Sustentabilidade na Impressão Gráfica, Estamparia & Moda

Preview:

DESCRIPTION

Produção & Produtos Tecnologicamente Adequados para uma nova Filosofia Industrial

Citation preview

João Barcellos

SUSTENTABILIDADE

NA IMPRESSÃO GRÁFICA,

ESTAMPARIA & MODA

Produção & Produtos

Tecnologicamente Adequados

Para Uma Nova

Filosofia Industrial

quem não é pelo comum

não é por nenhum

(Povo da antiga aldeia comunitária de

Vilarinho das Furnas, destruída para dar

lugar a uma barragem-albufeira.)

JOÃO BARCELLOS

ensaísta, jornalista e conferencista na área editorial foi editor-fundador a revista En Vivo y Art (Espanha), jornal O Serigráfico (Brasil), jornal Treze Listras (Brasil), revista Impressão & Cores (Brasil), Cult Journal (USA), Educação & Arte (Portugal e Galícia), além de ser o responsável pelas coletâneas lítero-filosóficas Debates Paralelos e Palavras Essenciais (Brasil e Portugal, c/ 10 volumes cada), editadas pela brasileira Edicon + CEHC, e co-fundador do Grupo de Debates Noética.

APRESENTAÇÃO

SUSTENTABILIDADE

Sob o olhar filosófico e tecnológico

de João Barcellos

por

Mário G. de Castro

Isto é mais do que uma palestra. É uma mensagem e uma aula de um intelectual que enxerga o princípio republicano e o foco jurígeno (ato que origina o Direito) em todas as ações e trata-as no patamar sociocultural e filosófico, principalmente as tecnológicas – o que é raro, raríssimo, até no meio editorial.

João Barcellos é o ´cara´ que habitualmente nos dá a amplitude luso-brasileira e mundial do estado de ser-estar humanidade. Neste seu ensaio, que é também base de conferências para empresariado e professorado, ele trata a sustentabilidade no tripé república-ecologia-indústria e, sabiamente, leva-nos ao campus da filosofia para percebermos e sentirmos aquele foco jurígeno e termos a base para levantarmos o olhar e a voz em ato de humanismo crítico, porque..., vejam só, “jurisprudência ecológica é fato no âmbito da Justiça Social, só é preciso entendê-la” [Barcellos, in Ecologia & Direito; palestra. Rio de Janeiro, 1992]. Mas, sabemos que não é o bastante. Por isso, ele faz do ensaio-palestra Sustentabilidade: Produção & Produtos Tecnologicamente Adequados Para Uma Nova Filosofia Industrial, o palco intelectual para analisar a aplicação adequada de maquinário e de insumos nos vários ramos industriais, assim como gráficos, têxteis e moda. E é verdade: “Existem direitos e existem deveres socioecológicos a serem observados por qualquer pessoa responsável, em qualquer lugar e em qualquer ramo de atividade”, como ele mesmo diz com ênfase socrática.

Como editor e formulador de conteúdos tecnológicos, além de escritor e historiador, João Barcellos não é o intelectual que engaveta, mas aquele que publica abrindo espaços para que outras pessoas possam ter novas fontes de pesquisa e saberes. Ao buscar no empresário e advogado brasileiro Sérgio A. Schmitz e no intelectual português Manuel Reis referências republicanas e filosóficas, ele continua a senda por ele mesmo aberta de tratar estas questões no âmbito da Língua portuguesa.

Mário Gonçalves de Castro

Fotojornalista e Serigrafista

Rio de Janeiro / Brasil, 2014.

EM JEITO DE ABERTURA...

Hoje, percebemos que existe não apenas um olhar

ecológico, mas um olhar de geração ecológica, e então, um olhar que liberta as pessoas de velhos conceitos...

“É difícil libertar os tolos

das correntes que eles veneram”

– Voltaire [1694-1778]

Na verdade, e por falta de informação geral, sociocultural e tecnológica, Voltaire tinha razão na sua época, mas não hoje!

“Meditar, em filosofia,

é encaminharmo-nos do conhecido

para o desconhecido e,

aqui, defrontarmos o real”

– Paul Valery [1871-1945]

Hoje, e diante do princípio democrático e republicano difundido entre as sociedades, como [a]nota o advogado e empresário brasileiro Sérgio A. Schmitz, o olhar das pessoas e do empresariado industrial é mais ecológico, busca na realidade as soluções para os problemas tecnológicos que afetam a vida comum!

Neste passo, percebemos que a sustentabilidade tão apregoada nos nossos dias é fruto do investimento tecnológico e social oriundo de décadas de educação ecológica... Logo, quando

vemos SERIGRAFIA, GRÁFICA E ESTAMPARIA AMBIENTALMENTE ADEQUADAS isto não é modismo, é a realidade

que nos força a buscar soluções para sobrevivermos – e, na verdade, é o que sentimos quando equipamentos e tintas e outros insumos

[Heidelberg, Agabê, J-Teck, Mogk, SunChemical, Fremplast, HP, Tecnoblu, Papeis Havir, Ferrostaal, Lectra, Kiwo, Phenix, Embaplan, IBF, Kodak Preps, Gutenberg, etc.],

mostram aplicabilidade sustentável nesses parques industriais entre micros e grandes empresas.

Painel 1

Um Olhar Filosófico

& Republicano

Sobre Esta Questão

1.1

Sustentabilidade é o processo inteligente de a Humanidade interagir com a Terra, i.e., ser e estar elemento cósmico sem destruir o meio ambiente, o que significa não comprometer os recursos que naturalmente fazem a Terra e nos servem de chão e vida.

O conceito de sustentabilidade é uma ação interdisciplinar porque engloba variáveis socioculturais, energéticas, políticas e econômicas. Por isso, um olhar de humanismo crítico sobre Nós e a Terra é tão necessário quanto a água e o oxigênio que nos mantêm vivos.

a humanidade em si mesma é parte de um todo cósmico,

porque da sua história (ontem e hoje) depende a

sustentabilidade

Na antiguidade, acreditava-se que os organismos das diferentes espécies de seres vivos eram permanentes, perfeitos e imutáveis, originados independentemente uns dos outros. De acordo com este princípio, as espécies permaneceram imutáveis desde que partiram das mãos do ´criador´ – fixismo ou criacionismo.

Em contraposição ao fixismo, e em plena cultura ocidental-cristã, cientistas defenderam o evolucionismo, i.e., os seres vivos que existem atualmente na Terra são resultado da modificação de seres vivos que existiram no passado. As espécies de seres vivos relacionam-se umas com as outras e se alteram ao longo do tempo de acordo com as mudanças no ambiente. O conceito mais recente de evolução é que esta é um processo de mudança nas frequências gênicas ao longo do tempo. Como todas as populações possuem frequências gênicas variáveis, este último conceito pode ser facilmente testado em populações naturais.

Da relação natural entre

animais racionais e irracionais

resulta o mundo terreno que

conhecemos, mas nós – os/as

racionais, ainda

sobrevivemos... destruindo a

nossa própria casa!

1.2

Destruir a Terra pelo consumismo irracional que gera apenas lucro ou transformar a

Humanidade?

A submissão e o conformismo, a alienação e a estupidez estão a invadir os cérebros das pessoas

desenraizando-as até da sua nacionalidade. É uma completa neutralização cerebral a política global

que permite o consumismo irracional e faz da humanidade uma animalidade em curral de feudais

que repetem velhas fórmulas ditatoriais.

Ser e estar republicano significa, segundo tese de Sérgio A. Schmitz, perceber regras e

procedimentos legalmente estabelecidos por todos e para todos. Agir republicanamente é consagrar o

princípio da liberdade individual e o bem-estar da comunidade.

É pensar noeticamente no hoje que é amanhã pelo que foi no passado!

O que é a ‘nova economia’?

De fabricar novos consumidores ou de fazer com que cada um[a] e cada coisa possam aceder ao consumo potencial? Neste novo mundo do consumo euforizante e onipresente, é o modelo neocapitalista dominante que é imposto aos dominados: a Internet, com a sua realidade virtual, tornou-se o lugar natural da vida social e o meio essencial de cada um[a] expandir a sua personalidade Como se existir se reduzisse a consumir: e escolher uma determinada marca nos conferisse a identidade (pessoal) de que tanto se carece...

Isto foi o que filósofo português Manuel Reis, no seu livro EM TORNO DAS NOVAS TECNOLOGIAS E DA NOVA ECONOMIA analisou, e no mesmo pensamento rematou:

Precisamos relembrar o juiz moral da autêntica Modernidade que foi Immanuel Kant... Ora, o que ele entendia por promessa de racionalização, englobava, necessária e simultaneamente, ao lado do progresso Científico-Tecnológico, o progresso da Filosofia e da Moral, bem como dos Costumes, logo, das Pessoas.

Painel 2

Produtos Industrializados

mas Amigos da Gente

e do Meio Ambiente

2.1

Produção & Matérias-Primas

Nos segmentos industriais da atividade gráfica, têxtil e moda – na verdade, atividades geradoras de comunicação visual em peças acabadas que ´respiram´ mensagens gerais e individuais através de estilos editoriais em livros, cartazes, sinalização [utilitária e artística] e vestuário – e, este, assim como o calçado, com representação gráfica em padronizações específicas –, e então, estilos que ´fabricam´ tendências..., existe uma preocupação em não vender gato por lebre, i.e., a produção deve ser feita com matérias-primas compatíveis com a tecnologia social e ecologicamente adequada.

2.2

Petroquímica & Material Orgânico

no Desenvolvimento de Maquinário para Estamparia, Lavanderia, Gráfica,

Serigrafia, Tinturaria, Transfer/Sublimação, Tampografia.

Um século atrás, montar um moinho d´água e ligá-lo por correia a um

motor para gerar energia elétrica era o bastante para uma empresa levantar

em voos industriais com estéticas diferenciadas; hoje, com a poluição

industrial dos rios que recebem toneladas de resíduos químicos por dia, não é mais possível pensar somente em projetar e instalar um chão-de-fábrica...

Poluir um rio

é o mesmo ato de

jogar lixo

no quintal vizinho:

Egoísmo puro e

Erro social...!

Pense noeticamente... 1

Nós não vivemos sem água potável, por isso, cada gota d´água poluída ou desperdiçada é um crime contra nós mesmos!

Seja onde for e pelo que for, água e energia não podem ser desperdiçadas!

Pense noeticamente... 2

Uma máquina para gráfico

ou têxtil pressupõe consumo d´água

e energia elétrica,

logo,

A vida de cada um[a] de nós

depende de um pensamento industrial

humanamente crítico!

Hoje, montar uma oficina ou uma fábrica significa conhecer os meios legais que orientam na aquisição de terrenos longe de mananciais e de maquinário não poluente; mas, não só maquinário: os insumos [pastas e pigmentos, óleos lubrificantes, tintas, vernizes, etc.] devem estar inseridos no mesmo processo de anti-poluição.

Mais: o maquinário deve ser desenhado para produzir com o mínimo de

desperdício, o que a era digital já resolveu com tecnologias que

eliminam sobras e até defeitos automática e tridimensionalmente!

2.3

Neste âmbito de conhecimentos não existe lugar para o analfabetismo funcional – i.e., pessoas com instrução técnica e superior que não sabem operacionalizar na prática a teoria acadêmica.

A mão-de-obra no chão-de-fábrica até consegue tapar a falta de conhecimentos acadêmicos com o jeitinho-da-prática [leia-se: macetes profissionais], mas muitos especialistas com canudo têm dificuldade em encontrar soluções operacionais porque a escola não os levou ao chão-de-fábrica...

Entretanto, na era digital não existe espaço para o analfabetismo funcional. Ou sabe, ou não sabe!

2.4

Isto significa dizer, também, que falar de ecologia não é só defender as flores do campo e os olhos d´água, é também fabricar produtos ambientalmente corretos e promover normatizações tecnológicas que protejam as pessoas que operam as máquinas e os insumos... E tudo que está contra isto é um crime contra a humanidade!

2.5 CERTIFICAÇÃO &

EMPENHO INDUSTRIAL

Um passo importante para a produção industrialmente

sustentável é a certificação da empresa pelo seu conjunto de

atividades.

O famoso CITEVE, centro tecnológico português, sediado em

Famalicão, no norte, adverte: sem produção testada científica e

tecnologicamente em laboratórios qualificados para tal não existe

certificação!

Painel 3

Efeito

Estampa-Verde

3.1

Conceito Verde

Estamparias de têxteis e de serigrafistas têm agora equipamentos que guardam resíduos, quer para reuso quer para reciclagem, na própria estrutura; o mesmo se passa com alguns materiais plásticos nas oficinas gráficas [painéis em off-set e em serigrafia, etc.], cujas sobras são destinadas a produtos que as agregam como valor industrial... até na construção de, por ex., tecidos para camisetas!

3.2

Comando Digital

Uma das tecnologias que mais alteraram comportamentos foi e é o comando digital de máquinas, equipamentos e instrumentos de precisão, além da fase preparatória de processos, como a pré-impressão.

Seja na fiação ou na tecelagem, na produção de

matrizes e clichês, os procedimentos preparatórios

têm hoje equipamentos de triagem e catalogação

computadorizados, de tal sorte que, por ex., algumas etapas da gravação de uma tela para serigrafar tecidos

ou objetos não flexíveis foram simplesmente

eliminadas, assim como nas gráficas – é o sistema ´do

computador para a impressora´.

3.3

Plotagem Têxtil & Gráfica

Oriundo da área gráfica, o conceito de traço planográfico digital ajudou muito áreas, como a engenharia e a arquitetura, a desenvolverem mapas e plantas cada vez mais sofisticadas; ao passar para os têxteis, o conceito e a aplicabilidade logo resultaram em novos padrões industriais – a saber:

• Máquinas eletrônicas de corte/recorte mobilizaram milhões de gráficos e serigrafistas na produção de artigos para sinalização, campanhas publicitárias de curta duração e produtos promocionais (brindes);

• Máquinas eletrônicas de impressão dinamizaram os mesmos gráficos e serigrafistas a perspectivarem outro mercado: a estampa digital.

• E os têxteis, diante de uma nova linguagem no seu segmento de transfer/sublimação, logo captaram o aplicativo aderindo de vez à plotagem.

• Máquinas eletrônicas de corte/impressão fazem agora parte do conceito estampa verde, quer nos têxteis quer nos gráficos, com uma vantagem...

. o custo-benefício entre a criação, a produção e a logística, com alta qualidade em ambas, faz do corte e da estampa digital um mercado próprio!

Ex.: corte de moldes e de peças de tecido e couro. Hoje, essa modalidade manual foi substituída por maquinário digital e leituras tridimensionais.

Indústria Digital

A atividade compartilhada numa empresa é parte do ciclo sustentável.

Do projeto ao desenvolvimento de um produto passando pelas provas e o acabamento, todos os segmentos da empresa devem estar conectados para evitar desperdício e obter ganho em custo-benefício.

3.4

Mas, isto quer dizer que a gente não suja mais as mãos...?! Vem tudo prontinho e é só apertar o botão do comando digital?

Nada disso.

Antigamente, gente de verdade no chão-de-fábrica era aquela que no final do dia parecia um farrapo humano e um painel

de cores estranhas de tanta graxa e tinta no macacão!

Agora, as tecnologias adequadas ao meio ambiente – ou seja: máquinas e equipamentos que são operados sem a necessidade

contínua da mão humana –, e entenda-se aqui por meio ambiente o todo humano e telúrico [gente e terra], são tecnologias que exigem

menos espaço e menos gente operacional, pelo que o chão-de-fábrica precisa mais de gente inteligente capacitada para gerenciar do que gente para limpar...

Painel 4

Sócio-Ecologia

& Desenvolvimento

Desde que Haeckel...

Biólogo, naturalista, filósofo, médico, etc., estudou e descreveu espécies novas, mapeou a árvore genealógica que relaciona todas as formas de vida, a concepção de mundo passou a ser vista de outra maneira. Ele foi um dos

primeiros cientistas a considerar a psicologia como um ramo da

fisiologia propondo termos hoje comuns como ecologia, filo, etc., e o seu livro Kunstformen der

Natur ilustra diversos grupos de seres vivos demonstrando que a

humanidade se integra a elementos cósmicos

teluricamente assentes, logo, quando a humanidade destrói a sua casa (oikos) destrói a sua

vida.

Ernst Heinrich Philipp August Haeckel

Alemanha, 1843-1919

ECOLOGIA

Do grego OIKOS + LOGOS, q.s., ESTUDO DA CASA.

Sem este espectro cientifico legado por Haeckel ainda hoje seria difícil contornar dificuldades socioculturais e tecnológicas, porque a evolução sustentável depende unicamente da percepção que temos de nós e do mundo, logo, de opções inteligentes para sobrevivermos ao egoísmo que nos mata lentamente.

4.1

Papel, Couro, Tecido, Acrílico, etc.,

substratos mais e mais aplicados

na comunicação visual.

De entre estes, escolho o

acrílico para

demonstrar a evolução química que se alastra por vários parques industriais e pela importância socioecológica e mercantil que representa em nossa sociedade.

Antes, uma observação: todo o substrato é escolhido segundo a aplicabilidade técnica, seja como suporte de novos objetos, seja como objeto em si mesmo, logo, o conhecimento sobre cada um deles é essencial para um bom resultado artístico-visual e mercantil.

4.2

ACRÍLICO & Comunicação Visual

Acrílico ou polimetil-metacrilato [PMMA] um dos polímeros [plásticos] mais versáteis em aplicabilidade e qualidade mercadológica pela facilidade de adquirir formas, leveza e alta resistência. Conhecido como vidro acrílico ou simplesmente

acrílico, é um material termoplástico

rígido, transparente e incolor.

O nome químico deste produto é poli(metil-2-metilpropenoato). Seu monômero [pequena molécula que pode ligar-se a outros monômeros formando moléculas maiores denominadas polímeros ] é o éster metil propenoato de metila, desenvolvido em 1928 em vários laboratórios, surgiu no mercado em 1933 através da empresa americana Rohm and Haas (GmbH & Co. KG).

Acrílico é, pois, uma

fibra sintética com

reciclagem economicamente

viável, por isso, hoje, um

dos substratos mais

procurados para fabricação

de objetos decorativos,

utilitários e formulação de

fibras para têxteis onde

substitui a lã.

ACRÍLICO

Turismo/Lembrança

& Publicidade

4.3

RECICLAGEM

A importância da

Logística Reversa

Diante da morte anunciada para o Planeta Terra e, logo, da extinção da Humanidade, as sociedades resolveram agir politicamente ditando instrumentos jurídicos e administrativos, nacionais e internacionais, possibilitando uma Logística Reversa.

Política Nacional de Resíduos Sólidos

Um dos exemplos...

Foi a idealização de uma Política Nacional de Resíduos Sólidos [PNRS] foi instituída pela Lei 12.305, de 2 de Agosto de 2010 e regulamentada pelo Decreto 7.404, de 23 de Dezembro do mesmo ano. Entre os conceitos introduzidos na legislação ambiental brasileira estão a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, a logística reversa e o acordo setorial.

A responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos é o "conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos desta Lei."

A logística reversa é instrumento de

desenvolvimento econômico e social

caracterizado por um conjunto de ações,

procedimentos e meios destinados a viabilizar a

coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao

setor empresarial, para reaproveitamento, em

seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou

outra destinação.

HP & Roland DG dois exemplos

A empresa HP recicla os seus equipamentos [estruturas, cartuchos] e suas baterias de forma ambientalmente correta

e segura através de um Programa de Reciclagem próprio. Todos os produtos HP recebidos passam por um processo rígido de desmontagem, separação de partes (plástico, metal, borracha), trituração, e os seus resíduos são transformados em matéria-prima que será reaproveitada na fabricação de novos produtos.

reciclagem@hp.com

hp.com.br/sustentabilidade/reciclar

Também a Roland DG possui um programa: é o

Descarte de Cartuchos Roland. Tanto no Brasil como nos EUA, a empresa recicla paletes, papel, papelão, plásticos, etc., conscientizando usuários para uma vivência industrial socialmente adequada.

Roland DG Brasil // Descarte Roland Rua San josé, 780 - Pq. Ind. San José

Cotia, SP 06715-862

Outro Exemplo...

Tintas Digitais Formuladas

Nanotecnologicamente

4.4

As Mudanças

Devem Ser

Construtivas...

Voltando ao filósofo Manuel Reis... No seu livro PECADOS ESTRUTURAIS ele aborda a questão Direitos Fundamentais das Pessoas, i.e., a capacidade/liberdade de cada Pessoa e cada Comunidade de viveram por vontade própria.

No início desta apresentação falei de uma antiga aldeia portuguesa situada na Serra do Gerês, no norte. Sim, Vilarinho das Furnas. Contra a vontade das Pessoas e da Comunidade a aldeia foi destruída e deu lugar a uma albufeira.

O que isto tem a ver com

a nossa conversa?

Tudo!

Destruir um povoado em nome da modernidade é o mesmo que destruir um manancial [ou, olho

d´água] para instalar uma fábrica poluente. Ora, senhoras e senhores, o lucro não pode conter

valores agregados negativos, mas valores que contemplem a integridade do Todo

humanidade-terra e o progresso na vida de cada Pessoa.

Então, e lembra Manuel Reis, a liberdade da Pessoa deve ter tal capacitação que lhe permita

estabelecer limites entre o poder político e a realidade geossocial em que se insere essa

Pessoa. É o princípio republicano por excelência, como lembra também o empresário e advogado

brasileiro Sérgio A. Schmitz em sua tese de doutoramento.

O mundo que somos depende

unicamente da nossa vontade

de ser e estar com

consciência ecológica,

pois, o amanhã é o que fazemos

agora na certeza da

raiz sociocultural

que carreamos do ontem!

J. C. Macedo

Serra do Gerês, 1972

BIBLIOGRAFIA

ALQUIMIA, MODA & COMUNICAÇÃO VISUAL – João Barcellos. Ed Edicon & Centro de Estudos do Humanismo Crítico. Brasil e Portugal, 2014.

DIREITO AMBIENTAL – Rómulo Silveira da Rocha Sampaio; Ed Elsevier, 2011.

EM TORNO DAS NOVAS TECNOLOGIAS E DA NOVA ECONOMIA – Manuel Reis. Ed Edicon & Centro de Estudos do Humanismo Crítico. Brasil e Portugal, 2007.

INDÚSTRIA DIGITAL / Gráfica & Têxtil – João Barcellos. Ed Edicon & Centro de Estudos do Humanismo Crítico. Brasil e Portugal, 2013.

KUNSTFORMEN DER NATUR [Formas de Arte da Natureza] – Ernst Haeckel. Editora Verlag der Bibliographischen Instituts, Leipzig und Vienna, 1904. A técnica de impressão utilizada foi a cromolitografia e Haeckel trabalhou na sua concepção ao longo de cinco anos levando à impressão cerca de 100 ilustrações.

MUNDO GLOBAL & MUNDO LOCAL – João Barcellos, in DEBATES PARALELOS [coleção, Volume 1]. Ed Edicon & Centro de Estudos do Humanismo Crítico. Brasil e Portugal, 2002.

PECADOS ESTRUTRAIS – Manuel Reis. Ed Edicon & Centro de Estudos do Humanismo Crítico. Brasil e Portugal, 2014.

SOBRE O PRINCÍPIO REPUBLICANO – Sérgio A. Schmitz /Paulo M. Cruz, in RES PUBLICA, Volume 8 da coleção PALAVRAS ESSENCIAIS. Ed Edicon & Centro de Estudos do Humanismo Crítico. Brasil e Portugal, 2012.

SUSTENTABILIDADE /Direito ao Futuro – Juarez de Freitas. Ed Fórum; 2ª Ediç., 2012.

EMPRESAS CONSULTADAS

Agabê, Brother, Centro de Estudos do Humanismo Crítico, Centro de Tecnologia Serigráfica, Embaplan, FESPA, FCEM, Fremplast, Hering, HP, J-Teck Global, Jenealogia, Kiwo, Lectra, Mimaki, Mogk, Roland dg, Sintequímica.

IMAGENS Do arquivo do Autor e TerraNova Comunic + Web (fotos sem reserva autoral)

www.noetica.com.br

www.impressaocores.com.br

jb.escritor@uol.com.br

Recommended