Transformações sociais (Revolução Industrial e Revolução Francesa)

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Transformações sociais

(Revolução Industrial e Revolução Francesa).

Mudanças ideológicas (Laicismo – educação exercida por

leigos – Iluminismo o uso da razão como meio para satisfazer

as necessidades do homem)

Portugal marcado pelo suntuoso reinado de Dom João VI

(riquezas do ciclo do ouro das Minas Gerais).

Reformas do tirano Marquês de Pombal.

Fundação das Arcádias com finalidade de combater o exagero do Barroco.

retorno ao equilíbrio

clássico.

o ideal de simplicidade, de

naturalidade.

o mito do bom selvagem de

Rousseau.

a linguagem clara e

moderada.

fingimento poético.

retorno ao equilíbrio

clássico.

o ideal de simplicidade, de

naturalidade.

o mito do bom selvagem de

Rousseau.

a linguagem clara e

moderada.

fingimento poético.

temas: fugir da cidade, idealização do bucólico, viver o

momento (o carpe diem).

poesia encomiástica (bajulação).

o burguês é o novo herói sem bravura nem aventura.

Manuel Maria Barbosa du Bocage, ingressou na

marinha e foi para Goa e Macau.

Sofreu enorme desgosto (Gertrudes e Gil

Bocage).

Sua poesia satírica e as idéias antimonárquicas levam-no à prisão.

Apresenta traços pré-românticos nas suas obras líricas, afastando-

se assim das convenções do Arcadismo.

TRISTE QUEM AMA ... CEGO QUEM SE FIA...

Nascemos para amar; a humanidade

Vai tarde ou cedo aos laços da ternura.

Tu és doce atrativo, ó formosura,

Que encanta, que seduz, que persuade:

...

Enleia-se por gosto a liberdade;

E depois que a paixão n’alma se apura

Alguns então lhe chamam desventura,

Chamam-lhe alguns então felicidade...

Bocage

O século XVIII, é considerado como século do ouro, graças à

descoberta de ouro e pedras preciosas em Minas Gerais.

Pelos portos do Rio de Janeiro

escoavam-se as riquezas

brasileiras para Portugal.

Pelos portos do Rio de Janeiro

escoavam-se as riquezas

brasileiras para Portugal.

Multiplicam-se as vilas e cidades formando-se em Vila Rica

(atual Ouro Preto) um grupo que passou para a História por

sua atuação em dois campos: a política e a literatura.

Multiplicam-se as vilas e cidades formando-se em Vila Rica

(atual Ouro Preto) um grupo que passou para a História por

sua atuação em dois campos: a política e a literatura.

A atuação política, questionando os tributos cobrados pelo

governo português e pregando a independência do Brasil,

levou este grupo a participar da Inconfidência Mineira.

A atuação política, questionando os tributos cobrados pelo

governo português e pregando a independência do Brasil,

levou este grupo a participar da Inconfidência Mineira.

As obras do Arcadismo assumiram no Brasil características

próprias.

As paisagens da Antiguidade foram substituídas pela realidade

brasileira.

As paisagens da Antiguidade foram substituídas pela realidade

brasileira.

Nascido em 1729 - Mariana (MG), cursou a

Faculdade de Direito em Coimbra.

(pseudônimo – Glauceste Satúrnio)

Retornou a Vila Rica, ocupou cargos administrativos foi um dos

principais nomes da Inconfidência Mineira e suicidou-se na prisão

em 1789.

Retornou a Vila Rica, ocupou cargos administrativos foi um dos

principais nomes da Inconfidência Mineira e suicidou-se na prisão

em 1789.

Como primeiro árcade, escreveu poemas ainda próximos ao Barroco.

Quanto aos temas, contemplou o amor, provocando o sofrimento e o

desencontro.

O eu-lírico é um pastor que tenta sensibilizar a pastora a quem ama

(NISE).

Como primeiro árcade, escreveu poemas ainda próximos ao Barroco.

Quanto aos temas, contemplou o amor, provocando o sofrimento e o

desencontro.

O eu-lírico é um pastor que tenta sensibilizar a pastora a quem ama

(NISE).

OBRAS:

Obras poéticas (1769)

Vila Rica (1837)

• Nascido em Portugal, Tomás passou parte

da infância e da juventude no Brasil, depois

se mudou para Portugal, onde se formou em

Direito. (pseudônimo – Dirceu)

• Nascido em Portugal, Tomás passou parte

da infância e da juventude no Brasil, depois

se mudou para Portugal, onde se formou em

Direito. (pseudônimo – Dirceu)

• Exerceu o cargo de ouvidor em Vila Rica e se apaixonou

pela jovem Maria Dorotéia (Marília).

• Aderiu a Inconfidência Mineira, foi condenado ao degrado

na África, onde se casou com Teresa.

• Exerceu o cargo de ouvidor em Vila Rica e se apaixonou

pela jovem Maria Dorotéia (Marília).

• Aderiu a Inconfidência Mineira, foi condenado ao degrado

na África, onde se casou com Teresa.

Obras :

Cartas Chilenas (satírica)

Marília de Dirceu (lírica)

O poema Marília de Dirceu foi composto nos padrões árcades,

em linguagem simples. Nos seus temas, existem a caracterização

do poeta como pastor, a declaração de amor por Marília.

Características das Liras de Marília de Dirceu

 

Obra: lírica que mais se comunica com o leitor.

Há dois elementos não-convencionais da poesia árcade:

O lirismo como expressão pessoal (subjetivismo na segunda parte das Liras).

Características das Liras de Marília de Dirceu

 

Obra: lírica que mais se comunica com o leitor.

Há dois elementos não-convencionais da poesia árcade:

O lirismo como expressão pessoal (subjetivismo na segunda parte das Liras).

A imitação direta da natureza de Minas (e não da natureza

reproduzida pelos poetas clássicos).

Preferências temáticas: ideal de vida simples, pastoralismo,

bucolismo e carpe diem.

Tudo isso se mistura à expressão de um ideal burguês.

Primeira Parte das Liras

Época do noivado (convencional e neoclássica).

Projetos de vida futura, os quadros descritivos amenos,

expressão otimista e o narcisismo do poeta.

 Segunda Parte das Liras

 

Escrita no cárcere (aproxima-se dos escritos românticos).

Momentos de revolta, desconsolo, amargura e solidão; mas o

estilo é equilibrado preso ao clássico.

poema satírico

Gonzaga = Critilo

Ataca o governador de Minas D. Luís da Cunha Menezes.

Cláudio Manoel da Costa = Doroteu

Governador Cunha Menezes = Minésio, o Fanfarrão

poema satírico

Gonzaga = Critilo

Ataca o governador de Minas D. Luís da Cunha Menezes.

Cláudio Manoel da Costa = Doroteu

Governador Cunha Menezes = Minésio, o Fanfarrão

Silva Alvarenga (Vila Rica, 1749 – Rio, 1814) - (pseudônimo

Alcindo Palmireno).

• Obra – Glaura, exemplo perfeito do estilo rococó em

nossa literatura. Com seus rondós e madrigais, envolvidos

por intensa musicalidade.

Alvarenga Peixoto (Rio, 1744 – Angola, 1792).

• Poesia encomiástica e, por vezes, assumiu uma posição

crítica diante da política colonialista portuguesa.

• Atribui-se ao poeta o lema da bandeira da Inconfidência

“Liberdade, ainda que tardia”.

José Basílio da Gama (Minas Gerais, 1741 –

Lisboa 1795) Termindo Sipílio.

Ficou órfão e foi para o Rio de Janeiro. Entrou

em 1757 para a Companhia de Jesus.

José Basílio da Gama (Minas Gerais, 1741 –

Lisboa 1795) Termindo Sipílio.

Ficou órfão e foi para o Rio de Janeiro. Entrou

em 1757 para a Companhia de Jesus.

Dois anos depois a ordem é expulsa do Brasil e o poeta foi para

Portugal e depois para Roma, onde foi admitido na Arcádia Romana. De

volta a Lisboa, foi condenando devido às suas ligações com os jesuítas;

salvou-o um poema que dedicou à filha do Marquês de Pombal, que o

indultou e protegeu.

Dois anos depois a ordem é expulsa do Brasil e o poeta foi para

Portugal e depois para Roma, onde foi admitido na Arcádia Romana. De

volta a Lisboa, foi condenando devido às suas ligações com os jesuítas;

salvou-o um poema que dedicou à filha do Marquês de Pombal, que o

indultou e protegeu.

Obra: O Uraguai – epopéia em cinco cantos, com

versos brancos e estrofe livre.

PERSONAGENS:

• Herói do poema: General Gomes Freire de Andrade;

• Herói indígena: Cacambo, chefe indígena;

• Vilão da história: Pe. Lourenço Balda;

• Outras personagens: Cepê, Lindóia (esposa de Cacambo), Caitutu,

Tanajura (velha feiticeira).

• Narra o conflito entre os índios de Sete Povos das Missões

e o exército luso-espanhol.

• Não segue o modelo camoniano, é um caminho para

paisagismo romântico, usa o sobrenatural e o indígena é

tomado como herói, prenunciando o índio do Romantismo.

Nos olhos Caitutu não sofre o pranto,

E rompe em profundíssimos suspiros,

Lendo na testa da fronteira gruta

De sua mão já trêmula gravado

O alheio crime e a voluntária morte.

Nos olhos Caitutu não sofre o pranto,

E rompe em profundíssimos suspiros,

Lendo na testa da fronteira gruta

De sua mão já trêmula gravado

O alheio crime e a voluntária morte.

E por todas as partes repetido

O suspirado nome Cacambo.

Inda conserva o pálido semblante

Um não sei quê de magoado e triste,

Que os corações mais duros enternece.

Tanta era bela no seu rosto a morte!

E por todas as partes repetido

O suspirado nome Cacambo.

Inda conserva o pálido semblante

Um não sei quê de magoado e triste,

Que os corações mais duros enternece.

Tanta era bela no seu rosto a morte!

Frei José de Santa Rita Durão - (Minas Gerais, 1722 – Lisboa, 1784)

Também pronunciava os elementos românticos.

Obra: Caramuru, poema épico,

que segue o modelo Camoniano

Poema que narra o naufrágio, o

salvamento e as aventuras de

Diogo Álvares Correia, o

Caramuru.

Fragmento

Perde o lume dos olhos, pasma e treme,

Pálida a cor, o aspecto moribundo,

Com mão já sem vigor, soltando o leme,

Entre as salsas escumas desce ao fundo:

Mas na onda do mar, que irado freme,

Tornando a aparecer desde o profundo:

“Ah! Diogo cruel!” disse com mágoa,

E sem mais vista ser, sorveu-se n’água.

Fragmento

Perde o lume dos olhos, pasma e treme,

Pálida a cor, o aspecto moribundo,

Com mão já sem vigor, soltando o leme,

Entre as salsas escumas desce ao fundo:

Mas na onda do mar, que irado freme,

Tornando a aparecer desde o profundo:

“Ah! Diogo cruel!” disse com mágoa,

E sem mais vista ser, sorveu-se n’água.

Fragmento

Choraram da Bahia as ninfas belas,

Que nadando a Moema acompanhavam;

E vendo que sem dor navegam delas,

À branca praia com furor tornavam:

Nem pode o claro herói sem pena vê-las,

Com tantas provas, que de amor lhe davam;

Nem mais lhe lembra o nome de Moema,

Sem que ou amante a chore, ou grato gema.

Fragmento

Choraram da Bahia as ninfas belas,

Que nadando a Moema acompanhavam;

E vendo que sem dor navegam delas,

À branca praia com furor tornavam:

Nem pode o claro herói sem pena vê-las,

Com tantas provas, que de amor lhe davam;

Nem mais lhe lembra o nome de Moema,

Sem que ou amante a chore, ou grato gema.

Revolução Industrial,

1750

• produção artesanal X

industrial;

• proletariado – mudança.Revolução Francesa, 1789

• ideais revolucionários (liberdade, igualdade e fraternidade);

• ideais da burguesia recém chegada ao poder;

• nova perspectiva estética.

Cultura Clássica

• imitação da natureza;

• razão, ordem, equilíbrio,

harmonia,

impessoalidade.

Arte Agora

• aspectos tumultuosos e pessoais da existência

como paixão,

amor, sonho, o devaneio, a loucura, o tédio, a

morbidez, a

rebeldia.

Romantismo renovou a língua, com neologismos e uma

linguagem mais acessível ao gosto da burguesia.

1 – A ruptura com a disciplina clássica

Liberdade à extensão do poema aos

temas e às formas.

2 – A mescla de gêneros

Poesia + tom coloquial da prosa.

3 – O Subjetivismo

Romantismo = particularismo da pessoa, emoção,

linguagem exclamativa, dupla pontuação, metáforas e

carregada de adjetivos.

4 - Nacionalismo

Desenvolve a cor

local / Manifestações

nacionais e populares.

5 – O idealismo e o escapismo

Rebeldia dos poetas escondiam-se, ou melhor, refugiavam

sua frustração na boêmia, na solidão, morbidez, desejo de

morrer, na evasão no tempo (negação do presente);

na evasão no espaço (lugares longínquos e exóticos).

6 – Ilogismo

Negação da lógica da razão / Atitudes antiéticas (conflito).

7 – Idealização da mulher

Anjo / demônio.

Poder – leva o homem à loucura.

• Invasão napoleônica – Bloqueio Continental (1807 – 1811).

• Fuga da família real para o Brasil.

• Invasão napoleônica – Bloqueio Continental (1807 – 1811).

• Fuga da família real para o Brasil.

• Independência do Brasil (1822).

• Guerra civil entre absolutistas e liberais (1828 – 1834).

• Independência do Brasil (1822).

• Guerra civil entre absolutistas e liberais (1828 – 1834).

• Almeida Garrett

• Alexandre Herculano

• Antônio Feliciano de Castilho

• fortes ressonâncias neoclássicas

• medievalismo

• Almeida Garrett

• Alexandre Herculano

• Antônio Feliciano de Castilho

• fortes ressonâncias neoclássicas

• medievalismo

Obra de início do Romantismo português:

Camões (1825) de Almeida Garrett

Obra de início do Romantismo português:

Camões (1825) de Almeida Garrett

Camões (1825) de Almeida GarrettCamões (1825) de Almeida Garrett

Poema narrativo (composição e publicação de Os Lusíadas) Poema narrativo (composição e publicação de Os Lusíadas)

Romântico:

personagem nacional

paisagem noturna

amor irresistível

tradições

ânsia de liberdade

Romântico:

personagem nacional

paisagem noturna

amor irresistível

tradições

ânsia de liberdade

personagem nacional

paisagem noturna

amor irresistível

tradições

ânsia de liberdade

personagem nacional

paisagem noturna

amor irresistível

tradições

ânsia de liberdade

• João Batista da Silva Leitão de Almeida Garrett (1799 – 1854)

• Iniciou-se neoclássico.

• Conheceu por diversas vezes o exílio (militante da Revolução Liberal).

• Conheceu o individualismo melancólico de Byron, o homem de Rousseau.

• João Batista da Silva Leitão de Almeida Garrett (1799 – 1854)

• Iniciou-se neoclássico.

• Conheceu por diversas vezes o exílio (militante da Revolução Liberal).

• Conheceu o individualismo melancólico de Byron, o homem de Rousseau.

Poesia:

Camões (1825)

Dona Branca (1826)

Folhas Caídas (1853)

Prosa:

Viagens na minha terra (1843)

Poesia:

Camões (1825)

Dona Branca (1826)

Folhas Caídas (1853)

Prosa:

Viagens na minha terra (1843)

• São fatos importantes de sua vida o exílio na Inglaterra e na França e uma

polêmica que travou com o clero, ambos decorrentes de sua participação

nas lutas liberais.

• São fatos importantes de sua vida o exílio na Inglaterra e na França e uma

polêmica que travou com o clero, ambos decorrentes de sua participação

nas lutas liberais.

• Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo

(1810 – 1877), nasceu em Lisboa, não cursou

nenhuma faculdade.

• Na ficção de Herculano predomina o caráter histórico dos enredos,

voltados para a Idade Média, enfocando as origens de Portugal como nação

e também muitos temas de caráter religioso.

Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco

(1825 – 1890).

Transição entre medievalismo e a observação da realidade.

Fase ultra-romântica.

Novelas passionais.

Amor de Perdição (romance – 1862);

Amor de Salvação (1864)

A queda de um anjo (1866)

Júlio Dinis (pseudônimo de Joaquim Guilherme Gomes Coelho

(1839 – 1871) – prosa.

Antecipação do Realismo;

Romance de costume, atitude crítica dos realistas.

Antecipação do Realismo;

Romance de costume, atitude crítica dos realistas.

As Pupilas do Senhor Reitor (1867) o romance

mais popular de Júlio Dinis.

Margarida e Clara acima, as personagens principais da obra que

se passa numa aldeia portuguesa.

família real no Rio de Janeiro

independência do Brasil (1822)

longo Período de Regência

o orgulho nacional despertado pela independência.

Principais Autores:

Gonçalves de Magalhães

Gonçalves Dias (1823-1864)

Obra de início: SUSPIROS POÉTICOS E SAUDADES de

Gonçalves de Magalhães.

 Minha terra tem palmeiras,

Onde

canta o Sabiá

As aves, que aqui

gorjeiam,

Não gorjeiam como lá.

Gonçalves Dias

 Minha terra tem palmeiras,

Onde

canta o Sabiá

As aves, que aqui

gorjeiam,

Não gorjeiam como lá.

Gonçalves Dias

Fragmento de “I – JUCA PIRAMA” Gonçalves Dias

 

“Tu choraste em presença da morte?

Na presença de estranhos chorastes?

Não descende o cobarde do forte;

Pois choraste, meu filho não és!

Possas tu, descendente maldito

De uma tribo de nobres guerreiros,

Implorando cruéis forasteiros,

Seres presa de vis Aimorés.

mal do século

morte, tédio, dúvida

Escapismo, Pessimismo

Excessos do subjetivismo

Spleen (melancolia byroniana)

LEMBRANÇA DE MORRER

Eu deixo a vida como deixa o tédio

Do deserto, o poento caminheiro

Como as horas de um longo pesadelo

Que se desfaz ao dobre de um sineiro

SAUDADES 

Nas horas mortas da noite

Como é doce meditar

Quando as estrelas cintilam

Nas ondas quietas do mar;

temas sociais e políticos

liberdade

tom declamatório

condoreirismo

Antônio Frederico de Castro Alves,

conhecido como “poeta dos escravos”,

nasceu em Curralinho (BA) em 1847.

Morre com o agravamento da doença

pulmonar em 1871.

Obras

Espumas flutuantes (1870);

Vozes d’África e Navio Negreiro (1880);

...

Senhor Deus dos desgraçados

Dizei-me vós, Senhor Deus!

Se é loucura ... se é verdade

Tanto horror perante os céus...

...

Senhor Deus dos desgraçados

Dizei-me vós, Senhor Deus!

Se é loucura ... se é verdade

Tanto horror perante os céus...

Ó mar! por que não apagas

Co’a esponja de tuas vagas

De teu manto este borrão?...

Astros! Noite! Tempestades!

Rolai das imensidades!

Varrei os mares, tufão!...

Ó mar! por que não apagas

Co’a esponja de tuas vagas

De teu manto este borrão?...

Astros! Noite! Tempestades!

Rolai das imensidades!

Varrei os mares, tufão!...

Joaquim de Sousa Andrade (Sousândrade), nasceu em

Guimarães no Maranhão, em 1832, e morreu em São Luís, em

1902.

Grande viajante percorreu a Amazônia, boa parte da América

Latina e da Europa.

Sua obra mais importante O Guesa, tem uma visão crítica do

capitalismo norte-americano e da situação dos povos sul e centro-

americanos.

burguesia classe dominante.

público sem bagagem cultural, buscava

emoções fortes, herói com heroína e um final

feliz.

nasce o folhetim, a matriz da prosa romântica.

A divisão entre personagens “bons” e

“maus”, o enredo linear com temas de

mistérios, de revelações surpreendentes

inspiraram as populares telenovelas.

HISTÓRICO Inspiração no passado histórico. Clima da época.

URBANO

Vida na corte. Luxo da burguesia. Tipos humanos detalhados.

INDIANISTA

o índio como marca nativista. Rousseau (mito do bom selvagem). O indígena corrompido pelo progresso.

REGIONALISTA

os sertanejos simbolizando a nacionalidade. Costumes registrados como um documento.

O folhetim diariamente nos jornais, semelhante às telenovelas

atuais, teve grande popularidade.

O folhetim diariamente nos jornais, semelhante às telenovelas

atuais, teve grande popularidade.

Captava os costumes da época,

exteriorizando uma visão

superficial da vida.

Teixeira e Souza – cronologicamente o primeiro

romancista , com O Filho do Pescador, 1843.

Romance de início:

A Moreninha, 1844

Diplomou-se em medicina, foi professor do Colégio Pedro II, exerceu

duas vezes o cargo de deputado, foi também poeta, jornalista e

historiógrafo.

A MoreninhaUma novela ingênua e sentimental

de Joaquim Manuel de Macedo,

publicada em 1844, foi o nosso

primeiro “best seller”.

 A trama folhetinesca, os amores

de Carolina e Augusto, a retratação

da paisagem e dos costumes do

Rio de Janeiro.

Augusto e Carolina, o par romântico, formava um belo

casal.

Augusto e Carolina, o par romântico, formava um belo

casal.

A inconstância de Augusto e a meninice de Carolina

mostram que os dois se guardam para o verdadeiro

amor.

A inconstância de Augusto e a meninice de Carolina

mostram que os dois se guardam para o verdadeiro

amor.

Carolina, uma mocinha cheia de vida e de

opiniões próprias, atrai a atenção de Augusto.

Carolina, uma mocinha cheia de vida e de

opiniões próprias, atrai a atenção de Augusto.

Nasceu em Mecejana no Ceará em 1829, e morreu no Rio de Janeiro

em 1877.

• Um romântico incorrigível, José de Alencar é considerado o maior

escritor em prosa do Romantismo brasileiro.

• Consolida o romance nacional, compondo um painel do Brasil.

Ceci era a cópia física das heroínas

românticas européias e Peri, o índio alto de

beleza selvagem, retratava o perfeito

cavaleiro medieval apaixonado, sempre

pronto para servir sua senhora.

Protagonistas:

PERI – Cacique dos goitacás, rapaz alto, cabelo preto, “dentes Alvos e

rosto oval de beleza selvagem”. Apaixonado por Ceci.

CECI – Com olhos azuis e longos cabelos louros, Ceci tinha 18 anos e

obedecia à severa educação dos pais. Sonhava com um príncipe

encantado protetor e se apaixona por Peri.

PRINCIPAIS PERSONAGENS

Dom ANTÔNIO – pai de Ceci.

Dona LAURIANA – mãe de Ceci.

Dom DIOGO – filho do casal, irmão de Ceci

Dona ISABEL – sobrinha do casal Antônio e Lauriana.

ÁLVARO DE SÁ – o cavaleiro de confiança de Dom Antônio.

LOREDANO – Ex-frade italiano que desistiu do hábito por

ganância.

Iracema > anagrama de América.

• Iracema a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros

que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira.

• O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia

no bosque como seu hálito perfumado.

Relação amorosa entre

Iracema e Martim

metáfora da história da

colonização da América.

CAPÍTULO I

“Verdes mares bravios de minha terra natal, onde canta a jandaia nas

frondes da carnaúba;

Verdes Mares, que brilhais, como líquida esmeralda aos raios do sol

nascente, perlongando as alvas praias ensolaradas de coqueiros;

Serenai, verdes mares, e alisai docemente a vaga impetuosa, para que o

barco aventureiro manso resvale à flor das águas. (...)”

CAPÍTULO I

“Verdes mares bravios de minha terra natal, onde canta a jandaia nas

frondes da carnaúba;

Verdes Mares, que brilhais, como líquida esmeralda aos raios do sol

nascente, perlongando as alvas praias ensolaradas de coqueiros;

Serenai, verdes mares, e alisai docemente a vaga impetuosa, para que o

barco aventureiro manso resvale à flor das águas. (...)”

PRINCIPAIS PERSONAGENS

IRACEMA – a índia de cabelos negros e longos.

MARTIM – o guerreiro branco de olhos azuis.

POTI – amigo de Martim.

ARAQUÉM – pajé tabajara; pai de Iracema.

IRAPUÃ – cacique tabajara.

Este romance retrata as contradições da sociedade urbana brasileira do

séc. XIX.

A trama gira em torno de amor e dinheiro. A divisão do livro em “O

preço”, “Quitação”, “Posse” e “Resgate”, comprova a importância

financeira da burguesia.

FERNANDO SEIXAS: salário baixo e vida de

rico: era assim que Fernando se mostrava

para a sociedade era ambicioso e bonito, o

grande amor de Aurélia.

AURÉLIA CAMARGO: moça recatada, bonita e

inteligente heroína sem defeito, fiel ao seu

primeiro amor Fernando.

ADELAIDE AMARAL: a moça por quem Fernando trocou Aurélia na adolescência.

TIO LEMOS: tio de Aurélia, chegou a propor à sobrinha pobre que se tornasse prostituta de luxo e ele, seu rufião.

PRINCIPAIS PERSONAGENS

Aurélia e Fernando dançam a valsa dos casados.

O contato físico entre eles faz com que Aurélia desmaie.

CENA IMPERDÍVEL

Nos romances regionalistas, José de Alencar, descreveu a pátria

brasileira, em sua diversidade, destacando a sociedade rural:

• O Gaúcho (1870)

• O Sertanejo (1875)

• Til (1872)

• O Tronco do Ipê (1872)

Em seus romances urbanos, exercita seu conhecimento a

respeito da psicologia feminina e da sociedade fluminense:

• Cinco Minutos (1856)

• A Viuvinha (1857)

• A Pata da Gazela (1870)

• Sonhos d’Ouro (1872)

• Encarnação (1877)

• Diva (1864)

• Lucíola (1862)

• SENHORA (1875)

• Cinco Minutos (1856)

• A Viuvinha (1857)

• A Pata da Gazela (1870)

• Sonhos d’Ouro (1872)

• Encarnação (1877)

• Diva (1864)

• Lucíola (1862)

• SENHORA (1875)

Pseudônimo de um “brasileiro”.

Criou o anti-herói numa época de idealizações.

Retratou a classe popular, seus costumes.

Não agradou por ser absolutamente inovador.

Manuel Antônio de Almeida nasceu no Rio de

Janeiro, filho de pais humildes. Estudante de

Medicina, publica a obra Memórias de um

Sargento de Milícias em, folhetins semanais.

Manuel Antônio de Almeida nasceu no Rio de

Janeiro, filho de pais humildes. Estudante de

Medicina, publica a obra Memórias de um

Sargento de Milícias em, folhetins semanais.

LEONARDO PATACA: português, que na

vinda para o Brasil conhece Maria da

Hortaliça.

MARIA DA HORTALIÇA: camponesa

bonitona, portuguesa rude que se casou

com Pataca, mãe de Leonardo.

LEONARDO (Leonardinho): Sempre irresponsável, veio ao

mundo para se divertir. É o tipo do malandro que se deu bem na

vida – apesar das encrencas.

BARBEIRO: padrinho de Leonardinho.

A COMADRE: madrinha de

Leonardinho.

MAJOR VIDIGAL: representava a

justiça.

LUISINHA: sem graça, magra e sem

ação.VIDINHA: um caso de

Leonardinho.

DONA MARIA: tia de Luisinha.

JOSÉ MANUEL: marido de

Luisinha.