAL
20
APLICAÇÃO FINANCEIRA
FUNDO DE APLICAÇÃO
FINANCEIRA - OPERAÇÃO
MERCADO ABERTO COM
GARANTIA DE TÍTULO DA DÍVIDA
PÚBLICA FEDERAL
CADERNETA DE POUPANÇA
- 30 DIAS + 30 DIAS
IN 01/97, Art. 20, § 1º
21
OS RENDIMENTOS OBTIDOS DAS
APLICAÇÕES FINANCEIRAS SERÃO,
OBRIGATORIAMENTE, APLICADOS NO
OBJETO DO CONVÊNIO
RESULTADO DA APLICAÇÃO FINANCEIRA
IN 01/97, Art. 20, § 2º
SUJEITA-SE AS MESMAS REGRAS DE
EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
NÃO PODE SER COMPUTADO COMO
CONTRAPARTIDA
DEVERÁ SER APRESENTADO PLANO DE
TRABALHO, CONTEMPLANDO TAL
UTILIZAÇÃO, COM O ACRESCIMO DAS METAS
E/OU ATIVIDADES, SE FOR O CASO, P/
FORMALIZAÇÃO DE TERMO ADITIVO
22
SUSPENSÃO TEMPORÁRIA
SUSPENSÃO DEFINITIVA NO CASO DE RESCISÃO
IN 01/97, Art. 21, §§ 4º e 5º
NÃO COMPROVAR A BOA E REGULAR APLICAÇÃO
DESVIO DE FINALIDADE
DESCUMPRIMENTO DE CLÁUSULAS E CONDIÇÕES PACTUADAS
PRÁTICAS ATENTATÓRIAS À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
ATRASOS NÃO JUSTIFICADOS DAS ETAPAS OU FASES
OBS. Em qualquer momento que se perceber indícios de impropriedade / irregularidade
deve-se suspender o repasse de recursos.
23
REMANEJAMENTOS
IN 01/97, Art. 15
PROPOSTA DO CONVENENTE
DEVIDAMENTE JUSTIFICADA
VEDADO ALTERAR O OBJETO
PARA TER VALIDADE,
AGUARDAR APROVAÇÃO
FORMAL DO CONCEDENTE
FÍSICO FINANCEIRO
AVALIAR SE REQUER
CELEBRAÇÃO DE TERMO
ADITIVO
NÃO EMITIR RESPOSTA POR E-
MAIL OU TELEFONE
SOLICITAÇÃO DEVE SER
FORMALIZADA POR ESCRITO
24
É PROIBIDO REMANEJAR RECURSOS
CUSTEIO
CAPITAL
C.F. Art. 167, Inciso VI
É PROIBIDO UTILIZAR RECURSOS DE CONVÊNIOS PARA
PAGAMENTO DE DESPESAS COM PESSOAL ATIVO, INATIVO OU
PENSIONISTA
art. 167, X - CF/88
25
EXTINÇÃO CONCLUSÃO
PRESTA CONTAS
RECURSOS DEVOLVE SALDOS
OU
NO TÉRMINO DA
VIGÊNCIA
IN 01/97, Art. 21, § 6º
ENCERRAMENTO
EM 30 DIAS
INSTAURAÇÃO T.C.E.
26
IN 01/97, Art. 15, § 1º
PRORROGAR
VIGÊNCIA
ALTERAR
CLÁUSULAS e
PLANO DE
TRABALHO
COMPLEMENTA
R RECURSOS
COMPLEMENTAR
EXECUÇÃO METAS EXCETO CONCLUIR OU
INCLUIR METAS
OBJETO
IN 01/97, Art. 8°,
Inciso III
POSSIBILIDADE DE TERMOS ADITIVOS
BOAS PRÁTICAS DE GESTÃO
• Para cada convênio deve ser aberta uma conta exclusiva para movimentação dos recursos;
• Os recursos somente podem ser utilizados na finalidade prevista no convênio;
• Os recursos somente podem ser utilizados no prazo de vigência do convênio;
• Os pagamentos só devem ser efetuados após o cumprimento do objeto pelos fornecedores, sob pena de o gestor ficar sujeito à aplicação de multa pelo Tribunal de Contas pelo descumprimento da legislação;
• Os documentos das despesas (notas fiscais, faturas, recibos) devem ser emitidos em nome do convenente;
• Os pagamentos serão realizados exclusivamente mediante crédito na conta bancária de titularidade dos fornecedores e prestadores de serviços (art. 10, §3º, II do Dec. 6.170/2007);
• O número do convênio deve ser registrado em todos os documentos comprovantes de despesas (notas fiscais, empenhos, medições, recibos).
• No caso de sobra de recursos, o valor deverá ser devolvido ao concedente.
• Comunicar o recebimentos dos recursos à Câmara Municipal, Partidos Políticos, Sindicatos e Trabalhadores e Entidades Empresariais, com sede no Município, no prazo de dois dias úteis a partir da data de recebimento dos recursos (Lei nº 9.542/1997);
• Todos os documentos relativos ao convênio devem ser guardados em pasta individual, devendo ser utilizados para elaboração da prestação de contas;
• Enquanto os recursos não forem aplicados na finalidade do convênio, deverão ser aplicados no mercado financeiro da seguinte forma:
• < 1 MÊS – Aplicação Financeira de Curto Prazo
/ Títulos da Dívida Pública
• ≥ 1 MÊS – Caderneta de Poupança
BOAS PRÁTICAS DE GESTÃO
• Causas da Inadimplência:
a falta de prestação de contas;
desvio de finalidade na aplicação dos recursos;
descumprimento de qualquer cláusula do convênio.
• Conseqüências da Inadimplência:
inscrição no SIAFI e no CAUC;
suspensão de novas liberações de recursos para o objeto do convênio;
impedimento para firmar novos convênios;
inscrição do débito na conta dos diversos responsáveis;
instauração de Tomada de Contas Especial - TCE (apuração de responsabilidade civil do prefeito – devolução dos recursos).
PRESTAÇÃO DE CONTAS
Prestação de Contas Diretamente ao
TCE/PA
Regimento Interno do TCE/PA
As prestações de contas de auxílios e subvenções, repassados pelos órgãos da administração pública estadual, mediante contrato, convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, devem ser remetidas ao Tribunal pela entidade recebedora dos recursos no prazo máximo de sessenta (60) dias a contar do encerramento da vigência do respectivo instrumento.
Documentos integrantes da Prestação de Contas
previstos no Regimento Interno do TCE/PA
As prestações de contas dos auxílios e subvenções deverão conter os
seguintes elementos básicos:
I - instrumento concessório dos recursos repassados pelo órgão público
estadual;
II - balancete financeiro;
III - relação dos documentos de despesa, ordenados cronologicamente e
devidamente numerados, mencionando a ordem bancária ou de saque ou o
número de cada cheque nominativo e o nome do beneficiário, relação essa
devidamente assinada pelo responsável e pelo contador;
IV - documentos de caixa comprovando o ingresso e a respectiva
contabilização dos recursos no caixa da entidade, tudo devidamente
assinado pelo responsável e pelo tesoureiro;
V - documento comprobatório das despesas, sempre no original, salvo
entendimento diverso do Plenário;
Documentos integrantes da Prestação de Contas
previstos no Regimento Interno do TCE/PA (cont.)
As prestações de contas dos auxílios e subvenções deverão conter os
seguintes elementos básicos:
VI - cópia integral dos processos licitatórios ou documentação hábil
comprovando as razões em que se haja baseado o responsável para
dispensá-la ou não exigi-la;
VII - documentação comprobatória dos recolhimentos correspondentes aos
valores descontados dos beneficiários dos pagamentos;
VIII - conciliação bancária, quando for o caso;
IX - comprovante da devolução do saldo, se houver;
X - declaração de órgão público repassador do auxílio, comprovando a
execução do projeto custeado pelos recursos repassados;
XI - relação dos documentos de despesa, agrupados por categoria de
programação e por elemento de despesa, devidamente totalizados.
Tomada de Contas Especial Resolução TCE nº 17.235/2006
Hipóteses de cabimento:
Não comprovação ou aplicação irregular de recursos
estaduais;
Desfalque ou desvio de dinheiros, bens ou valores
públicos;
prática de qualquer ato ilegal, ilegítimo ou antieconômico
de que resulte dano ao Erário.
•Nos convênios ainda vigentes, compete ao sucessor prestar contas referentes aos recursos recebidos por seu antecessor e, quando este não o tiver feito ou, na impossibilidade de fazê-lo, adotar as medidas legais, com a instauração da competente TCE - Tomada de Contas Especial, sob pena de co-responsabilidade.
Decisões do TCU Assunto: CONVÊNIOS. DOU de 08.02.2006, S. 1, p.
67. Ementa: o TCU determinou ao Ministério do
Turismo que adotasse providências junto ao
convenente, no sentido de obter a devolução da
quantia correspondente aos rendimentos de
aplicação no mercado financeiro, referente ao
período compreendido entre a liberação do
recurso e seu ressarcimento aos cofres do
Tesouro Nacional, em observância ao disposto no
instrumento de convênio (item 9.2, TC-
015.247/2005-5, Acórdão nº 87/2006-TCU-Plenário).
Decisões do TCU Assunto: CONVÊNIOS. DOU de 10.02.2006, S. 1, p. 100.
Ementa: o TCU determinou ao EMBRATUR que observasse a
exigência de comprovação das despesas mediante
apresentação de nota fiscal, fatura ou recibo, bem como da
necessidade de referência ao título e número do convênio
nos documentos apresentados, abstendo-se de aprovar as
prestações de contas nos casos em que documentação
estivesse desconforme com o disposto no art. 30 da IN/STN
n° 01/97 (item 1.1.2.7, TC-019.651/2004-0, Acórdão n° 84/2006-
TCU-2ª Câmara)
Decisões do TCU
Assunto: CONVÊNIOS. DOU de 17.02.2006, S. 1, p. 84.
Ementa: o TCU determinou a uma prefeitura municipal que,
na execução de convênios federais, guardasse em boa
ordem e segurança os documentos pertencentes à
respectiva licitação e exigidos legalmente, nos termos do
artigo 7º, inciso II, c/c o art. 38, incisos IV e XII, da Lei nº
8.666/93, devendo compreender necessariamente o projeto
executivo da obra licitada e os originais de todas as
propostas de preços das empresas participantes (item
9.4.2, TC-002.065/2004-7, Acórdão nº 289/2006-TCU-1ª
Câmara).
Decisões do TCU Assunto: CONVÊNIOS. DOU de 17.03.2006, S. 1, p. 90. Ementa:
o TCU não aceitou o fato de que, na execução de um
convênio, não se contasse com um fiscal responsável pelo
acompanhamento da obra, contrariando o disposto nos art.
67, “caput”, e art. 116, § 3º, inc. I, da Lei nº 8.666/93, bem como
o art. 63, § 2º, inc. III, da Lei nº 4.320/64. Na ocasião, constatou-
se que a liquidação da despesa fora realizada “pro forma” pelo
setor de contabilidade da prefeitura municipal, a qual não
registrara em livro próprio (diário de obras), também, as
ocorrências relacionadas à execução do contrato, como
determina o art. 67, § 1º da Lei de Licitações (item 1.1.1.4, TC-
018.879/2005-5, Acórdão nº 498/2006-TCU-2ª Câmara).
Decisões do TCU
Assunto: CONVÊNIOS. DOU de 17.03.2006, S. 1, p. 90. Ementa: o TCU não aceitou o fato de uma prefeitura municipal ter e efetuado pagamento à empresa contratada, no dia seguinte à liberação dos recursos federais, de quase a totalidade do valor da obra (cerca de 95% do valor contratado), sem que a mesma estivesse fisicamente concluída, contrariando os arts. 62 e 63 da Lei nº 4.320/64 e o art. 38 do Decreto nº 93.872/86 (item 4.1.1.9, TC-018.879/2005-5, Acórdão nº 498/2006-TCU-2ª Câmara).
PORTARIA INTERMINISTERIAL MP/MF/CGU nº 507
24 de novembro de 2011
Estabelece normas para execução do disposto no Decreto nº 6.170/2007.
Dispõe sobre as normas relativas às transferências de recursos da União mediante convênios e contratos de repasse, e dá outras providências
Principais Inovações Normativas
Decreto 6.170/2007
Portaria Interministerial nº 507/2011
Todos os atos de celebração, alteração, liberação de recursos,
acompanhamento da execução e prestação de contas terão de ser
realizados e registrados no (Sistema de Gestão de Convênios e Contratos
de Respasse (SICONV), aberto à consulta pública por meio do Portal de
Convênios.
Possibilidade de cruzamento de diversos dados para verificação de indícios
de irregularidades.
Possibilidade de acompanhamento da execução, via Internet, com inserção
de fotos, vídeos e outros recursos tecnológicos.
Registro das contratações realizadas e dos pagamentos efetuados
Principais Inovações Normativas
Decreto 6.170/2007
Portaria Interministerial nº 127/2008
Supressão da prestação de contas parcial.
Simplificação do rol de documentos necessários ao exame da prestação de contas.
Possibilidade de padronização de bens, serviços e obras.
Possibilidade de padronização de projetos básicos para empreendimentos (obras) mais freqüentes a exemplo de escolas, postos de saúde e hospitais.
O valor mínimo para cada convênio não poderá ser inferior à R$ 100.000,00
Principais Inovações Normativas
Decreto 6.170/2007
Portaria Interministerial nº 127/2008
Estímulo à formação de consórcios públicos (na
forma da Lei 11.107/2005). Manutenção dos documentos relativos ao convênio ou
contrato de repasse deverão ser mantidos pelo prazo
de 10 anos da data da aprovação da prestação de
contas.
A contrapartida poderá ser atendida por meio de
recursos financeiros, bens e serviços, desde que
mensuráveis economicamente.
Principais Inovações Normativas
Decreto 6.170/2007
Portaria Interministerial nº 127/2008
Contratação por Órgãos e Entidades de Direito
Público: Observância da Lei Federal de Licitações e
Contratos e para bens e serviços comuns
obrigatoriedade de uso da modalidade Pregão nos
termos da Lei 10.520/2002 e do Decreto 5.450/2005,
sendo preferencial a forma eletrônica.
Contratação por Entidades Privadas Sem Fins
Lucrativos: Cotação prévia de preços, observados
os princípios da impessoalidade, moralidade e
economicidade
DECRETO Nº 5.504, DE 05.08.05
Estabelece a exigência de utilização do Pregão,
preferencialmente na forma eletrônica, para
entes públicos ou privados, nas contratações de
bens e serviços comuns, realizadas em
decorrência de transferências voluntárias de
recursos públicos da União, decorrentes de
convênios ou instrumentos congêneres, ou
consórcios públicos.
• Regra geral: 30 dias contados do término da vigência ou do último pagamento efetuado.
• Principais peças de composição de uma prestação de contas: Relatório de Cumprimento do Objeto;
Declaração de realização dos objetivos propostos;
Relação dos bens adquiridos, produzidos ou construídos com os recursos do convênio;
Relação de treinados ou capacitados, quando houver;
Relação dos serviços prestados, quando houver;
Comprovante de recolhimento do saldo de recursos, quando houver;
Termo de compromisso por meio do qual o convenente será obrigado a manter os documentos relacionados ao convênio pelo prazo de dez anos contados da aprovação da prestação de contas;
PRESTAÇÃO DE CONTAS
Consoante Portaria Interministerial nº 507/2011
Decreto N° 6.170/2007 DO SISTEMA DE GESTÃO DE CONVÊNIOS E CONTRATOS DE
REPASSE - SICONV E DO PORTAL DOS CONVÊNIOS
Art. 13. A celebração, a liberação de recursos, o acompanhamento da
execução e a prestação de contas dos convênios serão registrados no
SICONV, que será aberto ao público via rede mundial de computadores -
internet, por meio de página específica denominada Portal dos
Convênios.
1º O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão é o órgão
central do SICONV, ao qual compete estabelecer as diretrizes e normas a
serem seguidas pelos órgãos setoriais e demais usuários do sistema.
2º Serão órgãos setoriais do SICONV todos os órgãos e entidades da
administração pública federal que realizem transferências voluntárias de
recursos, aos quais compete a gestão dos convênios e a alimentação dos
dados que forem de sua alçada.
Destaques
Possibilidade de acesso fácil pela sociedade em geral, objetivando à promoção da transparência;
Integração com os sistemas estruturantes da Administração Pública Federal (RFB, SIAFI, CEF, BB, BNB, BASA etc.);
Criação de perfis de elegibilidade de convênio de acordo com as características do proponente;
Existência de formulários para apresentação on-line de projetos, planos de trabalho, relatórios, conciliação bancária, prestação de contas, etc;
Credenciamento e Cadastramento dos entes federativos e entidades privadas sem fins lucrativos;
Destaques
Centralização de todas as informações no Portal;
Facilidade de Ouvidoria (denuncias; fotos;...);
Registro de licitações, licitantes, vencedores dos certames, dirigentes, etc;
Comando das transferência dos recursos pelo concedente;
Comando dos pagamentos do convenente pelo Portal dos Convênios. Integração diária com BB, CEF, BNB e BASA;
Prestação de Contas;
Tomada de Contas Especiais.
Módulos do Convênio
Negociação Execução Prestação de
Contas
Credenciamento *
Cadastramento *
Seleção, Análise e Validação *
Divulgação Programa *
Propostas * Formalização
Módulos do Convênio
Negociação Execução Prestação de
Contas
Concedente Transfere recursos
Licitação do Convenente
Acompanhamento Físico/Financeiro
Efetiva pagamento ao
Fornecedor
Registra NFs no Portal de Convênios
Contratação do Convenente
Conciliação do efetivo pagamento
ao fornecedor
Módulos do Convênio
Negociação Execução Prestação de
Contas
Elaboração de Relatórios
Outros Consolidação
Bancária
Relação de Serviços de
Terceiros
Relação de bens/materiais
credenciamento
proposta
plano de trabalho
seleção
cadastro
celebração
análise Documentação exigida pela
LRF, Decreto, e demais
dispositivos
(assinaturas, publicação, etc)
Portal com os
programas disponibilizados
pelos órgãos federais
Produtos padronizados
Recebimento de propostas
para formulação de programas
Qualificação jurídica e, no caso
das ONG’s, disposições estatutárias
Documentação exigida
pelo Decreto para ONG’s
Fluxo do processo
CREDENCIA
PROPONENTE
ELABORA
PROPOSTA
INCLUI
PLANO DE
TRABALHO
DIVULGA
PROGRAMA
ANALISA /
SELECIONA
PROPOSTAS
CO
NC
ED
EN
TE
D
escr
ição
Módulos da Celebração
CADASTRA
PROPONENTE
Programas
Propostas
INCLUI
PROJETO
BÁSICO
PUBLICA E
REGISTRA
NO SIAFI
Os programas
de transferência
são registrados
no Portal
Interessados
credenciam-se
no Portal para
obtenção de
senha inicial
Credenciados
apresentam sua
documentação
em Unidades
Cadastradoras.
Efetiva o
Cadastramento
Propostas são
elaboradas e
registradas no
Portal
Concedente
analisa e
seleciona as
propostas que
serão atendidas
Convedente
registra o plano
de trabalho
detalhado caso
este não tenha
sido incluído
anteriormente
Concedente
gera UGTV e
convênio
Concedente
empenha e
comanda
abertura de
conta corrente
Quando aplicável,
o convenente
registra o projeto
básico.
O concedente
publica extrato no
DOU e transfere
dados do convênio
ao SIAFI
Desenvolvido Em desenvolvimento
UGTV
GERAR
CONVÊNIO
GERAR
EMEPNHO
REGISTRA
LICITAÇÃO /
COTAÇÃO
TRANSFERE
PARCELA
CO
NC
ED
EN
TE
D
escr
ição
O concedente
transfere parte
ou todo o
recurso para a
conta do
convênio
Módulos da Execução e da Prestação de Contas
Desenvolvido
O convenente
registra os
licitantes e o
resultado da
licitação ou, no
caso de ONG,
registra a
cotação prévia.
O concedente,
se necessário,
altera o
convênio
O convenente
fiscaliza,
registra os
documentos e
comanda o
pagamento por
meio de
integração com
os bancos
O convenente
registra, quando
aplicável, os
contratos
realizados
DEPOSITA
CONTRAPARTID
EFETUA
TA / EVENTOS
DE ALTERAÇÃO
REGISTRA
CONTRATO
O convenente
deposita e
registra a
contra-partida
Em desenvolvimento
PAGAMENTO
FORNECEDOR
PRESTAÇÃO
DE CONTAS
ANALISE DA
PRESTAÇÃO TCE
O convenente
complementa o
registros do
sistema com a
relação de bens
e serviços, a
GRU do saldo,
atestes, e
demais
documentos
O concenente
analisa e aprova
ou não a
Prestação de
Contas
No caso da não
aprovação das
contas parcial
ou total, o
concedente
encaminha o
processo para
abertura de
TCE
Em desenvolvimento
Diretrizes e pressupostos
Ênfase na transparência à Sociedade
Redução do custo operacional
Atender a todo o ciclo das transferências
Facilidades para fiscalização e controle
Simplificação/agilização de procedimentos
Padronização
Forte interoperabilidade com demais sistemas estruturadores
Características funcionais Registro de dados relevantes; destaques:
• plano de trabalho detalhado, inclusive custos previstos
• recursos transferidos e a transferir
• status do cronograma de execução física
• indicação dos bens adquiridos, serviços ou obras executados
• licitações realizadas e ofertas de todos os licitantes
• nome, CPF e localização dos beneficiários diretos
• discriminação das despesas executadas por fornecedor
• formulário destinado à coleta de denúncias
Características técnicas
• Plataforma web
• Desenvolvido em software livre
• Integração com os bancos oficiais
• Certificação Digital
• Base de dados para dataminning
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