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7/27/2019 Teoria e Pratica Do-Planejamento-Escolar
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DIDTICAProf. Waldirene Amorim
PLANEJAMENTO ESCOLAR
O planejamento escolar uma tarefadocente que inclui tanto a previso dasatividades didticas em termos da suaorganizao e coordenao em face dosobjetivos propostos, quanto a sua revisoe adequao no decorrer do processo deensino. O planejamento um meio parase programar as aes docentes, mas tambm um momento de pesquisa ereflexo intimamente ligado avaliao
1 PLANEJAMENTO EDUCACIONAL, DECURRCULO E DE ENSINO
Se qualquer atividade exigeplanejamento, a educao no foge dessaexigncia. Na rea da educao temos osseguintes tipos de planejamento:
1.1 Planejamento educacional:
Consiste na tomada de decises sobre a
educao no conjunto dodesenvolvimento geral do pas. Aelaborao desse tipo de planejamentorequer a proposio de objetivos em longoprazo que definam uma poltica daeducao. o realizado pelo GovernoFederal, atravs do Plano Nacional deEducao e da legislao vigente.
1.2 Planejamento de currculo:
O problema central do planejamentocurricular formular objetivoseducacionais a partir daqueles expressosnos guias curriculares oficiais. Nessesentido, a escola no deve simplesmenteexecutar o que prescrito pelos rgosoficiais. Embora o currculo seja mais oumenos determinado em linhas gerais,cabe escola interpretar eoperacionalizar estes currculos. A escola
deve procurar adapt-los s situaesconcretas, selecionando aquelasexperincias que mais podero contribuirpara alcanar os objetivos dos alunos, das
suas famlias e da comunidade.
1.3 Planejamento de ensino:
Podemos dizer que o planejamento de
ensino a especificao do planejamentode currculo. Consiste em traduzir emtermos mais concretos e operacionais oque o professor far na sala de aula, paraconduzir os alunos a alcanar os objetivoseducacionais propostos. Um planejamentode ensino dever prever:
Objetivos especficos estabelecidosa partir dos objetivos educacionais.
Conhecimentos a serem aprendidospelos alunos no sentidodeterminado pelos objetivos.
Procedimentos e recursos de ensinoque estimulam, orientam epromovem as atividades deaprendizagem.
Procedimentos de avaliao quepossibilitem a verificao, aqualificao e a apreciao
qualitativa dos objetivos propostos,cumprindo pelo menos a funopedaggico-didtica, de diagnsticoe de controle no processoeducacional.
2 IMPORTNCIA DO PLANEJAMENTOESCOLAR
O trabalho docente uma atividade
consciente e sistemtica, em cujo centroest a aprendizagem ou o estudo dosalunos sob a direo do professor.
O planejamento um processo deracionalizao, organizao ecoordenao da ao docente, articulandoa atividade escolar e a problemtica docontexto social. A escola, os professorese os alunos so integrantes da dinmicadas relaes sociais; tudo o que aconteceno meio escolar est atravessado por
influncias econmicas, polticas eculturais que caracterizam a sociedade declasses. Isso significa que os elementos doplanejamento escolar objetivos,
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contedos, mtodos esto recheados deimplicaes sociais, tm um significadogenuinamente poltico. Por essa razo, oplanejamento uma atividade de reflexoacerca das nossas opes e aes; se nopensarmos detidamente sobre o ruma que
devemos dar ano nosso trabalho,ficaremos entregues aos rumosestabelecidos pelos interessesdominantes na sociedade. A ao deplanejar uma atividade consciente depreviso das aes docentes,fundamentadas em opes poltico-pedaggicas, e tendo como refernciapermanente situaes didticas concretas(isto , a problemtica social, econmica,poltica e cultural que envolve a escola, osprofessores, os alunos, os pais, acomunidade, que interagem no processode ensino).
O planejamento escolar tem, assim, asseguintes funes:
Explicitar princpios, diretrizes eprocedimentos de trabalho docenteque assegurem a articulao entreas tarefas da escola e as exignciasdo contexto social e do processo departicipao democrtica.
Expressar os vnculos entre oposicionamento filosfico, poltico-pedaggico e profissional, as aesefetivas que o professor ir realizarem sala de aula, atravs deobjetivos, contedos, mtodos eformas organizativas de ensino.
Assegurar a racionalizao,organizao e coordenao dotrabalho docente, de modo que apreviso das aes docentespossibilite ao professor a realizaode um ensino de qualidade e evitea improvisao e rotina.
Prever objetivos, contedos emtodos a partir da consideraodas exigncias propostas pelarealidade social, do nvel depreparo e das condies scio-culturais e individuais dos alunos.
Assegurar a unidade e a coerncia
do trabalho docente, uma vez quetorna possvel inter-relacionar, numplano, os elementos que compem
o processo de ensino: os objetivos(para que ensinar), os contedos (oque ensinar), os alunos e suaspossibilidades (a quem ensinar), osmtodos e tcnicas (como ensinar)e a avaliao, que est
intimamente relacionada aosdemais.
Atualizar o contedo do planosempre que revisto,aperfeioando-o em relao aosprogressos feitos no campo deconhecimentos, adequando-os scondies de aprendizagem dosalunos, aos mtodos, tcnicas erecursos de ensino que vo sendoincorporados na experincia
cotidiana. Facilitar a preparao das aulas:
selecionar o material didtico emtempo hbil, saber que tarefasprofessor e alunos devem executar,replanejar o trabalho frente a novassituaes que aparecem nodecorrer das aulas.
Para que os planos sejam efetivamenteinstrumentos para a ao, devem sercomo um guia de orientao de devemapresentar ordem seqencial,objetividade, coerncia, flexibilidade.
3 ETAPAS DO PLANEJAMENTO DEENSINO
3.1 Conhecimento da realidade:
Para poder planejar adequadamente atarefa de ensino e atender snecessidades do aluno preciso, antes dequalquer coisa, saber para quem se vaiplanejar. Por isso, conhecer o aluno e seuambiente a primeira etapa do processode planejamento. preciso saber quais asaspiraes, frustraes, necessidades epossibilidades dos alunos. Fazendo isso,estaremos fazendo uma Sondagem, isto ,buscando dados.
Uma vez realizada a sondagem, deve-seestudar cuidadosamente os dadoscoletados. A concluso a que chegamos,aps o estudo dos dados coletados,
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constitui o Diagnstico.
Sem a sondagem e o diagnstico corre-seo risco de propor o que impossvelalcanar ou o que no interessa ou, ainda,o que j foi alcanado.
3.2 Requisitos para o planejamento
Objetivos e tarefas da escolademocrtica: esto ligados snecessidades de desenvolvimentocultural do povo, de modo apreparar as crianas e jovens paraa vida e para o trabalho.
Exigncias dos planos e programasoficiais: so as diretrizes gerais, sodocumentos de referncia, a partirdos quais so elaborados os planosdidticos especficos.
Condies prvias para aaprendizagem: est condicionadopelo nvel de preparo em que osalunos se encontram em relao starefas de aprendizagem
3.3 Elaborao do plano:
A partir dos dados fornecidos pelasondagem e interpretados pelodiagnstico, temos condies deestabelecer o que possvel alcanarem oque julgamos possveis e como avaliar osresultados. Por isso, passamos a elaboraro plano atravs dos seguintes passos:
Determinao dos objetivos.
Seleo e organizao doscontedos.
Anlise da metodologia de ensino edos procedimentos adequados.
Seleo de recursos tecnolgicos.
Organizao das formas deavaliao.
Estruturao do plano de ensino.
3.4 Execuo do plano:
Ao elaborarmos o plano de ensino,antecipamos, de forma organizada, todasas etapas do trabalho escolar. A execuo
do plano consiste no desenvolvimento dasatividades previstas.
Na execuo, sempre haver o elementono plenamente previsto. s vezes, areao dos alunos ou as circunstncias doambiente dispensa o planejamento, pois,uma das caractersticas de um bomplanejamento deve ser a flexibilidade.
3.5 Avaliao e aperfeioamento do
plano:
Ao trmino da execuo do que foiplanejado, passamos a avaliar o prprioplano com vistas ao replanejamento.
Nessa etapa, a avaliao adquire umsentido diferente da avaliao do ensino-aprendizagem e um significado maisamplo. Isso porque, alm de avaliar osresultados do ensino-aprendizagem,
procuramos avaliar a qualidade do nossoplano, a nossa eficincia como professor ea eficincia do sistema escolar.
4 O PLANO DA ESCOLA
O plano da escola o plano pedaggico eadministrativo da unidade, onde seexplicita a concepo pedaggica docorpo docente, as bases terico-
metodolgicas da organizao didtica, acontextualizao social, econmica,poltica e cultural da escola, acaracterizao da clientela escolar, osobjetivos educacionais gerais, a estruturacurricular, diretrizes metodolgicas gerais,o sistema de avaliao do plano, aestrutura organizacional e administrativa.
O plano da escola um guia deorientao para o planejamento doprocesso de ensino. Os professores
precisam ter em mos esse planoabrangente, no s para uma orientaodo seu trabalho, mas para garantir aunidade terico-metodolgica das
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atividades escolares.
4.1 Roteiro para elaborao do planoda escola:
Posicionamento sobre asfinalidades da educao escolar nasociedade e na nossa escola
Bases terico-metodolgicas daorganizao didtica eadministrativa: tipo de homem quequeremos formar, tarefas daeducao, o significadopedaggico-didtico do trabalhodocente, relaes entre o ensino e
o desenvolvimento das capacidadesintelectuais dos alunos, o sistemade organizao e administrao daescola.
Caracterizao econmica, social,poltica e cultural do contexto emque est inserida a nossa escola.
Caractersticas scio-culturais dosalunos
Objetivos educacionais gerais da
escola Diretrizes gerais para elaborao
do plano de ensino da escola:sistema de matrias estruturacurricular; critrios de seleo deobjetivos e contedos; diretrizesmetodolgicas gerais e formas deorganizao do ensino esistemtica de avaliao.
Diretrizes quanto organizao e a administrao: estruturaorganizacional da escola; atividadescoletivas do corpo docente;calendrio e horrio escolar;sistema de organizao de classes,
de acompanhamento eaconselhamento de alunos, detrabalho com os pais; atividadesextra-classe; sistema deaperfeioamento profissional dopessoal docente e administrativo enormas gerais de funcionamento davida coletiva.
5 COMPONENTES BSICOS DOPLANEJAMENTO DE ENSINO
O plano de ensino um roteiro organizadodas unidades didticas para um ano ousemestre. denominado tambm deplano de curso, plano anual, plano deunidades didticas e contm os seguintescomponentes: ementa da disciplina,
justificativa da disciplina em relao aoobjetivos gerais da escola e do curso;objetivos gerais; objetivos especficos,contedo (com a diviso temtica de cadaunidade); tempo provvel (nmero deaulas do perodo de abrangncia doplano); desenvolvimento metodolgico(mtodos e tcnicas pedaggicasespecficas da disciplina); recursostecnolgicos; formas de avaliao ereferencial terico (livros, documentos,sites, etc)
5.1 Exemplo:
PROGRAMA ANUAL
CURSO:DISCIPLINA: PROFESSORA:TURNO: CARGA HORRIA: horas/aulaSRIE: TURMA: ANO:
1. EMENTA
2. JUSTIFICATIVA
3. OBJETIVOS
4. CONTEDO PROGRAMTICO
4.1.1 Bimestre
4.2.2 Bimestre4.3.3 Bimestre
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4.4.4 Bimestre
5. METODOLOGIA DE ENSINO
6. RECURSOS TECNOLGICOS (DIDTICOS)
7. AVALIAO
8. REFERENCIAL TERICO9. INDICAO DE LEITURAS PARA ALUNOS
5.2 Ementa:
uma descrio discursiva que resume ocontedo conceitual ouconceitual/procedimental de umadisciplina.
5.3 Justificativa:
A justificativa dever responder a trsquestes bsicas do processo didtico: opor qu?, o para qu e o como.
5.4 Objetivos:
a descrio clara do que se pretendealcanar como resultado da nossaatividade. Os objetivos nascem da prpriasituao: da comunidade, da famlia, daescola, da disciplina, do professor eprincipalmente do aluno. Os objetivos,portanto, so sempre do aluno e para oaluno.
Os objetivos educacionais ou gerais so asmetas e os valores mais amplos que a
escola procura atingir a longo prazo, e osobjetivos instrucionais, tambm chamadosde especficos, so proposies maisespecficas referentes s mudanascomportamentais esperadas para umdeterminado grupo-classe.
Para manter a coerncia interna dotrabalho de uma escola, o primeirocuidado ser o de selecionar os objetivosespecficos que tenham correspondnciacom os objetivos gerais das reas deestudo que, por sua vez, devem estarcoerentes com os objetivos educacionaisdo planejamento de currculo. E osobjetivos educacionais,
conseqentemente, devem estarcoerentes com a linha de pensamento daentidade qual o plano se destina.Vejamos, agora, alguns exemplos deobjetivos educacionais (gerais) einstrucionais (especficos):
Assinale se Geral (G) ou Especfico (E):
Criar situaes de aprendizagem paraque a criana adquira conhecimentosque facilitem a localizao de suacomunidade e de seu municpio,possibilitando-lhe a compreenso dascaractersticas naturais, culturais,sociais e econmicas do ambiente emque vive.
Desenvolver o hbito de observao
do meio ambiente. Estimular no aluno o ideal de
conscincia grupal.
Identificar na comunidade os seusdiferentes aspectos naturais,culturais, sociais e econmicos.
Utilizar os recursos da comunidadecomo fonte de informaes.
Relacionar unidades de medida aostipos de objetos apresentados nodesenho.
Aplicar os conhecimentos de medidaem vrias situaes no cotidiano.
Identificar matria-prima e produto.
Destacar os centros comerciais eindustriais.
Compreender por que os serviospblicos de atendimento snecessidades da populao so
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direitos do cidado e obrigao dosrgos pblicos.
Desenvolver a criatividade e o espritocrtico no aluno.
Reconhecer o mapa do municpio e asua configurao.
Localizar o pas, o Estado e o municpio,no mapa-mndi.
Partindo dos contedos, fixar os objetivosespecficos, ou seja, os resultados a obterdo processo de transmisso-assimilaoativa dos conhecimentos, conceitos,habilidades.
Na redao, o professor transformartpicos das unidades numa proposio(afirmao) que expresse o resultadoesperado e que deve ser atingido portodos os alunos ao trmino daquelaunidade didtica.
Os resultados so conhecimentos(conceitos, fatos, princpios, teorias,interpretaes, idias organizadas, etc) ehabilidades (o que deve aprender paradesenvolver suas capacidades intelectuais,motoras, afetivas, artsticas, etc.)
Na redao dos objetivos especficos, oprofessor pode indicar tambm as atitudese convices em relao matria, aoestudo, ao relacionamento humano, realidade social (atitude cientfica,conscincia crtica, responsabilidade,solidariedade, etc.)
Devem ser redigidos com clareza, serrealistas, corresponder capacidade deassimilao dos alunos, conforme seu nvel
de desenvolvimento mental e sua idade.
5.5 Contedo:
Refere-se organizao do conhecimentoem si, com base nas suas prprias regras.Abrange tambm as experinciaseducativas no campo do conhecimento,devidamente selecionadas e organizadaspela escola.
O contedo um instrumento bsico parapoder atingir os objetivos.
Em geral, os guias curriculares oficiais
oferecem uma relao de contedos dasvrias reas que podem serdesenvolvidos em cada srie. Pode-seselecionar o contedo com base nessesguias. No devemos esquecer, noentanto, de levar em conta a realidade
da classe.Outros cuidados que devem serobservados na seleo dos contedos:
Devemos delimitar os contedos porunidades didticas, com a divisotemtica de cada uma. Unidadedidtica so o conjunto de temasinter-relacionados que compem oplano de ensino para uma srie ou
mdulo. Cada unidade didticacontm um tema central doprograma, detalhado em tpicos.
Contedo selecionado precisa estarrelacionado com os objetivosdefinidos. Devemos escolher osconhecimentos indispensveis paraque os alunos adquiram oscomportamentos fixados.
Um bom critrio de seleo aescolha feita em torno de contedos
mais importantes, mais centrais emais atuais, com base no programaoficial da matria, no livro didticoadotado pela instituio.
importante o fato de o mestreestar apto a levantar a idia centraldo conhecimento que desejatrabalhar. Para que tal ocorrncia severifique, indispensvel que oprofessor conhea em profundidade anatureza do fenmeno que pretende
que seus alunos conheam. Contedo precisa ir do mais simples
para o mais complexo, do maisconcreto para o mais abstrato.
Finalmente faa uma ltima checagempara verificar:
As unidades formam um todo
homogneo e lgico. As unidades realmente contm o
contedo bsico essencial.
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O tempo para desenvolver cadaunidade realista.
Os tpicos de cada unidadepossibilitam o entendimento daidia central.
Os tpicos de cada unidade podemser transformados em tarefas deestudo para os alunos e emobjetivos e habilidades.
5.6 Desenvolvimento metodolgico oumetodologia de ensino:
Procedimentos de ensino so aes,processos ou comportamentos
planejados pelo professor paracolocar o aluno em contato diretocom coisas, fatos ou fenmenos quelhes possibilitem modificar suaconduta, em funo dos objetivosprevistos (TURRA apud PILETTI,2003, p. 67).
Indica o que o professor e os alunos farono desenrolar de uma aula ou conjunto de
aulas.Sua funo articularem objetivos econtedos com mtodos e procedimentosde ensino que provoquem a atividademental e prtica dos alunos (resoluo desituaes problemas, trabalhos deelaborao mental, discusses, resoluode exerccios, aplicao de conhecimentose habilidades em situaes distintas dastrabalhadas em classe, etc.)
O professor, ao organizar as condies
externas favorveis aprendizagem,utiliza meio ou modos organizados deao, conhecidos como tcnicas de ensino.As tcnicas de ensino so maneirasparticulares de organizar a atividade dosalunos no processo de aprendizagem.
O desenvolvimento metodolgico deobjetivos e contedos estabelece a linhaque deve ser seguida no ensino (atividadedo professor) e na assimilao (atividadedo aluno) da matria de ensino.
Ao planejar os procedimentos de ensino,no suficiente fazer uma listagem detcnicas que sero utilizadas, como aula
expositiva, trabalho dirigido, excurso,trabalho em grupo, etc. Devemos prevercomo utilizar o contedo selecionadopara atingir os objetivos propostos. Astcnicas esto includas nessa descrio.Os procedimentos tm uma abrangncia
bem mais ampla, pois envolvem todos ospassos do desenvolvimento da atividadede ensino propriamente dita. Osprocedimentos de ensino selecionadospelo professor devem:
Ser diversificados;
Estar coerentes com os objetivospropostos e com o tipo deaprendizagem previsto nos
objetivos; Adequar-se s necessidades dos
alunos;
Servir de estmulo participaodo aluno no que se refere sdescobertas;
Apresentar desafios.
Exemplos:
aulas interativas, projetos deaprendizagem, etc.
ensino individualizado (mdulos deensino, instruo audiotutorial,estudo atravs de fichas, soluode problemas, etc.),
mtodos didticos (expositivo,interrogativo, intuitivo, etc.),
mtodos ativos (mtodoMontessori, plano Dalton, o
sistema Winnetka, mtodo deprojetos, mtodo de trabalho emgrupo, etc.),
Tcnicas (discusso circular,debate, painel integrado, phillips66, mesa-redonda, seminrio, etc.)
5.7 Recursos tecnolgicos (didticos,audiovisuais ou de ensino):
As tecnologias merecem estar presentesno cotidiano escolar primeiramenteporque esto presentes na vida, mas
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tambm para:
Diversificar as formas de produzir eapropriar-se do conhecimento.
Serem estudadas, como objeto ecomo meio de se chegar ao
conhecimento, j que trazemembutidas em si mensagens e umpapel social importante.
Permitir ao alunos, atravs dautilizao da diversidade de meios,familiarizarem-se com a gama detecnologias existentes na sociedade.
Serem desmistificadas edemocratizadas.
Dinamizar o trabalho pedaggico.
Desenvolver a leitura crtica. Ser parte integrante do processo
que permite a expresso e troca dosdiferentes saberes.
Exemplos: lbum seriado, carto-relmpago, cartaz, ensino por fichas,estudo dirigido, flanelgrafo, grficos,histria em quadrinhos, ilustraes,
jogos, jornal, livro didtico, mapas,globos, modelos, mural, pea teatral,quadro-de-giz, quadro de pregas,sucata, textos, terrrio, aqurio,maquetes, equipamentos esportivos,computador, vdeo, dvd, cd, internet,sites, correio eletrnico, softwares,rdio, slide, TV, transparncias pararetroprojetor, etc.
5.8 Avaliao:
Avaliao o processo pelo qual sedetermina o grau e a quantidade deresultados alcanados em relao aosobjetivos, considerando o contexto dascondies em que o trabalho foidesenvolvido.
No planejamento da avaliao
importante considerar a necessidade de:
Avaliar continuamente odesenvolvimento do aluno.
Selecionar situaes de avaliaodiversificadas, coerentes com osobjetivos propostos.
Selecionar e/ou montarinstrumentos de avaliao.
Registrar os dados da avaliao.
Aplicar critrios aos dados daavaliao.
Interpretar resultados daavaliao.
Comparar os resultados com oscritrios estabelecidos (feed-back).
Utilizar dados da avaliao noplanejamento.
O feedback deve ser encarado comoretroinformao para o professor sobre oandamento de sua atuao. Dessa forma,a avaliao desloca-se do plano dacompetio entre professor e aluno, parasignificar a medida real do conhecimento,tornando-se assim menos arbitrria.
6 PLANO BIMESTRAL:
O planejamento do bimestre pode conteruma unidade didtica ou mais. umaespecificao maior do plano de curso.Uma unidade de ensino formada deassuntos inter-relacionados. Oplanejamento bimestral das unidades
didticas tambm inclui objetivos,contedos, etc. Em princpio, deve serplanejado ao final do bimestre, ouperodo que o antecede, pois esta lheservir de base ou apoio. Isto significaque os bimestres ou unidades seroplanejadas ou replanejadas ao longo docurso.
6.1 Exemplo:
COLGIO ES TADUAL _____________________________ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO
Av. _______________________ Fone: __________________
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PROGRAMA 1 BIMESTRE
CURSO:DISCIPLINA: PROFESSORA:
TURNO: CARGA HORRIA: horas/aulaSRIE: TURMA: ANO:
OBJETIVOS
PROGRAMA
CONTEDOSN
AULAS
ENCAMINHAMENTOMETODOLGICO AVALIAO
RECURSOS TECNOLGICOS
________________________________________, __/__/____.Assinatura da Professora: ______________________
7 PLANEJAMENTO DE AULA:
A aula a forma predominante deorganizao didtica do processo deensino. na aula que organizamos oucriamos as situaes docentes, isto , as
condies e meios necessrios para que osalunos assimilem ativamenteconhecimentos, habilidades edesenvolvam suas capacidadescognoscitivas.
O plano de aula o detalhamento do planode ensino. As unidades didticas esubunidades (tpicos) que foram previstasem linhas gerais so agora especificadas esistematizadas para uma situao didticareal. A preparao da aula uma tarefa
indispensvel e, assim como o plano deensino, deve resultar num documentoescrito que servir no s para orientar asaes do professor como tambm para
possibilitar constantes revises eaprimoramentos de ano para ano. Emtodas as profisses o aprimoramentoprofissional depende da acumulao deexperincias conjugando a prtica e areflexo criteriosa sobre a ao e naao, tendo em vista uma prtica
constantemente transformadora paramelhor.
Na elaborao do plano de aula, deve-selevar em considerao, em primeirolugar, que a aula um perodo de tempovarivel. Dificilmente completamos numas aula o desenvolvimento de umaunidade didtica ou tpico de unidade,pois o processo de ensino eaprendizagem se compe de umaseqncia articulada de fases:
Preparao e apresentao dosobjetivos, contedos e tarefas.
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REFERENCIAL TERICO
INDICAO DE LEITURA COMPLEMENTAR
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Desenvolvimento da matria nova.
Consolidao (fixao, exerccios,recapitulao, sistematizao).
Sntese integradora e aplicao.
Avaliao.
Isto significa que no devemos prepararuma aula, mas um conjunto de aulas.
7.1 Como elaborar um plano de aula?
Oprimeiro passo indicar o tema centralda aula. Exemplo: matria-prima e
produto.
A seguir devem-se estabelecer osobjetivos da aula.
Exemplo: Ao final das atividades propostaso aluno ser capaz de:
Identificar matria-prima e produto
Compreender os processos detransformao de matria-prima emproduto, relacionando com asquestes ambientais.
Destacar as principais indstrias deseu municpio e a origem dasmatrias primas.
Listar produtos transformados dematria-prima, utilizados no seucotidiano.
Em terceiro lugar indica-se o contedoque ser objeto de estudo.
Exemplo: Matria-prima.
Produto.
Matria-prima e sua procedncia.
As indstrias do municpio.
Em quarto lugar estabelecem-se osprocedimentos e recursos de ensino, isto, estabelecem-se as formas de utilizar o
contedo selecionado para atingir osobjetivos propostos.
Nesse caso, por exemplo, para o aluno
identificar matria-prima, produto eprocessos de transformao, pode-seprogramar com eles uma excurso a umaindstria. Assim, o professor podeplanejar uma excurso como ponto dereferncia para ele prprio, mas no deve
dar o planejamento pronto aos alunos.Proceder a orientaes quanto aconceitos bsicos que os alunos devemdominar antes da visita. Dever, sim,estimula-los para que, com seu auxlio,planejem a excurso. Para isso procurarlevantar com seus alunos as questesmais interessantes e sobre as quaisgostaria de obter respostas, como, porexemplo:
Nome da fbrica.
Endereo da fbrica. (reaindustrial, urbana...)
Nmero de operrios da fbrica.
Diferentes tipos de funes dentroda fbrica.
Salrios.
Matria-prima e sua procedncia.
Produtos fabricados.
Utilidade dos produtos. Qualificao profissional das
pessoas que trabalham na fbrica.
Como a fbrica faz a preservaoambiental.
Existem programas de qualidadede vida para os operrios eprograma sociais.
Em quinto lugar, no dia seguinte ao davisita, deve-se fazer uma sntese
integradora das informaes colhidaspelos alunos. Alm disso, outrasatividades complementares podero serdesenvolvidas. Assim, aproveitando aexperincia adquirida com a excurso,cada aluno poder individualmenteentrevistar uma pessoa que trabalha emalguma fbrica e obter dela as seguintesinformaes:
Em que fbrica esta pessoa
trabalha. Qual a funo que desempenha e
sua formao escolar.
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Nmero de operrios que trabalhamna fbrica.
Que a fbrica produz.
Material usado na fabricao dosprodutos.
Como a empresa preserva o meioambiente.
Ao retornarem das entrevistas o professordeve proporcionar um espao para trocade idias, onde cada aluno expe o achouinteressante em sua entrevista,estabelecendo um paralelo com os relatosdos colegas, onde o professor far amediao do processo de discusso.
Em sexto lugar, o professor proporciona aconsolidao com atividades variadas, quepode ser realizada no decorrer do processoe no apenas em um momento especfico.
Outra atividade que pode ser desenvolvidaconsiste em investigar que matria-prima utilizada na fabricao de uma srie deobjetos usados pelo prprio aluno, comosapatos, lpis, bola, caderno, livro, etc.
Finalmente, o planejamento da aula deve
prever como ser feita a avaliao. Noexemplo que estamos considerando, nopodemos propor apenas questes do tipo:
Que produto?
Que matria-prima?
Que indstria?
Procedendo dessa maneira, estamos
avaliando apenas se o aluno memorizouessas definies. Precisamos, nesse caso,propor situaes de avaliao quepossibilitem verificar se o aluno realmente capaz de identificar o produto e matria-prima em situaes novas. Poderamos,por exemplo, propor as seguintessituaes de avaliao:
Solicitar que os alunos recortem dejornais e revistas nomes e figuras dematrias-primas para que o aluno
indique os produtos que podem serfabricados a partir delas.
Dar uma relao de produtos
conhecidos do aluno para que eleindique a matria-prima da qual feito cada um deles, podendomontar jogos da memria a partirda seleo.
Aplicar ao aluno uma srie de comquestes variadas, para que eleassinale as proposies quecorrespondam ao conceito deproduto e/ou matria-prima.
Apresentar um texto para que oaluno o interprete e indique o que produto e/ou matria-prima.
7.2 Vamos revisar o nossoplanejamento:
Releia os objetivos gerais damatria.
Verifique a seqncia no plano deensino.
Observe se os alunos estopreparados para o estudo destecontedo novo.
O desdobramento do tpico da
unidade possui uma seqncialgica.
Os objetivos especficos esto deacordo com a proposta do planoanual, bimestral...
A idia central do tpico est clarano contedo programado.
O nmero de aulas suficientepara o tema proposto.
O desenvolvimento metodolgico einteressante e estimula aparticipao ativa do aluno eprev:
o Preparao e introduo doassunto.
o Desenvolvimento e estudoativo do assunto.
o Sistematizao e aplicao.
o Tarefas de casa.
Foi previsto a avaliaodiagnstica, formativa e somativa,isto , no incio, durante e no final
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das atividades.
Sabemos que o xito dos alunos nodepende unicamente do professor e de seumtodo de trabalho, pois a situaodocente envolve muitos fatores denatureza social, psicolgica, o clima geralda dinmica da escola, etc. Entretanto otrabalho docente tem um peso significativoao proporcionar condies efetivas para oxito escolar dos alunos.
Ao fazer a avaliao das aulas, convmainda levantar questes como estas:
Os objetivos e contedos foramadequados turma?
O tempo de durao da aula foiadequado?
Os mtodos e tcnicas de ensinoforam variados e oportunos parasuscitar atividade mental e prticados alunos?
Foram feitas avaliaes daaprendizagens dos alunos nodecorrer das aulas (formais einformais)?
O relacionamento professor-alunofoi satisfatrio?
Houve uma organizao segura dasatividades, de modo a ter garantidoum clima de trabalho favorvel?
Foram propiciadas tarefas de estudoativo e independente dos alunos?
Os alunos realmente consolidaram aaprendizagem da matria, num grausuficiente para introduzir matrianova?
Anotaes:
7.3 Modelos de plano de aula:
7.3.1 Modelo de Jos Carlos Libneo(Pedagogia crtico-social dos contedos):
Escola: Disciplina:Data:Srie: Professor:Unidade didtica:
ObjetivosEspecfic
Contedos
Naulas
DesenvolvimentoMetodolgico
Preparao:
Introduo doassunto:
Desenvolvimentoe estudo ativo doassunto:
Sistematizao eaplicao:
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Tarefas paracasa:
Avaliao:Referencial terico:
7.3.2 Modelo de Imdeo Nrice (tecnicista):
1 Cabealho
2 Objetivos
3 Motivao
4 Desenvolvimento da aula Reviso da aula anterior e
articulao com a experinciapassada do aluno.
Assunto novo.
Sntese ou resumo
5 Procedimentos didticos:
Tcnicas de ensino a empregar
Material didtico a ser usado
Atividades previstas para os alunos
Fixao, integrao e avaliao
Tarefas
6 Notas complementares:
Enriquecimento do vocabulrio
Questo proposta para reflexo
Assunto provvel da prxima aula
Bibliografia
7 Crtica da aula
O que no foi realizado?
Por qu?
Que deve passar para a aulaseguinte e o que deve serreelaborado?
Como melhorar a aula?
Observaes e ocorrncia durante aaula.
7.3.3 Modelo simplificado:
Identificao:Local: Disciplina:
Tema: Srie:Turma:Data: Durao:
Objetivos:
Esquema do contedo:
Descrio do desenvolvimentometodolgico:
Introduo ao assunto:
Desenvolvimento do contedo:
Sntese Integradora:
Recursos Humanos, Pedaggicos eFsicos:
Avaliao da aprendizagem:
Referencial Terico:
7.3.4 Plano de aula de Celso Vasconcelos:
Assunto: indicao temtica a sertrabalhada.
Necessidade: explicitao dasnecessidades percebidas no grupoe que justificam a proposta deensino.
Objetivo
Contedo
Metodologia: explicitao dos
procedimentos de ensino, tcnicas,estratgias, a serem utilizadas nodesenvolvimento do assunto.
Tempo
Recursos
Avaliao
Tarefa: suas funes bsicas so oaprofundamento e sntese do queest sendo visto em classe, assimcomo, ajudar o aluno a terrepresentaes mentais prviasdisponveis correlatas ao assunto aser tratado nas aulas seguintes.
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Observaes: suas anotaes,reflexes e avaliao sobre acaminhada, tornando a aula uminstrumento de pesquisa sobre aprtica. preciso resgatar o hbitode escrever sobre a prtica (Dirio
de bordo), tendo em vista apossibilidade de uma reflexo maissistemtica.
7.3.5 Plano de aula para Juan DazBordenava e Adair Martins Pereira:
Preparao da classe: o professor
inicia o relacionamento com seusalunos, se faz conhecer se novo,conhece os alunos e, em geral,define seu papel de orientadordemocrtico.
Apresentao de uma situao-problema: o professor coloca umdesafio frente aos alunos, paraexcitar sua curiosidade, incita-lhes apensar, a procurar a soluo. Oproblema pode ser apresentado
como uma pergunta, como umaafirmao a ser constatada, comoum caso de estudo, como umparadoxo, etc.
Pesquisa conjunta da soluo: osalunos, desafiados pelo problema,procuram a soluo. Para isso, oprofessor lhes orienta no uso detcnicas variveis de pesquisa(biblioteca, entrevista, dadosestatsticos, correspondncia,laboratrio, debates, discusses,etc.). O trabalho fundamentalmente dos alunos,preferivelmente em grupos.
Teorizao: as descobertas dosalunos necessitam ser organizadas eexplicadas. S assim poder havertransferncia e generalizao daaprendizagem. De fato, aprenderfatos no ainda aprender. Asobservaes devem ser levantadasao nvel da teoria. Esta umaresponsabilidade do professor, nosentido de ajudar os alunos a criarmodelos ou estruturas, nas quais
aparecem as principais variveisdo problema e suas relaesrecprocas.
Aplicao: Os alunos testam,contra a realidade, a validade doque foi aprendido. A reinicia-se ociclo, passando a outra situao-problema, que incorpore o japrendido como um dado a mais.
7.3.6 Metodologia da pedagogia histrico-crtica Jos Luiz Gasparin
1 passo: PRTICA SOCIAL INICIAL:
Iniciar as atividades apresentando aosalunos os objetivos, os tpicos e subtpicos da
unidade que se pretende estudar, e emseguida, dialogar com os alunos sobre osmesmos,
Os alunos mostram sua vivncia docontedo, isto , o que j sabem sobre o temaa ser trabalhado e perguntam tudo quegostariam de saber sobre o novo assunto empauta, e tudo ser anotado pelo professor.
A prtica social inicial pode ser feitacomo um todo no incio da unidade eretomada, em seus aspectos especficos, acada aula, conforme o contedo a sertrabalhado. Ou, a cada aula, o professordestaca a prtica social especfica do contedoque vai trabalhar naquele dia.
2 passo: PROBLEMATIZAO:
Identificar os principais problemaspostos pela prtica e pelo contedo curricular,seguindo-se uma discusso sobre eles, a partir
daquilo que os alunos j conhecem;
Explicar que o conhecimento (contedo)vai ser construdo (trabalhado) nas dimensesconceitual, cientfica, social, histrica,econmica, poltica, esttica, religiosa,ideolgica, etc., transformadas em questesproblematizadoras.
3 passo: INSTRUMENTALIZAO:
a apresentao sistemtico-dialgicado contedo cientfico, contrastando-o com ocotidiano e respondendo s perguntas das
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diversas dimenses propostas. o exercciodidtico da relao sujeito-objeto pela ao doaluno e mediao do professor. o momento daefetiva construo do novo conhecimento.
4passo: CATARSE:
Representa a sntese do aluno, sua novapostura mental; a demonstrao do novo graude conhecimento a que chegou, expresso pelaavaliao espontnea ou formal.
5 passo: PRTICA SOCIAL FINAL:
a manifestao da nova atitude prticado educando em relao ao contedo aprendido,bem como do compromisso em pr emexecuo o novo conhecimento. a fase das
intenes e propostas de aes dos alunos.
7.3.7 Metodologia da Problematizao do Ensinopor Neusi Berbel:
REALIDADE SOCIAL : como ponto de partidae de chegada;
processo criativo de ao-reflexo sobreum determinado aspecto extrado, observadoou vivido;
este aspecto ser traduzido em nova ao(mais elaborado);
provocar intencionalmente algumatransformao;
ETAPAS:
OBSERVAOo Observar algo relacionado temtica
de estudo.o Perceber o que pertinente.o O conhecimento permite ao aluno ver
determinado aspecto como problema.o Problematizao: exerccio intelectual
e social. VRIOS PROBLEMAS
o Dadas as condies, analisar setodos os problemas podero serestudados ou se priorizar um deles.
o Para selecionar o problema (usarcritrios).
PONTOS CHAVESo Identific-los no problema:o Quais as suas possveis causaso Quais seus possveis determinantes
contextuaiso Quais seus componentes e seus
desdobramentos TEORIZAO
o Resposta das questes anterioresdaro origem uma lista de:preocupaes; afirmaes iniciais;novas perguntas; pressupostosorientadores de estudo; tpicos aserem explorados; diferentes formas
de elaborao.o Usar idias e teorias j disponveis
sobre o problema.o Se houver necessidade voltar
observao.o Buscar sistematicamente
informaes tcnicas, cientficas,empricas, oficiais, com auxlio deprocedimentos de pesquisa.
o DIFERENTES NGULOS DOPROBLEMA SO ANALISADOS APARTIR DAS INFORMAESCOLHIDAS EM DIVERSASFONTES.
HIPTESES DE SOLUOo Momento de comparar crenas
iniciais com as informaes atuais.o Pode-se reforar posies
anteriores, reformular posiesiniciais.
o Aprendizagem efetiva vem darelao da teoria com a percepodos fenmenos concretos, reais.
o Encontrar alternativas;o Elaborar propostas de superao do
problema central em estudo;
APLICAO REALIDADE (prtica)o Aes sobre a realidade, que
devem ser tomadas, executadas ouencaminhadas;
o Compromisso dos alunos com o seumeio;
o Aplicao realidade O que fazer Como fazer, em que
condies Com que estratgias Com que recursos Para obter que efeitos Com que finalidade e para
beneficiar a quemo Condies objetivas
Nvel de conhecimento Disponibilidades das
pessoas envolvidas
Autoridade; podernecessrio para interveno Uso das estratgias;
momento oportuno
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Grau de comprometimento econscincia social
REFERENCIAL TERICO
1. BERBEL, Neusi Aparecida Navas. A metodologia daproblematizao no ensino superior e suacontribuio para o plano da prxis. RevistaSemina. Londrina. V. 17. Edio especial. p. 7 a 12.nov. 1996.
2. BORDENAVE, Juan Daz; PEREIRA, Adair Martins.Estratgias de ensino-aprendizagem. 11 ed.Petrpolis: Vozes, 1989. p. 117-118.
3. GASPARIN, Joo Luiz. Uma didtica para aPedagogia Histrico-Crtica. Campinas: Cortez,2003.
4. LEITE, Lgia Silva (coord) et all. TecnologiaEducacional: descubra suas possibilidades nasala de aula. Petrpolis: Vozes, 2003
5. LIBNEO, Jos Carlos. Didtica. So Paulo:Cortez, 1991. p. 221-247
6. MARTINS, Jos do Prado. Didtica geral. SoPaulo: Atlas, 1988. p. 183-194.
7. NRICI, Imdeo G. Introduo a DidticaGeral. Rio de Janeiro: Ed. Cientfica, s.d., 149-157.
8. PILETTI, Claudino. Didtica Geral. 23 ed. rev.
So Paulo: tica, 2003. p. 60-85
9. VASCONCELOS, Celso dos S. Planejamento:projeto de ensino-aprendizagem e projetopoltico-pedaggico. 5. ed. So Paulo: Libertad,1999. p. 148-151.
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