View
216
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
1
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO VEZ DO MESTRE
Jogos e Brincadeiras na Educação Infantil
Autora: Lúcia Maria Dutra da Silva
Orientador: Marco Antonio Larosa
Rio de Janeiro
2004
2
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO VEZ DO MESTRE
Jogos e Brincadeiras na Educação Infantil
Objetivos: Promover a socialização nos jogos desenvolvidos em grupo, a fim
de que se criem hábitos e atitudes relevantes através das regras propostas
pelos jogos e brincadeiras.
Rio de Janeiro
2004
3
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus, pai de toda a sabedoria por me capacitar na realização
desta monografia, a todos os docentes do curso de Psicopedagogia do Projeto
“A Vez do Mestre”, ao orientador Marco Antonio Larosa pela atenção e
paciência durante a elaboração desta monografia e a minha querida mãe Edina
Dutra Serafim pelo grande auxílio em minha realização profissional.
4
DEDICATÓRIA
Dedico esta monografia ao meu esposo Nelson Pereira da Silva, que tanto
colaborou para que eu pudesse concluir mais um curso importante para a
minha vida acadêmica e ao meu amado filho Felipe Dutra da Silva.
Lúcia Maria Dutra da Silva.
5
METODOLOGIA
Foi realizada uma pesquisa bibliográfica, coleta de dados importantes
para o enriquecimento do trabalho, entrevistas com profissionais da área de
educação e observação do objeto de estudo em seu universo do faz-de-conta.
6
SUMÁRIO
Introdução....................................................................................9
Capítulo I ...................................................................................11
Capítulo II ..................................................................................17
Capítulo III .................................................................................20
Capítulo IV ..................................................................................24
Conclusão .................................................................................31
Anexos .......................................................................................32
Bibliografia .................................................................................37
Índice ..........................................................................................38
Folha de avaliação ......................................................................40
7
RESUMO
O tema abordado “Jogos e Brincadeiras na Educação Infantil”, pretende
mostrar a importância dos espaços das brincadeiras, com ferramentas
fundamentais para o desenvolvimento e aprendizagem da criança.
Na faixa etária compreendida entre 0 e 4 anos é necessário proporcionar
auxílio na construção da identidade e da autonomia.O jogo pode favorecer esta
construção fisicamente e cognitivamente, interagindo e sociabilizando a criança
no grupo a qual faz parte.
O fato de manipular livremente peças pertencentes ao jogo ou participar
de outros tipos de brincadeiras pode projetar futuramente na criança desejo por
elas realizáveis.
Através de uma brincadeira de criança, podemos como ela vê e constrói
o mundo, o que ela gostaria que ele fosse, quais suas preocupações que
problemas a estão assediando.Pela brincadeira dificuldade de colocar em
palavras nenhuma criança brinca só para passar o tempo, sua escolha é
motivada por processos íntimos, desejos, problemas e ansiedades.O que está
acontecendo com a mente da criança determina suas atividades lúdicas,
brincar é sua linguagem secreta que devemos respeitar mesmo se não a
entendemos.
Brincar é um componente crucial do desenvolvimento, pois através do
brincar a criança é capaz de tornarem manejáveis e compreensíveis o aspecto
esmagadores desorientadores do mundo.
8
O brincar é um parceiro insubstituível do desenvolvimento, principalmente o
desenvolvimento motor.Em seu brincar, a criança pode experimentar
comportamento, ações e percepções sem medo de represálias ou fracasso, se
tornado assim mais bem preparada para quando o seu comportamento contar.
Através de uma brincadeira de criança, podemos compreender como
ela vê o mundo ou o que ela gostaria que ele fosse, quais suas preocupações e
que problemas a estão assediando. Pela brincadeira, ela expressa o que
deveria colocar em palavras.
Nenhuma criança brinca só para passar o tempo, sua escolha é
motivada por processos íntimos, desejos, problemas, ansiedades.O que está
acontecendo com a mente da criança determina suas atividades lúdicas.Brincar
é sua linguagem secreta que devemos respeitar mesmos se não a entendemos
brincar é um componente crucial do desenvolvimento, pois através do brincar a
criança é capaz de tornarem manejáveis e compreensivas o aspecto
esmagador e desorientado do mundo.
O brincar é um parceiro insubstituível do desenvolvimento, em seu
brincar, a criança pode experimentar comportamentos, ações e percepções
sem medo de represálias ou fracasso, tornando-se assim mais bem preparada
para o mundo, para a vida.
9
INTRODUÇÃO
O jogo tem um papel muito importante nas áreas de estimulação da pré-
escola e é uma das formas mais naturais da criança entrar em contato com a
realidade, tendo o jogo como um papel especial.
O jogo é uma característica do comportamento infantil e a criança dedica
a maior parte do seu tempo a ele, o jogo, enquanto atividade espontânea da
criança.Foi analisado e pesquisado por centenas de estudiosos para melhor
compreender o comportamento humano. É um meio privilegiado tanto para o
estudo de crianças normais quanto para aquelas com problemas, haja vista os
inúmeros trabalhos psicanalíticos sobre o assunto, como o de Sigmund Freud,
waelder, Melaine Klein, Erick Erikson e ainda outros autores como: Huisinga,
Claparéde, Piaget, Vigotsky, Ajuriaguerra, Callois, que escreveram obras sobre
o jogo da criança.
Através do jogo a criança libera e canaliza suas energias.O jogo tem o
poder de transformar uma realidade difícil, propicia condições de liberação da
fantasia, sendo uma grande fonte de prazer.
O jogo é por excelência integrador, há sempre um caráter de novidade, o
que é fundamental para despertar o interesse da criança e a medida em que
joga ela vai se conhecendo melhor, construindo interiormente seu mundo.
O jogo é um dos meios mais propícios para a construção do
conhecimento.Para exercê-la a criança utiliza seu equipamento sensório motor,
pois o corpo e o pensamento são acionados.
10
A criança no jogo é desafiada a desenvolver habilidades operatórias que
envolvam a identificação, a observação, a comparação, a análise, a síntese e a
generalização, ela vai conhecendo suas possibilidades e desenvolvendo cada
vez mais a autoconfiança. É fundamental, no jogo, que a criança descubra por
si mesma, e para tanto o professor deverá oferecer situações desafiadoras que
motivem deferentes respostas, estimulando a criatividade e a descoberta.
Durante a vida enfrentamos sempre situações problemáticas.O jogo e as
atividades lúdicas surgem como possibilidade natural para resolvê-
las.Encontramos no jogo uma abertura, pois o mesmo é uma fonte de prazer
tanto para educando como para educadores.Nele há sempre um caráter novo e
a novidade é fundamental, por isso, quando a criança está inserida no jogo ela
mesma interage com seus pares e com os adultos.
Para jogar, a criança se vale do seu equipamento sensório motor.Seu
corpo é acionado e seu pensamento também.Suas necessidades imediatas
são satisfeitas.Toda a personalidade infantil passa a estar envolvida no jogo.
A auto confiança da criança através do jogo é continuamente
desenvolvida, pois, a medida que é desafiada a desenvolver habilidades
operatórias vai conhecendo suas próprias possibilidades.Ela é livre para gritar,
correr, expandir-se, sugerir e modificar, construindo ou não regras.
11
I CAPÍTULO
O Brinquedo
O brinquedo – desenvolvimento e aprendizagem
O brinquedo proporciona o aprender fazendo e para ser mais bem
aproveitado é conveniente que proporcione atividades dinâmicas e
desafiadoras, que exijam participação ativa da criança.As situações-problema
contidas na manipulação de certos materiais se estiverem adequadas às
necessidades do desenvolvimento da criança, fazem-na crescer através da
procura de soluções e alternativas.
O desempenho psicomotor da criança enquanto brinca alcança níveis
que só mesmo a motivação intrínseca consegue.Para que o brinquedo seja
significativo para criança é preciso que tenha pontos de contato com a sua
realidade.
Brinquedo – inteligência e concentração da atenção
O brinquedo estimula a inteligência porque faz com que a criança solte a
sua imaginação e desenvolva a criatividade.Mas, ao mesmo tempo, possibilita
exercício da concentração, de atenção e de engajamento.Distrai, porque
oferece uma saída para a tensão provocada pela pressão do contexto
adulto.Possibilita exercício de atenção e concentração, porque leva a criança a
absorver-se na atividade.Pode-se aumentar gradativamente a capacidade para
a criança permanecer em uma mesma atividade fornecendo-se, inicialmente
brinquedos que exijam menos tempo para que as atividades sejam realizadas,
e, a medida que a criança já consegue executá-las, oferecer jogos que
solicitem maior tempo de utilização.Como conseqüência, a utilização de uma
atividade agradável e que provocou concentração a criança fica mais calma e
relaxada.
12
Brinquedo - desenvolvimento da linguagem
O brinquedo e as brincadeiras são excelentes oportunidades para nutrir
a linguagem da criança.O contato com diferentes objetos e diferentes situações
estimula também a linguagem interna e o aumento de vocabulário.
O entusiasmo da brincadeira faz com que a linguagem verbal se torne
mais fluente e haja maior interesse pelo conhecimento das palavras novas.A
variedade de situações em que o brinquedo possibilita pode favorecer a
aquisição de novos conceitos.a participação de um adulto, ou criança mais
velha, pode enriquecer o processo, a criança faz experiências descobrindo as
leis da natureza, o adulto introduz os novos conceitos por ela vivenciados,
completando assim sua integração.
Brinquedo – desenvolvimento e sociabilidade
Brincado, a criança desenvolve seu senso de companheirismo, jogando
com companheiros, aprende a conviver, ganhando ou perdendo, procurando
entender regras e conseguir uma participação satisfatória.
No jogo, a lei não deriva do poder ou da autoridade, mas das regras, portanto,
do jogo em si.Conhecidas as normas, todos tem as mesmas oportunidades e
participando do jogo, a criança aprende a aceitar regras, pois o desafio está
justamente em saber respeitá-las.Esperar sua vez, aceitar o resultado dos
dados ou de outro fator de sorte são excelentes exercícios para lidar com
frustrações e, ao mesmo tempo, elevar o nível de motivação.
As relações cognitivas e afetivas, conseqüentes da interação lúdica,
propiciam amadurecimento emocional e vão, pouco a pouco, construindo a
sociabilidade infantil.Especialmente nos jogos grupais, a interação acontece de
maneira mais fácil, pois é estimulada pela necessidade que os elementos do
grupo tem de alcançar determinadas metas.
13
Para extrair resultados mais ricos dessa interação é necessário mudar
sempre os elementos dentro da cada grupo.
A relação criança x brinquedo adulto
A maneira como asa crianças tratam os brinquedos está relacionada
com a forma como os receberam.A criança sente quando está recebendo um
brinquedo por razões subjetivas do adulto, que, muitas vezes, compra um
brinquedo por razões subjetivas do adulto, que, muitas vezes, compra o
brinquedo que gostaria de ter tido, que lhe dá status, que vai comprar afeto ou
servir como recurso para livrar-se da criança por um bom espaço de tempo.
A forma de introduzir o brinquedo a criança é importante.Em certas
situações, pode apenas ser colocado no ambiente que a criança vai explorar,
outras vezes precisa ser apresentado a ela, e mostradas as possibilidades de
exploração que oferece.De qualquer, maneira, é indispensável que a criança
seja atraída por ele.
Olhos para ver
O adulto transmite á criança uma certa forma de ver as coisas.Quando
apresentamos várias coisas ao mesmo tempo, ou então, por tempo insuficiente
ou excessivo, estamos desestimulando o estabelecimento de uma atitude de
observação.Aprender a ver é o primeiro passo para o processo de descoberta.
Se quisermos que a criança aprenda a observar, se quisermos que ela
realmente veja o que olha, teremos que escolher o momento certo para
apresentar-lhe o objeto, motivá-la e dar-lhe tempo suficiente para que sua
percepção penetre o objeto, teremos também que respeitar o seu
desinteresse.Insistir quando a criança já está cansada é propiciar o
aparecimento de certas reações negativas.
14
É o adulto quem pode proporcionar oportunidades para a criança ver
coisas interessantes, mas é indispensável que respeitemos o momento de
descoberta da criança para que ela possa desenvolver sua capacidade de
concentração.
Assim como a criatividade da pessoa que interage com a criança poderá
torná-la criativa, a paciência e a serenidade do adulto influenciarão também o
desenvolvimento da capacidade de observar e de concentrar a atenção.
Brincar com a gente
Brincar junto reforça os laços afetivos. É uma maneira de manifestar
nosso amor a criança. Todas as crianças gostam de brincar com os pais, com a
professora, com os avós ou irmãos mais velhos.A participação do adulto no
jogo da criança eleva o nível de interesse pelo enriquecimento que
proporciona, pode também contribuir para o esclarecimento de dúvidas
referentes às regras do jogo.
A criança sente-se ao mesmo tempo prestigiada e desafiada quando o
parceiro da brincadeira é um adulto.Este, por sua vez, pode levar a criança a
fazer descobertas e a viver experiências que tornam o brinquedo mais
estimulante e mais rico em aprendizado.
Através da observação do desempenho das crianças com seus
brinquedos podemos avaliar o nível de seu desenvolvimento motor e
cognitivo.Dentro da atmosfera lúdica, manifestam suas potencialidades e, ao
observá-las, podemos enriquecer sua aprendizagem, fornecendo através dos
brinquedos elementos nutrientes para o seu desenvolvimento.
Devemos aproveitar esses momentos utilizando palavras adequadas,
escutar as próprias palavras para verificar se estamos falando claramente e
procurar responder por observações, perguntas ou ações.
15
Não colocar informações novas em excesso para que a criança possa
aprender o que ouve, adaptar as frases ao nível da compreensão da criança,
mas sem infantilizá-las.
O adulto interessado pode perceber o início do cansaço e do
aborrecimento, momento em que a sua intervenção poderá ou animar ou
propor uma outra atividade.Mas, isto só deve acontecer quando realmente a
atividade estiver esvaziando, para evitar que a saturação aconteça.
O adulto que interage pode despertar a atenção e a compreensão da
criança, enriquecendo o seu brincar.Mas, é imprescindível que antes de tudo
se observe como ele está brincando para respeitá-la, respeitando sua iniciativa,
suas preferências, seu ritmo de ação e sus regras de jogo.
Não se deve interromper a concentração de uma criança, seria um
sacrilégio.O momento em que ela está completamente absorvida pelo
brinquedo é um momento mágico e precioso, em que está sendo exercitada
uma capacidade da maior importância, da qual depende sua eficiência quando
adulto, que é a capacidade de observar e manter a atenção concentrada.
A criança deve explorar livremente o brinquedo, mesmo que a
exploração não seja a que esperávamos. É preciso cuidado para que a
intervenção do adulto não interrompa a linha de pensamento da criança e não
atrapalhe a simbolização que estava fazendo.
Para preservar a ludicidade, o adulto deve limitar-se a sugerir, a
estimular, a explicar, sem impor determinada forma de agir.Que a criança
aprenda a utilizar o jogo descobrindo e compreendendo e não por simples
imitação.
16
Por ser importante que as atividades envolvam operações do
pensamento, que solicitem a imaginação, a criatividade, e que possibilitem a
descoberta, é necessária a participação eventual do adulto.A criança precisa
de alguém que a escute e que a motive a falar, a pensar e a inventar.Precisa
tanto de atividades grupais que a levem a socializar-se quanto de atividades
individualizadas que possibilitem o atendimento às suas necessidades
pessoais.
E quando a atividade tiver que ser interrompida deve dar-se um tempo
para a transição e mudança da atividade.Não podemos violentar a criança
invadindo bruscamente o seu mundo.
Brinque...mas depois você tem que arrumar tudo
Esta frase antipática certamente tem uma justificativa, porém existem
formas bem mais eficazes de fazer com que a criança adquira hábitos de
ordem.A arrumação dos brinquedos coloca nestes termos, assume caráter
punitivo, que irá provocar má vontade na hora de guardá-los.
O hábito de guardar brinquedos com cuidado pode ser desenvolvido
através da participação da criança na arrumação feita pelo adulto.Quando os
pais ou a professora tem o hábito de guardar as peças com carinho e depois
utilizá-las, automaticamente a criança adquire o mesmo hábito e aprende que
zelar pela ordem e conservação do brinquedo é normal, e pode haver
satisfação em guardar como houve no brincar.
17
Capítulo II
O que é brincadeira?
Vamos considerando de início que é uma atitude que a criança
desenvolve em idade pré - escolar no âmbito de sua familiar, das relações
como os colegas de sua idade e que não tem um objeto educativo ou de
aprendizagem.A criança desenvolve para seu prazer e sua recreação essa
atitude, e também, com o espaço, com o meio ambiente, com a cultura na qual
vive.
Brincar fornece a criança a possibilidade de construir uma identidade
autônoma, cooperava e criativa. A criança que brincava adentra o mundo do
trabalho, da cultura e dos afetos pelas vias da representação e da
experimentação.
A brincadeira é um espaço educativo fundamental
Ao contrario do que se acredita, nenhuma criança nasce sabendo
brincar!Os bebes tem de aprender a brincar com seus semelhantes, adulto ou
crianças mias velhas.
O movimento e as sensações de movimentos são os primeiros
divertimentos que os adultos oferecem as crianças.No inicio, os bebes podem
ser objetos de prazer dos adultos, seus bonecos ou brinquedos. No entanto, as
crianças não recebem passivamente essa atenção dos adultos: elas interagem
com eles, através do olhar, com sorrisos e imitando os gestos aprendidos.
Os adultos que brincam, estimulam a conversa com os bebês, ensina –os a
brincar!
18
Ensinar a brincar é encenar o faz -de-conta, é ensinar á criança a atribuir
diferentes sentidos para as suas ações. A criança aprende se comunicar assim
como aprende a se comunicar e a expressar seus desejos e vontades.O adulto
e as crianças mais velhas tem papel importante nessa aprendizagem quando
se dispõe a brincar.
Brincar é imaginar e comunicar a uma forma especifica que uma coisa
pode ser outra, que uma pessoa pode ser um personagem, que uma criança
pode ser um objeto ou um animal, que um lugar faz-de-conta que é outro.A
brincadeira é uma atividade social. Depende de regras de convivência e de
regras imaginárias que são discutidas e negociadas incessantemente pelas
crianças que brincam. É uma atividade imaginativa e interpretativa.
Brincar é experimentar, por meio da repetição e da ação imaginativa,
outras formas de ser e de pensar. É também, repetir o já conhecido para
compreendê-lo e adaptar-se a ele. Brincar é manipular o sentido das palavras,
dos sentimentos e da realidade, tendo consciência de que é uma simulação.
Toda criança que brinca sabe que brinca! Por isso ela decide sobre o
que, como quem, com o que, quanto tempo e onde brincar. A criança pode
também, decidir-se por não brincar.
Brincar é uma atividade gratuita, que tem objetivos didáticos. É um
espaço da imaginação, que não tem tempo nem lugar para acontecer. Mas que
precisa de muito tempo e de um lugar que seja acolhedor.
As crianças podem brincar com:
-A linguagem, mudando a entonação das palavras, o timbre da voz, o sentido
das frases.
-Os objetos, mudando seu uso convencional.
-Os brinquedos, aceitando a imagem que eles propõem ou mudando seu
significados e usos.
19
- Os personagens, pessoas ou animais, mudando suas identidades através da
linguagem ou utilizando-se de fantasias e objetos simbólicos, assumidos outras
identidades através da manipulação de bonecos, fantoches, marionetes,
ouvindo e recontando uma história.
-Os espaços modificando-os, cobrindo com panos, lenços.
-O desenho, desenhando, contando histórias, criando personagens.
A brincadeira depende de:
-Temas (do que as crianças brincam): boneca, carrinho, feira, show de música,
casinha, médico, detetive laboratório, lutas, cabeleireiro, circo, polícia e ladrão,
lojinha, escolinha, comidinha, fadas e bruxas, super-heróis, casamentos,
festas, etc.
-Motivações (como se desencadeia o brincar): um acontecimento recente a que
a criança assistiu, ao programa de televisão, algo que descobriu ou aprendeu
recentemente, um livro, uma história ouvida, uma peça vista, um objeto ou um
brinquedo, uma pergunta da educadora, uma dúvida, uma questão sua ou de
um colega, um projeto, etc.
-Recursos: papéis e identidades auferidos às crianças com quem se brinca,
aos adultos ou personagens imaginados ou a bonecos, planos de ação e
enredos que vão se tornando mais complexos na medida em que as crianças
crescem e quanto mais elas brincam, objetos e ambientes são inventados ou
modificados conforme a necessidade.
Brincar não é mentir, nem fantasiar.A criança retira de sua vida os
conteúdos da brincadeira através de impressões e sentimentos que vivencie os
conhecimentos que aprende, as histórias que escuta.Pos isso, para brincar é
preciso entender que a brincadeira é uma atividade da imaginação.
20
CAPÍTULO III
As diversas formas de inteligência
A creche entende a criança como um ser holístico, portador de múltiplas
inteligências que poderão ser desenvolvidas através dos diversos
estímulos.Apresentaremos a seguir as múltiplas inteligências, que serão
trabalhadas no cotidiano.
A inteligência tem origem em duas palavras latinas encher (entre) e
legere (escolha), portanto a inteligência é a melhor escolha entre duas ou mais
situações. Assim é inteligente quem escolhe a melhor saída ou a melhor
resposta. Este conceito indica a capacidade que dispomos para através da
seleção penetrar na compreensão das coisas.
Alfred Binet um psicólogo francês criou o chamado teste QI (Quociente
da inteligência), daí então em todo mundo as coisas deveriam formatar
conteúdos para desenvolver e avaliar a inteligência em dois aspectos verbal e
lógico-matemático.
Howard Gardner através da ressonância magnética, sensores de fibra
ótica, endoscopias desenvolvidas através de microcamaras pode observar e
processar com a pessoa viva, o momento que o corre a aprendizagem, como a
mesma ocorre, quais estímulos possibilitam a mesma, quais áreas cerebrais
são movimentadas quando a criança dispara uma reação emocional, enfim,
com isto vários estudos desenvolvidos na Universidade de Harvard, onde o
professor Howard Gardner formado em psicologia, professor titular de ciências
cognitivas, dirige e estuda o projeto Zero, que estuda a cognição e o processo
educativo, a natureza e a plenitude do potencial humano.
21
Neste sentido vemos a mente através de uma visão pluralista, o ser
humano holístico, com potencial para desenvolver múltiplas inteligências.
Inteligência lingüística ou verbal: expressa de modo muito marcante no
orador, no escritor, no poeta ou no compositor que lidam criativamente e
constroem imagens com palavras e com a linguagem.Como por exemplo,
citamos: Camões, Shakspeare, Carlos Drumond e repentistas nordestinos.
Inteligência Lógico-matemática: raciocínio dedutivo, lidar com números
com extrema facilidade e outros símbolos matemáticos, expressando-se nos
engenheiros, físicos, nos grandes matemáticos.Às vezes se mostra na
simplicidade com que um mestre de obras analfabeto lê e interpreta os
desafios da planta em uma obra a ser construída.Einstein, Newton, direcionam
as áreas exatas.Piaget via no raciocínio lógico matemático a própria e absoluta
expressão da inteligência.Piaget sensório–motor até dois anos, pré-operacional
de três a seis anos, operações e concretas até 12 anos e operações formais a
partir dos 12 anos.
Inteligência espacial: diretamente associada ao sentido de visão, a
tendência de perceber as muitas formas dos objetos.Manifesta-se no arquiteto,
geógrafo, marinheiro, que percebem o espaço de forma conjunta e o administra
na utilização e construção de mapas, plantas e outras formas de
representações plenas.Está muito ligada a criatividade, a amigos secretos, ou
invisíveis da criança, a mentira, o mundo de faz de conta.São os pintores,
escultores.O mundo imaginário é o que há de mais marcante de sua
inteligência espacial. É a capacidade que o ser humano tem de formar o
modelo de um mundo espacial.Picasso viu o mundo com cores diferentes da
nossa.
22
Inteligência musical: bebês estímulos musicais-três a quatro anos-
compositores espontâneos.Está ligada a percepção de sons e a música forma
de compreensão do mundo. Quem a possui de forma destacada literalmente vê
o som e percebe nuances diferentes dos demais.Temos por exemplo:
Bethoven, Mozart, Tom Jobim e Paulinho da viola.
Inteligência Cinestésico-corporal: manifesta-se na linguagem gestual e
mímica e se apresenta muito nítida no artista e no atleta. É identificada tanto
pela exploração dos movimentos do corpo como pela sensibilidade tátil, olfativa
ou do paladar.Movimentos amplos, por exemplo, de uma bailarina, movimentos
finos, prevalecendo à capacidade de usar as mãos e os dedos ou ainda o
paladar e olfato.Uma grande pianista e um campeão de tiro ao alvo utilizam os
dedos e as mãos, assim como o degustador e um especialista em perfumes se
utilizam à língua ou do extraordinário olfato.
Inteligência naturalista: Burle Max -Ligado à compreensão e a paisagem
natural.
Inteligência Intrapessoal: capacidade de auto-estima de formar um
modelo coerente e verídico de si mesmo, usando este modelo para
operacionalizar a felicidade.
Daniel Goleman psicólogo, Phd pela Universidade de Havard, propõe
uma nova educação, onde todos são capazes de aprender e que ao mesmo
tempo ninguém é inteligente sob todos os ângulos.Aí surge o QE (Quociente
emocional) como ferramenta de adaptação social tão importante quanto ao
QI.O QE pode ser definido como a capacidade do ser humano de liderar com
os conflitos do cotidiano, o volume e controle de suas angústias e ansiedades,
compreendendo-se ao compreender seus próprios sentimentos e descobrindo-
se nos outros com quem busca efetivamente conviver.
23
Inteligência Interpessoal: poder de bom relacionamento com os outros
explica a imensa empatia de algumas pessoas, e é característica de grandes
líderes como Gandhi.
24
CAPÍTULO IV
Brincadeiras presentes na Educação Infantil
Brinquedos educativos ou jogos educativos datam dos tempos d
renascimento, mas ganham força com a expansão da educação infantil,
especialmente a partir deste século.Entendido como recurso que ensina,
desenvolve e educa de forma prazerosa, o brinquedo educativo materializa-se
no quebra-cabeça, destinado a ensinar formas ou cores, nos brinquedos de
tabuleiro que exigem compreensão do número e das operações matemáticas,
nos brinquedos de encaixe que trabalham noções de seqüência, de tamanho e
de forma, nos múltiplos brinquedos e brincadeiras, cuja concepção exigiu um
olhar para o desenvolvimento infantil e a materialização da função
psicopedagógica: móbiles destinados a percepção visual, sonora ou motora,
carrinhos munidos de pinos que se encaixam para desenvolver a coordenação
motora, parlendas para a expressão da linguagem, brincadeiras envolvendo
músicas, danças, expressão motora, gráfica e simbólica.
O uso do brinquedo/jogo educativo com fins pedagógicos remetendo-nos
para a relevância desse instrumento para situações de ensino-aprendizagem e
de desenvolvimento infantil.Se considerarmos que a criança pré-escolar
aprende de modo intuitivo, adquire noções espontâneas, em processos
interativos, envolvendo o ser humano inteiro com suas cognições, afetividade,
corpo e interações sociais, o brinquedo desempenha um papel de grande
relevância para desenvolvê-la.Ao permitir a ação intencional (afetividade), a
construção de representações mentais (cognição), a manipulação de objetos e
o desempenho de ações sensório-motoras (físico) e as trocas nas interações(
social), o jogo contempla várias formas de representação da criança ou suas
múltiplas inteligências, contribuindo para aprendizagem e o desenvolvimento
infantil.
25
Quando as situações lúdicas são intencionalmente criadas pelo adulto
com vistas a estimular certos tipos de aprendizagem surge a dimensão
educativa, desde que mantidas para a expressão do jogo, ou seja, a ação
intencional da criança para brincar, o educador está potencializando as
situações de aprendizagem.Utilizar o jogo na educação infantil significa
transportar para o campo do ensino-aprendizagem condições para maximizar a
construção do conhecimento, introduzindo as propriedades do lúdico, do
prazer, da capacidade de iniciação e ação ativa e motivadora.
Ao usar a quadrilha para apreensão de noções de conjunto, de pares e
ímpares ou boliche, para a construção de números, estão presentes
propriedades metafóricas do jogo, que possibilitam à criança o acesso a vários
tipos de conhecimento e habilidades.
Ao assumir a função lúdica e educativa, o brinquedo educativo merece
algumas considerações:
1-Função lúdica: O brinquedo propicia diversão, prazer e até desprazer,
quando escolhido voluntariamente.
2-Função educativa: O brinquedo ensina qualquer coisa que complete o
indivíduo em seu saber, seus conhecimentos e sus apreensão do mundo.
O brincar, dotado de natureza livre, parece incompatibilizar-se com a
busca de resultados, típica de processos educativos.Como reunir dentro da
mesma situação o brincar e o educar? Essa é a questão que merece ser
detalhada.
Se a criança está diferenciando cores, ao manipular livre e
prazerosamente um quebra-cabeça disponível na sala de aula, as funções
educativas e lúdicas estão presentes.
26
Se a criança prefere empilhar peças do quebra-cabeça, fazendo de
conta que está construindo um castelo, certamente estão contemplados o
lúdico, a situação imaginária, a habilidade para a construção do castelo, a
criatividade na disposição das cartas, mas não se garante na diferenciação das
cores.Essa é a especificidade do brinquedo educativo.Apesar da riqueza de
situações de aprendizagens que propicia nunca se tem a certeza de que a
construção do conhecimento efetuado pela criança será exatamente a mesma
desejada pelo professor.
A utilização do jogo potencializa a exploração e a construção do
conhecimento, por contar com a motivação interna, típica do lúdico, mas o
trabalho pedagógico requer oferta de estímulos externos e a influência de
parceiros, bem como, a sistematização de conceitos em outras situações que
não sejam jogos.Ao utilizar o modo metafórico a forma lúdica (objeto suporte de
brincadeira) para estimular a construção do conhecimento, o brinquedo
educativo conquistou espaço definitivo na educação infantil.
Brincadeiras tradicionais infantis
As brincadeiras tradicionais infantil, filiadas ao folclore, incorporam a
mentalidade popular, expressando-se, sobretudo pela oralidade.Considerada
como parte da cultura popular, essa modalidade de brincadeira guarda a
produção espiritual de um povo em certo período histórico.A cultura não oficial
desenvolvida especialmente de modo oral, não fica cristalizada.Está sempre
em transformação, incorporando criações anônimas das gerações vão se
sucedendo.Por ser um elemento folclórico, a brincadeira tradicional infantil
assume características de anonimato, tradicionalmente, transmissão oral,
conservação, mudança e universalidade.Não se conhece a origem da
amarelinha, do pião, das parlendas, das fórmulas de seleção.Seus criadores
são anônimos.Sabe-se, apenas que provém de práticas abandonadas por
adultos, de fragmentos de romances, poesias, mitos e rituais religiosos.
27
A tradicionalidade e universalidade das brincadeiras assentam-se no fato
de que povos distintos e antigos, como os da Grécia e do Oriente, brincaram de
amarelinhas, empinar papagaios, jogar pedrinhas e até hoje as crianças o
fazem quase da mesma forma.Tais brincadeiras foram transmitidas de geração
em geração através de conhecimentos empíricos e permaneceram na memória
infantil.
Muitas brincadeiras preservam sua estrutura inicial, outras modificam-se,
recebendo no vos conteúdos.A força de tais brincadeiras explica-se pelo poder
da expressão oral.Enquanto manifestação livre e espontânea da cultura
popular, a brincadeira tradicional tema função de perpetuar a cultura infantil,
desenvolver formas de convivência social e permitir o prazer de brincar.Por
pertencer a categoria de experiências transmitidas espontaneamente conforme
motivações internas da criança, a brincadeira tradicional infantil garante a
presença do lúdico, da situação imaginária.
Brincadeira de faz-de-conta
A brincadeira de faz-de-conta, também conhecida como simbólica, de
representação de papéis ou sócio dramática, é a que deixa mais evidente a
presença da situação imaginária.Ela surge com o aparecimento da
representação e da linguagem, em torno de 2/3 anos, quando a criança
começa a alterar o significado dos objetos, dos eventos, a expressar seus
sonhos e fantasias e a assumir papéis presentes no contexto social.O faz-de-
conta permite não só a entrada do imaginário, mas a expressão de regras
implícitas que se materializam nos temas das brincadeiras. É importante
registrar que o conteúdo do imaginário provém de experiências anteriores
adquiridas pelas crianças em diferentes contextos.
28
Idéias e ações adquiridas pelas crianças provêm do mundo social,
incluindo a família e seu círculo de relacionamento, o currículo apresentado
pela escola, as idéias discutidas em classe, os materiais e os pares.O conteúdo
das representações simbólicas recebe, geralmente grande influência do
currículo e dos professores.Os conteúdos veiculados durante as brincadeiras
infantis, bem como, os temas de brincadeiras, os materiais para brincar, as
oportunidades para interações sociais e o tempo disponível são todos fatores
que dependem basicamente do currículo proposto pela escola.
A inclusão do jogo infantil nas propostas pedagógicas remete-nos para a
necessidade de seu estudo nos tempos atuais.a importância dessa modalidade
de brincadeira justifica-se pela aquisição do símbolo.É alterando o significado
de objetos, de situações, é criando novos significados que se desenvolve a
função simbólica, o elemento que garante a racionalidade ao ser humano.Ao
brincar de faz-de-conta a criança está aprendendo a criar símbolos.
Brincadeiras de construção
Os jogos de construção são considerados de grande importância por
enriquecer a experiência sensorial, estimular a criatividade e desenvolver
habilidades na criança.
Froebel, o criador dos jogos de construção, oportunizou a muitos
fabricantes a duplicação de seus tijolinhos, para alegria da criançada, que
constrói cidades e bairros que estimulam a imaginação infantil.
Construindo, transformando e destruindo a criança expressa seu
imaginário, seus problemas e permite aos terapeutas o diagnóstico de
dificuldades de adaptação, bem como, a educadores o estímulo da imaginação
infantil e o desenvolvimento afetivo intelectual.Dessa forma, quando está
construindo, a criança está expressando suas representações mentais, além de
manipular objetos.
29
O jogo de construção tem uma estreita relação com o de faz-de-
conta.Não se trata de manipular livremente tijolinhos de construção, mas de
construir casas, móveis e cenários para as brincadeiras simbólicas.As
construções se transformam em temas de brincadeiras e evoluem em
complexidade conforme o desenvolvimento da criança.
Para se compreender a relevância das construções é necessário
considerar tanto a fala como a ação da criança que revelam complicadas
relações. É importante, também, considerar as idéias presentes em tais
representações, como elas adquirem temas e como o mundo real contribui
para sua construção.
Brincar na Educação Infantil
Na educação infantil, a brincadeira é educação por excelência.No ato de
brincar ocorrem trocas, as crianças convivem com suas diferenças, se dá o
desenvolvimento da imaginação e da linguagem, da compreensão e
apropriação de conhecimentos e sentimentos do exercício da iniciativa e da
decisão.
As educadoras podem intervir diretamente, brincando junto, narrando os
acontecimentos, fornecendo materiais e brinquedos adequados, organizando
cantinhos, espaços e garantindo um tempo na rotina e indiretamente,
observando, contando uma história, organizando passeios, desenvolvendo
projetos nas áreas de interesse das crianças.
30
Percursos motores
Vários materiais possibilitam a organização de percursos motores:
blocos confeccionados com espuma e forrados com vinil, caixas de madeira ou
papelão, bancos, tábuas de madeira, escadas, mesas, árvores, pisos elevados,
túneis feitos das mais diversas formas: um berço deitado coberto por tecidos,
cadeiras enfileiradas, etc. Pode-se começar propondo aos bebês que entrem e
saiam de caixas, empurrem-nas, subam e desçam, etc.
Brinquedos recomendados
Faixa etária entre 0 e 2 anos: chocalhos, brinquedos para martelar e
empilhar, com guisos, flutuantes, com ilustrações, blocos, fios com contas,
trapézios para o berço, de empurrar , montar e desmontar, de encaixar,
argolas, livros, brinquedos musicais.
Faixa etária entre 2 e 4 anos: Brinquedos para cavalgar, puxar,
empurrar, carrinho de mão, cavalinho de pau, objetos para caixa de areia,
blocos diversos, bolas, móveis, aparelhos e utensílios domésticos, objetos de
materiais reciclados, bonecos e bonecas, fantasias, animais de pelúcia, jogos
diversos.
Faixa etária entre 4 e 6 anos:roupas de fantasias, bonecos e bonecas,
fantoches e teatrinhos, brinquedos para montar, telefone e relógio de
brinquedo, utensílios para brincar de casinha, soldadinhos de chumbo,
cenários, caminhões, carros, aviões, discos, toca discos, rádios, equipamentos
de imprensa, livros para colorir, cadernos de desenho, livros diversos.
Algumas sugestões de brincadeira: amarelinha, esconde-esconde, leão
e a jaula, lenço atrás, cabra-cega, pular corda, pular elástico, coelhinho sai da
toca, etc.
31
CONCLUSÃO
Na educação Infantil compreendida entre o a 4 anos usamos os
caminhos, cantinhos dos brinquedos, biblioteca e natureza. Com plantas e
pequenos animais destacamos a criação, com retratos destacamos o cantinho
da família. O jogo é uma atividade física mental que cria uma atmosfera de
motivação e participação.Desenvolve o respeito mútuo, mobilizando os
esquemas mentais e ativando as funções psiconeurológicas.Não devemos
apenas olhar, mas, agir e produzir.Parece ser algo artificial e repressivo, mas
não é, trata-se de um processo natural que acontece de acordo com o
desenvolvimento mental da criança, levando em conta os interesses e
tendências notadas em idades.
O aluno não avança sozinho é necessário cooperação.A construção do
conhecimento é um processo em que o prazer em realizar atividades que
envolvam a aprendizagem torna-se um ponto favorável para esta evolução.
Brincar não é perder tempo é ganhá-lo. É triste ver meninos sem escola
e é mais triste ainda vê-los enfileirado em salas sem ar, com exercícios estéreis
sem valor para a formação humana.A escola cabe trabalhar com o processo de
aprendizagem, desenvolvendo no aluno habilidades de raciocínio lógico,
solução de conhecimentos vitais de indivíduo e a coletividade.
Através do brincar a criança ou o adulto pode ser criativo e utilizar sua
personalidade integral e é somente sendo criativo que o indivíduo descobre o
seu eu.Na brincadeira a criança constrói um espaço de experimentação, de
transição entre o mundo interno e externo.O ato de compartilhar é universal e
saudável.Dentro de uma visão piagetiana o conhecimento se constrói pela
interação entre o sujeito e o meio.
32
ANEXOS
33
34
35
36
37
BIBLIOGRAFIA
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto.Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional.Brasília, 1996.
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto.Secretaria de Educação
Fundamental.Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil.Brasília,
1998.
CUNHA, Nilse Helena da Silva.Brinquedos, desafios e descobertas.Brasília:
FAE, 1995.
PERRONE, Ercília.Creche, Pré – Escola nas Mãos.São Paulo: Ática, 1889.
ANDRADE, Regina Paula C. A construção do conhecimento, São Paulo:
Didática Paulista.
38
ÍNDICE
Introdução....................................................................................9
Capítulo I ...................................................................................11
O brinquedo–desenvolvimento e aprendizagem....................11
Brinquedo-Inteligência e concentração da atenção...............11
Brinquedo –desenvolvimento da linguagem...........................12
Brinquedo-desenvolvimento e sociabilidade..........................12
A relação criança x brinquedo adulto.......................................13
Olhos para ver.............................................................................13
Brincar com a gente...................................................................14
Brinque...mas depois você tem que arrumar tudo..................16
Capítulo II ..................................................................................17
O que é brincadeira?..................................................................17
A brincadeira é um espaço educativo fundamental................17
Capítulo III ..................................................................................20
As diversas formas de inteligência...........................................20
Capítulo IV ...................................................................................24
Brincadeiras presentes na educação Infantil...........................24
Brincadeiras tradicionais infantis..............................................26
Brincadeira de faz-de-conta........................................................27
Brincadeiras de construção........................................................28
Brincar na educação Infantil.......................................................29
Recursos motores........................................................................30
Brinquedos recomendados.........................................................30
Conclusão ...................................................................................31
Anexos ........................................................................................32
39
Bibliografia ..................................................................................37
Índice ...........................................................................................38
40
FOLHA DE AVALIAÇÃO
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PROJETO A VEZ DO MESTRE
Pós-Graduação “Lato Sensu”
Título da monografia: Jogos e Brincadeiras na Educação Infantil
Autora: Lúcia Maria Dutra da Silva
Orientador: Marco Antonio Larosa
Data de entrega: ______________________________________________
Avaliado por: ____________________________________Conceito: ______
Avaliado por: ____________________________________Conceito: ______
Avaliado por: ____________________________________Conceito: ______
Rio de Janeiro, 27 de Março de 2004.
Recommended