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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
Orientação: A chave da Harmonia Escolar
Por: Tatiana Silveira Reis
Orientador
Prof. Geni Lima
Rio de Janeiro
2011
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
Orientação: A chave da Harmonia Escolar
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Orientação
Educacional e Pedagógica
Por: . Tatiana Silveira Reis.
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço em primeiro lugar a Deus,
fonte da vida e de toda inspiração, sem
o qual nada seria possível. A minha
Coordenadora Pedagógica Daniele
Nascimento pela disponibilidade e
atenção, como também pelas dicas e
conselhos importantes para a minha
vida profissional.
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais, que
sempre me incentivaram na vida
acadêmica. Sem seu apoio e muita
dedicação seria impossível seguir adiante.
Esta pequena vitória é apenas a primeira
de muitas que iremos conquistar juntos.
5
RESUMO
Esta pesquisa propõe uma reflexão sobre a prática pedagógica e
administrativa da escola através da perspectiva teórico-prática da Orientação
Educacional buscando promover a aplicação de conhecimentos na mediação
de atritos e demandas no ambiente escolar, propiciando assim uma melhor
integração dos fundamentos da teoria à prática, com resultado de um ambiente
profícuo de aprendizagem e de harmonia. Procura entender como se
estabelece a disciplina em uma escola refletindo sobre seu conceito e
aplicabilidade. Propõe a montagem de um plano pedagógico que busque
desenvolver uma educação de qualidade que atenda aos anseios da escola,
comunidade, professores e alunos. Refleti sobre os limites e o papel da família
na escola. Compreende como a reciclagem docente pode melhorar o trabalho
do professor e aumentar o aproveitamento pedagógico. Assim, a Orientação
Escolar se transforma em um poderoso instrumento para mostrar e propor que
a adoção de novas práticas pedagógicas pode diminui os atritos com alunos,
possibilitando um ambiente de troca mútua.
Palavras-chaves: Orientação Escolar, Escola e Mediação.
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METODOLOGIA
A metodologia usada para fundamentar o corpus teórico desta pesquisa
acontece em duas etapas distintas.
Inicialmente, realiza-se um levantamento, pré-seleção e análise da
bibliografia referente ao tema e assuntos correlatos. Vale acrescentar que o
material consultado localiza-se nas Instituições, a saber: Biblioteca Central
Candido Mendes e Colégio Sistema Elite de Ensino além de consultas na
internet.
Após a seleção e análise textual, segue a estruturação da monografia, a
organização, sistematização e análise das informações obtidas através desses
materiais, as quais servem para promover o estudo da Orientação Escolar
como mediadora de atritos e demandas entre docentes e discentes.
Espera-se que esta pesquisa venha ser útil para estudantes,
professores, pesquisadores, gestores e por pessoas interessadas em se
aprofundar na questão da Harmonia Escolar diante do tratamento dado ao
assunto. Acredita-se que esta postura possa, acima de tudo, modificar o
espaço escolar.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 8
CAPÍTULO I - A Orientação Escolar na mediação de conflitos: a indisciplina e a
Escola Atual .................................................................................................... 10
CAPÍTULO II - A Orientação Escolar atuando na aprendizagem: o trabalho do
professor e o aproveitamento do aluno .......................................................... 20
CAPÍTULO III – A Orientação Escolar e o planejamento pedagógico na busca
de uma educação de qualidade....................................................................... 31
CONCLUSÃO ................................................................................................. 40
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA .................................................................... 39
ÍNDICE ........................................................................................................... 41
FOLHA DE AVALIAÇÃO ................................................................................ 42
8
INTRODUÇÃO
O tema desta pesquisa constitui-se de um estudo realizado com uma
turma de 6º ano do Ensino Fundamental em um universo delimitado de 10
(dez) alunos com índice elevado de ocorrências disciplinares, de um Colégio
particular localizado no Bairro de Vila Valqueire no Rio de Janeiro.
O objetivo desta pesquisa é promover um trabalho propício em um
ambiente agradável, que possibilite ao docente e ao discente um aprendizado
harmonioso.
A motivação para realizar esta pesquisa surge a partir do trabalho como
Auxiliar de Coordenação do Ensino Fundamental na Instituição que trabalha
com a superação de conflitos dentro do ambiente escolar de maneira positiva
propiciando o exercício da cidadania.
Um dos grandes desafios da Orientação Escolar é como lidar com
situações de indisciplinas na escola. Os dias atuais tem nos mostrado cada vez
mais o desenvolvimento de uma cultura de indisciplina e violência no ambiente
escolar. A violência na sociedade está ligada diretamente ao estimulo e
ratificação de atos violentos como algo “natural”. O individualismo, consumismo
e competição intensa, criaram um padrão de relacionamento entre as pessoas
que coloca em xeque, por exemplo, características como a cordialidade, a
solidariedade e respeito mutuo. É comum vermos os jovens se
cumprimentarem com palavrões ou apelidos pejorativos, sendo isto aceito
como característica natural pela família que é a célula onde se desenvolve os
pilares da relação humana. Estamos em uma sociedade que valoriza “o forte”,
“o competitivo” e o “agressivo”. Segundo REBELO (2002) “o que mais contribui
para a indisciplina na escola são a prática e a resistência docente, posto que
toda ação tenha uma reação, além do currículo, a não participação dos pais na
vida dos filhos, sendo essa a questão mais grave, e a falta de prioridade dos
políticos com a educação.
9
Sabe-se da importância de pensar cada aluno com seu próprio
problema, pois cada pessoa é um ser singular com atitudes distintas e que
requer método diferente. Segundo Vasconcellos (2004): “Os alunos que
apresentam problemas de disciplina precisam de uma ação educativa
apropriada: aproximação, diálogo, investigação das causas, estabelecimento
das causas, estabelecimento de contratos, abertura de possibilidades de
integração no grupo, etc. e no limite, se for preciso, a sanção por
reciprocidade, qual seja uma sanção que tenha a ver com o comportamento
que está tendo (p.116)”.
Por longos anos profissionais de educação vem buscando e
experimentando formas de equacionar essas teorias no seu dia a dia em sala
de aula. A Orientação Educacional vem a ser um elo dessa relação teórico-
prática.
Assim a organização do trabalho da escola deve ser repensada, ou seja,
deve ser vista como uma maneira de facilitar o desenvolvimento da
aprendizagem, pois, o sucesso da escola é compromisso de todos,
considerando que a teoria deve ser o subsidio aliado a pratica dos gestores
escolares, docentes e toda comunidade escolar que ao assumir uma postura
reflexiva possibilitará a verdadeira harmonia escolar.
10
CAPÍTULO I
A Orientação Escolar na mediação de conflitos: a
indisciplina e a Escola Atual
O papel do Orientador educacional atualmente é trabalhar para intermediar
os conflitos escolares e ajudar os professores a lidar com alunos com
dificuldade de aprendizagem. Além de firmar relações com os pais e com os
profissionais da escola com que os alunos têm contatos relevantes. Para ter
sucesso, precisa construir uma relação de confiança que permita administrar
os diferentes pontos de vista, ter a habilidade de negociar e prever ações.
Assim é necessário entender como se estabelece a disciplina em uma escola.
No sentido mais geral, a disciplina aparece como “ordem, respeito,
obediência as leis.” In: Dicionário Silveira Bueno
No âmbito pedagógico diz que é “relação de submissão de quem é
ensinado para aquele que ensina; observância de preceitos ou ordens
escolares” In: Dicionário Prático de Pedagogia
Segundo Parrat-Dayan (2011) “a disciplina é um conjunto de regras de
conduta, estabelecidas para manter a ordem e o desenvolvimento normal de
atividades em uma aula ou num estabelecimento escolar.” e “um conjunto de
regras e obrigações de um determinado grupo social e que vem acompanhado
de sanções nos casos em que as regras e/ou obrigações forem
desrespeitadas.”
A disciplina aparece neste sentido como uma regra coercitiva à qual o
indivíduo se submete por medo do castigo ou desejo de recompensa. Porém
não pode ser vista de forma negativa, necessariamente, pois a obrigação de
respeitar as regras existe em todos os cenários sociais. Do contrário passa a
ser taxada de indisciplina.
11
1.1 Afinal o que é indisciplina?
No universo escolar os problemas de indisciplina são corriqueiros.
Como afirma Parrat-Dayan (2011), “os problemas de indisciplina manifestam-
se com frequência na escola, sendo um dos maiores obstáculos pedagógicos
do nosso tempo.” Para Aquino (1996), “Há muito os distúrbios disciplinares
deixaram de ser um evento esporádico e particular no cotidiano das escolas
brasileiras, para se tornarem, talvez, um dos maiores obstáculos pedagógicos
dos dias atuais.”
Dentre as queixas mais incansáveis, feitas por professores, está a
indisciplina. Esse já se tornou comum nas escolas públicas e privadas. Para a
maioria dos professores, tal comportamento indevido de certas crianças,
prejudica excessivamente o andamento do trabalho pedagógico desenvolvido
na sala de aula. Entre os prejuízos citam o barulho excessivo, a não-realização
das tarefas propostas, a falta de obediência, além da queixa de que a
indisciplina cria um clima de “anarquia” que parece contaminar as demais
crianças. Como diz Sá Chaves, “A indisciplina é como a mancha do azeite,
alastra".
Para Parrat-Dayan (2011) “...a indisciplina é a manifestação de um
conflito...pode expressar, na realidade, alguma coisa para além do desejo de
perturbar ou de ser indisciplinado.” É muito comum as pessoas acharem que
os conflitos são sempre ruins, sempre negativos. Os conflitos, porém, são
normais e não são em si maus ou bons. É a forma como enfrentamos ou
encaramos os conflitos que os torna construtivos ou destrutivos. A questão
central é como se resolvem os conflitos: se por meios violentos ou através do
diálogo.
Os conflitos devem ser entendidos como parte da vida: ou seja, o
problema em geral reside na forma como os conflitos são enfrentados e
resolvidos. Cabendo ao orientador sinalizar e delimitar essa problemática para
a Escola, que é um espaço nato de conflito, embora não esteja preparada para
12
lidar com eles. Para melhor compreensão deste termo, podemos verificar a
seguinte definição de Sun Tzu (544-496 a.C) ipsis litteris:
“O conflito é luz e sombra, perigo e oportunidade,
estabilidade e mudança, fortaleza e debilidade. O impulso
para avançar e o obstáculo que se opõe a todos os
conflitos contêm a semente da criação e da
desconstrução”. (In: A arte da guerra, século VI a.C.)
A definição mencionada revela que os conflitos devem ser vistos de
outra maneira, forma não negativa. Passamos a vê-lo como um dos modos de
existir em sociedade. Assim podemos ter benefícios com eles como por
exemplo promover a melhora nos relacionamentos e respeito pelas diferenças
além de estimular o pensamento crítico e criativo.
Os conflitos são notórios na fase dos 10 aos 12 anos, pois é um período
de transição, sendo muito comum as colocações feitas pelos professores, de
que eles falam muito, tem pouca concentração e a não realização das tarefas
propostas. E saber lidar com tantos atritos entre eles nesta idade torna-se uma
missão quase impossível. Como lidar com esses conflitos nesta fase da vida?
Como o orientador educacional pode encaminhar esses conflitos na fase da
pré-adolescência?
Para melhor compreendermos a psicologia dessa fase da vida podemos
mencionar Paixão (2009), esta autora diz que a fase pré-adolescente os alunos
são mais questionadores e que se na família existe o problema, em aceitar as
ordens, na escola acontece o mesmo, pois para essa “criança” está sendo
difícil conduzir suas próprias idéias.
Ibdem: na escola esta “criança” também “passa por cobranças e muitas
mudanças, pois os professores agora já não são os mesmos. Ela vai ter
diversos conflitos com professores que nem sempre percebem que essa fase
da rebeldia, dos questionamentos fazem parte da puberdade, do crescimento
e do amadurecimento.”
13
Dentro de tantas mudanças que passam esses alunos, existe um
grande compromisso do orientador escolar, do professor, da escola e de toda a
equipe acadêmica em estarem auxiliando no equilíbrio desta etapa. Junto com
as transformações, vem também um turbilhão de informações na segunda fase
do ensino fundamental, com uma quantidade exagerada de matérias,
compromissos, cobranças.
A autora ainda resalta que a responsabilidade aumenta a cada dia,
coincidindo com as alterações físicas e hormonais, trazendo uma série de
desconfortos, com os quais podem ocorrer a dispersão natural da idade, ou a
depressão, entre outros problemas. Sendo de suma importância que a escola
com o apoio do orientador saiba entender e acolher esse aluno, fazendo com
que ele sinta-se seguro.
A família e a escola estarem unidas em parceria, é ainda mais
importante pois necessitam estar idem: “preparadas para orientar, abraçar
essa “criança” que, com certeza sendo bem aceita e conduzida, terá condições
de ser um adolescente com maturidade suficiente em moldar a sua vida com
sabedoria para um futuro promissor e feliz.”
1.2 Causas da Indisciplina x Violência Escolar
No cotidiano de uma escola particular do estado do Rio de Janeiro,
constitui-se um estudo realizado com uma turma de 6º ano no qual procuramos
investigar quais os motivos para um elevado número de ocorrências
disciplinares. Deste modo os alunos preencheram um documento que
chamamos de ampla defesa no qual os mesmos relatam o motivo da
indisciplina. Tais respostas servirão como mostras de um recorte vivido, sobre
o fazer da orientação na disciplina do aluno.
Na maioria dos casos o aluno indisciplinado é retirado de sala devido a
agressão verbal ou gestos que venham ofender ao colega de classe e em
alguns casos mais graves a agressão física. O professor encaminha o aluno
14
até a Coordenação ambos preenchem a ficha de encaminhamento e a ampla
defesa, respectivamente. Assim o aluno é orientado e o seu responsável é
comunicado formalmente. Como demostra esta resposta da ampla defesa de
M.C:
“Eu xinguei e chutei fulano pois o mesmo me irritou e não pedi
desculpas quando o professor pediu”
Neste caso o aluno foi orientado a fazer uma reflexão sobre o que fez,
as consequências dos seus atos e sobre o que pode ter sentido a pessoa
agredida ou ofendida. É um momento que permite avaliar os esforços que o
aluno culpado está disposto a fazer para melhorar.
A violência que se produz dentro da escola é reflexo do que acontece na
sociedade, seja a violência social, familiar ou midiática. “Assim como violência
gera violência, a indisciplina gera indisciplina.” Parrat-Dayan (2011)
Deve-se, porém, diferenciar violência de indisciplina, ibid: “pois embora
possível que a partir da indisciplina chegue-se à violência, as causas de uma e
outra conduta são diferentes e conseqüentemente, devem ser tratadas de
diferentes maneiras.”
Idem: “a indisciplina está associada a normas e regras sociais e
morais.” A massificação fez com que alunos de diferentes culturas
freqüentassem a escola. Por isso, a causa da indisciplina poderia ser atribuída
ao fato de “normas, referência, maneiras de ser e costumes possuírem
aspectos diferentes de uma cultura para a outra e de os alunos não
conhecerem as normas da cultura do professor.” Pág. 55
Idem: “a sociedade mudou e os pais tornaram-se menos autoritários e
mais permissivos. Isso pode ser visto como uma outra causa da indisciplina.”
(pag. 55)
De acordo com o pensamento da autora podemos notar que a escola
não é uma Instituição isolada da sociedade e que recebe influência da mesma
através do ambiente familiar, dos meios de comunicação e da violência social.
A desestruturação familiar decorre muito mais da falta de atenção,
diálogo e afeto, do que da estruturação familiar considerada padrão: pai, mãe e
15
filho. Na maioria das famílias muitas pessoas moram na mesma casa e sequer
formam uma família, pois não tem diálogo, nem afeto entre elas.
A falta de limites é gritante em nossa sociedade. As famílias estão
deixando de proporcionar às crianças e aos adolescentes o desenvolvimento
da cordialidade e boa convivência entre as pessoas. A família na maioria das
vezes não consegue dar atenção, ser firme e ao mesmo tempo tolerante com
os filhos, estabelecendo uma relação de respeito mútuo. E acaba por jogar a
responsabilidade toda para a escola.
Constatamos que nem a família, nem a escola sabem o que é
estabelecer limites. De acordo com Pereira (2002,p.106),"[...] os limites são o
respeito ao ser humano,o respeito a si mesmo e ao outro,traduzido como
respeito mútuo, enquanto disciplina”, como já vimos, “seria um conjunto de
regras a serem obedecidas por todos."
Referente à mídia identificamos uma influência negativa, principalmente
entre os pré-adolescentes no que referir a modismo, comportamento e valores.
A mídia acaba gerando graves conflitos sociais, através do individualismo e do
consumismo que ela gera entre as “crianças” desencadeando comparação,
descontentamento e revolta.
Além disso, problemas psicológicos e sociais atingem diretamente o
rendimento escolar, mais precisamente no fenômeno da indisciplina que
cresce constantemente, produto de uma sociedade na qual os valores
humanos tais como o respeito, o amor a compreensão, a fraternidade, a
valorização da família e diversos outros foram ignorados.
O Estatuto da Criança e do Adolescente também tem sido apontado, de
forma equivocada, como um dos fatores determinantes da indisciplina escolar,
pelo fato de contemplar apenas os direitos e de não prever expressamente os
deveres da criança e do adolescente. Porém estamos nos esquecendo que se
não respeitarmos os direitos dos mesmos é evidente que esse não irá nos
respeitar.
Conforme o exposto, lembramos que a finalidade principal da escola é a
da preparação para o exercício da cidadania. “Para ser um bom cidadão há
necessidade de conhecimento, memória, respeito pelo espaço físico, um
16
conjunto de normas para as relações interpessoais, o diálogo e a democracia.”
Parrat-Dayan (2011).
Outro fato que podemos mencionar é que em muitas escolas não
oferecem estrutura, ou seja, espaços adequados para a prática de esportes,
para brincar e interagir nos intervalos. Assim o espaço fica limitado somente à
sala de aula, essa falta de locais para "gastar" energia conduzirá a indisciplina
em sala.
Enquanto a indisciplina está no desrespeito às regras que garantem o
bom convívio pessoal, por exemplo. A violência dá um passo além: desrespeita
e atinge diretamente um alvo, depositando nele sua fúria física e/ou psíquica
com o objetivo de destruí-lo. As causas da violência podem ser muitas: social,
cultural, pessoal, familiar, estrutural, entre outras, mas seja ela qual for, a
educação está comprometida, pelo menos em parte, com a sua produção e,
principalmente, com sua prevenção.
No Estatuto da Criança e do Adolescente a violência é colocada como
ato infracional sendo definida como: “Art.103 considera-se ato infracional a
conduta descrita como crime ou contravenção penal".
A manifestação da violência no meio escolar tem aumentado. Como nos
lembra La Taille apud Lepre “os jovens são o reflexo da sociedade em que
vivem”. Muitas vezes a “pedagogia do tapa” começa a ser usada em casa,
pelos pais, e essa filosofia se estende para a escola, na prática diária de
alguns educadores.
No cotidiano das escolas podemos notar, em alguns casos, a
estimulação velada da violência como o “bateu-levou” que surge como uma
saída rápida para resolver as coisas. Dessa maneira, uma criança que foi
mordida na escola, por exemplo, pode receber como orientação que, da
próxima vez, morda também para que o outro veja “o quanto dói”. Assim, o
revide passa a ser estimulado como algo justo. No futuro essa criança quando
jovem passa a ser tachado de “sem limites”. Como estabelecer limites dessa
maneira?
Logo, ao questionarmos o papel do serviço de orientação educacional
face à indisciplina e a violência na realidade escolar, ainda vemos sua atuação
17
sendo categorizada como secundária, considerando que muitas instituições
designam à direção e supervisão o "cumprimento" da disciplina
1.3 A Escola Atual face à Indisciplina e Violência Escolar
A escola tem como um de seus maiores obstáculos a conduta em formas
de bagunças, falta de limites, maus comportamentos e desrespeito aos
professores entre outros. Ultrapassando assim fronteiras culturais e
econômicas. A ausência de cultura disciplinar preventiva nas escolas, bem
como falta de preparo por parte dos professores para lidar com distúrbios em
sala de aula, trás um contexto social onde a indisciplina se expressa.
Devemos lembrar que as escolas em meados de 1960, conseguiam fazer
com que seus alunos se comportassem, pois a disciplina era imposta de forma
autoritária, com ameaças e castigos. O medo levava a obediência e a
subordinação por parte dos alunos, eles não podiam se posicionar, questionar
e refletir, sobre quaisquer que fosse o assunto.
Atualmente vivemos outro contexto, onde influenciados por mudanças
políticas, sociais, econômicas e culturais, instituições escolares, alunos e
professores, assumem um papel diferente na sociedade. Um aspecto
importante nessa mudança é a escola estar mais aberta para a participação
dos pais e da comunidade.
As efervescências da sala de aula marcada pela diferença, instabilidade e
precariedade, apontam para a inutilidade de um controle totalitário, do planejar
racional, pois o que os alunos procuram é de alguma forma estar juntos e isso
impede qualquer tipo de autoridade forçada. Dai quanto maior a repressão,
maior será a força que os alunos usaram para garantir sua vitalidade em grupo.
A organização do ano escolar dos programas, das aulas, a estrutura do
prédio e sua conservação não podem estar distantes da realidade dos alunos.
A escola tem que ter significado para eles, pois o não envolvimento dos alunos
18
com a escola pode se transformar em apatia e explodir em indisciplina e
violência.
Dentre as medidas que são tomadas pelas escolas, estão a expulsão e a
transferência dos alunos "problemáticos", medidas que geram muitas
discussões. As escolas não podem simplesmente acabar com o problema,
transferindo ou expulsando o aluno indisciplinado. O aluno que é expulso ou
"convidado a se retirar" acaba se sentindo injustiçado, rejeitado e isso acaba
por interferir em sua capacidade de aprendizagem tornando-os ainda mais
indisciplinados.
As escolas têm todo o direito e dever de impor limites e criar obrigações,
porém, imposição de limites não significa medidas abusivas e acima de tudo,
ilegais. Com o objetivo de conceder eficácia à educação, a constituição
estabeleceu diversos princípios, dentre eles, o de igualdade de condições para
o acesso e permanência na escola.
Diante do que foi exposto, percebemos que a expulsão e a transferência
compulsória, como medidas disciplinares não encontram justificativa
admissível, pois tais medidas constituem flagrante, desrespeito à Constituição
Federal e ao Estatuto da Criança e do Adolescente.
Assim busca-se na Orientação Educacional possíveis planos que
venham reduzir os problemas ligados as questões indisciplinares no âmbito
escolar. Pois no seu papel de facilitador das relações família-escola-sociedade,
venha promover o fazer educativo das partes envolvidas nesse processo:
“O orientador educacional competente não será
mais o facilitador das relações, pelas relações, mas,
tendo claro o objetivo fundamental da escola,
recupera a importância das relações na
transmissão-criação-transformação do saber. É ele,
com a sua competência técnica, que deve conhecer
e trabalhar os fenômenos do grupo, as tensões, os
conflitos, os papeis, os modelos de interação que
19
interferem na relação professor-alunos...” (GARCIA
& MAIA, 1990; P.60)
Afim de que se efetive o direito de toda criança e do adolescente
à educação, deve ser extirpadas de todo Projeto Político Pedagógico escolar
medidas abusivas. E o orientador educacional no exercício da profissão opte
por uma escola que diga não as injustiças.
20
CAPÍTULO II
A Orientação Escolar atuando no processo ensino-
aprendizagem: o trabalho do professor e o
aproveitamento do aluno
A sociedade da informação tem colocado novos desafios ao processo
de ensino-aprendizagem. A forma de se proceder em relação à construção do
conhecimento mudou. O contato com as fontes de informações tornou-se mais
dinâmico, obedecendo a uma lógica nunca vista anteriormente. O próprio
saber tornou-se maleável e instável, necessitando de atualização constante. É
com base no contexto dessa sociedade que se pretende refletir sobre processo
de ensino-aprendizagem, introduzindo na discussão a atuação do orientador
escolar. Assim, analisar-se-á a relação entre informação e conhecimento, bem
como as novas formas de se conceber e produzir o saber. Tal reflexão tem
como finalidade pensar sobre os novos paradigmas produzidos pela sociedade
da informação, bem como sua repercussão no processo de ensino-
aprendizagem.
O orientador passou a atuar de forma a atender os estudantes e
professores, levando em conta que eles estão inseridos em um contexto social,
o que influencia o processo de ensino-aprendizagem. Segundo Almeida “essa
mudança tem a ver com a influência de teóricos construtivistas, como Jean
Piaget (1896-1980), Lev Vygostky (1896-1934) e Henri Wallon (1879-1962),
nos projetos pedagógicos das escolas, cada vez mais pautados pela psicologia
do desenvolvimento – o estudo científico das mudanças de comportamento
relacionados a idade durante a vida de uma pessoa.”
Para analisar essa questão é interessante investigar o trabalho do
professor e a concepção do aluno dentro da Escola.
21
2.1 O professor e seu trabalho e o aproveitamento do aluno
Com as transformações sociais como, por exemplo, a massificação do
ensino e a educação familiar que valoriza a realização e a expressão da
criança, a profissão do professor passa por mudanças. Para Parrat-Dayan
(2011): “o desenvolvimento dos meios de comunicação de massa tira da
escola o monopólio da transmissão de informação e conhecimento. Tudo isso
cria certa degradação da imagem do educador.” (p.107)
Tardif e Lessard (2000) apud Parrat-Dayan (2011):
“afirmam, que se trata de uma profissão que
procura seu papel, seu valor e oscila entre mudança
e tradição.” (p.107)
A função do professor não é fácil porque tanto o conhecimento quanto a
disciplina na aula devem ser construídos por um sujeito que é ativo. Para
Parrat-Dayan (2011) “sua tarefa é a de saber escolher e criar situações nas
quais o aluno aprenda a partir da sua própria experiência. Por seu lado, o
aluno aprende a ser cada vez mais autônomo e a dominar cada vez melhor as
situações.” (p.103). Isso significa que, progressivamente, a autoridade do
professor é depositada no grupo e a turma se transforma num ambiente
democrático no qual todos podem participar.
A aula já não é o lugar onde o professor exige, decide e o aluno
obedece. Ibid: “O professor cria situações estimulantes e incita os alunos a
resolvê-las. O professor ajuda, dá conselhos, acompanha, trabalha junto e faz
tudo para que eles sejam os personagens mais importantes da classe.” (p.104)
O ato de educar torna-se eficaz na medida em que o professor ajuda
todos os alunos, sem distinção, em seu aprendizado. Para Alves (2003),
“...processo mágico pela qual a palavra desperta os mundos adormecidos se
dá o nome educação. Educadores são todos aqueles que tem esse poder.”
(p.94)
22
Tudo isso nos leva a definir qual é o papel do professor. Piaget já havia
dito que o educador deixa de ser um transmissor de saberes já elaborados
para se transformar num mediador da tarefa construtiva do aluno. Segundo
Parrat-Dayan (2011): “ estabelece problemas, leva em conta as ideias dos
alunos, propões atividades de aprendizagem a partir destas concepções,
realiza intervenções adequadas de ajuda e promove a autonomia na procura
de informação.” (p.116)
A formação do educador deve ser integral. Maroy, (2001) apud Parrat-
Dayan, (2011) “o que nos leva a falar e insistir na profissionalização do ofício
de educador. Esta profissionalização caminha junto com a idéia da valorização
de um novo modelo de educador, que poderia ser caracterizado como aquele
que exerce uma tarefa prática e que também reflete.” (p.107)
Para Libâneo (1985) “boa parte dos professores baseia sua prática
pedagógica em prescrições que viram senso-comum, aquelas mesmas
incorporadas ao longo da vida estudantil ou pela transmissão informal dos
mais velhos.”
Saviani apud Libâneo, num artigo (1981), descreve sobre uma confusão
que os professores vivenciam nesta época. Caracterizando a pedagogia
tradicional e a pedagogia nova, indica o aparecimento da tendência tecnicista e
das teorias crítico-reprodutivas, todas incidindo sobre o professor. "Os
professores têm na cabeça o movimento e os princípios da escola nova. A
realidade, porém, não oferece aos professores condições para instaurar a
escola nova, porque a realidade em que atuam é tradicional. (...) o professor se
vê pela pedagogia oficial que prega a racionalidade e a produtividade do
sistema e do seu trabalho, isto é: ênfase nos meios (tecnicismo). (...) E não
aceita a linha crítica porque não quer receber a denominação de agente
repressor".
Tradicionalmente a formação do professor vem abrangendo três
dimensões da prática docente – o saber, o saber ser e o saber fazer –
privilegiando-se uma ou outra, de acordo com a concepção filosófica do
processo educativo que se adote.
23
Como enfatiza Libâneo (1985) “raramente essas dimensões andaram
juntas: a escola renovada, por exemplo, durante muito tempo, acentuou o
saber fazer em prejuízo do saber, ao contrário da escola conservadora, que
acentuou exatamente o inverso. Com muita freqüencia, também o
deslocamento da ênfase para o saber ser – ou seja, nas características
pessoais positivas do educador – tem levado, ora à neutralidade da prática
docente que valoriza um professor ausente, ora a um comprometimento
pessoal político ou religioso tão envolvente que dissolve a especificidade do
ensino escolar – o saber e o saber fazer.”
Ibdem: “O trabalho docente concebe o aluno como ser educável, sujeito
ativo do próprio conhecimento, mas também como ser social, historicamente
determinado, indivíduo concreto, inserido no movimento coletivo de
emancipação humana. (...).” É preciso que o professor aprenda a abarcar
todos os aspectos, ligações e mediações inerentes à ação pedagógica, tomá-lo
no seu desenvolvimento, nas suas contradições, a fim de introduzir no trabalho
docente a dimensão da prática histórico-social no processo do conhecimento.
Na ação do educador Piaget (1994) apud Parrat-Dayan destaca as
seguintes características:
• Apoia-se sobre um conjunto de conhecimentos especializados, alguns
dos quais só podem constituir-se na prática;
• Deve satisfazer as necessidades dos alunos e dos pais;
• Deve enfrentar uma série de problemas complexos e ambíguos;
• Deve ter os gestos de um especialista, gestos adaptados a um contexto
particular.
Segundo o filósofo e pedagogo norte-americano Schön (1994) apud
Parrat-Dayan (2011) “é necessário olhar para a ação do educador, para
descobrir o saber que está por trás.” (p.115). Isso significa que a experiência
24
como o resultado de uma atividade cognitiva do sujeito, como uma construção
e não como um conjunto de informações dadas à pessoa pelo mundo externo
durante o transcurso do tempo. O educador é, portanto, um aprendiz
permanente.
O professor deve motivar seus alunos, apoiando seus sucessos, e
auxiliando na superação dos fracassos, reorientando seus esforços. Deste
modo, a relação professor-aluno se dará positivamente proporcionado a
interação e satisfação pessoal, o que auxilia o aprendizado.
Podemos dar inúmeras definições para motivação. Uma delas, de
Berelson & Steiner (1964), é a seguinte: “ Motivação é um estado interno que
dá energia, torna ativo ou move o organismo, dirigindo ou canalizando o
comportamento em direção a objetivos ” (p.89). Outra, mais diretamente
relacionada com a motivação no trabalho, conforme Heckhausen, diz que:
“ Motivação é o empenho de aumentar ou manter
tão alto quanto possível a capacidade de um
indivíduo, a fim de que este possa alcançar
excelência na execução das atividades das quais
dependam o sucesso ou o fracasso da organização
a que pertence ” (HECKHAUSEN, 1967, p.32).
Sobre essa prática, GADOTTI (2000:9) afirma que “nesse contexto, o
educador é um mediador do conhecimento, diante do aluno que é o sujeito da
sua própria formação. Ele precisa construir conhecimento a partir do que faz e,
para isso, também precisa ser curioso, buscar sentido para o que faz e apontar
novos sentidos para o que fazer dos seus alunos”.
Ele afirma ainda que: “Os educadores, numa visão emancipadora, não
só transformam a informação em conhecimento e em consciência crítica, mas
também formam pessoas. Diante dos falsos pregadores da palavra, dos
marketeiros, eles são os verdadeiros “amantes da sabedoria”, os filósofos de
25
que nos falava Sócrates. Eles fazem fluir o saber (não o dado, a informação e
o puro conhecimento), porque constroem sentido para a vida das pessoas e
para a humanidade e buscam, juntos, um mundo mais justo, mas produtivo e
mais saudável para todos. Por isso eles são imprescindíveis.”
O professor tem uma missão muito importante que é de transformar
vidas através da educação. Neste contexto, o orientador educacional engloba
aluno, professor, educação e a relação entre os mesmos, contribuindo para
mudanças, para a construção de valores firmando assim o desenvolvimento
integral da criança e adolescente.
O professor precisa transformar o ambiente que envolve o aluno e onde
ele se desenvolve, buscando a cooperação e a solidariedade entre os
educandos para melhor convívio. Assim, será desenvolvido um ambiente
harmonioso, tendo o aluno como objeto amado. Para Alves (2003):
“O amor faz nascer os pensamentos
que levam até o objeto amado. É assim
que acontece com os verdadeiros
educadores: eles descobrem um jeito
de chegar até as crianças.” (p.88)
Quando o professor assume seu verdadeiro papel de transformar a
sociedade, conscientizando-se do que precisa ser melhorado, repensando
suas práticas, ele resignifica seu valor e seu potencial.
François Dubet reforça a idéia de que “os professores mais eficientes
são, em geral, aqueles que acreditam que os alunos podem progredir, aqueles
que têm confiança nos alunos. Os mais eficientes são também os professores
que vêem os alunos como eles são e não como eles deveriam ser”.
Um bom professor é aquele que lembramos com um sentimento de
prazer vinculado a uma relação que vai além das funções aluno e educador, e
26
que se apoia sobre uma ligação afetiva. A relação professor/aluno inscreve-se
numa dimensão afetiva.
Como enfatiza Alencar (2005):
“...educar é humanizar, socializar
valores de justiça, respeito e
solidariedade.” (p.116)
A valorização do ofício do professor deveria ser a meta principal do
governo, escolas e dos próprios educadores, mas enfim, de qualquer forma o
professor precisa ter consciência que ensinar é acreditar na humanização e
nos valores para toda a vida.
2.2 A concepção do aluno dentro da escola
Muito se fala na função da escola em formar o cidadão integral. Para
entendermos um pouco mais sobre isso precisamos nos apoiar nos PCN’S,
cujos objetivos demonstram ter amplitude no conceito de desenvolvimento do
aluno. Já que os definem da seguinte forma: “(...) os objetivos se definem nos
PCN’S em termos de capacidade de ordem cognitiva, física, afetiva, de relação
interpessoal e inserção social, ética e estética, apontando desta forma uma
formação ampla.” (pág. 52).
No entanto, se analisarmos o dia a dia das escolas, esse discurso não
se legitima em uma prática. Normalmente os alunos se colocam como sujeitos
passivos, sempre à mercê das ordens do professor, lidando com um conteúdo
completamente alienado de sua realidade, e em situações artificiais de ensino-
aprendizagem.
Torna-se necessário um re-significar do espaço escolar de modo que ele
possa, efetivamente, estar voltado para a formação de sujeitos: ativos,
27
reflexivos, cidadãos atuantes e participativos, como desejam todos os
profissionais da educação.
Quando a escola assume seu verdadeiro papel de transformar a
sociedade, conscientizando-se do que precisa ser melhorado, ela resignifica
seu valor e seu potencial. O trabalho com projetos visa à re-significação desse
espaço escolar, transformando-o em um espaço vivo de interações, aberto ao
real e às suas múltiplas dimensões.
A formação dos alunos não pode ser pensada apenas como uma
atividade intelectual. É um processo global e complexo, onde conhecer e
intervir no real não se encontram dissociados.
Nos anos 1920, houve uma insistência na importância de focalizar no
aluno e não na matéria que se ensina. Essa visão é colocada em evidência por
todos que se assumiam como partidários da Escola Nova.
O aluno não era visto, como um espetáculo passivo, e sim como uma
pessoa que constrói conhecimentos guiados por seus próprios interesses e
necessidades. A Escola Nova sustenta que o aluno deve ser o protagonista da
sua própria formação.
Trata-se de respeitar o aluno, de desenvolver sua personalidade, de
estimular o espírito de criatividade e de formar seu caráter. Isso possibilita a
abertura para interesses intelectuais e sociais.
Trata-se, também, de favorecer o espírito de cooperação e de preparar
a criança para tornar-se cidadã, ou seja, dar a ela uma formação integral.
Diferente da educação tradicional, que se ocupava em transmitir normas éticas
e culturais.
Para Piaget (1994) apud Parrat-Dayan: “a evolução da criança se funda
nas relações entre iguais e a conduz à autonomia moral e intelectual, que
dependem da cooperação e do respeito mútuos.” (p.72)
A relação professor-aluno deve ser centrada na motivação, estimulando
um ambiente escolar harmonioso e o processo educativo relevante e
interessante para o aluno.
Como destaca Lück (1981) apud Foster:
28
“...é a qualidade do relacionamento professor-aluno
que torna o processo educativo e a escola
significativos para o educando, e não outros
aspectos, como por exemplo métodos e técnicas
interessantes, atividades extraclasse variadas, etc.
(p.15)
Diante do exposto, imaginemos que o conteúdo que o professor está
trabalhando não tenha qualquer relação com a realidade do aluno e este
comece a conversar com os outros. O professor pode considerar sua conduta
como indisciplina e castiga-lo por esse fato para ele não incomodar mais.
Porém isso não resolve o problema.
Se o professor utiliza sua autoridade dentro dos limites da democracia,
então, nesta situação, proporia um debate no qual escutaria os argumentos do
aluno e explicaria o motivo pelo qual ele acredita que o que está ensinando é
importante para o aluno. Criando um clima de confiança, os alunos escutarão
também as intervenções do professor, não como ordens que é preciso
obedecer, e sim como argumentos que devem ser debatidos. É chamar o
aluno para si.
Todo o trabalho deve estar focando a atenção nas necessidades dos
alunos. Tendo a escola como um espaço democrático o aluno constrói seu
projeto de vida. Pois acreditamos que é o trabalho do aluno que o faz crescer.
2.3 A orientação escolar e o professor
A mediação das questões pelos professores e orientação educacional,
atuando diretamente com pais, alunos e professores propicia a superação de
problemas e contribui no sentido de sua ação-reflexão-ação conjunta.
29
As concepções e práticas conjuntas, do professor e orientação
educacional inserem-se no mesmo movimento de integração dos serviços da
escola, superando divisões e segmentações.
Essa reflexão se traduz, na prática, pela ação conjunta de ambos, no
tempo-espaço em que alunos e famílias necessitam de respostas às suas
questões e de garantia do conhecimento, razão pela qual procuram a escola e
nela confiam.
Desse modo, pelo projeto político-pedagógico, pela integração e pelo
compromisso socioeducacional dos que estão assumindo a escola, todos
estarão igualmente envolvidos com as solicitações do trabalho educativo.
A aprendizagem é o elo articular e mobilizador das iniciativas da
orientação educacional. Não cabe, assim, ao orientador educacional dizer que
“tal ação ou enfrentamento de tal problema não é comigo; é com o professor.”
Não cabe, da mesma forma, ao orientador educacional dizer que “tal ação ou
enfrentamento de tal problema não é comigo; é com o professor;”
Relação e articulação constituem princípios que orientam processos
integrados e integradores. Não cabe, portanto, em processos e propostas com
essa orientação, separar, segmentar, dividir as ações, decisões e iniciativas,
que devem necessariamente estar relacionadas e articuladas, não cabe
separar a ação pedagógica de professores e orientadores educacionais com a
escola, a sua ação com os alunos, é a ação integrada, em favor do propósito
fundamental da escola: a assimilação e a reconstrução do conhecimento.
Assim, pode-se afirmar que a aprendizagem, núcleo do propósito e
projeto da escola, é o compromisso de todos os seus setores e serviços.
O distanciamento e a segmentação de funções levam não só a
fragmentação como também a burocratização do processo e projeto
pedagógico.
Sem dúvida, palavra e situações dessa natureza não só frustam as
pessoas que recorrem aos serviços da escola, como demarcam espaço e
funções que também promovem transferência de responsabilidades.
30
A orientação educacional tem muito a realizar nos projetos comuns de
aperfeiçoamento do processo de ensino-aprendizagem, de seus elementos em
relação, seus efeitos, suas contribuições socioeducacionais.
31
CAPÍTULO III
A Orientação Escolar e o planejamento pedagógico na
busca de uma educação de qualidade
As relevantes modificações sofridas por nossa sociedade no decorrer
do tempo, dentre elas o desenvolvimento tecnológico e o aprimoramento de
novas maneiras de pensamento sobre o saber e sobre o processo pedagógico,
têm refletido principalmente nas ações dos alunos no contexto escolar, o que
tem se tornado ponto de dificuldade e insegurança entre professores e agentes
escolares resultando em forma de comprometimento do processo ensino-
aprendizagem.
Dessa forma, faz-se necessário à busca de uma nova reflexão no
processo educativo, onde o agente escolar passe a vivenciar essas
transformações de forma a beneficiar suas ações podendo buscar novas
formas didáticas e metodológicas de promoção do processo ensino-
aprendizagem com seu aluno, sem com isso ser colocado como mero
expectador dos avanços estruturais de nossa sociedade, mas um instrumento
de enfoque motivador desse processo.
A sociedade atual se vê confrontada com o desenvolvimento acelerado
que ocorre a sua volta, onde o desenvolvimento e as descobertas ocorrem em
frações de segundos, ocasionando um certo desgaste e comprometimento das
ações voltadas para o aprimoramento do ensino, colocando a sala de aula
como um ambiente de pouca relevância para a consolidação do conhecimento,
enfatizando a vivência social o requisito primordial para a busca de
aprendizado.
Diante do exposto, é facilmente observado que a busca pelo
conhecimento não tem sido o foco de interesse principal da sociedade, pois a
atualização das informações tem ocorrido de forma acessível a todos os
32
segmentos satisfazendo de uma forma geral aos interesses daqueles que as
buscam.
Dessa forma, a escola nesse contexto tem como alternativa rever suas
ações e o seu papel no aprimoramento da sua prática educativa, sendo que,
uma análise sobre seus conceitos didático-metodológicos precisa ser feita, de
forma a adequar sua postura pedagógica ao momento atual e principalmente
colocar-se na posição de organização principal e mais importante na evolução
dos princípios fundamentais de uma sociedade, cumprindo assim sua função
transformadora e idealizadora de conhecimentos científicos-filosóficos
pautando o resultado de suas ações em saber concreto.
3.1 A prática pedagógica atualmente
O processo educacional sempre foi alvo de constantes discussões e
apontamentos que motivaram sua evolução em vários aspectos,
principalmente no que tange a condução de metodologias de ensino por
nossos educadores e a valorização do contexto escolar formador para nossos
alunos. Nesse aspecto GADOTTI (2000:4), pesquisador desse processo afirma
que:
“Enraizada na sociedade de classes escravista da
Idade Antiga, destinada a uma pequena minoria, a
educação tradicional iniciou seu declínio já no
movimento renascentista, mas ela sobrevive até
hoje, apesar da extensão média da escolaridade
trazida pela educação burguesa.
A educação nova, que surge de forma mais clara a partir da obra de
Rousseau, desenvolveu-se nesses últimos dois séculos e trouxe consigo
33
numerosas conquistas, sobretudo no campo das ciências da educação e das
metodologias de ensino.
O conceito de “aprender fazendo” de John Dewey e as técnicas Freinet,
por exemplo, são aquisições definitivas na história da pedagogia. Tanto a
concepção tradicional de educação quanto a nova, amplamente consolidadas,
terão um lugar garantido na educação do futuro.
Diante de enumeras transformações sociais, onde informações e
descobertas acontecem em frações de segundo, o processo de
desenvolvimento da escola entra na pauta como um dos mais importantes
aspectos a serem discutidos neste processo, pois é nela que são promovidas
as mais importantes formulações teóricas sobre o desenvolvimento cultural e
social de todas as nações.
Dessa forma, a pesquisa educacional acaba tomando um lugar central
na busca de perspectivas que possibilitem uma nova prática educacional,
envolvendo principalmente os agentes que conduzem o ambiente escolar,
transformando o ensino em parte integrante ou principal na motivação dessas
transformações.
Com as constantes modificações sofridas por nossa sociedade no
decorrer do tempo, dentre elas o desenvolvimento de tecnologias e o
aprimoramento de um modo de pensar menos autoritário e menos regrado, os
agentes educacionais e a escola de uma maneira geral, vêm vivenciando um
processo de mudança que tem refletido principalmente nas ações de seus
alunos e na materialização destas no contexto escolar, fato que tem se tornado
ponto de dificuldade e insegurança entre professores e agentes escolares de
forma geral, configurando em forma de comprometimento do processo ensino-
aprendizagem.
Para GADOTTI (2000:6): “a educação apresenta- se numa dupla
encruzilhada: de um lado, o desempenho do sistema escolar não tem dado
conta da universalização da educação básica de qualidade; de outro, as novas
matrizes teóricas não apresentam ainda a consistência global necessária para
indicar caminhos realmente seguros numa época de profundas e rápidas
transformações.”
34
A escola contemporânea sofre com o desenvolvimento acelerado que
ocorre a sua volta, onde as informações são atualizadas em frações de
segundos, ocasionando de certa forma, o desgaste e o comprometimento das
ações voltadas para o aprimoramento do ensino, fazendo com que a sala de
aula se torne um ambiente de pouca relevância para a consolidação do
conhecimento, tornando a vivência social o requisito primordial para a busca de
aprendizado, sobre essa escola.
Para HAMZE (2004:1): “Como educadores não devemos identificar o
termo informação como conhecimento, pois, embora andem juntos, não são
palavras sinônimas. Informações são fatos, expressão, opinião, que chegam
as pessoas por ilimitados meios sem que se saiba os efeitos que acarretam.
Conhecimento é a compreensão da procedência da informação, da sua
dinâmica própria, e das conseqüências que dela advem, exigindo para isso um
certo grau de racionalidade. A apropriação do conhecimento, é feita através da
construção de conceitos, que possibilitam a leitura critica da informação,
processo necessário para absorção da liberdade e autonomia mental.”
É perceptível que o saber cientifico e a busca pelo conhecimento, tem
fugido do interesse da sociedade em geral, pois a atualização das informações
tem ocorrido de forma acessível a todos os segmentos satisfazendo de uma
forma geral aos interesses daqueles que as buscam.
A escola nesse contexto tem por opção repensar suas ações e o seu
papel no aprimoramento do saber, e para isso, uma reflexão sobre seus
conceitos didático-metodológicos precisa ser feita, de forma a adequar-se ao
momento atual e principalmente colocar-se na postura de organização principal
e mais importante na evolução dos princípios fundamentais de uma sociedade.
Para melhor explicar isso, DOWBOR (1998:259) afirma que:
35
“...será preciso trabalhar em dois
tempos: o tempo do passado e o
tempo do futuro. Fazer tudo hoje para
superar as condições do atraso e, ao
mesmo tempo, criar as condições para
aproveitar amanhã as possibilidades
das novas tecnologias.”
GADOTTI (2000:8), sobre o assunto afirma que “seja qual for à
perspectiva que a educação contemporânea tomar, uma educação voltada
para o futuro será sempre uma educação contestadora, superadora dos limites
impostos pelo Estado e pelo mercado, portanto, uma educação muito mais
voltada para a transformação social do que para a transmissão cultural.”
Dessa forma, a prática pedagógica dos agentes educacionais no
momento atual, bem como a condução do processo ensino-aprendizagem na
sociedade contemporânea, precisa ter como primícia a necessidade de uma
reformulação pedagógica que priorize uma prática formadora para o
desenvolvimento, onde a escola deixe de ser vista como uma obrigação a ser
cumprida pelo aluno, e se torne uma fonte de efetivação de seu conhecimento
intelectual que o motivará a participar do processo de desenvolvimento social,
não como mero receptor de informações, mas como idealizador de práticas
que favoreçam esse processo.
Na sociedade da informação, a escola deve servir de bússola para
navegar nesse mar do conhecimento, superando a visão utilitarista de só
oferecer informações “úteis” para a competitividade, para obter resultados.
Deve oferecer uma formação geral na direção de uma educação integral. O
que significa servir de bússola? Significa orientar criticamente, sobretudo as
crianças e jovens, na busca de uma informação que os faça crescer e não
embrutecer.” (GADOTTI,2000)
36
Segundo Dowbor (1998:259), a escola deixará de ser “lecionadora”
para ser “gestora do conhecimento”. Prossegue dizendo que pela primeira vez
a educação tem a possibilidade de ser determinante sobre o desenvolvimento.
A educação tornou-se estratégica para o desenvolvimento, mas, para isso, não
basta “modernizá-la”, como querem alguns. Será preciso transformá-la
profundamente.
O professor nesse contexto deve ter em mente a necessidade de se
colocar em uma postura norteadora do processo ensino-aprendizagem,
levando em consideração que sua prática pedagógica em sala de aula tem
papel fundamental no desenvolvimento intelectual de seu aluno, podendo ele
ser o foco de crescimento ou de introspecção do mesmo quando da sua
aplicação metodológica na condução da aprendizagem.
Para HAMZE (2004:1) afirma que “os novos tempos exigem um padrão
educacional que esteja voltado para o desenvolvimento de um conjunto de
competências e de habilidades essenciais, a fim de que os alunos possam
fundamentalmente compreender e refletir sobre a realidade, participando e
agindo no contexto de uma sociedade comprometida com o futuro.”
Assim, faz-se necessário à busca de uma nova reflexão no processo
educativo, onde o agente escolar passe a vivenciar essas transformações de
forma a beneficiar suas ações podendo buscar novas formas didáticas e
metodológicas de promoção do processo ensino-aprendizagem com seu aluno,
sem com isso ser colocado como mero expectador dos avanços estruturais de
nossa sociedade, mas um instrumento de enfoque motivador desse processo.
3.2 A orientação escolar e o planejamento
A orientação encara um desafio de atuar no planejamento junto com a
equipe docente pois seu trabalho torna-se essencial para o processo de
ensino-aprendizagem propondo atualizações no planejamento.
37
O planejamento requer informações, decisões, opções; os objetivos
remetem ao projeto pedagógico da escola e aos seus fins e valores essenciais.
Os conteúdos deveram, necessariamente, ser atuais, conceitualmente corretos
e significativos: os métodos são constantemente atualizados em seus
princípios e práticas pelas pesquisas e pelo debate acadêmico.
A avaliação consolida, hoje, o sentido construtivo, emancipatório e
colaborativo, a recuperação da aprendizagem é, mais do que uma
determinação legal, um compromisso sociopedagógico.
Diante disso, a orientação escolar busca promover a aprendizagem
significativa é parte de um projeto educacional libertador, que visa à formação
de homens conscientes de suas vidas e dos papéis que representam nelas. É
impossível ensinar liberdade cerceando ideias, oprimindo participações e
ditando verdades. A percepção dessas atitudes é essencial para que iniciemos
um real processo de transformação da prática pedagógica.
Assim, entende-se que ação do orientador não se limita a atendimentos
individuais aos alunos ou a “ajustamentos” e “adaptações” de condutas, mas
assume com o professor as práticas que são necessárias à visão das ações
que atendem aos apelos e fatores da relação entre escola, conhecimento e
sociedade.
38
CONCLUSÃO
Este trabalho tem por objetivo promover uma reflexão a respeito da
Orientação Escolar, analisando sua importância no âmbito escolar. Ao longo
dos anos a Educação passou por processos de transformação. A linha
disciplinar da escola deveria figurar no projeto político pedagógico, não apenas
como um conjunto de normas que organizam o ambiente escolar, mas,
também, como um objetivo educacional. Para conseguir este objetivo, deve-se
com o apoio da OE estimular o aprendizado cooperativo, valorizar o
aprendizado, cultivar expectativas altas em relação ao desempenho escolar, a
socialização e as condutas dos alunos.
Uma escola disciplinada supõe compartilhar com os alunos e comunicar-
lhes o que se espera deles com relação a apreciação de suas potencialidades,
com a finalidade de que eles possam assumir suas responsabilidades junto
com a escola. Isto supõe, também, a participação do aluno. Outro elemento
preventivo é um ambiente escolar humano, democrático que valoriza o diálogo,
a afetividade e a obediência aos direitos humanos.
Assim quando pensarmos em formação do cidadão integral, não
podemos desconsiderar sua história de vida, seus modos de viver,
desvinculando-os do contexto sócio-histórico que os gestou.
39
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ALMEIDA, Laurinda Ramalho de, Placco e Vera Maria N. de Souza – O
coordenador pedagógico e o espaço de mudança – 5ª ed. SP: Loyola, 2006.
CASTRO, A. H. O professor e o mundo contemporâneo. Jornal O Diário
Barretos, opinião aberta, 08 jul 2004.
Dicionário Prático de Pedagogia. Editora Rideel. Tania Dias Queiroz.
DOWBOR, L. A reprodução Social. São Paulo: Vozes, 1998.
GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação. Porto Alegre: Ed. Artes
Médicas, 2000.
GARCIA, Regina Leite. (org.) – Orientação Educacional: o trabalho na escola –
Coleção Educar nº 12 – 4ª ed. SP: Loyola, 2002.
GRISPUN, Mírian P.S.Z – A orientação educacional: conflitos de paradigmas e
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LÜCK, Heloísa: Ação Integrada: Administração, Supervisão e Orientação
Educacional – 24ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1981.
MORALES, Pedro. A relação professor-aluno: o que é, como se faz – trad.
Gilmar Sant’Clair Ribeiro. 5ª ed. SP: Loyola, 2004.
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http://www.webartigos.com/artigos/orientacao-escolar-a-questao-da-
indisciplina/16181/ Acesso em 25/11/2011
40
PAIXÃO, Edna. A fase da pré-adolescênia. Disponível em:
<http://www.artigonal.com/educacao-artigos/a-fase-da-pre-adolescencia-
969135.html> Acesso em 08/out/2011.
PEREIRA, Gilson de A. Limites e afetividade:a representação do professor e sua prática pedagógica no cotidiano escolar. 2002. Dissertação (Mestrado em �educação) Faculdade de Educação, Pontifica Universidade Católica do Rio Grande do Sul. SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia: teorias da educação, curvatura da vara, onze teses sobre a educação política: 38ª ed. Campinas, SP: Autores associados, 2006. VASCONCELOS, Celso do Santos. Coordenação do trabalho pedagógico: do projeto político-
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VASCONCELLOS, Celso dos S. Coordenação do trabalho pedagógico: do projeto político pedagógico ao cotidiano da sala de aula. 2. ed. São Paulo: Libertad, 2002.
SCHETTINI FILHO, Luiz. A criança na família e na escola. Recife:Bagaço, 1997.
41
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I – A orientação escolar na mediação de conflitos:
a indisciplina e a Escola Atual 10
1.1 – Afinal o que é indisciplina? 11
1.2 – Causas da indisciplina x Violência Escolar 13
1.3 – A escola atual face à indisciplina e violência escolar 17
CAPÍTULO II – A orientação escolar atuando na aprendizagem:
o trabalho do professor e o aproveitamento do aluno 20
2.1 – O professor e seu trabalho e o aproveitamento do aluno 21
2.2 – A concepção do aluno dentro da escola 26
2.3 – A orientação escolar e o professor 28
CAPÍTULO III – A orientação escolar e o planejamento pedagógico
na busca de uma educação de qualidade 31
3.1 – A prática pedagógica atualmente 32
3.2 – A orientação escolar e o planejamento 36
CONCLUSÃO 38
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39
ÍNDICE 41
FOLHA DE AVALIAÇÃO 42
42
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição:
Título da Monografia:
Autor:
Data da entrega:
Avaliado por: Conceito:
Recommended