TEMPO Gilberto Brandão Marcon Senhor do Tempo... Quando ainda mito me encantavas....quanta graça...

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TEMPO

Gilberto Brandão Marcon

Senhor do Tempo...

Quando ainda mito me encantavas.

...quanta graça havia em ti.

Eras passado interminável.

Existias como presente assustador.

Hoje reconheço - te senil...

Eras o futuro inquietante.

...temo tua perda.

Como criança sem rumo...

...figura de velho e seu cajado.

...como ser sem ti?

Vejo-te indo embora...

E em ti vai parte de mim...

...pois de ti deixaste fragrâncias.

...pois de mim levaste ilusões...

Se real ou imaginária...

E não sei se isto é verdade...

...mas sei que é suposta vivência.

...pouco importa.

Importam a chegada e a despedida,

Pois o meio é mero desenvolvimento...

...enquanto gênese e

fim.

...é tanto, porém, desvendado...

Eternos mistérios ocultos em mim.

Nada sei e a ignorância me move.

Fogo incandescente da Origem...

E por não ser, ergo-me das cinzas.

...alma cigana, ilusão de mim.

Pois que pintei-me em palavras.

Ri-me em filosofia...

Vivo em prosa e poesia.

...chorei em versos.

E ao olhar o céu...

...mas com o pulsar...

...não vi com os olhos...

...do coração.

CRÉDITOS

Texto: “Tempo”Autor: Gilberto Brandão Marcon

Dezembro/2011

Música: “The Show Must go on” (Queen-Álbum Innuendo)

Imagens Pesquisadas na InternetMontagem: Roberta Marcon

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