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TESTE DE RECUPERABILIDADE
OBJETIVO
Definir procedimentos visando a assegurar que os
ativos não estejam registrados contabilmente por
um valor superior àquele passível de ser
recuperado por uso ou por venda.
TESTE DE RECUPERABILIDADE
É uma palavra em inglês que significa, em sua
tradução literal, deterioração (perda). É uma regra
segunda a qual a companhia deverá efetuar,
periodicamente, análise sobre a recuperação dos
valores registrados no imobilizado e no intangível.
TESTE DE RECUPERABILIDADE
OBRIGATORIEDADE E PERIODICIDADE
O teste de recuperabilidade se tornou obrigatório à
partir de 31.12.2008 e deve se aplicado no mínimo
a cada fim de exercício social.
INDICADORES
Os principais indicadores de impairment são a
obsolescência, reestruturação ou venda parcial de
um ativo e performance econômica pior do que a
esperada
TESTE DE RECUPERABILIDADE
DEFINIÇÕES
Valor recuperável de um ativo ou de uma unidade
geradora de caixa é o maior valor entre o valor
líquido de venda de um ativo e seu valor em uso.
Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa
futuros estimados, que devem resultar do uso de
um ativo ou de uma unidade geradora de caixa.
TESTE DE RECUPERABILIDADE
DEFINIÇÕES
Valor contábil é o valor pelo qual um ativo está
reconhecido no balanço depois da dedução de toda
respectiva depreciação, amortização ou exaustão
acumulada e provisão para perdas.
Valor justo é o valor que um ativo pode ser
negociado, ou um passivo liquidado, entre partes
interessadas, independentes entre si e com
conhecimento do negócio, sem fatores que
pressionem a liquidação da transação ou que
caracterizem uma transação compulsória.
IDENTIFICAÇÃO DE ATIVOS DESVALORIZADOS
Um ativo está desvalorizado quando
seu valor contábil excede seu valor
recuperável.
Uma entidade deve avaliar em cada data de balanço
se há qualquer indicação de que um ativo possa ter
sofrido desvalorização (impairment):
Se existir qualquer indicação, a entidade deve
estimar o valor recuperável do ativo.
Independentemente de existir ou não qualquer
indicação de impairment, uma entidade deve também
testar anualmente:
Goodwill (ágio por expectativa de rentabilidade
futura);
Ativos intangíveis com vida útil indefinida ou ainda
não disponíveis para uso.
IDENTIFICAÇÃO DE ATIVOS DESVALORIZADOS
IDENTIFICAÇÃO DE ATIVOS DESVALORIZADOS
Fontes Externas de Informação
Diminuição significativa do preço de mercado do ativo
Fonte: http://amazonasatual.com.br/prefeitura-interdita-imoveis-no-centro-de-manaus-por-risco-de-desabamento/
Ex: Imóvel
em região de
risco de
desabamento
IDENTIFICAÇÃO DE ATIVOS DESVALORIZADOS
Fontes Externas de Informação
Mudanças significativas no ambiente econômico,
tecnológico, mercadológico ou legal;
Fonte: http://www.radiogeracao.com.br/web/index.php?menu=noticias&id=3793
Volume de vendas
IDENTIFICAÇÃO DE ATIVOS DESVALORIZADOS
Fontes Externas de Informação
O valor contábil do patrimônio líquido da entidade é
maior do que o valor de suas ações no mercado;
As taxas de juros de mercado tiveram aumento
significativo.
Aumento
das taxas
de juros
Redução do
valor recuperável
IDENTIFICAÇÃO DE ATIVOS DESVALORIZADOS
Fontes Internas de Informação
Evidência de obsolescência ou danificação do bem
Fonte: https://line.do/es/historia-de-la-tecnologia/g5i/vertical
IDENTIFICAÇÃO DE ATIVOS DESVALORIZADOS
Fontes Internas de Informação
Mudança significativa na forma que um ativo é
usado;
Indicação em relatórios internos de avaliação de
desempenho que o ativo avaliado não terá o
resultado esperado;
Expectativa real de que o ativo será vendido ou
baixado antes do término de sua vida útil
anteriormente prevista.
MENSURAÇÃO DO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS. O teste de recuperabilidade permite uma
análise sobre a possível recuperação
dos valores registrados nos ativos.
O valor de uso é definido pelo CPC 01
como o valor estimado com base em
fluxos de caixa futuros que derivam do
uso do ativo.
MENSURAÇÃO DO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS.
Valor justo é o preço que seria recebido
pela venda de um ativo ou que seria
pago pela transferência de um passivo
em uma transação não forçada .
MENSURAÇÃO DO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS.
BASE PARA ESTIMATIVAS DE FLUXOS DE CAIXAS FUTUROS
Ao mensurar o valor em uso, a entidade deve:
basear as projeções de fluxo de caixa em premissas razoáveis e fundamentadas que representem a melhor estimativa, por parte da administração, do conjunto de condições econômicas que existirão na vida útil remanescente do ativo.
basear as projeções de fluxo de caixa nas previsões ou nos orçamentos financeiros mais recentes que foram aprovados pela administração.
estimar as projeções de fluxo de caixa para além do período abrangido pelas previsões ou orçamentos mais recentes pela extrapolação das projeções baseadas em orçamentos ou previsões usando uma taxa de crescimento estável ou decrescente para anos subsequentes.
Deve incluir:
projeções de entradas de caixa a partir do uso
contínuo do ativo.
projeções de saídas de caixa, que são incorridas
necessariamente para gerar as entradas de caixa
decorrentes do uso contínuo do ativo.
se houver, fluxos líquidos de caixa.
COMPOSIÇÃO DAS ESTIMATIVA DE FLUXOS DE CAIXA FUTUROS
As estimativas de fluxos de caixa futuros não
devem incluir futuras entradas ou saídas de caixa
previstas de:
Futura reestruturação com a qual a entidade ainda
não está compromissada.
Melhoria ou aprimoramento do desempenho do
ativo.
BASE PARA ESTIMATIVAS DE FLUXOS DE CAIXAS FUTUROS
Reestruturação é um programa que é planejado e
controlado pela administração e que muda,
significativamente, o negócio levado a efeito por uma
entidade ou a maneira como o negócio é conduzido.
Uma vez que a entidade esteja comprometida com a
reestruturação:
Sua estimativa de futuras entradas e saídas de caixa
com o objetivo de determinar o valor em uso deve
refletir a economia de despesas e outros benefícios
provenientes da reestruturação.
Sua estimativa de futuras saídas de caixa para a
reestruturação é tratada como uma provisão para
reestruturação.
BASE PARA ESTIMATIVAS DE FLUXOS DE CAIXAS FUTUROS
FLUXOS DE CAIXAS FUTUROS EM MOEDA
ESTRANGEIRA
Os fluxos de caixa futuros são estimados na moeda
na qual eles serão gerados e, em seguida,
descontados, usando-se uma taxa de desconto
adequada para essa moeda.
BASE PARA ESTIMATIVAS DE FLUXOS DE CAIXAS FUTUROS
TAXA DE DESCONTO
A taxa de desconto deve ser a taxa antes dos
impostos, que reflita as avaliações atuais de
mercado:
do valor da moeda no tempo.
dos riscos específicos do ativo para os quais as
futuras estimativas de fluxos de caixa não foram
ajustadas.
BASE PARA ESTIMATIVAS DE FLUXOS DE CAIXAS FUTUROS
RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO DE PERDA POR DESVALORIZAÇÃO!
Se o valor recuperável do ativo for menor
que o valor contábil, a diferença existente
entre esses valores deve ser ajustada pela
constituição de provisão de perdas,
redutora de ativos, em contrapartida ao
resultado do período.
No caso de ativos reavaliados, o montante da redução deve reverter uma reavaliação anterior , sendo debitado em reservar no patrimônio líquido. Caso essa reserva seja insuficiente , o excesso deverá ser contabilizado no resultado do período.
A perda por desvalorização de ativo não reavaliado deve ser reconhecida em outros resultados abrangentes (na reserva de reavaliação) na extensão em que a perda por desvalorização não exceder o saldo da reavaliação reconhecida para o mesmo.
RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO DE PERDA POR DESVALORIZAÇÃO!
Após o reconhecimento da provisão para perdas, a
despesa de depreciação, amortização e exaustão
dos ativos desvalorizados deve ser calculada em
períodos futuros pelo novo valor contábil apurado,
ajustado ao período de sua vida útil remanescente.
RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO DE PERDA POR DESVALORIZAÇÃO!
UNIDADE GERADORA DE CAIXA
O que é uma unidade geradora de
caixa?
É o menor grupo identificável de de
ativos que gere entradas de caixa.
Exemplo:
Quando tenho uma máquina ou
mais, que seja para fabricação de
um produto específico, é uma
unidade geradora de caixa.
UNIDADE GERADORA DE CAIXA
• Ágio por expectativa de rentabilidade futura
(goodwill)
O ágio pago, decorrente de expectativa de
rentabilidade futura em uma aquisição de
entidades (goodwill), representa um desembolso
realizado por um adquirente na expectativa de
benefícios econômicos futuros de ativos, para os
quais a administração não conseguiu
individualmente identificá-los e separadamente
reconhecê-los.
Valor recuperável e valor contábil de unidade geradora
de caixa
O valor recuperável de uma unidade geradora de caixa é o
maior valor entre o valor justo líquido de despesas de
venda e o valor em uso.
O valor contábil de uma unidade geradora de caixa deve
ser determinado de maneira consistente com o modo pelo
qual é determinado o montante recuperável da unidade
geradora de caixa.
UNIDADE GERADORA DE CAIXA
REVERSÃO DE UMA PERDA POR DESVALORIZAÇÃO
A entidade deve avaliar, ao término de cada
período de reporte, se há alguma indicação de
que a perda por desvalorização reconhecida
em períodos anteriores para um ativo, exceto o
ágio por expectativa de rentabilidade futura
(goodwill), possa não mais existir ou ter
diminuído. Se existir alguma indicação, a
entidade deve estimar o valor recuperável
desse ativo.
REVERSÃO DE UMA PERDA POR DESVALORIZAÇÃO PARA UM ITEM DO
ATIVO
A reversão de perda por desvalorização de um
ativo, exceto o ágio por expectativa de
rentabilidade futura (goodwill), deve ser
reconhecida imediatamente no resultado do
período, a menos que o ativo esteja registrado
por valor reavaliado de acordo com outra norma.
Qualquer reversão de perda por desvalorização
sobre ativo reavaliado deve ser tratada como
aumento de reavaliação conforme tal norma.
REVERSÃO DE PERDA POR DESVALORIZAÇÃO PARA UMA UNIDADE GERADORA DE CAIXA
A reversão de perda por desvalorização para uma unidade
geradora de caixa deve ser alocada aos ativos da unidade,
exceto o ágio por expectativa de rentabilidade futura
(goodwill), proporcionalmente ao valor contábil desses
ativos.
seu valor recuperável (se este puder ser determinado); e
o valor contábil que teria sido determinado (líquido de
depreciação, amortização ou exaustão), se a perda por
desvalorização não tivesse sido reconhecida em anos
anteriores.
O valor da reversão da perda por desvalorização, que seria
de outra forma alocado ao ativo, deve ser alocado de forma
proporcional aos outros ativos da unidade, exceto para o
ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill).
MUDANÇAS NO CENÁRIO CONTÁBIL:
ABORDAGEM DO TESTE DE
RECUPERABILIDADE DE ATIVOS
AUTOR
Marcos Laffin¹, Joana Lohn1 1Universidade
Federal de Santa Catarina – UFSC
OBJETIVO GERAL
O objetivo deste artigo é discutir o teste de
recuperabilidade como instrumento de avaliação
patrimonial.
QUESTÃO DA PESQUISA
Qual a contribuição do teste de recuperabilidade na avaliação patrimonial?
METODOLOGIA
O estudo é de natureza básica, configura-se como pesquisa exploratória por meio de estudo bibliográfico
PRINCIPAIS RESULTADOS
O processo de convergência em implementação surge com o intuito de padronizar as normas e práticas contábeis por meio da unificação da linguagem contábil. De acordo com a Resolução CFC nº 1.055/05, diversas vantagens foram visualizadas em decorrência da convergência, destacando-se entre elas: a redução de riscos nos investimentos internacionais, assim como nos créditos de natureza comercial, a facilitação na comunicação internacional, e a redução de custos de capital que procede desta convergência.
O pronunciamento técnico expresso pelo CPC-01 (R1) (Redução ao Valor Recuperável de Ativos) aprovou e tornou obrigatório o teste de recuperabilidade para todas as empresas de capital aberto a partir do exercício social iniciado em 1º de janeiro de 2008. A partir de então as empresas devem publicar informações detalhadas sobre a avaliação das unidades geradoras de caixa, informações estas que permitam ao usuário entender a real composição dos ativos que são utilizados na atividade operacional das empresas. Essa análise decorrente da Redução ao Valor Recuperável de Ativos tem como finalidade garantir que os ativos não estejam registrados no patrimônio da entidade por um valor superior àquele passível de ser recuperado. O intuito do ajuste no ativo é adequar o seu valor ao provável valor líquido de realização. (CPC-01 R1)
CONCLUSÕES Neste cenário de instabilidade, mas de flexibilização e novas oportunidades nos negócios, a Contabilidade assume grau de relevância não apenas em seus fundamentos de registro e controle, mas, sobretudo, no conjunto de informações tempestivas de caráter compreensível e passíveis de apropriação pelo tecido social.
Concluímos que o conceito do teste de recuperabilidade está articulado com os fundamentos que orientam a prática e os procedimentos da ciência Contábil. Ressalvada a subjetividade da avaliação, inferimos que o teste de recuperabilidade possibilita uma maior proximidade de expressão do valor real de um item patrimonial avaliado pelo teste. A principal contribuição do uso do teste de recuperabilidade é a informação que o mesmo produz sobre a compreensão da capacidade de geração de benefícios pelo item avaliado.
Referencias:
PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 01
Correlação às Normas Internacionais de
Contabilidade – IAS 36 (IASB)
Artigo: http://www.revistas.udesc.br/index.php/reavi/search/search?simpleQue
ry=MUDAN%C3%87AS+NO+CEN%C3%81RIO+CONT%C3%81BIL%
3A+ABORDAGEM+DO+TESTE+DE+RECUPERABILIDADE+DE+AT
IVOS&searchField=query
Imagens: Google imagens
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