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O fanzine da BDM
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FICHATÉCNICA
EdiçãoAssociação Cultural Burra de Milho
Transformarteisento de registo na ERC ao abrigo
da lei da imprensa 2/99 de 13 de Janeiro, art. 9.º, n.º 2
OganizaçãoÍris Dominguez
Márcia MendonçaRogério SousaTânia Fonseca
Imagem da CapaFotografia_Íris Dominguez
Montagem_Zé Branco _Paulo Sousa
rui de sousa@transform|ar.te|hermano noronha@transform|ar.te|
miguel de sousa azevedo@transform|ar.te|
teresa prima@transform|ar.te|patrícia caeiro@transform|ar.te|
região autónoma das letrasprojecto eu
um trauteio de Açores e vidamemento mori
sobre as danças feitas de arco-írismeta-se nos copos pela sua escritailustraçãomanifesto do homem pássaro
fotografia
004003
005007008012013014015
sónia bettencourt@transform|ar.te|homofobia@transform|ar.te|
inês ribeiro@transform|ar.te|inês ribeiro e joão read beato@transform|ar.te|
Design Gráfico ePaginação
Plug!_Paulo Sousa _Zé Branco
Tiragem 500 exemplares
Impressão e acabamentos Diário Insular
Contactosburra.de.milho@gmail.com
burrademilho.blogspot.com
Verão...A Transform|ar.te| esteve de férias!Foi a estação que acabou. E com ela foram-se também as estórias de alegria, a leveza e a nudez?Talvez. No verão somos mais sorridentes… e, inevitavelmente, mais despidos. Despidos de pré-conceitos, de frases feitas e de vontades estabelecidas por outros. É uma estação de concretização das potencialidades pensadas no outono, acumuladas no inverno, avivadas pela primavera. Vivenciadas no verão. Embora esta estação esteja associada ao descanso e às férias, pode também ser de epifanias……E depois de uma epifania, não há como voltar atrás. Tudo se transforma, levando-nos a um novo ciclo. O outono. A transform|ar.te| volta a circularSe nada ficou das estórias de verão que acabaram com a vinda do outono, ficaram as epifanias… Eu epifano, Tu epifanas, …Porque não?(Epifania é uma súbita sensação de realização ou compreensão da essência ou do significado de algo; Religião [com maiúscula] dia festivo da Igreja Católica, consagrado à comemoração da adoração dos Reis Magos a Jesus e da Sua aparição aos gentios; manifestação, aparição divina, figurado revelação; descoberta inesperada, in Dicionário da Língua Portuguesa Porto Editora.)--
Associação Cultural Burra de MilhoNota:este editorial foi escrito de acordo com as novas regras do Novo Acordo Ortográfico
colaboradores
projecto fotográficohermano noronha
oficinadefotografia@iol.pt
004
região autónoma das letrasrui de sousa
as vacas brancas com manchas pretastêm piercings nas tetasas vacas pretas com manchas brancasgostam do dr. house – são mancascoze o cozido democrático nas furnas deita os restos os votos nas urnasmorreu um corno na praça de são joãodepois vemos no canal tradição- aquela quê na sei do meu uóme!?http//www.mulhésincoiro.comfalam falam falam falam quem sabequem sabe se um dia se calamfilho de rabo de peixesabe nadar, yô!eles n’américa podem, mandam e queremo pior é que eles forem, vierem e nada trouxeremarde o s. joão na fogueira das vaidadescheira a surrasco de moralidadesdepois de todos mamarem não faltam senão tetasregião autónoma das letras
rUI de soUsa
005
Jornalista em funções de assessor de imprensaColaborador de imprensa
desportiva regional e nacional. Autor de um blogue das
ilhas e há uma década com (pelo menos) um livro
de poesia por publicar...
um trauteio de Açores e vida...miguel de sousa azevedo
mIgUel de soUsa azevedo Dos três anos lembro, como se fosse hoje, de fugir ao cocker spa- niel de uma tia-avó em Lisboa. Encurralado numa cadeira, só depois reparei na ternura dos olhos do bicho, que minutos depois deixava fazer festas e me lambia as mãos com uma língua macia e rosada. Foi a segunda viagem, já que a primeira me lançara do ventre maternal ao mundo, na cidade-capital. Que ainda hoje não consigo compreender. Dias de saudades, registos de cores e vozes. Umas ternas, umas duras, umas com uma pronúncia que hoje se deita boca fora facilmente, e afinal apenas umas semanas antes da terra tremer. O dia do abalo e a imagem da rua a abrir, dos vi-zinhos a correr, dos copos de cristal a partir, e da criança sozinha que abriu a porta. E tudo gravou num pensamento para a vida. E como ficaram partidas e a preto-e-branco as casas, com a calçada num caos e as janelas entrelaçadas em tabiques húmi-dos.
E as almofadas e colchões de palha a mostrarem como éramos antigos. Mas como logo entramos na nova era, com alumínios e mais pronúncias diferentes. Umas com cor, outras com vício, outras ainda com as notas do crescimento a remarem borda fora. E nunca mais foi como dantes, nos tempos em que o barco virava as gentes para a baía das descobertas e das naus. De lá para cá passaram natais e carnavais, com barbas de algodão e bolos de abó-bora, com máscaras suadas e coscorões que estalavam. Vivendo-se o cheiro das comidas, a descoberta do corpo, o odor da terra, a dor de enterrar, e um sem-fim de sentimentos em que o olhar de criança – a da porta, do abalo – se mostrou crescido, virando contemplação e desgosto, palavra e assobio. Porque um assobiar para o lado é a atitude de quem sonha. E já me esque-ciam as amoras, aquelas de-antes do escaravelho, e as roupas da base e o walkman da América. Que gente com coisas tão comuns que são únicas. Que gente que se banha em sal e se molha em mar, numa mistura que o sol tempera com a linha do horizonte por provador.
E depois daquele contacto com o musgo do presépio, e do cheiro da água pura dos ribeiros ou do enxofre das caldeiras, mais fica por contrastar. Ao longo de todo um ano, que se multi-plica pela vida ao ritmo do dia dos maios à varanda. E, numa catadupa de vivências e acções, morou ainda a poesia. Ou o exercício similar a pintar um quadro de ideias e sentidos com a ajuda de palavras e espaços, de paragens e rodopios com vírgulas em discussão e um amor que se atira ao papel. Onde se cola em jeito de assi-natura e impressão digital, saindo pronto a mastigar de um qualquer multifunções, que isto hoje convém ser moderno e das redes sociais. E porque esta coisa de criar, ou de fazer criar, ou de ver criar e querer imitar, vem das ca-sas. Dos projectos que por lá havia, que tresandavam a lápis e a borracha. É que deles saíram cidades. Ou pelo menos sonhos de como ter uma rua, um passeio, uma árvore e a força. para sor-rir. Sendo que estavam perenes de uma sede de atravessar as marés e de ver rio e serra, vinhedo e cantos cinzentos. Porque nem só as aves de verão nos voam ao coração. A rima dos tempos, fazendo passar uma esponja nas recordações, ou a espuma de uma onda que nunca sabemos onde bateu. Quem a levou?É certamente desaconselhável deixar uma pergunta sem resposta, mas por mais que esforce as papilas gustativas e o ouvido, de todo fico a saber de que lado o salgueiro ganhou o seu sabor intenso. Mas sei que veio do mar.PS-E ainda dizem que existe a tal açorianidade no que escrevemos. Pudera, respira-mos estas terras décadas a fio, tentando sempre descobrir a inalcançável forma de as representar em paixão. Uma paixão do tamanho dos seus encantos e di- ssabores. E logo nelas, que são tão pequeninas no mapa…
um trauteio de Açores e vida... miguel de sousa azevedo
006
Tirar vidas. Prefiro colocar a coisa nesses termos. Até porque, à partida, não me refiro à morte física – aquele momento em que os segundos derru-bam os minutos e estes ultrapassam as horas e tudo perde-se ou encontra--se irremediavelmente. De facto, num ápice, deixará de existir o dia seguinte mesmo sabendo do zero à esquerda posicionado no aparente cronómetro do tempo.Esta morte é, aqui, portanto, um tirar vidas entre dois indivíduos. Matam-se um ao outro, de quando em quando, sem nunca morrer. Arrancam a sua aparência, frente a frente, como se es-tivessem perante o inimigo escondido atrás do espelho. Ao mesmo tempo encontram o que não procuram e procuram o que não poderão encon-trar: a dessacralização do ser.Os pés descalços, a exposição do sexo, a dança artificial do corpo caracteri-zam um quadro criativo, se formos a colocar o movimento no topo da
história dos homens e das mulheres, composto por novas técnicas de co-municação e descoberta da face hu-mana.Colocam-se diariamente perto do abismo – os olhos de Deus a mirar com outra paternidade – e, a meio de duas conversas cuja incerteza das pa-lavras não mede feridas.Não há sombras mas há espectáculo, um género de coreografia, um modo estúpido de celebrar o que, a mim, parece-me um lapso de estilo vio-lento e viperino. Talvez uma lâmina de cortar a respiração no momento em que a falésia se torna ainda mais íngreme e o desejo mais febril.São dois indivíduos que erram de in-cêndio em incêndio, na contraluz do lume que nenhum deles ousou sequer apagar, aguardando o corpo alheio simultaneamente familiar e estra-nho, em batalha.“Lembra-te que vais morrer”, parecem dizer a cada instante.E, assim, lembrados ou não, os golpea-dos de luz tiram a vida um ao outro e ambos desfalecem em conjunto, para além do que a carne permitiria na re-alidade.Mas, sim, o real mostra-se um homem estranho mais do que o sol quando enterra-se no sangue e faz de nós um
verso livre de pele áspera e língua destemperada.Falta-lhes a respiração e, então, tudo parece tornar-se branco como se dei-tado num extenso lençol de algodão, a sete metros de profundidade, en-louquecidos por um céu qualquer.Gastaram a voz e o conforto em mais de mil jogos (des)afortunados, o loto e o bingo, nos instantes em que o ser deixou de representar o humano, para dar lugar a um comum retrato de si mesmos.Entraram depois no processo de de-vvvsintoxicação semelhante ao luto, imaterializaram-se, atónitos, pas-sando a chamar cadáver ao monte de ossos opacos que prezam e represam o fim.Por outras palavras, apressaram-se a tirar vidas, expostas, do lado de cá dos próprios, sem nunca morrer e, no en-tanto, sempre a lembrar a morte.
Memento Morisónia bettencourt
007
homofobiafotografia
Há quem atribua a etiologia da ho-mofobia às mesmas motivações que supor-tam o racismo ou outros pre-conceitos. Nomeadamente, uma oposição instintiva a tudo o que não corresponde à maioria com que o indi-víduo se identifica e a normas implícitas e estabelecidas por essa mesma maioria, nomeada-mente a necessidade de reafirmação dos papéis tradi-cionais de género, considerando o indivíduo homossexual alguém que falha no desempenho do papel que lhe corresponde segundo o seu género.Algumas pessoas consideram que a homofobia é efectivamente uma forma de xenofobia na sua definição mais estrita: medo a tudo o que seja consi-derado estranha. Esta generalização é criticada porque o medo irracional pelo diferente não é, aparentemente, a única causa para a oposição à homossexu-alidade. Com este trabalho pretendo retratar de uma forma simples e simbólica, o pre-conceito que existe em relação à homofobia. Por um lado existe o juízo de valor criado, que nestas fotos represento através dos recortes mais sombrios...por outro lado existe uma transição para uma fase luminosa que traduz a liberdade de escolha que cada um opta como sendo sua. 010
dia mundial contra a homofobia 2010
Os grandes vazios que nos fecham a retina da essência moram à sombra da
política gananciosa que a máquina, por trás da máquina, implementou
na sociedade conspirando a cegueira e benefício próprio. Tais
buracos jamais nos caberiam no Espírito de forma espontânea
e natural.
A todos os que se mantêm focados na libertação do
Espírito em favor do benefício Universal,
particularmente aos que me ajudaram na
concepção deste trabalho (Tânia,
Bárbara, Vanda, Sofia
e Vanessa) um obrigado
muito grande.
PERMITA-ME QUE NÃO LHE MINTA
fotografiahomofobia - notas biográficas
pepe brix 2
011
nasceu em Boston a 28 de Fevereiro de 1978. Filho de pais portugueses veio viver para os Açores, ilha Terceira, aos 7 anos de idade. É docente da Escola Superior de Enfer-
magem de Angra do Heroísmo desde 2004. Exposições: ilha Graciosa (onde se estreou); Sintra; Angra do Heroísmo, no âmbito das Sanjoaninas
2009; Lisboa (na Semana da Cultura Açoriana no teatro de São Luiz). Foi seleccionado e premiado com uma bolsa de es-
tudo ao abrigo do concurso LABOVEM, organizado pela Burra de Milho.
homofobia - notas biográficasfotografia
nasceu e vive na Ilha de Santa Maria, nos Açores, tendo herdado a riqueza de duas gerações ligadas à fotografia. Em 2003 ingressou o Curso Profissional de Fotografia do Instituto Português de Fotografia na Cidade do Porto, tendo terminado o mesmo em 2005. Desde então Pepe tem dedicado grande parte do seu tempo a viajar e a fotogra-far. Num misto de necessidades que unem a fotografia à introspecção podem destacar-se quatro odisseias fotográficas de onde resultaram depois algumas exposições e a edição do livro “rumores para a transparência do silêncio: eu-ropa leste”. Europa Ocidente50mm, rumores para a transparência do silêncio: europa leste, Route 66: USA e Perú, a Viagem são os quatro trabalhos resultantes das odisseias realizadas.
timothy lima
jordana da rocha vasconcelos
nasceu a 31 de Julho de 1990, Estudou fotografia em 2006 na ETIC, e está actualmente a terminar o Secundário na Escola Tomás de Borba. Sendo esta a sua primeira mostra fotográfica ao Público.
3
1
012
Entre 5 e 18 de Julho estive na ilha da Terceira nos Açores a leccionar um Atelier de Dança Criativa sobre a temáti-
ca das cores. Dois ateliês realizaram-se um em São Ma-
teus, contando com a participação de 15 crianças de
São Mateus e Terra Chã e outro no Juncal, com
17 participantes. Esta iniciativa foi organizada
pela Associação Burra de Milho e pela
Direcção Regional para a Igualdade de
Oportunidades.
E assim ao longo de duas semanas, vi cada criança a desabrochar, cada uma no
seu ritmo, e a começar a ver o mundo com outros olhos e a relacionar-se com
ele de uma nova forma. E naquelas horas de ateliê não havia idade ou geografia
que nos separassem, porque todos estávamos ali, e estou a falar de grupos de
crianças entre os 6 e os 12 anos (é um leque por si já enorme de diferenças), para
conhecer e descobrir as cores da dança e para crescer com elas.
E assim dançamos muitas coisas do mundo físico como o sol, o mar, as árvores
mas também reflectimos sobre a natureza das nossas emoções quando nos
relacionamos com as cores. E descobrimos que as cores também têm a sua
personalidade, que a personalidade “branca” é suave e luzidia e que a “amarela”
é espontânea e alegre e que, também estas emoções se podem transformar em
movimento.
E eu ensinei os elementos da dança, o que eu chamo das cores da dança, como o
peso, o tempo, o espaço, a fluência e vi as crianças a perceberem gradualmente
estes elementos, no seu corpo e no corpo do outro. E vi relação, interacção e desc-
oberta em cada dia. E prazer e alegria que nos permitiram culminar cada Atelier
com um momento de apresentação partilhado com a comunidade.
Penso que foi importante este momento, senti-o como um presente para o ex-
teior que resultou do empenho de todos, meu, das crianças e da Associação.
E vi muitos sorrisos nas caras de todos e arco íris a acontecer nas danças que
fomos capazes de inventar e interpretar.
VALE!
Guardo em mim uma sensação de ter sido acarinhada e muito bem recebida pelos membros
da Associação, pelas crianças, pelas educadoras e locais onde a actividade teve lugar. Guardo
também imagens da beleza natural da ilha, da arquitectura das cidades
e freguesias e da gastronomia.Mas tive sobretudo o privilégio de
poder partilhar a paixão que tenho pela arte da Dança, certa de que é uma
ferramenta poderosa no sentido do auto conhecimento, do outro e do mundo que
nos rodeia.
sobre as danças feitas de arco-íristeresa prima
teresa prima
www.patriciacaeiro.blogspot.com | www.escritacriativa.org
A organização conseguiu 15 participantes, o que
tornou o evento possível. No mesmo foram tra-
balhadas as cinco dimensões do texto: semântica,
léxico, narrativa, criatividade e sintaxe. Pedro Cha-
gas Freitas levou os participantes a exercitarem o
seu uso das pontuação quase à demência – como
gostava de repetir – com o objectivo de os ensinar a
usar melhor os sinais que pontuam os nossos tex-
tos e que lhes dão uma nova dimensão.
Os objectivos da formação eram , por exemplo,
apreender a estruturação textual como uma suc-
essão de blocos; conhecer e ser capaz de trabalhar
com as mais variadas técnicas narrativas; desblo-
quear a criatividade, fazendo as pazes com o crítico
interno e confiando no jorrar de ideias; promover a
capacidade, implícita, de memória e aprofundar a
flexibilidade e a imaginação, explorando o poten-
cial intuitivo.
As surpresas foram muitas, nestas seis horas de
workshop, quando os participantes entendiam que
afinal não sabiam pontuar assim também (ou pelo
menos não davam aos sinais de pontuação mais do
que o uso básico).
Muitos exercícios foram praticados, evocando a
criatividade e a inteligência de cada uma das pes-
soas presentes no atelier. A sede da Solidaried’arte
foi o palco desta iniciativa que deixou marcas nos
participantes.
O agrado pelo inovador método de Pedro Chagas
Freitas de fazer escrita criativa foi algo bem la-
tente, assim como o próprio formador se sentiu
bastante contente com a realização desta inicia-
tiva.
O artista disse ter superado as suas expectativas
com este workshop, este que foi o primeiro passo
do projecto EscreVIVER (n) os Açores.
O projecto tem como objectivo levar a escrita
criativa a t odos os cantos dos Açores, pelo que,
actualmente, se estão a efectuar contactos com
as entidades competentes no sentido de tal ser
possível.
Neste momento, o projecto é parceiro da Asso-
ciação Ilhas em Movimento (www.ilhasemmovi-
mento.blogspot.com) no I Concurso Literário
“Letras em Movimento”, uma vez que os coorde-
nadores do mesmo serão júris dos trabalhos apre-
sentados.
Para este ano estão programadas mais acções de
formação nos Açores, nomeadamente uma di-
reccionada para profissionais do ensino.
A escrita é – na opinião dos coordenadores deste
projecto – um bem supremo e sublime na vida do
Homem. É para isso mesmo que Pedro Chagas
Freitas e Patrícia Carreiro estão a lutar (inces-
santemente) para que o projecto crie raízes nos
Açores e nos corações dos amantes das palavras.
Qualquer proposta de trabalho a desenvolver
é bem-vinda, pelo que os interessados deverão
contactar a organização para escreviveracores@
hotmail.com.
Escrita criativa nos nove cantos dos Açores
A arte é sempre arte. Seja escrita, falada, representada, vista, vivida ou sentida. O importante é isso mesmo: sentir e viver a arte. Pelo menos foi o que aconteceu a 16 e 18 de Julho em
Ponta Delgada, no workshop “Meta-se nos copos pela sua escrita.
A iniciativa esteve integrada no projecto EscreVIVER (n) os
Açores, coordenado localmente pela jornalista e escritora Patrícia Carreiro O mentor do projecto é o
jornalista e escritor premiado Pedro Chagas Freitas (www.escritacriativa.
org), o qual dinamizou o primeiro workshop.
meta-se nos copos pela sua escritapatrícia caeiro
013
patrícia caeiro
ilustraçãoinês ribeiro
014
Nasce em 1981 na cidade de Leiria de onde é natural, actualmente residente em Ponta Delgada onde trabalha ao serviço da docência.Licenciada em Artes Plásticas pelas Escola Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha.
Desde 2001 está envolvida em vários projectos artísticos colectivos e individ-uais, funda a oficina de criação artistica e atelier de serigrafia Fábrica13 e dá inicio ao projecto pessoal Zaragata (products and thoughts).
inês ribeiro
manifesto do homem-pássaro
...a criação e o grande mestre...inês ribeiro e joão read beato
015
Nasceu na ilha de S.Miguel
em 1977.
Recentemente transferiu-se
dos Açores para a cidade
da Beira, em Moçambique,
onde trabalha como profe-
ssor de português e cultura
portuguesa.
Licenciou-se em Línguas
e Literaturas Clássicas na
Universidade de Lisboa
e é mestre em Literatura
Portuguesa pela Universi-
dade dos Açores.
Participou na publicação
de revista
“Nova Águia” e colabora
com a revista
“Cultura Entre Culturas”.
Tem-se dedicado ao estudo
das dinâmicas inter e trans-
culturais.
joão read beato
A Burra congratula-se com o trabalho da JAÇOR e de toda a equipa que concretizou mais uma edição do Festival Azure, pelas palavra de Torga: (...)Mas todo o semeador | Semeia contra o presente. | Semeia como vidente | A seara do futuro, | Sem saber se o chão é duro | E lhe recebe a semente.Faça chuva ou faça vento, vocês estão lá!