View
118
Download
18
Category
Preview:
Citation preview
UNIVERSIDADE DE UBERABA PAULO EDUARDO BORGES FIDELIS
PROPOSTA PARA IMPLANTAÇÃO DE PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS: ESTUDO DE CASO DE UMA EMPRESA DE
COMERCIALIZAÇÃO E PROCESSAMENTO DE AÇO.
UBERLÂNDIA – MG 2013
PAULO EDUARDO BORGES FIDELIS
PROPOSTA PARA IMPLANTAÇÃO DE PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS: ESTUDO DE CASO DE UMA EMPRESA DE
COMERCIALIZAÇÃO E PROCESSAMENTO DE AÇO. Trabalho apresentado à Universidade de Uberaba, como parte das exigências à conclusão da disciplina Projeto de conclusão de curso, do 10° período, do curso de Engenharia Ambiental. Orientador: Prof. Dr. Euclides Antônio Pereira de Lima
UBERLÂNDIA – MG
2013
PAULO EDUARDO BORGES FIDELIS
PROPOSTA PARA IMPLANTAÇÃO DE PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS: ESTUDO DE CASO DE UMA EMPRESA DE
COMERCIALIZAÇÃO E PROCESSAMENTO DE AÇO.
Trabalho apresentado à Universidade de Uberaba, como parte das exigências à conclusão da disciplina Trabalho de Conclusão de Curso, do 10º período, do curso de Engenharia Ambiental Orientador: Prof. Dr. Euclides Antônio Pereira de Lima
Aprovado em: ___/___/___
BANCA EXAMINADORA
____________________________ Prof. Dr. Euclides Antônio Pereira de Lima
Universidade de Uberaba Orientador
____________________________ Profa. M.Sc. Djane Araújo Inácio da Cunha
Universidade de Uberaba Examinadora
____________________________ Profa. M.Sc. Eleonora Henrique Amorim de Jesus
Universidade de Uberaba Examinadora
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos professores Euclides Antônio Pereira de Lima, Djane Araújo
Inácio da Cunha e Eleonora Henrique Amorim de Jesus por me darem a
oportunidade de reconhecer que sempre podemos melhorar, como também pela
ajuda e paciência durante os momentos finais do curso.
RESUMO
O Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos (PGRS) se resume em
uma forma adequada de quantificar os resíduos gerados em um empreendimento e
propor formas corretas de redução e destinação final. Neste trabalho foi realizado
um estudo de caso em uma empresa de produtos siderúrgicos e metalúrgicos.
Portanto, a aplicação e elaboração de um PGRS para essa empresa proporcionou a
minimização da geração de resíduos e garantiu seu manuseio, separação,
estocagem e disposição final de forma mais adequada, atendendo a legislação
vigente, de modo a evitar danos à saúde e segurança dos funcionários e ao meio
ambiente. Nesse sentido, observou-se que as mudanças não foram significativas só
para o meio ambiente, como também ocorreu uma sensibilização entre os
funcionários da empresa, que passaram a ter um comportamento consciente,
possibilitando economia e sustentabilidade.
Palavras-chave: resíduos sólidos, meio ambiente, sustentabilidade
ABSTRACT
The Integrated Waste Management Plan (IWMP) is summarized in an
appropriate way to quantify the waste generated in a project and propose ways to
reduce and to do the correct disposal. In this work is presented a study case in a
company of steel and metallurgical products. Therefore, the application and
development of a IWMP for the company provided the minimization of waste
generation and assured handling, separation, storage and disposal more appropriate
as determined by the current legislation, in order to avoid damage to the health and
safety employees and the environment. Accordingly, it was observed that the
changes were not significant only for the environment, but also there was a sensitize
way among the employees of the company, which now have a conscious behavior,
which generates economy and sustainability.
Keywords: solid waste, environment, sustainability
LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Código de cores ....................................................................................... 24
Figura 2 – Fluxograma de pesquisa .......................................................................... 27
Figura 3 – Armazenagem da chapa de aço............................................................... 31
Figura 4 – Chapa cortada .......................................................................................... 32
Figura 5 – Fluxograma do processo de produção ..................................................... 32
Figura 6 – Carepa sendo estocada no pátio ............................................................. 34
Figura 7 – Pallets usados para criação de horta ....................................................... 39
Figura 8 – Horta em pallets ....................................................................................... 40
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Quantificação dos resíduos .................................................................. 36
Quadro 2. – Plano de gerenciamento de resíduos sólidos A ................................. 46
Quadro 3.1 – Plano de gerenciamento de resíduos sólidos B ............................... 47
Quadro 3.2 – Plano de gerenciamento de resíduos sólidos C ............................... 48
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
ABRELPE – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos
Especiais
RSU – Resíduos Sólidos Urbanos
PGRS – Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente
NR – Normas Regulamentadoras
CLT – Consolidação das Leis do Trabalho
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
NBR – Norma Brasileira
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
SNVS – Sistema Nacional de Vigilância Sanitária
SUASA – Sistema Único de Atenção à Sanidade Agropecuária
SISNAMA – Sistema Nacional do Meio Ambiente
PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos
SINIR - Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos ABAL – Associação Brasileira de Alumínio MMA – Ministério do Meio Ambiente PMSB – Plano Municipal de Saneamento Básico BRACELPA – Associação Brasileira de Celulose e Papel CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12
1.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 13
1.2 OBJETIVOS ........................................................................................................ 14
1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 14
1.2.2 Objetivos Específicos .................................................................................... 14
1.3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................... 15
1.3.1 Planos de Saneamento e a Política Nacional dos Resíduos Sólidos .............. 15
1.3.1.1 Coleta seletiva ............................................................................................... 17
1.3.1.2 Logística reversa ........................................................................................... 17
1.3.1.3 Catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis ......................................... 18
1.3.2 Classificação de resíduos ............................................................................. 19
1.3.3 Resíduos sólidos industriais ......................................................................... 20
1.3.4 Pilhas e baterias ............................................................................................. 20
1.3.5 Resíduos orgânicos ....................................................................................... 21
1.3.6 Carepa ............................................................................................................. 21
1.3.7 Metal ................................................................................................................ 22
1.3.8 Plástico ............................................................................................................ 23
1.3.9 Papel ................................................................................................................ 23
1.3.10 Código de cores para diferentes tipos de resíduos .................................. 24
1.3.11 Destinação final de resíduos ....................................................................... 25
2 METODOLOGIA .................................................................................................... 27
2.1 PRIMEIRA ETAPA .............................................................................................. 28
2.2 SEGUNDA ETAPA .............................................................................................. 28
2.3 TERCEIRA ETAPA ............................................................................................. 28
2.4 QUARTA ETAPA ................................................................................................. 29
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................... 30
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ................................................................... 30
3.2 OS RESÍDUOS ANTES DA IMPLANTAÇÃO DO PGRS..................................... 33
3.3 PROPOSTAS IMPLANTADAS DO PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE
RESÍDUOS SÓLIDOS ............................................................................................... 34
3.3.1 Classificação dos resíduos ........................................................................... 37
3.3.2 Manuseio ......................................................................................................... 37
3.3.3 Destinação ...................................................................................................... 38
3.4 PROPOSTAS ...................................................................................................... 39
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 41
5 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 42
APÊNDICES ............................................................................................................. 45
1 INTRODUÇÃO
Com o atual nível de consumo e avanço tecnológico, a geração de resíduos e
sua variedade aumentam a cada dia. O que fazer com eles é um problema
enfrentado por várias cidades, das pequenas às grandes, no Brasil e no mundo.
Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e
Resíduos Especiais (ABRELPE) em 2010, o volume de Resíduos Sólidos Urbanos–
RSU gerados em 2010 pela população é 6,8% superior ao registrado pelo Panorama
em 2009. Foram quase 61 milhões de toneladas de resíduos produzidos nos últimos
doze meses e o aumento populacional no país não é justificado por esse
crescimento, pois o estudo mostrou que a geração de resíduos aumentou seis vezes
mais do que a população em 2010, o que significa que, no último ano, cada
brasileiro produziu, sozinho, uma média de 1,1 kg de resíduo.
Em Uberlândia, a produção diária de 700 gramas de resíduo sólido por
habitante que chega ao aterro sanitário está abaixo da média nacional de 1,1 kg,
segundo dados do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil (2010), pela
Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais.
O país dispõe de importantes contribuições para o setor de tratamento de
resíduos com a criação das leis 11.445 de 5 de janeiro de 2007, a qual estabeleceu
estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, como também a lei da
Política Nacional de Resíduos Sólidos de número 12.305 de 2 de agosto de 2010, a
qual dispõe sobre princípios, objetivos, instrumentos e diretrizes relativas à gestão
integrada e gerenciamento de resíduos sólidos.
O critério de progresso do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
cogitou as diferentes etapas de implantação e projetou, para cada uma delas, quais
as ações a serem tomadas para o manuseio, estocagem e destinação final. A partir
daí foram elaboradas medidas preventivas, ações de comunicação e soluções para
destinar corretamente os resíduos gerados pelas obras do empreendimento.
A empresa em estudo destina-se ao comércio atacadista de produtos
siderúrgicos e metalúrgicos. O aço (matéria prima) chega à empresa em caminhões
terceirizados, a seguir ele é pesado e descarregado nos galpões de armazenamento
13
e processamento. Nestes galpões existem baias onde o produto fica estocado até a
seu beneficiamento.
No processo de industrialização o aço passa por uma máquina que estira e o
enrola formando bobinas. Estas bobinas, por sua vez, são processadas por
máquinas que desbobinam, cortam e dobram o aço formando o produto final. Os
produtos finais que serão utilizados na construção civil são: alambrado, arame
recozido, barra de transferência, estribo, perfil estrutural, prego, tela, treliça,
vergalhão, vergalhão cortado e dobrado.
Os produtos da empresa então são utilizados em diversos setores da
economia, se estendendo desde setores de base como construção civil, indústria,
agropecuária e mineração até saúde e alimentício.
É importante, portanto, saber que é possível reduzir os resíduos gerados por
qualquer fonte poluidora através de um planejamento bem elaborado, utilizando-se
melhor os recursos e assim preservando o meio ambiente.
O objetivo principal deste trabalho é apresentar um Plano de Gerenciamento
de Resíduos Sólidos para uma empresa de comercialização e processamento de
aço, o qual prevê a definição de ações e procedimentos necessários para o
gerenciamento de resíduos sólidos, objetivando dar a destinação correta aos
resíduos gerados pela empresa.
1.1 JUSTIFICATIVA
De acordo com a Lei 12.305 de 2010, a qual institui a Política Nacional de
Resíduos Sólidos, a empresa em estudo está sujeita à elaboração de Plano de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos, onde a mesma está prevista na alínea “f” do
inciso I do art. 13 desta lei a qual apresenta a classificação quanto à origem:
resíduos industriais gerados nos processos produtivos e instalações industriais.
O empreendimento faz uso de materiais que mais tarde se tornam resíduos,
os quais alguns constituem serviços públicos segundo a Lei 11.445 de 2007, que
estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico.
De acordo com o Art. 7º da Lei 11.445/2007:
14
Para os efeitos desta Lei, o serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos urbanos é composto pelas seguintes atividades: I - de coleta, transbordo e transporte dos resíduos relacionados na alínea c do inciso I do caput do art. 3
o desta Lei;
II - de triagem para fins de reúso ou reciclagem, de tratamento, inclusive por compostagem, e de disposição final dos resíduos relacionados na alínea c do inciso I do caput do art. 3
o desta Lei [...] (Lei 11.445/2007).
Este trabalho trará, em atendimento à solicitação da Secretaria de Estado de
Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável/Superintendência Regional
Regularização Ambiental para concessão de Licenciamento Ambiental, tido como
condicionante a apresentação do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do
empreendimento, o PGRS que prevê a definição de ações e procedimentos
necessários para o gerenciamento dos resíduos sólidos, decorrentes das
intervenções do empreendimento, de acordo com as normas oficiais, aos preceitos
técnicos da engenharia e ao meio ambiente.
Seguindo este contexto, o presente trabalho visa a criação de um Plano de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos para uma empresa destinada ao comércio de
produtos siderúrgicos e metalúrgicos.
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo Geral
Elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos - PGRS, que
permita o destino mais adequado aos resíduos que gerados nas instalações do
empreendimento.
1.2.2 Objetivos Específicos
Definir práticas que permitam minimizar a geração de resíduos.
Fazer um estudo sobre formas corretas de manuseio, separação, estocagem
e disposição final atendendo a legislação vigente.
15
Aplicar e propor métodos de redução e não geração às principais setores
geradores de resíduos na área de produção, pátios, escritórios, recepção e
refeitório.
1.3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.3.1 Planos de Saneamento e a Política Nacional dos Resíduos Sólidos
Em 2007 ocorreu a publicação da Lei n.º 11.445, que define parâmetros para
elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), o qual todas as
prefeituras dos Municípios devem elaborar até o final de 2013. Portanto, sem esse
plano, os municípios a partir do ano de 2014 não receberão os recursos federais
para projetos de saneamento básico.
Nesse sentido, essa lei, define que o saneamento básico é um conjunto de
infraestruturas, tecnologias e serviços relativos aos processos que envolvem o
planejamento adequado do sistema de abastecimento de água potável; do sistema
de esgotamento sanitário; do sistema de manejo de resíduos sólidos e do sistema
de drenagem das águas pluviais urbanas.
Portanto, um plano municipal de saneamento básico deve abranger esses quatro
sistemas citados, que são diretamente relacionados, pois o mau planejamento de
um desses pode interferir na qualidade de um ou mais sistemas. Por exemplo, um
mau gerenciamento e manejo de resíduos sólidos pode acarretar em contaminação
dos recursos hídricos ou interferir na eficiência do sistema de drenagem urbana
provocando enchentes.
Em vista do exposto, o Brasil deu um importante passo com a criação da Lei
12.305 de 2010, a qual institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispondo
sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes
relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os
perigosos, às responsabilidades dos geradores e do poder público e aos
instrumentos econômicos aplicáveis.
16
É um avanço em termos ambientais a adoção de uma lei nacional a qual
disciplina o melhor e mais consciente manejo dos resíduos sólidos. Além de proibir a
criação de lixões a céu aberto, e os mesmos já existentes, serem substituídos por
aterros sanitários, de acordo com a mesma lei, foi criada a política da logística
reversa, a qual determina que os fabricantes, distribuidores ou vendedores recolham
seus produtos, que vão desde pilhas e baterias até embalagens de óleos e
agrotóxicos.
Segundo Santana (2007), aquilo que seu proprietário não mais faz uso e que
não há um valor significativo, seja em qualquer tempo ou local, se torna um resíduo.
Algumas definições presentes nesta lei são muito importantes para a
realização correta do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, pois da mesma
se tem estabelecidos os princípios, objetivos e instrumentos usados para a gestão
integrada e gerenciamento dos resíduos sólidos mostrando a responsabilidade da
sociedade, dos geradores e também consumidores.
De acordo com o manual “Planos de Gestão de Resíduos Sólidos” (2012), um
dos objetivos fundamentais estabelecidos pela Lei 12.305/2010 é a ordem de
prioridade para a gestão de resíduos, a qual deixa de ser voluntária e passa a ser
obrigatória: na geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos
sólidos e disposição final ambientalmente adequada aos rejeitos.
Conforme o manual “Planos de Gestão de Resíduos Sólidos” (2012): “A lei
estabelece a diferença entre resíduo e rejeito: resíduos devem ser reaproveitados e
reciclados e apenas os rejeitos devem ter disposição final”.
Entre os instrumentos definidos estão: a coleta seletiva; os sistemas de
logística reversa; o incentivo à criação e ao desenvolvimento de cooperativas e
outras formas de associação dos catadores de materiais recicláveis, e o Sistema
Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (SINIR).
Não só as empresas privadas, como a sociedade em geral devem, portanto,
ter a consciência e a responsabilidade de cuidar devidamente dos resíduos gerados
como um todo, incorporando mudanças de hábitos que reduzam o consumo, assim
como sua geração.
17
1.3.1.1 Coleta Seletiva
Coleta seletiva é o reaproveitamento de resíduos que normalmente
chamamos de lixo e deve sempre fazer parte de um sistema de gerenciamento
integrado de lixo. (RIBEIRO, 2001).
Para efeitos da Lei 12.305/2010 a qual institui o PNRS:
A coleta seletiva deverá ser implementada mediante a separação prévia dos resíduos sólidos (nos locais onde são gerados), conforme sua constituição ou composição (úmidos, secos, industriais, da saúde, da construção civil, etc.). A implantação do sistema de coleta seletiva é instrumento essencial para se atingir a meta de disposição final ambientalmente adequada dos diversos rejeitos (Lei 12.305/2010).
Faz-se uma forma essencial e adequada de disposição aos diversos tipos de
resíduos e rejeitos em qualquer ambiente.
1.3.1.2 Logística reversa
Pensamos em logística como o gerenciamento do fluxo de materiais do seu
ponto de aquisição até o seu ponto de consumo. No entanto, existe também um
fluxo logístico reverso, do ponto de consumo até o ponto de origem, que precisa ser
gerenciado (LACERDA, 2002).
O Instrumento econômico e social denominado logística define procedimentos
para a coleta e devolução de resíduos sólidos ao setor o qual o produziu, segundo a
Lei 12.305/2010, Art. 33:
São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de: I - agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso; II - pilhas e baterias; III - pneus; IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes.
18
A logística reversa contribui legitimamente para a preservação do meio
ambiente e gera pontos para a imagem da empresa que a pratica.
1.3.1.3 Catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis
Os resíduos oriundos do comércio, geralmente são reciclados pela ação dos
catadores, que os recolhem e comercializam junto ao mercado informal dos
sucateiros, principalmente embalagens de papel, plásticos, metal e vidros.
(RIBEIRO, 2001).
Um aspecto importante e de bastante relevância presente na Lei da Política
Nacional de Resíduos Sólidos é o apoio à inclusão produtiva dos catadores de
materiais reutilizáveis e recicláveis, priorizando a participação de cooperativas de
catadores (Plano de Gestão de Resíduos Sólidos, 2012).
A PNRS definiu por meio do Decreto 7.404, que os sistemas de coleta
seletiva e de logística reversa, deverão priorizar a participação dos catadores de
materiais recicláveis, e que os planos municipais deverão definir programas e ações
para sua inclusão nos processos.
Em Uberlândia, o projeto “Coleta Seletiva” das secretarias municipais de
Serviços Urbanos e Meio Ambiente, tem como objetivo facilitar a separação e a
destinação do material para reciclagem (UBERLÂNDIA, 2013):
“Todo o lixo recolhido durante a operação “Coleta Seletiva” será
encaminhado às entidades parceiras da Prefeitura na reciclagem de lixo: a Associação dos Recicladores e Catadores Autônomos de Uberlândia (Arca), a Cooperativa dos Recicladores de Uberlândia (Coru) e a Associação dos Coletores de Plástico, Pets, PVC e Outros Materiais Recicláveis (Acopppmar)” (UBERLÂNDIA, 2013).
As cooperativas são então formadas por iniciativas de catadores que
procuram meios de viabilizar seu trabalho frente a uma série de dificuldades
enfrentadas na comercialização de materiais recicláveis, aliando-se ao trabalho
coletivo para fortalecer a categoria.
19
1.3.2 Classificação de resíduos
A Norma Brasileira 10.004, criada no dia 28 de maio de 2004 é uma
ferramenta muito importante no setor de gerenciamento de resíduos.
Segundo Kraemer (2005), a partir da classificação estipulada pela norma, o
gerador de um resíduo pode facilmente identificar o potencial de risco do mesmo,
bem como identificar as melhores alternativas para destinação final e/ou reciclagem.
De acordo com a ABNT NBR 10.004 de 2004:
Os resíduos perigosos (Classe I) são aqueles que por suas características podem apresentar riscos para a sociedade ou para o meio ambiente. São considerados perigosos também os que apresentem uma das seguintes características: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e/ou patogenicidade. Na norma estão definidos os critérios que devem ser observados em ensaios de laboratório para a determinação destes itens. Os resíduos que recebem esta classificação requerem cuidados especiais de destinação (NBR 10004:2004).
Ainda de acordo com a mesma norma, os resíduos não perigosos (Classe II)
não apresentam nenhuma das características acima, podem ainda ser classificados
em dois subtipos:
Classe II A – não inertes: são aqueles que não se enquadram no item anterior, Classe I, nem no próximo item, Classe II B. Geralmente apresenta alguma dessas características: biodegradabilidade, combustibilidade e solubilidade em água. Classe II B – inertes: quando submetidos ao contato com água destilada ou desionizada, à temperatura ambiente, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água, com exceção da cor, turbidez, dureza e sabor, conforme anexo G da norma (NBR10004:2004).
Quanto maior o aprofundamento nesta grande variedade, que a cada dia
cresce de resíduos, melhor o conhecimento adquirido a cerca de como melhorar as
formas de seu descarte.
20
1.3.3 Resíduos sólidos industriais
A realidade vivida pelo setor industrial no Brasil é bastante peculiar. Apesar
de o gerador ser o responsável pelo destino de seus resíduos, a escassez de
informações e de alternativas disponíveis para esse fim e a carência de pessoal
especializado fazem com que algumas indústrias dispensem pouca ou nenhuma
atenção a tal responsabilidade (SISINNO, 2003).
De acordo com a CONAMA 313/2002, Art. 2º para fins desta resolução
entende-se que:
Resíduo sólido industrial: é todo o resíduo que resulte de atividades industriais e que se encontre nos estados sólido, semi-sólido, gasoso - quando contido, e líquido - cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgoto ou em corpos d`água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água e aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição (CONAMA 313/2002).
Os geradores de resíduos sólidos industriais são responsáveis por agressões
fatais ao ambiente. Nele estão incluídos produtos químicos (cianureto, pesticidas,
solventes), metais (mercúrio, cádmio, chumbo) e solventes químicos que ameaçam
os ciclos naturais onde são despejados (KRAEMER. 2005). Como muitos desses
resíduos são mal dispostos, eles acabam por chegar à cadeia alimentar dos
humanos, prejudicando sua saúde.
1.3.4 Pilhas e baterias
O descarte inadequado de pilhas e baterias pode causar impactos negativos
ao meio ambiente devido à sua composição química. É certa, portanto, a
necessidade de se disciplinar o descarte e o gerenciamento ambientalmente
adequado de pilhas e baterias usadas, no que tange à coleta, reutilização,
reciclagem, tratamento ou disposição final (CONAMA 257, 1999).
Segundo a resolução CONAMA 257/99:
21
[...] após seu esgotamento energético, serão entregues pelos usuários aos estabelecimentos que as comercializam ou à rede de assistência técnica autorizada pelas respectivas indústrias, para repasse aos fabricantes ou importadores, para que estes adotem, diretamente ou por meio de terceiros, os procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final ambientalmente adequada. (CONAMA 257/99).
É, portanto, de suma importância a conscientização quanto às pilhas e
baterias sobre seu descarte, de modo a chegar seguro de volta ao seu fabricante, o
qual possui a melhor maneira de dar uma disposição final ao mesmo.
1.3.5 Resíduos orgânicos
Cerca de 50% do que vai para aterros e lixões é representado por resíduos
orgânicos. Esse tipo de resíduo fica em processo de decomposição por até um ano,
ocupa espaço, produz chorume, gera risco de incêndio e é o local de reprodução e
manutenção de insetos e de pássaros nocivos à saúde humana. Além de promover
a percolação de outros materiais no solo, que podem ser lixiviados para as vertentes
de água (IPT/CEMPRE, 2000).
De acordo com a Lei 12.305/2010, Art. 36:
Art. 36. No âmbito da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, cabe ao titular dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, observado, se houver, o plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos: V - implantar sistema de compostagem para resíduos sólidos orgânicos e articular com os agentes econômicos e sociais formas de utilização do composto produzido (Lei 12.305/2010).
A forma mais simples de acabar com esse problema é a utilização desse
material, por meio da compostagem, para a geração de compostos orgânicos, que
podem ser utilizados no solo a fim de melhorar a produtividade agrícola (TORRES,
2008), como também ajudar a reter a água no solo, reduzir a contaminação e a
poluição atmosférica.
1.3.6 Carepa
As atividades siderúrgicas são responsáveis pela geração de uma grande
variedade e quantidade de resíduos passíveis de reciclagem, sendo que a
22
reutilização da maioria desses materiais ainda está sendo estudada. Devido à
crescente preocupação com as questões ambientais, várias indústrias passaram a
investir em novas alternativas para solucionar os problemas decorrentes da sua
geração e disposição (CUNHA, 2006).
Segundo Castro (2006), a carepa, é uma camada de óxidos que ocorre na
superfície do aço inoxidável ferrítico durante o processo de fabricação a quente e
através de uma reação com o meio externo.
Anualmente, as empresas siderúrgicas do Brasil, produzem aproximadamente
245 mil toneladas de carepa de aço, material este muitas vezes sem destinação
adequada. Devido à grande quantidade de resíduos gerados, algumas empresas
estão adotando uma nova política de gestão ambiental, reaproveitando-os com a
finalidade de aumentarem seus lucros (ALMEIDA, 2009).
Uma solução para esse problema seria fazer parcerias empresariais,
conforme Almeida (2009), buscando dar uma destinação ecologicamente melhor
para certos tipos de resíduos industriais.
1.3.7 Metal
O metal é um elemento químico caracterizado pela alta condutividade elétrica
e térmica, com elevada durabilidade e resistência mecânica. Os metais podem ser
classificados em dois grupos quanto a sua composição: os ferrosos, como o ferro e
o aço; e os não-ferrosos, como alumínio e o cobre (IPT/CEMPRE. 2000, pág. 171).
Segundo a Associação Brasileira de Alumínio – ABAL (2006), o país se
manteve pelo quinto ano consecutivo na liderança do ranking mundial dessa
atividade com o índice de 96% na reciclagem de latas de alumínio para bebidas em
2005.
23
1.3.8 Plástico
Segundo IPT/CEMPRE (2000), o plástico é produzido a partir de um polímero
que surgiu logo após a descoberta do petróleo como fonte de energia e matéria-
prima em meados do século nove.
Esses vários tipos de polímeros e sua utilização são em grande parte responsáveis pela construção da denominação “sociedade dos descartáveis”, uma vez que são utilizados como embalagens que, após um único uso, são jogadas fora. Assim, o plástico se torna o culpado por grande parte da poluição provocada pelos resíduos sólidos, como o entupimento de bocas de lobo e canais hídricos; além de que a fumaça derivada de sua queima é altamente tóxica (TORRES, 2008).
Quando uma embalagem plástica contém materiais que possam causar um
impacto negativo ao meio ambiente, como embalagens de óleos lubrificantes, seu
fabricante, importador, distribuidores e comerciantes são obrigados, de acordo com
a Lei 12.305 de 2010, a estruturar e implementar sistemas de logística reversa,
mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente
do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos.
1.3.9 Papel
Segundo a Associação Brasileira de Celulose e Papel - BRACELPA, nos
últimos 10 anos, a produção mundial de papel cresceu 35 %, sendo que o Brasil
somou 8,2 milhões de toneladas 2004 e ocupou a posição de sétimo maior
fabricante mundial de celulose, com cerca de 9,4 milhões de toneladas (PINHEIRO;
VIEIRA; RODRIGUEZ; MONTEIRO, 2008)
A opção por aterro sanitário para disposição final do papel é inviável, em
função dos altos custos para sua implantação e manutenção, além da exigência de
cuidados especiais no manuseio, tendo em vista os riscos de contaminação
ambiental (BELLOTE; SILVA; FERREIRA; ANDRADE, 1998).
A reciclagem de uma tonelada de papel representa a não derrubada de vinte
árvores, enquanto que a reciclagem de uma tonelada de metal significa a economia
de cinco toneladas de bauxita. (OLIVEIRA; CARVALHO, 2004).
24
Com a reciclagem do papel, estão sendo preservadas severas áreas de
florestas, as quais sofrem impactos ambientais negativos pela remoção das árvores
e exposição do solo. A reciclagem também gera renda a milhares de pessoas no
Brasil que trabalham em associações de catadores e recicladores de papel.
1.3.10 Código de cores para diferentes tipos de resíduos
Considerando a necessidade de se reduzir os impactos ambientais, a
reciclagem e sua correta disposição, mesmo que temporária, deve ser incentivada.
A resolução CONAMA 275 de 25 de abril de 2001 estabelece o código de
cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de
coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta
seletiva, de acordo com a figura 1.
Figura 1 - Código de cores
Fonte - Google, 2013
25
A educação ambiental pode então ajudar a minimizar os impactos ambientais
associados à extração, geração, beneficiamento, transporte, tratamento e
destinação final de matérias-primas, os quais provocam o aumento de lixões e
aterros sanitários (CONAMA 275, 2001).
1.3.11 Destinação final de resíduos
De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos de 2010, se entende
por destinação final ambientalmente adequada a destinação de resíduos que inclui a
reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento
energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes do Sisnama,
do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária- SNVS e do Sistema Único de Atenção
à Sanidade Agropecuária - SUASA, entre elas a disposição final, observando
normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e
à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos, enquanto disposição
final ambientalmente adequada se da pela distribuição ordenada de rejeitos em
aterros, observando normas operacionais específicas, de modo a evitar danos ou
riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais
adversos.
Existem três tipos de aterros: Aterro Sanitário, Aterro Controlado e Lixão.
sendo que os ideais, ou, os aterros sanitários são aqueles que têm o terreno
preparado para receber adequadamente os resíduos sólidos sem prejudicar o meio
ambiente ou a população local e são o destino dos resíduos sólidos em 27% das
cidades brasileiras. Número bem abaixo do que o país precisa, mas que aumentou
nos últimos anos, segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, do IBGE no
ano de 2010.
De acordo com Lima e Silva, Guerra e Mousinho (1999), o lixão se da por
uma maneira inapropriada de disposição final de resíduos sólidos, sem critérios
técnicos, na qual se descarrega o lixo diretamente no solo, sem qualquer tratamento
prévio, colocando em risco o meio ambiente e a saúde pública.
Segundo a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental - CETESB,
o Aterro Sanitário é um aprimoramento de uma das técnicas mais antigas utilizadas
26
pelo homem para descarte de seus resíduos, que é o aterramento. Modernamente, é
uma obra de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo resíduos no
menor espaço prático possível, causando o menor dano possível ao meio ambiente
ou à saúde pública. (CETESB, 2013)
Mais de 140 mil toneladas de lixo são geradas diariamente no Brasil.” (UFRJ,
2008). Segundo dados da Abrelpe (2011), 76% dos detritos produzidos no país são
jogados em lixões e outros 13% nos “aterros controlados”, locais onde o lixo é,
basicamente, confinado sem medidas de proteção à natureza e ao ser humano.
Estas áreas de despejo (aterros controlados) não podem ser consideradas como o ponto final para muitas das substâncias contidas ou produzidas a partir do lixo urbano, pois, quando a água principalmente das chuvas percola através desses resíduos, várias dessas substâncias orgânicas e inorgânicas são carreadas pelo chorume: líquido poluente originado da decomposição do lixo (SISINNO, 1996).
Essa técnica consiste basicamente, então, na compactação dos resíduos no
solo, na forma de camadas que são periodicamente cobertas com terra ou outro
material inerte.
27
2 METODOLOGIA
Foi realizado um estudo de caso um empreendimento de porte médio
caracterizado como comércio atacadista e industrialização de produtos siderúrgicos
e metalúrgicos que se destina ao corte e dobra de aço.
A mesma ao despender suas atividades juntamente com a interação dos
trabalhadores em salas, escritórios, refeitórios, área de produção, pátios e recepção,
estavam gerando resíduos de variadas naturezas, como orgânicos (restos de
comida e cascas de frutas), papel, papelão, copos descartáveis, e carepa, que
segundo Cunha (2006), é um subproduto oriundo da oxidação da superfície do aço,
quando submetido ao gradiente térmico, ao meio corrosivo ou à simples ação do
tempo.
A pesquisa analisou o processo produtivo, realizando um levantamento direto
de dados, analisando e interpretando-os, na busca da identificação dos impactos
gerados, assim elaborando um plano de gerenciamento dos resíduos (CAMERA,
2010). A Figura 2 representa as etapas da pesquisa de forma simplificada.
Figura 2 - Fluxograma da pesquisa
Fonte - Elaborado pelo autor
28
Ao analisar o fluxograma da Figura 2, nota-se que a metodologia vista de
forma mais simples, é feita em visitas frequentes ao local de estudo, definindo-se o
objetivo a ser alcançado, pode-se finalmente criar o plano proposto.
2.1 PRIMEIRA ETAPA
Para começar o processo de criação do Plano de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos, foi necessário fazer uma visita in loco para se obter um
conhecimento sobre o local, os trabalhadores, usuários do local e suas atividades
realizadas, desde setores como recepção e escritórios, aos de produção e faxina,
assim identificando as metas a serem alcançadas.
Foram também realizadas revisões in loco as quais consistiram na coleta de
informações sobre a empresa, tais como responsáveis, endereço, produção,
sazonalidade nas operações, número de empregados e área construída.
2.2 SEGUNDA ETAPA
Na segunda etapa, o objetivo principal foi de desenvolver a revisão
bibliográfica, dando uma lógica ao estudo e conceituação ao buscar conhecimento
sobre metodologias para a elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos.
2.3 TERCEIRA ETAPA
Nessa etapa foi elaborado o Fluxograma (Figura 6) dos procedimentos e
processos produtivos da empresa, assim facilitando a identificação dos pontos
geradores de resíduos.
29
2.4 QUARTA ETAPA
Foi considerado um conjunto de ações como procedimentos para a
elaboração do PGRS: identificar, quantificar, caracterizar, classificar, definir e manter
critérios para coleta, manuseio, acondicionamento, armazenamento, transporte,
disposição de resíduos sólidos.
Verificou-se como é o processo atual de gestão dos resíduos, o qual engloba
a segregação, acondicionamento, armazenamento e a destinação dos resíduos,
bem como os procedimentos e controles atualmente praticados.
Realizou-se o inventário de resíduos onde, a partir da identificação dos tipos
de resíduos gerados em cada fonte, se fez necessário a quantificação dos mesmos
através de uma amostragem.
Com base nos subsídios apurados, permitiu-se nesta etapa identificar áreas
com significativa geração de resíduos, evidências de resíduos perigosos, bem como
pontos críticos.
30
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Para que seja possível o melhor aproveitamento do Plano de Gerenciamento
de Resíduos Sólidos, foi fundamental fazer um levantamento sobre os trabalhadores
e usuários do local.
Foram apresentadas as propostas sobre gerenciamento de resíduos aos
mesmos, visando a conscientização sobre a geração de resíduos dentro e fora do
processo produtivo, a evitar desperdícios e sobre a coleta seletiva dos resíduos e
seu manuseio correto, de modo a preservar a saúde e segurança dos funcionários e
ao meio ambiente.
Nos procedimentos para o desenvolvimento do PGRS, foram considerados
um conjunto de ações para identificar, quantificar, caracterizar, classificar, definir e
manter critérios para coleta, manuseio, acondicionamento, armazenamento,
transporte, disposição de resíduos sólidos.
Portanto, verificou-se como é o processo atual de gestão dos resíduos,
englobando a segregação, acondicionamento, armazenamento e a destinação dos
resíduos, bem como os procedimentos e controles atualmente praticados, realizando
um inventário de resíduos onde, a partir da identificação dos tipos de resíduos
gerados em cada fonte, se fez necessário a quantificação dos mesmos por meio de
uma amostragem.
Com base nos subsídios apurados foi essencial a identificação das áreas com
significativa geração de resíduos, evidências de resíduos perigosos, bem como
pontos críticos.
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA
O empreendimento destina-se ao comércio atacadista de produtos
siderúrgicos e metalúrgicos.
A empresa dispõe de um total de 50 funcionários trabalhando no horário
comercial das 08 horas às 18 horas nos dias de segunda à sexta.
31
O aço (matéria prima) chega à empresa em caminhões terceirizados, a seguir
ele é pesado e descarregado nos galpões de armazenamento e processamento.
Nestes galpões existem baias onde o produto fica estocado até a sua
industrialização, conforme apresentado na Figura 3.
Figura 3 - Armazenagem da chapa de aço
Fonte - Arquivo pessoal do autor
No processo de industrialização, o aço passa por uma máquina que o estira e
enrola formando bobinas. Estas, por sua vez, são processadas por máquinas que
desbobinam, cortam e dobram o aço formando o produto final, que pode ser utilizado
em setores de base como construção civil, indústria, agropecuária e mineração, até
saúde e alimentício (Figura 4).
32
Figura 4 - Chapa cortada
Fonte - Arquivo pessoal do autor
Os produtos finais que serão utilizados na construção civil são: alambrado,
arame recozido, barra de transferência, estribo, perfil estrutural, prego, tela, treliça,
vergalhão, vergalhão cortado e dobrado.
A Figura 5 representa de forma simplificada o processo de produção da
empresa em estudo.
Figura 5 - Fluxograma do processo de produção
Fonte - Elaborado pelo autor
33
Como pode ser visto na Figura 5, são apresentadas as etapas do processo de
produção e os pontos de geração de resíduo.
3. 2 OS RESÍDUOS ANTES DA IMPLANTAÇÃO DO PGRS
Neste tópico, são apresentados os tipos de resíduos e seus respectivos
destinos, antes da aplicação do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.
a) Área de produção:
Os resíduos provenientes da área de produção tinham a maior quantidade em
se tratando do total de resíduos da empresa, assim ocupando maior espaço.
Resíduos como carepa e sobras de sucata ocupavam a maior parte do pátio
onde eram estocados. Posteriormente, a carepa, que é um subproduto oriundo da
oxidação da superfície do aço, quando submetido ao gradiente térmico, ao meio
corrosivo ou à simples ação do tempo, direcionada para outra empresa de aço da
mesma linha desta em estudo (Figura 6).
34
Figura 6 – Carepa sendo estocada no pátio
Fonte - Arquivo pessoal do autor
Outros resíduos menores que também eram gerados na área de produção
como luvas, lâmpadas e outros rejeitos, eram colocados em um único latão.
b) Área de escritórios, recepção e refeitório:
Nas áreas de escritórios, recepção e refeitórios são gerados resíduos como:
papéis, copos descartáveis, lâmpadas e restos de alimentos. Eram colocados em
coletores comuns de resíduos, nos seus respectivamente cômodos.
3.3 PROPOSTAS IMPLANTADAS DO PLANO DE GERENCIAMENTO DE
RESÍDUOS SÓLIDOS
Ao reunir a quantidade de resíduos e suas respectivas locações no período
de um mês, foi possível elaborar o Gráfico 1, onde visualiza-se melhor a diferença
de quantidade de um resíduo para outro.
35
Gráfico 1 - Resíduos sólidos gerados
Fonte - Elaboração do autor
Ao analisar o Gráfico 1, nota-se que a grande quantidade de resíduo de
carepa gerado em comparação com os outros, em termos de massa, ressaltando
que a carepa, segundo Cunha (2006), é um subproduto oriundo da oxidação da
superfície do aço, quando submetido ao gradiente térmico, ao meio corrosivo ou à
simples ação do tempo.
No Quadro 1, encontram-se detalhados a quantidade de resíduos em
quilograma por mês, separados por setores e seus tipos. Este levantamento inclui
também informações sobre o processo produtivo e matéria-prima utilizada no
período, sendo que estes dados foram levantados por estimativa e identificação na
fonte geradora.
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
PapelCopos
DescartáveisCarepa
OrgânicosSobra deSucata
0,1% 0,1%
68,0%
1,0%
25,0%
Resíduos Sólidos (kg)
36
Quadro 1 - Quantificação dos resíduos
Setor Tipo Quantidade
(kg/mês)
Recepção Papel
Copos descartáveis
0,5
0,2
Escritórios Papel
Copos descartáveis
2
0,003
Refeitório Orgânicos
Copos descartáveis
10
1
Área de produção
Sobras de Sucata
Carepa
200
550
Total 763,003
Fonte - Elaboração do autor
Através dessa quantidade mensal estimada, os empregados podem assim,
estipular se no atual mês estão gastando, por exemplo, mais papel do que o comum,
37
gerando uma tendência a diminuir a quantidade, o que resulta em economia,
portanto.
3.3.1 Classificação dos resíduos
Dos resíduos gerados na área de produção segundo a NBR 10.004 de 2004:
- Ambos os resíduos carepa e sucata metálica, são classificados como de Classe 2
B – Inertes.
Dos resíduos gerados nas áreas de escritórios, recepção e refeitórios,
segundo a NBR 10.004 de 2004:
- Os resíduos orgânicos são classificados como Classe 2 A – Não inertes
- Os copos descartáveis são classificados como Classe 2 B – Inertes
- As latas de refrigerantes são classificados como Classe 2 B – Inertes
- Os resíduos de papel e papelão são classificados como Classe 2 A – Não inertes
- As pilhas e baterias são classificadas como Classe 1 – Perigosos
Estas classificações se encontram no APÊNDICE A em quadros para uma
melhor visualização.
3.3.2 Manuseio
Dos resíduos gerados na área de produção:
- Ambos os resíduos carepa e sucata metálica, assim que gerados, são
acondicionados em caçambas estacionárias temporariamente.
Dos resíduos gerados nas áreas de escritórios, recepção e refeitórios:
- Os resíduos orgânicos são acondicionados em coletores específicos, com tampa e
identificação na cor marrom, depois, armazenados no coletor específico do pátio
externo do empreendimento.
38
- Os copos descartáveis são acondicionados em coletores específicos de porta-
copos e depois colocados em coletores de copos descartáveis, depois,
armazenados no coletor específico do pátio externo do empreendimento.
- As latas de refrigerantes são acondicionadas em coletores com identificação e cor
amarela, depois, armazenados no pátio externo do empreendimento em seu coletor
específico.
- Os resíduos de papel e papelão são acondicionados em coletores de papel com
identificação e cor azul, depois, armazenados no pátio externo do empreendimento
em seu coletor específico.
- As pilhas e baterias são acondicionadas em coletores com identificação e cor
laranja.
As características do manuseio, onde inclui sua segregação,
acondicionamento e armazenagem estão no APÊNDICE A em quadros para sua
melhor visualização.
3.3.3 Destinação
Dos resíduos gerados na área de produção:
- Ambos os resíduos de carepa e sucata metálica, são reutilizados pela outra
unidade desta empresa em seu processo de produção.
Dos resíduos gerados nas áreas de escritórios, recepção e refeitórios:
- Os resíduos orgânicos são destinados ao aterro sanitário.
- Os copos descartáveis que não são reutilizados, são destinados às associações
e/ou cooperativas de recicladores.
- As latas de refrigerantes são destinadas às associações e/ou cooperativas de
recicladores.
- Os resíduos de papel e papelão são destinados às associações e/ou cooperativas
de recicladores.
- As pilhas e baterias são devolvidas ao fabricante.
39
As formas de destinação do PGRS se encontram no APÊNDICE A em forma
de quadro para uma melhor visualização do conteúdo ao todo.
3.4 PROPOSTAS
Como a elaboração, implantação e revisão do plano se inserem dentro do
contexto de melhoria contínua e devido a um considerável número de pallets não
usados no empreendimento, fica como proposta a utilização dos mesmos como
estrutura para criação de um compostor.
Os resíduos orgânicos deixariam de ser destinados a aterros sanitários e
seriam usados como composto, melhorando a estrutura do solo, atuando como
adubo ao jardim da empresa, ou mesmo à criação de um novo, conforme Figura 7.
Figura 7 – Pallets usados para criação de horta
Fonte – Google, 2013
A compostagem é o processo biológico de decomposição e de reciclagem da
matéria orgânica contida em restos de origem animal ou vegetal formando um
composto. A compostagem propicia um destino útil para os resíduos orgânicos,
evitando sua acumulação em aterros e melhorando a estrutura dos solos (MMA,
2005).
40
Os produtos da compostagem são largamente utilizada em jardins, hortas,
substratos para plantas e na adubação de solo para produção agrícola em geral
como mostrado na Figura 8, como adubo orgânico devolvendo à terra os nutrientes
de que necessita, aumentando sua capacidade de retenção de água, permitindo o
controle de erosão e evitando o uso de fertilizantes sintéticos (MMA, 2005).
Figura 8 – Horta em pallets
Fonte – Google, 2013
Esta proposta, portanto, torna-se um modo de reduzir a quantidade de
resíduos orgânicos que vão para aterros sanitários, aumentado sua vida útil,
propiciando sustentabilidade para o mesmo, quanto para uma destinação melhor
aos resíduos orgânicos gerados pelo empreendimento.
41
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir do exposto nesse trabalho, pode-se considerar que controlar os
resíduos de uma empresa, seja de qualquer porte, é muito importante tanto para os
assuntos econômicos da mesma, quanto para o meio ambiente, o qual é o principal
motivo para se dar um fim adequado aos resíduos que são de forma direta ou
indiretamente, gerados pela mesma.
Os resíduos gerados que antes eram acondicionados no mesmo coletor, sem
nenhuma segregação ou cuidado, causando impactos ambientais negativos em
aterros, as vezes nem sanitário, têm agora uma forma correta de manuseio e
disposição final, ajudando a gerar renda às associações de catadores, diminuindo o
volume de resíduos total ao se reutilizar, e a devolução, quando perigosos, ao
fabricante.
Nesse sentido, a engenharia ambiental torna-se essencial para propostas
relacionadas ao gerenciamento de resíduos, seja num município ou em uma
empresa, pois concede conhecimentos em específico sobre formas corretas de
gerenciar e aplicar novas tecnologias para proporcionar o melhor aproveitamento e
destinação dos resíduos gerados.
É importante ressaltar que trabalhos desse tipo não devem ser levados só à
empresa como uma forma estática, a qual os empregados devem seguir
estreitamente para reduzir e reciclar/reutilizar de maneira mais eficiente os resíduos
gerados, mas sim como uma forma de reeducação que se faz necessária cada vez
mais em vista da escassez de recursos naturais renováveis no país, para assim
estas formas inteligentes de uso serem passadas para as próximas gerações como
uma melhoria contínua.
Este trabalho foi de grande importância, pois permitiu a junção de teorias
estudadas ao longo do curso com a prática, gerando ações que contribuíram para o
meio ambiente. Utilizar esses meios para se mitigar o excesso desperdiçado por
empresas na fabricação de produtos é apenas o começo para uma sociedade
realmente sustentável.
42
5 REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.004. Resíduos Sólidos: classificação. Rio de Janeiro, 2004. 63p.
CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 313, de 29 de outubro de 2002. Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais.
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 11.174/NB1264 de 1990. Armazenamento de resíduos classes II – não inertes e III – inertes. ABNT, 2004.
CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº 275, de 25 de Abril de 2001. Estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva.
CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 307, de 05 de julho de 2002. Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. CONAMA, 2002.
Decreto nº 7.401, de 26 de setembro de 1997. Regulamenta responsabilidade de coleta, transporte, tratamento e destinação final de resíduos sólidos que menciona e dá outras providências.
Lei nº 6.938, de 31 de Agosto De 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.
Lei nº 18.031, de 12 de Janeiro de 2009, que instituiu a Política Estadual de Resíduos Sólidos. Esta Lei estabelece os princípios, as diretrizes, os objetivos e os instrumentos da Política Estadual de Resíduos Sólidos.
SANTANA, D. Logística Ambiental: Resíduos se transformam em matéria-prima. 2007.
MMA. Planos de Gestão de Resíduos Sólidos: Manual de Orientação. 2012. (Em: <mma.gov.br/estruturas/182/_arquivos/manual_de_resíduos_solidos3003_182.pdf> Acesso em: 3/07/2013)
LACERDA, Leonardo. Logística Reversa: Uma visão sobre os conceitos básicos e as práticas operacionais. 2002.
RIBEIRO, Túlio. Coleta seletiva de lixo domiciliar – Estudo de caso. 2001.
43
CONAMA. Resolução Nº 404/2008 - “Estabelece critérios e diretrizes para o licenciamento ambiental de aterro sanitário de pequeno porte de resíduos sólidos urbanos”.
SISINNO, Cristina. Avaliação da contaminação e poluição ambiental na área de influência do aterro controlado do Morro do Céu, Niterói, Brasil. 1996.
CUNHA, A. F. da. Caracterização, beneficiamento e reciclagem de carepas geradas em processos siderúrgicos. Ouro Preto (MG): Redemat (Rede Temática em Engenharia de Materiais)/UFOP/CETEC/UMG, 2006. [Dissertação de Mestrado em Engenharia de Materiais].
Lima, S. C., & Ribeiro, T. F. (2000). A coleta seletiva de lixo domiciliar: Estudos de casos. Caminhos de Geografia, 2, 50-69.
CEMPRE; INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS. Lixo Municipal: Manual de Gerenciamento Integrado. 2 ed. São Paulo: IPT/CEMPRE, 2000. 370p. (Publicação IPT 2622).
TORRES, Henrique Rodrigues. As organizações dos catadores de material reciclável: Inclusão e sustentabilidade. O caso da associação dos catadores de papel, papelão e material reaproveitável, Asmare, em Belo Horizonte. 2008.
CASTRO, Geovane Martins. Caracterização da carepa em aço inoxidável ferrítico ABNT 430. 2006.
ABAL. Brasil continua na liderança de reciclagem de latas de alumínio. 2006. Disponível em: <http://www.abal.org.br/noticias/lista-noticia/integra-noticia/?id=234>. (Acesso em 04/07/2013)
Lei Nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007..Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico.
MMA. Ministério do Meio Ambiente. Módulo específico – Licenciamento ambiental de estações de tratamento de esgoto e aterros sanitários. 2009. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/estruturas/dai_pnc/_publicacao/76_publicacao19042011110356.pdf> Acesso em: 05/07/2013.
FERREIRA, C.A.; SILVA, H.D. da; BELLOTE, A.F.J.; ANDRADE, G. de C. Resíduos da indústria de celulose em plantios florestais. 1998.
PINHEIRO, R.M. I; VIEIRA, C.M.F. I; RODRIGUEZ, R.S. I; MONTEIRO, S.N. Reciclagem de resíduo proveniente da produção de papel em cerâmica vermelha. 2008.
44
OLIVEIRA, M. V. de C; CARVALHO, A. de R. Princípios básicos do saneamento do meio. 4. ed. São Paulo: Senac, 2004.
CAMERA, L. Raquel. Proposta de Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos para uma empresa metalúrgica da cidade de Ibirubá-RS, com base na produção mais limpa. 2010.
CORU. Cooperativa de recicladores de Uberlândia. 2003. Disponível em: <
http://coru.freetzi.com/historia.htm> Acesso em: 08/07/2013.
UBERLÂNDIA. Projeto Coleta Seletiva. 2013. Disponível em: <http://www.uberlandia.mg.gov.br/?pagina=secretariasOrgaos&s=66&pg=130> Acesso em: 08/07/2013.
KRAEMER, M. E. P. A questão ambiental e os resíduos industriais. 2005.
MMA. Ministério do Meio Ambiente. Compostagem. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/estruturas/secex_consumo/_arquivos/compostagem.pdf>.
Acesso em: 12/07/2013.
45
APÊNDICE
APÊNDICE A – Quadros do PGRS
Quadro 2 - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos A
Fonte - Elaborado pelo autor
ResíduoClassificação segundo
ABNT NBR 1004Coleta e transporte Disposição final
Resíduos Orgânicos 2 A - Não Inertes
Os Resíduos orgânicos são encaminhados
para a área externa observando os dias e
horários em que o caminhão de coleta
urbana recolhe o lixo
Aterro Sanitário
Plásticos e copos
descartáveis2 B - Inertes
Os coletores de plásticos são pesados
antes e depois para serem transportados às
empresas de recicláveis. O transporte será
realizado por veículo da empresa
Reciclagem
Resíduos de papel e papelão 2 A - Não Inertes
Os coletores de papéis são pesados antes
e depois para serem destinados às
empresas de recicláveis. O transporte será
realizado por veículo da empresa
Reciclagem
Latas de refrigerantes 2 B - Inertes
O recipiente de latas de refrigerante é
pesado antes e depois para ser destinado
às empresas de recicláveis. O transporte é
realizado por veículo da empresa
Reciclagem
Sucata Metálica e Carepa 2 B - Inertes
São acondicionados em caçambas e
mensalmente encaminhadas à Usina de aço
(outra unidade desta mesma empresa)
Reutilização
Pilhas e baterias 1 - PerigososSão acondicionadas em coletor fixo na
recepção da empresa
Devolução ao
fabricante
47
Quadro 3.1 - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos B
Fonte - Elaborado pelo autor
Resíduo Segregação na origem e acondicionamento Coleta e transporte interno
Resíduos orgânicos:
Restos de comida e
cascas de fruta
Os resíduos orgânicos são acondicionados em
coletores específicos, com tampa e identificação na cor
marrom, situados nos seguintes pontos: refeitório
Quando o recipiente está cheio, o saco é retirado
pelo funcionário da limpeza, sendo colocado outro
sem seu lugar.
Copos descartáveis
Os resíduos de plásticos são acondicionados em
coletores específicos, porta-copos e coletores de copos
descartáveis situados nos seguintes pontos: refeitório,
recepção, escritório, sala de reuniões
Quando o recipiente está cheio, o saco é retirado
pelo funcionário da limpeza, sendo colocado outro
sem seu lugar.
Latas de refrigerantes
Os resíduos são acondicionados nos coletores
seletivos, com identificação e cor amarela, situados nos
seguintes pontos: área de circulação, área externa, área
de estacionamento, vestiários, refeitório
A coleta é realizada com atenção. O funcionário
utiliza EPI´s básicos
Sucata metálica e carepaLogo que este resíduo é gerado, é levado à caçamba
estacionária na área de armazenamento temporário
A coleta é realizada com atenção. O funcionário
utiliza EPI´s básicos
Resíduos de papel
Logo que este resíduo é gerado, é acondicionado nas
caixas seletoras de papéis nas áreas: escritório,
financeiro, recepção
A coleta é realizada com atenção. O funcionário
utiliza EPI´s básicos
Pilhas e bateriasLogo que não mais utilizado, é acondicionado em caixas
seletoras de cor laranja nas áreas: área de circulação
Coleta é realizada com atenção para impactos que
possam fazer a pilha liberar componentes químicos
48
Quadro 3.2 - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos C
Fonte - Elaborado pelo autor
Resíduo Armazenamento Reutilização/Reciclagem
Resíduos orgânicos:
Restos de comida e
cascas de fruta
Na área de armazenamento, pátio externo, o funcionário
coloca o saco contendo os resíduos no respectivo
coletor e depois fecha corretamente para evitar o acesso
de vetores
Todos os resíduos orgânicos são destinados ao
aterro sanitário
Copos descartáveis
Na área de armazenamento, pátio externo, o funcionário
coloca o saco contendo os resíduos no respectivo
coletor e depois fecha corretamente para evitar o acesso
de vetores
Os resíduos não reutilizáveis são destinados às
associações e/ou cooperativas de recicladores
Latas de refrigerantesOs sacos contendo latas são colocados na área de
armazenamento
Os recicláveis são destinados às associações e/ou
cooperativas de recicladores
Sucata metálica e carepa Caçamba estacionáriaOs resíduos são reutilizados pela outra unidade da
empresa
Resíduos de papelResíduos de papel são colocados na área de
armazenamento
Os recicláveis são destinados às associações e/ou
cooperativas de recicladores
Pilhas e baterias São armazenados no mesmo coletor laranja São devolvidos ao fabricante
Recommended