View
8
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
UNIVERSIDADE REGIONALDO CARIRI – URCA
CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA – CCT
DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
CURSO DE TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL
HABILITAÇÃO: EDIFICAÇÕES
JOSÉ GERISLÂNIO SOARES CLEMENTE
ANALISE POR AMOSTRAGEM DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE
ESCOLAS DO DISTRITO DE QUITAIUS
JUAZEIRO DO NORTE - CE
2019
JOSÉ GERISLÂNIO SOARES CLEMENTE
ANALISE POR AMOSTRAGEM DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE ESCOLAS DO DISTRITO DE QUITAIUS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Banca Examinadora do Curso de Tecnologia da Construção Civil, com habilitação em Edifícios da Universidade Regional do Cariri – URCA, como requisito para conclusão do curso.
Orientador: Prof. Msc. Miguel Adriano Gonçalves Cirino
JUAZEIRO DO NORTE – CE
2019
Analise por Amostragem das Instalações Elétricas de Escolas do
Distrito De Quitaiús
Elaborado por José Gerislânio Soares Clemente Aluno do Curso de Tecnologia da Construção Civil – URCA
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________________ ORIENTADOR -
__________________________________________________ MEMBRO 1
__________________________________________________ MEMBRO 2
TCC aprovado em: ______ /_______ /_________, com nota_________.
JUAZEIRO DO NORTE – CE
2019
AGRADECIMENTOS A princípio agradeço a Deus, autor de tudo que me cerca, pois sem a fé nada é possível, nada se edificaria, inclusive este trabalho, como também a minha mãe, tia e primos que estão sempre comigo em todas as batalhas
RESUMO
Para o uso eficiente da energia elétrica deve haver primeiro um
dimensionamento afim de evitar possíveis erros de projeto e obtendo assim uma instalação eficiente. Em ambientes escolares a eficiência dessas instalações tem impacto no aprendizado dos alunos e em sua produtividade.
Neste trabalho são analisadas as desconformidades de instalações elétricas de amostras das instituições de ensino do distrito de Quitaiús, Lavras da mangabeira, CE conforme as normas ABNT NBR 5410 (2004), ABNT NBR 5413 (1992) e ABNT NBR 13570 (1996), analisando suas possíveis consequências na qualidade do ensino e no rendimento dos alunos que dependem das escolas locais, utilizando as duas escolas, Joaquim Leite Teixeira e Monsenhor José Alves que atendem a maior parte da região. Fez-se sugestões de correções na instalação visando trazer mais segurança e eficiência para as instalações e assim diminuir impactos negativos que afetam o desempenho e aprendizado dos alunos.
Para isso foi realizada a análise dessas duas escolas, a caracterização dos respectivos ambientes segundo um roteiro, analise das instalações em relação as normas, comparação da iluminação atual com a necessária para os ambientes e por fim aplicação de questionário.
Obtendo como resultado as dimensões e características físicas da escola, as desconformidades causadas devido à falta de dimensionamento e de manutenção, e a execução por pessoas desqualificadas.
A partir daí concluiu-se que a falta de dimensionamento acarreta em vários inconvenientes para os utilizadores do ambiente comprometendo a eficiência da instalação, assim tendo impacto no conforto e segurança dos alunos afetando seu rendimento escolar. Palavras-chave: Instalações Elétricas, Eficiência Energética, Conforto No Ambiente, Analise, educação.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Localização das escolas do distrito de Quitaiús. ................................... 26 Figura 2: ferramenta para cálculo estimado de lúmens necessários no ambiente. ............................................................................................................................. 31 Figura 3: Ferramenta para cálculo estimado de lúmens emitidos pela iluminação do ambiente. ......................................................................................................... 32
Figura 4: Escola Joaquim Leite Teixeira (Escola A). ............................................ 36 Figura 5: Equipamentos da secretaria A-04. ........................................................ 37 Figura 6: cozinha da escola Joaquim Leite Teixeira A-20. ................................... 38 Figura 7: Tomada da Biblioteca/Sala de leitura A-05. .......................................... 39 Figura 8: Interruptor dos ventiladores na Sala de aula A-07. ............................... 40
Figura 9: Quadro de disjuntores das salas de aula no exterior da sala A-06. ...... 41 Figura 10: Interruptor dos ventiladores da Sala A-09. .......................................... 42
Figura 11: Ventilador da biblioteca/sala de leitura A-05. ...................................... 43 Figura 12: Instalação improvisada de forma irregular para roteador. ................... 44 Figura 13: Pátio coberto A-21. .............................................................................. 44 Figura 14: Condutores do sistema de som do pátio A-21. .................................... 45
Figura 15: Iluminação da sala de aula A-12. ........................................................ 46 Figura 16: Biblioteca/sala de leitura A-05. ............................................................ 46 Figura 17: Iluminação do banheiro EJLT A-22. .................................................... 47
Figura 18: Escola monsenhor José Alves (Escola B) ........................................... 49 Figura 19: computador e ventilador da secretaria B-01. ....................................... 50
Figura 20: interruptor da iluminação do banheiro B-14. ........................................ 51 Figura 21: Tomada na sala sem aterramento B-15. ............................................. 51 Figura 22: Quadro de medição da empresa de distribuição B-20. ........................ 52
Figura 23: Ventilador de uma Sala de aula B-08. ................................................. 53 Figura 24: Ligações dos circuitos de lâmpadas e tomadas do pátio B-15. ........... 54
Figura 25: Fiação que alimenta as instalações da diretoria, sala dos professores e da secretaria B-12. ............................................................................................... 55
Figura 26: iluminação do banheiro Masculino B-14. ............................................. 56 Figura 27:iluminação da Sala B-11. ...................................................................... 56
Figura 28: Comparação da frequência que as lâmpadas das salas de aula param de funcionar nas escolas. ..................................................................................... 58 Figura 29:comparação da frequência que costuma faltar energia nas escolas. ... 59
Figura 30: Comparação na frequência que costuma faltar energia nas salas nas duas escolas. ........................................................................................................ 60
Figura 31: Comparação da frequência que aparelhos elétricos deixam de ser usados .................................................................................................................. 61 Figura 32: qual frequência que aparelhos elétricos necessitam de extensões ..... 62 Figura 33: iluminação da sala de aula .................................................................. 63
Figura 34: iluminação do quadro .......................................................................... 64 Figura 35: Comparação da qualificação da iluminação da escola de forma geral.65 Figura 36: influência na sua produtividade na sala de aula. ................................. 66
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Seção mínima dos condutores ............................................................. 17 Tabela 2: Fatores de demanda para cargas de iluminação e pequenos aparelhos. ............................................................................................................................. 18 Tabela 3: Fatores determinantes da iluminância adequada. ................................ 21 Tabela 4: Iluminâncias média em lux, por tipo de atividade ................................. 22
Tabela 5: Equipamentos e aparelhos elétricos EJLT (Escola A). ......................... 33 Tabela 6:ambientes, dimensões e áreas internas aproximadas da EJLT (Escola A). ......................................................................................................................... 34 Tabela 7: ambientes, dimensões e áreas internas aproximadas da EMJA (Escola B). ......................................................................................................................... 35
Tabela 8: Ambientes e áreas aproximadas da EMJA (Escola B). ........................ 35 Tabela 9: Tabela de lúmens gerada a partir dos números obtidos da EJLT (Escola A). ......................................................................................................................... 48 Tabela 10: Tabela de lúmens gerada a partir dos números obtidos da EMJA (Escola B). ............................................................................................................ 57 Tabela 11: frequência que as lâmpadas das salas de aula param de funcionar .. 58
Tabela 12: Frequência que costuma faltar energia na escola. ............................. 59 Tabela 13: frequência que costuma faltar energia nas salas................................ 59 Tabela 14: frequência que aparelhos elétricos deixam de ser usados ................. 60
Tabela 15: qual frequência que aparelhos elétricos necessitam de extensões .... 61 Tabela 16: iluminação da sala de aula ................................................................. 62
Tabela 17: iluminação do quadro ......................................................................... 63 Tabela 18: Qualificação da iluminação da escola de forma geral. ........................ 64 Tabela 19: influência na sua produtividade na sala de aula ................................. 65
LISTA DE ABREVIATURAS
ABNT Associação Brasileira de normas técnicas ANEEL Agencia Nacional de Energia Elétrica DR Disjuntor Residual EJLT Escola Joaquim Leite Teixeira EMJA Escola monsenhor José Alves ENEL Ente nazionale per l'energia elettrica FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação INEE Instituto Nacional de Eficiência Energética NBR Norma Brasileira Regulamentadora NR Norma Regulamentadora QM Quadro de Medição QD Quadro de Distribuição SPDA Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas TUG Tomada de Uso Geral TUE Tomada de Uso Especifico
SUMARIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................... 8 2. OBJETIVO ............................................................................................... 10 2.1. Geral: ....................................................................................................... 10 2.2. Específicos: ............................................................................................. 10 3. REFERENCIAL TEÓRICO ...................................................................... 10
3.1 Energia elétrica ........................................................................................ 11 3.2 Instalações elétricas ................................................................................ 11 3.3. Projeto de instalações elétricas prediais .................................................. 13 3.4. Instalações elétricas em ambientes públicos ........................................... 13 3.4.1. Instalações de instituições de ensino e creches ...................................... 14
3.4.2. Eficiência energética em escolas............................................................. 15 3.5. Dimensionamento das instalações elétricas ............................................ 15
3.5.1 Dimensionamento dos condutores .......................................................... 16 3.5.2 Dimensionamento de tomadas ................................................................ 17 3.5.3 Definição de potência elétrica .................................................................. 18 3.5.4. Divisão de circuitos .................................................................................. 19
3.5.5. Sistema de proteção (disjuntores) ........................................................... 20 3.6. Iluminação ............................................................................................... 20 3.7. Relação entre conforto no ambiente e aprendizagem ............................. 23
3.9. Aprendizagem e recursos de ensino ....................................................... 24 4. METODOLOGIA ...................................................................................... 24
4.2. Caraterização da localidade .................................................................... 26 4.3. Objetos de Estudo ................................................................................... 27 4.3.2. Escola monsenhor José Alves ................................................................. 28
4.5. Roteiro de avaliação das instalações elétricas de escolas ...................... 28 4.6. Roteiro para análise da iluminação em salas de aula.............................. 30
5. RESULTADOS ........................................................................................ 33 5.1. Dados levantados .................................................................................... 33
5.2 Inspeção visual das instalações elétricas ................................................ 36 5.2.1. Escola Joaquim Leite Teixeira ................................................................ 36
5.2.1.1. TUG ........................................................................................................ 37 5.2.1.2. Componentes da instalação ................................................................... 39 5.2.1.3. Iluminação .............................................................................................. 45
5.2.2. Escola Monsenhor José Alves ................................................................ 48 5.2.2.1 TUG ......................................................................................................... 49
5.2.2.2 Componentes da instalação .................................................................... 52 5.2.2.3. Iluminação ............................................................................................... 55 6. CONCLUSÃO ......................................................................................... 66 6.1 Relacionando dados ................................................................................ 66
6.2 Consequências no rendimento ................................................................ 67 6.3 Sugestões de correção e considerações finais ....................................... 68 REFERÊNCIAS ....................................................................................... 70
ANEXO 1:CROQUI DA EJLT (ESCOLA A) ............................................. 73 ANEXO 2: CROQUI DA EMJA (ESCOLA A) ........................................... 74 ANEXO 3: QUESTIONÁRIO .................................................................... 75
1. INTRODUÇÃO
Para que seja assegurada a eficiência da energia elétrica, deve-se haver o
dimensionamento das instalações conforme as recomendações das normas e
concessionárias de energia elétrica que atendem aos estados. As instalações devem
ser dimensionadas segundo a ABNT NBR 13570 (1996), que estabelece as condições
que devem satisfazer as instalações elétricas de ambientes de circulação de pessoas
em complementação a ABNT NBR 5410 (2004), buscando garantir a segurança e o
funcionamento adequado da instalação.
No entanto, a funcionalidade da instalação elétrica é comprometida, em
muitos casos quando na fase de planejamento não é feito o levantamento das cagas,
o dimensionamento de tomadas, quadros elétricos, dos condutores e iluminação,
necessárias, podem provocar problemas como aquecimento, oscilações de energia,
quedas ou sobrecargas de energia que fazem com que seja necessária alta
quantidade de manutenções corretivas, tonando a instalação mais cara no decorrer
do tempo e diminuindo sua eficiência de uso.
Tratando-se de TUG e TUE, quantidade e o posicionamento quando não
atenderem as necessidades, os usuários utilizam adequações como extensões
elétricas e similares, não recomendados para uso permanente segundo a norma
ABNT NBR 5410 (2004). Esses problemas podem ser ocasionados por erros na fase
de projeto ou de execução, tornando o espaço desconfortável para o usuário.
Além das tomadas outro item da instalação que influencia na eficiência e
no conforto dos usuários é a iluminação do ambiente, essa iluminação, quando não
corresponde as dimensões do local e não é suficiente para que as atividades
exercidas sejam realizadas sem esforço excessivo da visão, pode provocar irritação
visual, náuseas e diversas consequências a saúde (cognição e conforto visual).
Fato agravado em ambientes de ensino, como escolas, pois, a qualidade
do ensino pode ser prejudicada por problemas na iluminação ou nos equipamentos
elétricos e eletrônicos usados como recursos didáticos, tais como projetores e
equipamentos de som. Um fator agravante em escolas decorre da concentração de
pessoas que tendem a aumentar as chances de acidentes envolvendo condutores
expostos ou em casos de sobrecarga e falhas na instalação.
9
Nas instituições de ensino com aulas no período noturno, a ausência de luz
natural torna-se um agravante quando há deficiência na iluminação artificial, fazendo
com que os alunos sofram com o desconforto no ambiente de ensino, e a deficiência
da iluminação passa a ter impacto direto na qualidade do aprendizado. Colaborando
com este fato Bertolotti (2007) afirma que a visão é um dos fatores de maior influência
no aprendizado em relação ao ambiente, pois as boas condições de iluminação
favorecem a visão otimizando o processo de aprendizagem, assim a eficiência na
iluminação torna-se uma forma de equilíbrio entre a qualidade da percepção visual do
ambiente e a economia de custos nas contas de energia.
Todos esses problemas traduzem-se em perda de qualidade no processo
de aprendizagem, porem mesmo com a premissa de que a deficiência na iluminação
traria diminuição na qualidade do ambiente o excesso da mesma aumentaria o
consumo de energia, dando ênfase a eficiência da iluminação onde a qualidade deve
ser balanceada com os gastos na instalação. Quando há ocorrência de dificuldades
há o aumento de abandono da escola, gerando outros problemas de ordem social.
A partir do impacto social, partindo para pontos financeiros observa-se um
fator que tende a aumentar os custos da instalação, sobretudo com problemas de
dimensionamento, além da falta de chuvas nas regiões onde estão instaladas as
hidrelétricas, que é a principal fonte de produção de energia no país, Que provoca um
aumento no valor da conta de energia por causa dificuldade na geração da energia
elétrica. Esse acréscimo na conta é feito através do sistema de bandeiras tarifárias,
que gera aumento no preço para cada quilowatt-hora (kWh) consumidos.
O cálculo ou acréscimo na conta é feito por kWh, assim consumo excessivo
terá maior impacto principalmente nos períodos de bandeira vermelha onde o valor do
acréscimo é maior.
No distrito de Quitaiús, Lavras da Mangabeira, CE, observa-se nas escolas
problemas tais quais os apresentados até então, como: iluminação, irregularidades
em TUG's que podem ter sido provocados por falhas nos projetos e na execução,
subdimensionamento e falta de manutenção, que pode resultar em quedas de energia,
incêndios e choques elétricos, uso de equipamentos com baixa eficiência energética
e o uso de extensões elétricas nas instalações e falta de dimensionamento no projeto
que impactam na qualidade do ensino e provocam problemas de aprendizado.
Com base nos potenciais problemas abordados quanto ao
dimensionamento e os prejuízos para a qualidade do ensino. O estudo busca
10
identificar as razões que conduzem ao alto consumo de energia elétrica em
instituições públicas de ensino do distrito de Quitaiús, Lavras da Mangabeira-CE,
ressaltando as implicações financeiras que ocorrem em consequência da falta de
eficiência nas instalações e citar suas consequências na qualidade do ensino e
rendimento dos alunos.
Segundo a literatura, uma maneira de reduzir os custos e melhorar as
condições de aprendizagem é a adequação da instalação elétrica a norma ABNT NBR
5410 (2004) e substituindo aparelhos de baixa eficiência energética por aparelhos
mais eficientes, trazendo maior segurança aos usuários das instalações e economia
de custos através da diminuição na conta de energia.
2. OBJETIVO
2.1. Geral:
Avaliar as causas e consequências da falta de eficiência energética das
instalações elétricas em instituições de ensino de Quitaiús, Lavras da Mangabeira-
CE.
2.2. Específicos:
• Apresentar as desconformidades das instalações em relação a ABNT
NBR 13570 (1996), ABNT NBR 5410 (2004) e iluminação dos ambientes segundo a
ABNT NBR 5413 (1992).
• Analisar os problemas nas instalações devido à falta de erros de projeto,
execução ou uso.
• Abordar as consequências das inconformidades no aprendizado dos
alunos.
• Sugerir propostas de intervenções para os problemas apresentados nas
instalações.
3. REFERENCIAL TEÓRICO
11
Neste capitulo são apresentados o embasamento teórico para a
averiguação das instalações e para elaboração de intervenções baseadas nas normas
que regem projetos e instalações elétricas.
3.1 Energia elétrica
Dentre as diversas fontes de energia, a energia elétrica é a mais utilizada
no Brasil, decorrente de projetos e programas de acesso à população de energia
elétrica. Simabukulo, et al (2008), ressalta como consequência do desenvolvimento
do país o aumento do consumo de forma ideal, de energia elétrica, entretanto, os
investimentos em geração não acompanham, esse crescimento de forma que o
fornecimento tende a um estado crítico em curto prazo (ALVAREZ e SAIDEL, 2001).
Apesar das diversas fontes de energia existentes no país, Morais (2015) diz que
mesmo o Brasil, mesmo consumindo menos energia que outros países, sofre com
certa frequência de crises de abastecimento e ameaças de racionamento, isso
evidencia a necessidade da eficiência na transmissão e no uso final da energia.
No Brasil a maior parte dessa energia é gerada através de hidroelétricas.
Sendo cerca de 0,42% em Central Geradora Hidrelétrica, 3,2% em Pequena Central
Hidrelétrica, 60,28% em Usina Hidrelétrica e os 36,1% distribuídos entre Centrais
Geradoras Undi-elétricas, Centrais Geradoras Eólicas, Centrais Geradoras Solar
Fotovoltaicas, Usinas Termelétricas e Usinas Termonucleares (ANEEL, 2019). Assim,
devido a maior parte da geração de energia elétrica do país ser decorrente de
hidrelétricas existe uma dependência das condições climáticas que podem ser
afetadas por períodos de estiagem, diminuindo os níveis dos reservatórios trazendo
consequência a produção de energia.
Em decorrência de crises na produção de energia tem-se o aumento dos
valores pagos nas contas de energia por todos os consumidores cativos das
distribuidoras, com exceção daqueles localizados em sistemas isolados (ANEEL,
2019), este aumento é de acordo com o sistema de bandeiras tarifarias, que foi
implementado como forma de equilibrar o valor da energia com os custos da produção,
assim o sistema de bandeiras tarifarias depende do custo da produção de energia.
3.2 Instalações elétricas
12
Na engenharia, a instalação elétrica é a matéria que lida com a
transferência da energia elétrica proveniente de uma fonte geradora de energia (como
um gerador ou uma usina hidrelétrica), sua transformação e seus pontos de utilização
(como as tomadas, interruptores ou a lâmpadas fluorescentes), essa transferência de
energia é feita através de condutores que são os materiais responsáveis por
transportar a energia elétrica (sinais elétricos) necessária ao funcionamento dos
equipamentos da instalação.
Os condutores são geralmente contidos em condutos que são um meio
envoltório ou invólucro aos condutores. Existindo diversos tipos tendo maior aplicação
o eletroduto, que são tubos de metal ou de PVC que podem ser rígidos ou flexíveis.
Pode-se encontrar também outros tipos, como calhas, bandejas metálicas, prateleiras,
blocos alveolados e canaletas (CREDER, 2013).
Outros componentes que compõem as instalações elétricas são os pontos
de consumo: TUG, que é destinado a ligar diversos tipos de equipamentos cuja
corrente de consumo não seja superior a 10 A e TUE, que é usada de forma exclusiva
para equipamentos com corrente nominal superior a 10 A, e a iluminação, que nos
dias atuais é um componente essencial da instalação elétrica que tem uso constante
devido a possibilidade de independência da iluminação natural.
Nas unidades consumidoras são utilizadas as instalações elétricas que
fazem a ligação das fontes fornecedoras com os equipamentos, no ponto de vista dos
consumidores (GRIMONI, 2010), em geral essas instalações de baixa tenção tem
como base a norma ABNT NBR 5410 (2004) para baixa tensão, e de forma mais
específica, as instalações em locais onde a afluência de público utilizam a norma
ABNT NBR 13570 (1996) como complementar a anterior na elaboração e execução
dos projetos.
Como consequência de instalações elétricas executadas por meio de
técnicas inadequadas em desacordo com a norma ABNT NBR 5410 (2004) ou
executado por pessoas desqualificadas as instalações elétricas são comprometidas
nos seus critérios operacionais, na sua segurança e na eficiência (GRIMONI, 2010).
Assim com a perda da eficiência essas instalações tornam-se mais caras no decorrer
do seu uso como também reformas quem podem vir a ser necessárias para correções
de problemas na instalação elétrica. Tais como quantidade insuficiente de TUG’s,
ausência de TUE’s e uso inadequado das instalações que trazem problemas aos
equipamentos e a própria instalação elétrica.
13
3.3. Projeto de instalações elétricas prediais
Com relação aos diferentes tipos de projetos a ABNT NBR 13531 (1995)
divide o termo projeto em quatro tipos, anteprojeto, projeto básico, projeto legal e
projeto de execução. Nestes termos estão as definições qualitativas e quantitativas
dos atributos técnicos, econômicos e financeiros de uma obra de engenharia e
arquitetura, com base em dados, elementos, informações, estudos, técnicas, cálculos,
desenhos, normas, projeções e disposições especiais, para que a concepção e
execução desses projetos acompanhe os padrões requeridos.
No projeto de instalações elétricas não é diferente do resto da construção,
nele está previsto o que será realizado em todo o decorrer da obra, para Creder (2016)
define o projeto de instalações elétricas como a previsão escrita da instalação, com
todos os seus detalhes, localização dos pontos de utilização da energia elétrica,
comandos, trajeto dos condutores e eletrodutos, divisão em circuitos, seção dos
condutores, dispositivos de manobra, carga de cada circuito, carga total, etc.
Assim o projeto de instalações elétricas determina os tipos e localização
dos pontos de utilização de energia elétrica, TUG e TUE, dimensionamento, definição
do tipo e o caminhamento dos condutores e eletrodutos, e dimensionar, definir o tipo
e a localização dos dispositivos de proteção, de comando, de medição de energia
elétrica e demais acessórios.
Portanto o objetivo de um projeto de instalações elétricas é garantir a
transferência de energia desde uma fonte, em geral a rede de distribuição da
concessionária ou geradores particulares, até os pontos de utilização (pontos de luz,
tomadas, motores, etc). Para que isto se faça de maneira segura e eficaz é necessário
que o projeto seja elaborado, observando as prescrições das diversas normas
técnicas aplicáveis (CREDER, 2016).
3.4. Instalações elétricas em ambientes públicos
Mesmo em locais onde as instalações venham a atender um tipo de público
específico, como hospitais, escolas, creches entre outros mesmo em locais onde a
um atendimento de público especifico as instalações elétricas devem seguir as
14
recomendações normativas da ABNT NBR 5410 (2004), da ABNT NBR 5413(1992) e
da ABNT NBR 13570 (1996). Os problemas decorrem no descaso com essas normas
que se inicia a perda da qualidade e consequentemente da eficiência. Esses descasos
com as normas, segundo Silva (2015), vêm em consequência do aumento de
produtividade das empresas que com isso geram maior investimentos em tecnologias
e menos em sistemas de gestão de qualidade.
Gusmão (2004) cita como outro fator que traz desconformidades aos
projetos, lacunas nas leis que definem as características do projeto básicos a serem
utilizados nos processos de contratações, pela Administração Pública, abrindo
brechas para que os projetos sofram alterações futuras, tendendo assim a
incompatibilidades nos projetos quem tem como consequência atrasos e aumento de
custos das obras.
3.4.1. Instalações de instituições de ensino e creches
Para o auxílio na elaboração de projetos e execução de obras em escolas,
o fundo de desenvolvimento da escola do Ministério da educação criou em 2006 o
manual para adequação de prédios escolares, onde são transmitidas orientações e
elencando as etapas de serviço a serem priorizadas para se atingir os padrões construtivos
mínimos com foco do projeto de adequação, para ambientes como sala de aula e WC’s.
Nesse manual também consta requisitos sobre segurança nas instalações e requisitos
de iluminação das salas de aula (GUIMARÃES,et al, 2006).
Além do manual citado anteriormente, também existe um especifico para
instituições de ensino infantil, mesmo tendo seus projetos de construção e reforma
orientados pelo “Manual Técnico De Arquitetura E Engenharia De Orientações Para
Elaboração De Projetos De Construção De Centros De Educação Infantil “ de 2009,
onde tem como referência as normas da ABNT NBR 5410 (2004) e a norma ABNT
NBR 5413 (1992).
Para estes ambientes de ensino, problemas nas instalações afetam ou
impactam aspectos sociais dos estudantes e familiares, uma vez que acabam
influenciando na qualidade do ambiente e consequentemente na qualidade do ensino,
fato contraditório quanto às exigências para licitações de reforma e construção dessas
instituições, onde a Lei 8.666/93 (BRASIL, 1993) só exige um projeto básico o que
15
abre brechas para alterações e modificações na execução das obras e para a falta de
eficiência da instalação elétrica na edificação.
3.4.2. Eficiência energética em escolas
Um aspecto que é deixado de lado na construção principalmente em
edifícios públicos é a eficiência energética. Quanto a ventilação e a iluminação dos
ambientes, estes são projetadas como sendo componentes com estipulação das
necessidades ou de forma que sua capacidade não seja aproveitada por completo.
Segundo a INEE (Instituto Nacional de Eficiência Energética, 2017) um
equipamento deixa de ser eficiente quando se usa energia a mais que a necessária
para a realização do proposito, ou seja, um equipamento é considerado eficiente
quando toda a energia usada pelo equipamento é convertida na atividade que o
aparelho é destinado a realizar. Como exemplo, no caso de uma lâmpada para ser
eficiente, a maior parte da sua energia tem que ser transformada em luz.
trazendo a eficiência para um contexto de sala de aula, esta eficiência tem
fundamental importância, já que as atividades de ensino e aprendizado podem ser
afetadas pela eficiência de equipamentos como lâmpadas, que influenciam na visão
dos usuários, ou de outros equipamentos, como ventiladore e ar-condicionado, que
atuam no conforto do ambiente.
Assim a eficiência desses equipamentos, estão associados ao
desenvolvimento de atividades de alunos e professores, afetando a qualidade do
ensino e do aprendizado.
3.5. Dimensionamento das instalações elétricas
O dimensionamento de instalações elétricas requer do projetista
conhecimento amplo de normas e regras. Mesmo com esse conhecimento, segundo
Bessa (2012), o dimensionamento também requer do projetista uma consulta
constante de tabelas e cálculos, tornando assim o dimensionamento mais
padronizado e preciso. Parte dessas tabelas necessárias para o dimensionamento
das instalações de baixa tenção encontram-se nas normas ABNT NBR 13570 (1996),
ABNT NBR 5410 (2004) e ABNT NBR 5413 (1992) que tratam da segurança e
16
eficiência das instalações e da iluminação. Além de recomendações das
concessionárias de energia elétricas que atendem aos estados.
3.5.1 Dimensionamento dos condutores
O condutor pode ser constituído de um único filamento ou de dezenas
deles, oque faz com que o condutor seja mais ou menos maleável. No
dimensionamento do condutor é definida a espessura do mesmo sendo necessário o
levantamento de cargas.
Após a realização do levantamento de cargas que é feito prevendo
potências mínimas de iluminação e tomadas a serem instaladas. Além disso a
previsão de carga deve obedecer às prescrições da ABNT NBR 5410 (2004), e
realizado o dimensionamento de disjuntores o quadro de distribuição, ultilizando a lei
de Ohm, dividindo a potência pela tensão, em seguida é realizado o dimensionamento
dos condutores. Cotrim (2008) afirma que a realização correta do dimensionamento
dos condutores é de essencial importância para evitar problemas de aquecimento nos
condutores causados pelo efeito joule, que podem fazer com que o condutor atinja
temperaturas que afetam sua integridade física e química e a durabilidade do
isolamento do condutor.
Assim para evitar problemas de superdimensionamento bem como os de
subdimensionamento, a norma ABNT NBR 5410 (2004) indica em tabelas a seção
mínima dos condutores conforme o tipo de instalação, a seção do condutor neutro e
a seção mínima do condutor de proteção. Em seguida faz-se a verificação quanto à
queda de tensão admissível, conforme Creder (2016).
Na Tabela 1 estão indicadas as seções mínimas para os condutores em
instalações fixas em geral conforme sua utilização.
17
Tabela 1: Seção mínima dos condutores
Tipo de linha Utilização do circuito
Seção mínima do
condutor mm2 -material
Instalações
fixas em
geral
Condutores e
cabos isolados
Circuitos de iluminação
1,5 Cu
16 Al
Circuitos de força
2,5 Cu
16 Al
Circuitos de sinalização e
circuitos de controle
0,5 Cu3)
Fonte: ABNT NBR 5410(2004)
É importante saber que os valores da Tabela 1 são referentes ao critério
mínimo, ou seja, não podem ter condutores com seção menor que os indicados para
as funções determinadas.
Em seguida observa-se o método de instalação do cabo da ABNT NBR
5410 (2004) que servirá de base para estabelecer a disposição dos cabos nos
eletrodutos.
O próximo passo é estabelecer a quantidade ideal de cabos do circuito.
Para isso, segue-se as indicações da ABNT NBR 5410 (2004). Observando as
especificações dos cabos, para a realização do dimensionamento.
Em seguida deve-se consultar as indicações da norma sobre a capacidade
de condução de corrente dos condutores. Pode variar de acordo com o tipo de
condutor, com o tipo de isolação, com a temperatura do condutor e com a temperatura
ambiente.
Já o dimensionamento de eletrodutos está relacionado à determinação do
diâmetro nominal dos mesmos. O diâmetro dos eletrodutos deve ser tal que os
condutores possam ser facilmente instalados ou retirados.
3.5.2 Dimensionamento de tomadas
O dimensionamento de tomadas de uso geral é feito por ambiente, de forma
estabelecida pela ABNT NBR 5410 (2004) levando em consideração o perímetro do
18
ambiente calculado para levantamento da quantidade de pontos de tomadas que
também deve ser determinado em função da destinação do local e dos equipamentos
que podem ser utilizados.
Levantamento de necessidade de tomadas de uso específico, que são
tomadas para outros equipamentos como fornos, chuveiros, etc. quando um ponto de
tomada for previsto para uso específico, deve ser atribuída uma potência igual à
potência nominal do equipamento que será utilizado ou à soma das potências
nominais dos equipamentos que serão utilizados.
3.5.3 Definição de potência elétrica
Com base na determinação da quantidade de TUG, TUE e iluminação,
determina-se as potências dos circuitos, e assim, determinar os demais componentes,
os condutores, as proteções e outros componentes da instalação possam ser
dimensionados corretamente. Essa potência dependerá de cada ambiente e de quais
aparelhos serão utilizados no locar Depois de definida a potência de todos os
ambientes, pode ser calculada a demanda da instalação, para definir a verdadeira
carga que será utilizada (CAVALIN e CERVELIN, 2014).
As indicações da norma podem-se tomar como base para o
dimensionamento em escolas, no entanto adota-se as necessidades do ambiente.
A Tabela 2 sugere os fatores de demanda para a iluminação de escolas e
semelhantes em relação a potência instalada indicando também o fator de demanda
em relação a potência instalada.
Tabela 2: Fatores de demanda para cargas de iluminação e pequenos aparelhos.
Tipo de carga Potência instalada
(VA)
Fator de
demanda (%)
Carga mínima
(kVA/m²)
Escolas e
semelhantes
Até 12 000 80 30
Acima de 12 000 50 30
Fonte: ABNT NBR 5410(2004)
19
Na Tabela 2 nota-se que a carga mínima para a iluminação em escolas é
de 30 kVA/m² assim essa é a caga mínima instalada independentemente da potência
instalada.
Uma maneira eficiente de se determinar a potência dos pontos de uso,
como TUG’s e TUE’s, as potencias mínimas devem corresponder aos equipamentos
que podem ser utilizados no local, assim a potência a ser definida para o ambiente
será no mínimo a soma de todas as cargas de tomadas e da iluminação.
3.5.4. Divisão de circuitos
Um item essencial na divisão de circuitos é o quadro de distribuição,
também chamado de quadro de luz ou quadro geral de força e luz, é o centro de
distribuição da instalação elétrica, pôr que recebe os condutores que vêm do medidor,
contém os dispositivos de proteção (disjuntores) e manobra, além da distribuição dos
circuitos terminais que farão a alimentação de toda a instalação (CAVALIN e
CERVELIN, 2014).
Um ponto importante para o bom funcionamento e facilitação na
manutenção é a separação de circuitos. Os circuitos devem ser separados conforme
a demanda e em função das potências de forma a não haver risco de realimentação
por outro circuito sem que se perceba de acordo com a ABNT NBR 5410(2004)
Para isso levantamento das potências é feito mediante uma previsão das
potências (cargas) mínimas de iluminação e tomadas a serem instaladas,
possibilitando, assim, determinar a potência total prevista para a instalação elétrica
residencial.
Gusman (2006) estabelece os seguintes fatores de potência para auxiliar
na separação dos circuitos: sendo 1,0 para iluminação e 0,8 para tomadas de uso
geral.
Utilizando esses fatores no cálculo da previsão de carga deve-se obedecer
às prescrições da ABNT NBR 5410(2004) levantamento das potências e a partir do
resultado obtido determina-se o tipo de fornecimento.
Para o fornecimento pela concessionária do estado também é feito o
levantamento de cargas, para definir qual o tipo de fornecimento a ser utilizado. A
concessionária ENEL (2018) adota para demandas máxima menor ou igual a 10kVA
fornecimento monofásico, já para demandas de 30kVA o tipo de fornecimento é
20
bifásico, para demanda entre 75kVA o tipo de fornecimento adotado é o trifásico e
acima de 75kVA é utilizada subestação.
3.5.5. Sistema de proteção (disjuntores)
É preciso definir também as proteções, disjuntores e diferencial residual,
que servem para interromper automaticamente a parte elétrica. A ABNT NBR 5410
(2004) prescreve que a instalação deve ser protegida contra sobretensões sobrecarga
sobrecorrentes choques elétricos efeitos térmicos e qualquer consequência negativa
desses efeitos segundo a norma ABNT NBR 5410 (2004) A proteção Elemento ou
parte constituída de material condutor, pertencente ou não à instalação, mas que não
é destinada normalmente a conduzir corrente elétrica.
Mas estas não são as únicas só a instalação desses dispositivos não basta,
o que vai garantir a proteção das instalações é o conjunto de todas as medidas
prescritas pela norma ABNT NBR 5410 (2004), a norma também divide a proteção
contra choques elétricos em duas partes, proteção básica, que visa garantir que as
partes vivas perigosas da instalação não sejam acessíveis ao público, e a proteção
supletiva, que visa garantir que as partes condutivas expostas ao público não
ofereçam riscos. Além destas também devem ser observadas as exigências da NR 10
(2004), que estabelece medidas de controle e prevenção de riscos envolvendo
trabalhadores que interajam direta ou indiretamente com instalações elétricas dês de
sua concepção até a utilização e manutenção.
Outro sistema de proteção presente na instalação é o SPDA, que protege
contra descargas atmosféricas, esse sistema usando elementos metálicos para
interceptar as descargas atmosféricas e descarregando elas no solo, esse sistema
considera a instalação protegida quando a massa da edificação se encontra dentro do
perímetro de proteção do sistema (CAVALIN e CERVELIN, 2017)..
3.6. Iluminação
Ligado também ao aspecto de conforto no ambiente está o sentido da visão
que é influenciado diretamente pela luminosidade do ambiente e pela distribuição de
21
intensidade luminosa, que é representada pela curva de intensidade luminosa, onded
é possível observar a propagação da luminosidade (CARVALHO, et al,2011). Essa
luminosidade pode estar presente no ambiente de forma natural, através de janelas
ou aberturas no ambiente, ou de forma artificial, através de lâmpadas.
Assim Alvarez e Saidel (2001) dizem que, analisar o sistema de iluminação
é de fundamental importância para realizar estudos sobre o consumo de energia
elétrica. Pois, além de ser um dos usos finais mais fáceis de aplicar ações de uso
racional e eficiente de energia elétrica, a iluminação também é correspondente a maior
participação do consumo global de energia elétrica de instalações comerciais e de
ensino.
A iluminação eficiente é indispensável para instituições de ensino, pois o
desempenho dos alunos e a atuação dos professores sofrem influência direta do nível
de luminosidade dos ambientes. Segundo Bertolotti (2007), em salas de aula mal
iluminadas, a atenção dos estudantes tende a ser menor, pois a ausência de luz induz
o organismo a produzir hormônio chamado de melatonina, responsável pela
diminuição do ritmo biológico, além de outros problemas relacionados com a
iluminação inadequada como fadiga visual, dores de cabeça e irritabilidade nos olhos,
que, em longo prazo, pode se tornar uma lesão ocular.
Tendo em vista os problemas destacados por Bertolotti (2007) a iluminação
deve der ideal para o ambiente sendo adequada as atividades realizadas, para que
não cause danos aos usuários e não dificulte a realização das atividades.
Assim para a determinação da iluminação segue-se a ABNT NBR 5413
(1992), que estabelece os valores de iluminâncias médias mínimas em serviço para
iluminação artificial em interiores, onde se realizem atividades de comércio, indústria,
ensino, esporte e outras. Para a obtenção da iluminância media necessária ao
ambiente, utilizando as Tabelas 3 e 4.
Tabela 3: Fatores determinantes da iluminância adequada.
Características da
tarefa Pesos
-1 0 +1
Idade Inferior a 40 anos 40 a 55 anos Superior a 55 anos
Velocidade e
precisão Sem importância Importante
Crítica
22
Refletância do
fundo Superior a 70% 30 a 70% Inferior a 30%
Fonte: ABNT NBR 5410(2004)
Na Tabela 3 é são levadas em conta a idade nas pessoas que vão utilizam
o ambiente, a velocidade e precisam necessárias para as tarefas executadas nesse
ambiente e a refletância do fundo das tarefas realizadas no ambiente.
A partir da Tabela 3 calcula-se o peso que a iluminação terá no ambiente
somando os pesos das características de cada tarefa em seguida aplica-se o
resultado na Tabela 4.
Tabela 4: Iluminâncias média em lux, por tipo de atividade
Fonte: ABNT NBR 5413(1992)
Na Tabela 4 o peso obtido na Tabela 3 é usado para obter a iluminância
média em luz que o ambiente deve ter para estar de acordo com as características do
ambiente.
Utilizando os pesos obtidos na Tabela 4 obtém-se a iluminância média em
lux por metro quadrado necessária no ambiente e com a iluminância obtida pode ser
elaborado o projeto de iluminação dos ambientes. Assim a iluminância será a mais
apropriada sem gastos excessivos de energia com iluminação desnecessária.
Para auxiliar na determinação da iluminância para diversos ambientes
existem várias tabelas e a possibilidade de utilização de formulas para cálculo da
iluminação, isto faz com que programas de cálculo da iluminação sejam usados para
agilizar processos e obter resultados mais padronizados e com menor margem de
erro.
Tipo de Atividade Peso
-3 e -2 -1,0,1 2 e 3
Escolas 200 300 500
Salas de aulas 200 300 500
Quadros negros 300 500 750
Bibliotecas 300 500 750
Sala de leitura 300 500 750
Recinto das estantes 200 300 500
23
3.7. Relação entre conforto no ambiente e aprendizagem
Conforto diz respeito aos aspectos de sensação quanto a conforto térmico
e de iluminação. Para ambientes, e regiões quentes, como do local de estudo, se faz
necessário climatização artificial
Assim o ambiente onde uma atividade é realizada tem influência na
qualidade da tarefa seja através do conforto que ele proporciona aos seus utilizadores
ou pelo suporte que o ambiente proporciona as atividades realizadas.
Em um ambiente fechado e sem ventilação seus utilizadores sentem
incomodo por conta do calor, ou em um local onde a um excesso de barulho os
utilizadores do ambiente podem não conseguir concentra-se o suficiente para realizar
suas atividades com boa qualidade.
Em ambiente de ensino ocorrem situações parecidas, pois nestes
ambientes são diversos os fatores que afetam no desempenho dos alunos, acústica
da sala, temperatura ambiente e iluminação são alguns deles, assim proporcionar um
ambiente favorável ao conforto do aluno influencia no seu rendimento.
Elali (2003) afirma que as condições do ambiente influenciam no
aprendizado do aluno e até mesmo na sua saúde através de influências visuais,
sonoras e térmicas. Elali (2003) também acrescenta que essas influências atrapalham
na didática das aulas, e trazem transtornos aos alunos e professores, tornando o
ambiente desconfortável e desfavorável ao aprendizado dos alunos, seja por conta de
um ambiente com pouca ventilação, que é importante para o conforto térmico dos
alunos, ou por barulho provocado por ventiladores de parede que são constantemente
utilizados na ventilação de salas de aula de forma ineficiente.
Reforçando a afirmativa de Elali (2003), Miranda, Pereira e Rissetti (2016)
acreditam que, o ambiente da escola deve oferecer condições para que a
aprendizagem ocorra, esse ambiente, no caso a escola, deve estimular e facilitar a
aprendizagem além da interação humana entre professor, aluno e aprendizagem. Isso
ressalta o peso do ambiente de ensino nas atividades desenvolvidas em sala de aula
que influencia diretamente na qualidade da aprendizagem.
Nessa relação os aspectos do ambiente ligados a iluminação e climatização
afetam no conforto dos alunos e professores tornando incômoda a estadia no
ambiente. Eliodoro, et al (2017) ressaltam a importância que a iluminação tem no
desempenho de alunos e funcionários, além da influência na saúde, dando
24
fundamental importância a iluminação natural em relação as suas vantagens em
fatores físicos, fisiológicos e psicológicos além do fator econômico. Porém, mesmos
com as vantagens da iluminação natural, a iluminação artificial tem fundamental
importância pois ela pode ser facilmente manuseada e controlada de diversas formas
para atender a particularidades de alguns ambientes além de estar disponível na
mesma intensidade sempre que for necessária.
3.9. aprendizagem e recursos de ensino
Além do ambiente de ensino os recursos audiovisuais e tecnologias tem
seu papel no aprendizado, tornando o processo menos enfadonho e mais prazeroso.
Rohrer e Oliveira (2017) afirmam que apesar de não serem suficientes sozinhos os
recursos audiovisuais usados em salas de aula fazem com que os conteúdos
ensinados sejam menos enfadonhos e ressaltam que esses recursos audiovisuais
sejam utilizados como conteúdo para inovação em sala de aula.
Em um estudo feito por Azevedo e Steyer (2014) é mostrado que o
processo de leitura que era considerado enfadonho pelos alunos se tornou prazeroso
e dinâmico por conta do uso de recursos tecnológicos como computadores através de
um blog de leitura. Tendo isso em vista para que o processo de ensino e
aprendizagem não sofra prejuízo uma instalação que cumpra requisitos básicos de
funcionamento é necessária para atender a demanda do uso de recursos audiovisuais
que necessitem de energia elétrica como amplificadores, projetores, computadores e
outros eletrônicos.
4. METODOLOGIA
Para realização desse trabalho foram observadas normas sobre
instalações em locais de afluência de público, instalações elétricas de baixa tensão e
iluminação, além das literaturas e trabalhos relacionados com instalações elétricas,
iluminação e com a influência do ambiente no desempenho de atividades em sala de
aula.
25
Para avaliação das desconformidades das instituições elétricas das
escolas de Quitaiús foi seguido um roteiro de avaliação proposto por Castro et al
(2007), adaptando-o a realidade do local e em seguida foi elaborado um croqui de
cada escola (Anexo 1 e Anexo 2) e um relatório fotográfico dos locais onde foram
analisadas as instalações em relação às normas.
após essa análise foi realizado um questionário com alunos, pais,
professores e outros funcionários para que se pudesse abordar as consequências dos
problemas das instalações no aprendizado e no desempenhos das atividades
escolares e por fim foi será sugerido algumas intervenções para que tais problemas
sejam reduzidos e realizado um orçamento que terá como base um check list com os
materiais necessários para as correções.
4.1. Roteiro geral de caracterização
O roteiro a seguir foi utilizado para a caracterização dos locais visando
buscar a melhor forma de abordar as informações sobre as instalações elétricas dos
locais e para facilitar a obtenção de uma visão da realidade e da rotina das instituições
analisadas.
1. Caracterização Geral
1.1. Identificação e localização
1.2. Horários de funcionamento
1.3. Turmas atendidas
1.4. Número de alunos por turma
1.5. Número de professores e funcionários
2. Caracterização da Estrutura Física da escola
2.1. Apresentação das dependências da escola
2.2. Área de cada dependência
2.3. Pé direito de cada dependência
2.4. Descrição das paredes, teto e piso de cada dependência
2.5. Sistema de ventilação de cada dependência (Natural ou Artificial)
2.6. Sistema de iluminação natural ou artificial
2.7. Tipo de luminária e de lâmpada utilizada em cada dependência.
2.8. Descrição dos equipamentos elétricos (potência utilizada).
26
A maioria das informações obtidas foram organizadas em tabela visando
melhor exposição dos dados e maior facilidade de comparação das instalações locais
com as normas. Essas informações de caracterização utilizam-se em todas as
análises das instalações, determinação de potência de fornecimento, analise de
iluminação e de disposição dos componentes da instalação.
4.2. Caraterização da localidade
O Distrito de Quitaiús tem uma população estimada em cerca de 5.500,00
habitantes integrando o município de Lavras da Mangabeira (Figura 1), no Estado do
Ceará, e está situado no Vale do Riacho do Rosário, zona do sertão do Alto Jaguaribe;
mesorregião: centro-sul do Ceará; microrregião: Lavras da Mangabeira, tendo o solo
irrigado pelas águas dos mananciais que descem do cariri, dista 24 km de sua sede,
Lavras da Mangabeira e a 60 km aproximadamente de Juazeiro do Norte. O distrito
tem como principal fonte de renda a agricultura e o comercio de pequeno porte.
Figura 1: Localização das escolas do distrito de Quitaiús.
Fonte: IPECE (2017)
No Distrito é ofertado educação de nível infantil fundamental e básico e
também comporta um anexo da Escola Filgueiras Lima na escola Joaquim Leite
Teixeira para fornecer ensino de nível médio.
27
As escolas no Distrito de Quitaiús recebem alunos da zona rural e urbana
do distrito, sendo que incluindo as escolas da zona rural existem um total de 4 (quatro)
escolas na região, duas na zona rural e duas na zona urbana do distrito.
Para esse trabalho foram analisadas 2 escolas de um total de 4 escolas
que atendem as zonas rurais e urbanas a Escola Joaquim Leite Teixeira e a escola e
a Escola Pastoral Monsenhor José Alves, pois essas escolas atendem a maior parte
da população urbana e rural do distrito, tendo assim maior impacto social. As outras
duas escolas não foram abordadas neste estudo por conta do seu pequeno porte, ao
número muito pequeno de alunos que possuem e por serem muito afastadas da zona
urbana.
4.3. Objetos de Estudo
As escolas analisadas encontram-se próximas ao centro do distrito, sendo
a Escola Joaquim Leite Teixeira endereçada na rua Joaquim leite e a Escola
monsenhor José Alves próxima a rua Firmino Benício, na estrada que liga Quitaiús a
cidade de Aurora.
Para melhor observação e analise a Escola Joaquim Leite Teixeira (EJLT)
foi nomeada nos resultados como Escola A e a escola Monsenhor José Alves como
Escola B, já na análise dos ambientes é utilizada a letra da escola (A ou B) mais o
número do cômodo de acordo com os croquis dos Anexos 1 e Anexo 2.
4.3.1. Escola Joaquim Leite Teixeira
A Escola Joaquim Leite Teixeira (EJLT) que fornece ensino de nível básico
e comporta um anexo de ensino médio, com aulas nos períodos da manhã tarde e
noite, tem área construída de aproximadamente 1702m² e contendo 22 ambientes.
A escola funciona nos períodos matutino (das 7h às 11h), vespertino (das
13h às 17h) e noturno (das 18h às 22h). No período matutino são atendidas 10 turmas,
no período vespertino são atendidas 11 turmas e no período noturno 6 turmas. O
número de alunos por turma varia de 28 a 32 alunos tendo um total de 153
fundamental I, 149 fundamental II e 102 no anexo de ensino médio que funciona no
local, totalizando 404 alunos. O quadro de funcionários da escola conta com 30
pessoas, entre eles professores e outros funcionários.
28
Como não foi disponibilizada a planta da Escola Joaquim Leite Teixeira, na
primeira visita realizada ao local, foram verificados quais e quantos ambientes a
escola possuía realizando-se as medições para assim se ter uma ideia das dimensões
da instituição e a partir das informações obtidas foi elaborado o croqui do local (Anexo
1).
4.3.2. Escola monsenhor José Alves
A Escola Monsenhor José Alves (EMJA) tem funcionamento no período da
manhã e tarde e oferece ensino infantil e de catequese, tem área de tem área
construída de aproximadamente 1266 m² e contendo 16 ambientes.
A escola funciona nos períodos matutino (das 7h às 11h) e vespertino (das
13h às 17h). No período matutino são atendidas 6 turmas e no período vespertino são
atendidas 5 turmas, o número de alunos por turma varia de 25 a 27 alunos, tendo um
total de 289 alunos. O quadro de funcionários da escola conta com 19 pessoas, entre
eles professores e outros funcionários.
A coleta de dados fez-se em 4 (quatro) visitas a cada escola observando
as demandas necessárias nos ambientes mais críticos ao rendimento dos alunos e
com maior impacto na utilização de energia elétrica.
Nessas visitas a análise das instalações deu-se através de relatório
fotográfico e realizando simulações de consumo dos ambientes das escolas em
relação ao consumo médio dos aparelhos existentes de acordo com as informações
coletadas no local e o tempo de uso fornecido pelos utilizadores desses ambientes.
Nas visitas ao local observou-se também as desconformidades segundo as
normas da ABNT NBR 5410 (2004), ABNT NBR 13570 (1996) que complementa e
substitui requisitos da NBR 5410(2004) devido afluência de público no ambiente, e na
iluminação segundo a norma ABNT NBR 5413 (1992) e ainda a NR-10 (2004) que
deve ser observada também na manutenção e no uso de instalações elétricas.
4.5. Roteiro de avaliação das instalações elétricas de escolas
Este roteiro é proposto por Castro et al (2007) para a avaliação de
instalações elétricas de uma instituição de ensino.
29
1º - condutores
Os aspectos observados neste componente da instalação são condições
físicas do condutor, averiguando se possuíam isolamento, bem como se estava
funcionando corretamente e protegido de intempéries.
2° - Tomadas e interruptores
Os aspectos observados neste componente da instalação eram as
condições físicas das caixas das tomadas e interruptores, averiguando se possuíam
tampa, aterramento, sinalização, bem como se estava funcionando corretamente e
protegido de intempéries.
3º - Quadro de distribuição
Os aspectos observados neste componente são a existência do quadro, as
condições físicas do quadro de distribuição, averiguando a tampa do quadro e a tampa
da instalação (que dá acesso aos componentes), observando aterramento,
sinalização, se os disjuntores estão funcionando corretamente e protegidos de
intempéries. Ainda se verificou os barramentos, se estavam em boas condições, bem
isolados e se os condutores estavam organizados.
4º - Proteção contra choques elétricos
Os aspectos observados neste componente foram os isolamentos, se estão
em boas condições, se os condutores estavam dentro de eletro dutos, caneletas, ou
outro conduto recomendado pela norma.
Foi examinado também se a cor da isolação de cada condutor está como
recomendada pela norma, o tipo de material que compõem os condutores, o tipo de
conduto, se as emendas eram feitas com conectores, se eram bem isoladas, se as
condições dos condutos eram perfeitas, o material dos condutos, se o acesso aos
condutores era livre ou se estava sendo facilitada por algum motivo.
30
Ainda foi observado se existia algum tipo de dispositivo de
equipotencialização, em caso afirmativo: verificava-se que tipo de dispositivo, se o
mesmo estava funcionando corretamente, se havia algum dispositivo que possuía
massa viva e se o mesmo estava devidamente sinalizado, se estava em um local de
fácil acesso e se os disjuntores são de diferencial residual (DR´s), que servem para
desligamento de emergência; em caso negativo: averiguou-se se existiam DR´s na
instalação, se os mesmos estavam funcionando corretamente, se seria possível a
instalação de DR caso a mesma não os apresentasse, se os pontos de utilização
estavam devidamente isolados e assegurados contra choques elétricos, se estavam
protegidas de umidade, se os pontos de tomada estavam em boas condições físicas,
se estavam isoladas, protegidas contra choques elétricos e se possuíam aterramento.
5º - luminárias e lâmpadas
Neste tópico, observou-se a existência e o funcionamento das lâmpadas e
o posicionamento das mesmas nos ambientes.
6º - Equipamentos e divisão de circuitos
Neste item foi observado se foi realizada divisão de circuitos e se os itens
anteriores estão de acordo com as normas.
7º - Princípios fundamentais
Neste ponto, foi examinado se havia dispositivos de desligamento de
emergência (DR´s) em funcionamento, e se os mesmos estavam devidamente
dimensionados e facilmente acessíveis, em locais seguros e isolados de intempéries.
4.6. Roteiro para análise da iluminação em salas de aula
A iluminação constitui parte importante na análise de uma instalação
elétrica. Essa parte da instalação é analisada segundo dois aspectos, o de demanda
do ambiente e o ofertado pela instalação, para essa análise utiliza-se a técnica
31
descrita na norma ABNT NBR ISO/CIE 8995 (2013) essa substitui a norma NBR 5382
(1985) que descreve o procedimento para verificação de iluminância de interiores.
Essa análise consiste na demarcação e medição da iluminação em alguns
pontos do ambiente, para assim calcular a iluminância ofertada no local segundo a
norma ABNT NBR ISO/CIE 8995 (2013).
Como não foi disponibilizado um luxímetro, e para maior agilidade na
análise do grande número de ambientes, realizou-se simulações através da
Ferramenta de Cálculo Luminotécnico Online do blog Cidadeled (2015) Figura 2, que
tem como base tabelas da ABNT NBR 5413 (1992) pata luminotécnica. Para essa
comparação o simulador pede que seja fornecido as informações de tipo de ambiente,
área do local, cores do teto, piso e parede, quantidade tipo e potência e tipo das
lâmpadas utilizadas. Assim os índices de iluminância são colocados como adequados
ou não a partir do que é descrito na norma NBR 5413 (1992).
Figura 2: ferramenta para cálculo estimado de lúmens necessários no ambiente.
Fonte: Decio
Na discussão as dimensões obtidas nas tabelas foram utilizadas para o
cálculo luminotécnico de cada ambiente com auxílio da ferramenta de Cálculo
Luminotécnico Online do blog Cidadeled (2015). Essa ferramenta fornecesse a
necessidade luminosa necessária ao ambiente com base na norma ABNT NBR 5413
(1992) e nas informações fornecidas sobreo ambiente.
Em seguida para efetuar a comparação entre o necessário e o número de
lumens emitidos pelas lâmpadas e o necessário utilizou-se os resultados obtidos na
32
segunda parte da ferramenta que calcula a essa luminosidade emitida segundo o tipo
das lâmpadas.
Figura 3: Ferramenta para cálculo estimado de lúmens emitidos pela iluminação do ambiente.
Fonte: Decio
Na discussão após obter esses resultados é feita a comparação entre os
dois, sendo que para que ele esteja em conformidade com a norma ABNT NBR 5413
(1992) o recomendado pela ferramenta é que o segundo seja 25% maior que o
primeiro (oferta estimada maior que demanda estimada).
4.7. Avaliação da percepção da qualidade de ensino
Para complementar os resultados a avaliação da percepção da qualidade
de ensino realizou-se através de questionários onde alunos e professores
responderam um questionário, no qual avaliavam, segundo suas percepções, as
instalações e a iluminação e de que forma esses itens interferiam na qualidade do
ensino. O questionário foi realizado com 712 de 749 entre alunos, professores e outros
funcionários no horário das aulas, sendo que 404 eram da EJLT e 289 da EMJA.
Com essas informações comparadas aos resultados obtidos na Tabela 9 e
na Tabela 10, é possível avaliar o impacto da iluminação no ambiente de ensino e
assim sugerir mudanças que podem ter resultados positivos no desempenho das
atividades escolares.
Os questionários realizaram-se com o auxílio dos professores que
aplicaram os questionários em suas salas e que também responderam às perguntas.
33
5. RESULTADOS
Neste capítulo serão expostos os dados obtidos no estudo e buscou-se a
comparação dos resultados com as normas ABNT NBR 13570 (1996), ABNT NBR
5410 (2004), ABNT NBR 5413 e com a NR-10 (2004) expondo quais elementos estão
em desacordo e quais estão de acordo com as mesmas.
5.1. Dados levantados
Com base no croqui 1 (Anexo 1) os ambientes da escola foram numerados
e denominado como A mais número do ambiente ao longo do texto.
Na escola Joaquim Leite Teixeira (EJLT) foram realizadas 4 (quatro) visitas,
sendo que na primeira e na segunda visitas deram-se em analisar os espaços físicos
e os equipamentos usados na escola.
Observando os equipamentos usados na escola obteve-se os dados da
Tabela 5.
Tabela 5: Equipamentos e aparelhos elétricos EJLT (Escola A).
Fonte: Autor
Na Tabela 5 é possível visualizar os aparelhos utilizados na escola e as
potencias nominais dos mesmos. Os equipamentos mais comuns são lâmpadas e
ventiladores que são mais utilizados nos ambientes de salas de aula onde existem
Lâmpadas tubulares
(40W)
Projetor (100W)
Computador Com
Impressora (300W)
Sistema de som (1200W)
Ventilador de parede
(100W)
Freezer (200W)
Bebedor industrial
(300W)
05-Biblioteca/sala de leitura
4 0 1 0 1 0 0
06 A 19-salas de aula
56 2 0 0 28 0 0
20-Cozinha 4 0 0 0 2 1 0
21-pátio coberto 8 0 0 1 0 0 1
04-secretaria 2 0 1 0 1 0 0
01-Diretoria 2 0 1 0 1 0 0
02-Sala de vídeo 2 1 0 0 1 0 0
03-Sala dos professores
2 1 0 0 1 0 0
22 e 23-WCs 4 0 0 0 0 0 0
24 a 26-Outros (corredores e
áreas externas) 18 0 0 0 0 0 0
34
mais alunos. Outros equipamentos como sistema de som, freezer, bebedor industrial
e computador (Ambiente A-04, A-05, A-20 e A-21 segundo Croqui 1), estes
equipamentos demandam tomadas de uso especifico pois tem maior corrente nominal
e necessitam dessas tomadas para que funcionem corretamente.
Depois de realizadas as medições foram obtidas as dimensões da Tabela
6 mostrada a seguir. Com base no croqui 2 os ambientes da escola foram numerados
e denominado como B mais número do ambiente ao longo do texto.
Tabela 6:ambientes, dimensões e áreas internas aproximadas da EJLT (Escola A).
Ambiente Quantidade (Un) Dimensões (m) Perímetro(m) Área (m²)
01-Diretoria 1 3,8x6,6 20,8 23,5
02-Sala de vídeo 1 3,8x6,6 20,8 23,5
03-Sala dos Professores
1 3,8x6,6 20,8 23,5
04-Secretaria 1 3,8x6,6 20,8 23,5
05-Biblioteca/Sala de Leitura
1 3,8x6,6 20,8 50,2
06 a 19-Salas de Aula 14 7,6x6,6 28,4 50,2
20-Cozinha 1 7,6x6,6 28,4 50,2
21-Pátio Coberto 1 25x9,4 68,8 235,0
22 e 23-WC’s 2 4,3x4,2 17,0 18,1
Fonte: autor
Os dados apresentados na Tabela 6 são dados importantes para o
dimensionamento das instalações elétricas.
Os ambientes da EJLT (Escola A) têm como padrão pé direito de 2,8 m
(dois virgula oito metros), as paredes têm cores azul e amarela ou branca, o teto nas
salas de aula, na cozinha e no pátio não possui forro, nos outros ambientes a cor
branca é padrão. O piso em todos os ambientes é cerâmico e de cor cinza. Estes são
fatos importantes para o projeto luminotécnico.
A ventilação dos ambientes fechados é feita de forma natural através de
janelas e artificial por ventiladores. A iluminação também é feita de forma natural e
artificial através de janelas e lâmpadas.
Na Escola Monsenhor José Alves (EMJA) também não foi disponibilizada
planta baixa, assim também foi necessária a elaboração de um croqui do local (Anexo
2). A exemplo da escola EJLT, a numeração dos ambientes foi descrita pela letra B
seguido do número segundo Croqui 2.
35
Tabela 7: ambientes, dimensões e áreas internas aproximadas da EMJA (Escola B).
Lâmpada
(40W) Projetor (100W)
Computador Com
Impressora (350W)
Caixa de som (600W)
Ventilador de parede
(100W)
Televisão (200W)
Bebedor industrial
(300W)
01-secretaria 2 0 1 0 1 0 0
02-diretoria 2 0 0 0 1 0 0
03-sala dos professores
2 0 0 0 1 0 0
04-cozinha 2 0 0 0 0 0 1
05 a 12-salas de aula
32 1 0 0 16 2 0
13 e 14-WCs 2 0 0 0 0 0 0
16-pátio coberto
5 0 0 1 0 0 0
17 a 21-Outros
12 0 0 0 0 0 0
Fonte: Autor
É possível observar que similar ao observado na Escola EJLT, o local
também possui alguns equipamentos que demandam tomadas de uso especifico
computador, caixa de som e bebedor industrial (Ambientes B-0, B-04 e B16 segundo
croqui 2), pois esses equipamentos demandam maior corrente para que tenham um
funcionamento correto. É possível observar que as lâmpadas e os ventiladores são os
equipamentos mais utilizados tendo maior uso nas salas de aula que são ambientes
onde existe a maior permanência de um número elevado de alunos.
Na Escola Monsenhor José Alves também se seguiu o mesmo
procedimento das visitas a escola Joaquim Leite Teixeira, verificando-se quais e
quantos ambientes a escola possuía e as suas dimensões internas para assim
verificar as exigências das normas em relação as instalações elétricas.
Para a escola EMJA foram obtidas as dimensões indicadas na Tabela 8.
Tabela 8: Ambientes e áreas aproximadas da EMJA (Escola B).
Ambientes Quantidade (Un) Dimensões(m) Perímetro (m) Área (m²)
01-secretaria 1 4,4x5,2 19,2 22,9
02-diretoria 1 4,4x5,2 19,2 22,9
03-sala dos
professores 1 4,4x5,2 19,2 22,9
04-cozinha 1 4,5x5,2 19,4 23,4
05 a 12-salas de
aula 8 5,4x8,2 27,2 44,3
36
13 e 14-WCs 2 4,0x3,2 14,4 12,8
16-pátio coberto 1 7,8x21,4 58,4 166,9
Fonte: Autor
Os ambientes têm como padrão pé direito de 2,8 m (dois virgula oito
metros), as paredes têm cor branca, o teto não possui forro. O piso em todos os
ambientes é cimento queimado.
A ventilação dos ambientes fechados é feita de forma natural através de
janelas e artificial por ventiladores (Tabela 7). A iluminação também é feita de forma
natural e artificial através de janelas e lâmpadas (Tabela 7)
5.2 Inspeção visual das instalações elétricas
Na terceira visita à escolas foi feita a inspeção visual (fotos do local para
elaboração de um relatório fotográfico) e fazendo as devidas comparações com as
normas que se referem a instalações elétricas.
5.2.1. Escola Joaquim Leite Teixeira
Na Figura 4 observa-se a fachada da EJLT.
Figura 4: Escola Joaquim Leite Teixeira (Escola A).
Fonte: autor (2018)
37
Na fachada é possível visualizar duas lâmpadas e o quadro de medição. A
escola recebe energia bifásica através de dois fios fase de 220V e um fio neutro, que
chegam na escola através do medidor da concessionária ENEL.
5.2.1.1. TUG
Na Figura 5 é possivel observar os equipamentos da secretaria localizada
em A-04 croqui anexo 1. Esses equipamentos dividem a mesma tomada alem de
dividirem o mesmo circuito que a iluminaçao e não possuem proteções ou
aterramento. O equipamento tambem faz uso de uma estenção de forma permanente.
Figura 5: Equipamentos da secretaria A-04.
Fonte: autor
A norma ABNT NBR 13570 (1996) afirma que todas as tomadas de corrente
(TUE e TUG) devem possuir terminal de aterramento. Como no local não foi
identificado qualquer tipo de aterramento, a possibilidade de acidentes por conta de
fugas de corrente ou curto circuito é maior.
38
Nenhum dos condutores obedecia a cor de isolação recomendada pela
norma, não existe nenhum padrão de cor na instalação sendo usadas diversas cores
para fase e neutro e em alguns casos a mesma para os dois tipos.
A Figura 6 mostra as instalações o freezer e o gela água da cozinha da
escola encontrada em A-20 no croqui anexo 1.
Figura 6: cozinha da escola Joaquim Leite Teixeira A-20.
Fonte: auto
Os condutores da cozinha estam expostos, caixas de passagem e
eletrodutos não são ultilizados, sendo que, a fixação dos condutores é atravez de
apoio em pregos. Tambem ha uso de extenções de forma permanente para os
equipamentos.
segundo a norma ABNT NBR 5410(2004) não é aconselhavel a ultilização
de estenções de forma permanete, o isolamento dos condutores deste local tambem
não segue o esquema de cores descrito pela norma ABNT NBR 5410 (2004) alem de
não serem utilizados eletrodutos ou fixados por abraçadeiras, assim ficando expostos
a danos fisicos de outras formas indicadas pela norma. No local tambem não existem,
aterramento e proteções adicionais indicadas pela norma.
Na Figura 7 é mostrado uma tomada, posicionada em uma das prateleiras
de livros da Biblioteca/Sala de leitura em A-05 croqui anexo 1.
39
Figura 7: Tomada da Biblioteca/Sala de leitura A-05.
Fonte: autor
A tomada é energizada através de um cabo multipolar, a mesma encontra-
se muito próximo a livros, que é um material de fácil combustão fator agravante por e
tratar de ambiente escolar onde o público é de faixa etária baixa. O condutor não está
dentro de nenhum eletroduto ou fixado a parede assemelhando-se a uma extensão.
O cabo não segue nenhum requisito pela norma ABNT NBR 5410 (2004)
para cabos unipolares sobre paredes. Como também não foram seguidos os
requisitos da mesma, em relação aos riscos físicos e de ruptura acidental, por tanto o
cabo encontra-se em desacordo.
5.2.1.2. Componentes da instalação
Na Figura 8 é mostrado o interruptor dos ventiladores da Sala de aula em
A-07 croqui anexo 1.
40
Figura 8: Interruptor dos ventiladores na Sala de aula A-07.
Fonte: autor
O interruptor na sala de aula está fixado na esquadria da janela, onde pode
sofrer esforços físicos com risco de rompimento, agravado pois os condutores não
estão em eletrodutos e tem isolamento de cor branca para ambos os tipos (neutro e
retorno). Levando à riscos no caso de manutenções além de riscos para os usuários.
A norma ABNT NBR 5410 (2004) permite que o esquema de
posicionamento dos condutores seja diferente dos indicados por ela, porem deve-se
cumprir os requisitos em relação aos riscos físicos, de ruptura acidental, de
capacidade de corrente do material dos condutores e de isolamento, o que não ocorre
no local já que os condutores estão expostos a riscos físicos que podem rompê-los
acidentalmente. O esquema de cores do isolamento dos condutores também não é
percebido no local. Trazendo diversos riscos aos usuários principalmente os de menor
faixa etária.
Quanto aos disjuntores da Figura 9 fazem parte de um dos quadros de
distribuição das salas de aula, eles se encontram no início dos corredores de salas na
parte externa da Sala de aula A-06 croqui anexo 1.
41
Figura 9: Quadro de disjuntores das salas de aula no exterior da sala A-06.
Fonte: autor
Não foi encontrado nenhum dispositivo ou esquema de proteção adicional
nos quadros além dos disjuntores. O quadro possui um espaço livre para ampliações
futuras e não possuem esquema de aterramento. O quadro está em local de fácil
acesso para qualquer tipo de pessoa.
O quadro de distribuição de energia das salas de aula foram os únicos
encontrados, mas não existe no local um quando geral de distribuição de energia com
as devidas proteções exigidas pelas normas ABNT NBR 5410 (2004) e pela NR-10
(2004) que é importante devido a serviços de manutenção ou alteração da instalação.
A norma ABNT NBR 5410 (2004) também indica que sejam previstos 2 (dois) espaços
no mínimo para futuras ampliações em quadros com até 6 (seis) circuitos efetivamente
equipados no quadro, entretanto nos quadros existe apenas 1 (um) espaço.
Os quadros não possuem sinalização, estão protegidos de intempéries
como indicado na norma ABNT NBR 5410 (2004), porem estão em local onde pessoas
com classificação BA3 ou inferior podem ter acesso, o que entra em desacordo com
a norma ABNT NBR 13570 (1996). O quadro também não conta com esquema de
aterramento e não possui disjuntor resídua, trazendo por isso vários riscos aos
usuários e aos equipamentos da instalação.
42
A Figura 10 mostra o interruptor dos ventiladores da sala de aula A-09
croqui anexo 1.
Figura 10: Interruptor dos ventiladores da Sala A-09.
Fonte: autor
Os condutores ligados ao interruptor tem isolamento de cor preta, com uma
emenda com outros condutores da cor branca que que fazem a ligação com os
ventiladores. Os condutores não estão presos a parede, estando enrolados no
madeiramento do telhado como forma de fixação.
A norma ABNT NBR 5410 (2004) determina que os condutores devem
seguir os parametros estabelecidos pelo item 4.1 no que diz respeito aos condutores.
No entanto nota-se que os cabos não estão protegidos de influencias fisicas, oque
leva a estrarem em desconformidade.
Os condutor de alimentação do ventilador da Biblioteca/ Sala de leitura A-
05 croqui anexo 1 é mostrado na Figura 11.
43
Figura 11: Ventilador da biblioteca/sala de leitura A-05.
Fonte: autor
O ventilador é alimentado atraves de um cabomutipolar. A fixação do cabo
é feita com fita crepe, material de facil combustão, no entanto, o cabo ainda exibe
partes não fixadas na parede.
A norma ABNT NBR 13570 (1996) determina que os cabos aparentes
fixados em paredes ou no teto devem estar em local onde o acesso a pessoas não
advertidas ou qualificadas não seja provavel no uso do local, respeitando altura
minima de 2,5 m do piso acabado.
Na Figura 11 é mostrado o roteador e a fiação localizados proximo a
secretaria mostrada em A-04 anexo 1. Observa-se que roteador é ligado a uma fiação
com varias conexões e derivações e que tambem dividem o mesmo circuito com uma
tomada. O isolamento dos condutores utilizados é, em parte, preto, porem a maioria
é braco independentemente da função do condutor (fase, neutro ou terra). Os
condutores tambem não estão fixados, sendo que, o condutor de alimentação da
tomada esta fixado nos componentes do telhado.
44
Figura 12: Instalação improvisada de forma irregular para roteador.
Fonte: autor
Os condutores não seguem o esquema de cores indicado pela norma
ABNT NBR 5410 (2004), nem nos esquemas previstos de disposição dos condutores
por falta de fixação e de eletrodutos, o que pode expor os mesmos a esforços fisicos
com riscos de incendio e de choques eletricos.
O pátio mostrado em A-21 croqui anexo 1 conta com um sistema de som
mostrado na Figura 13.
Figura 13: Pátio coberto A-21.
Fonte: autor
O circuito de iluminação do patio tambem é utilizado para a alimentação
das tomadas e iluminação da cozinha, ambos não possuem nenhum tipo de proteção.
45
A norma ABNT NBR 5410 (2004) recomenda que a iluminação tenha um circuito
separado dos demais circuitos, o que não ocorre no local.
Na Figura 14 são mostradas as conexões do sistema de som do patio A-21
croqui anexo 1.
Figura 14: Condutores do sistema de som do pátio A-21.
Fonte: autor
A alimentação do sistema de som é feira atraves de uma tomada que não
esta fixada corretamente, não possui caixa ou tampa, aparentando ser uma especie
de estenção artezanal ligada no circuito de iluminação.
A norma ABNT NBR 5410 (2004) estabelece que o circuito de iluminação
deve ser separado do demais circuitos. O circuito não possui proteções ou
aterramento como indica o item 6.3.4.3 da norma ABNT NBR 5410 (2004).
A NR-10 obriga a instalação de DR, para proteção das pessoas que tem
contato com a instalação, no entanto observam-se a apenas disjuntores
termomagnéticos que protegem os condutores de sobretensões, mas não protegem
os usuarios de fugas de corrente além da falta de aterramento e outros componentes
de proteção. Sem essas proteções os usuários da instalação correm o risco de
acidentes como choques ou risco de vida, pois, se tiverem contato com partes
energizadas da instalação a alimentação do sistema não é interrompida.
5.2.1.3. Iluminação
46
Na Figura 15 é possivel observar a iluminação da sala de aula A-12 croqui
anexo 1, esse padrão de iluminação se repete em todas as salas.
Figura 15: Iluminação da sala de aula A-12.
Fonte: autor
Algumas salas, como a da Figura 15 tem sua iluminação comprometida
devido as lampadas queimadas ou ausencia das mesmas. Esse fato remete a falta de
manutenção da iluminação das salas, podendo comprometer o confortovizual e o
desempenho dos alunos.
A iluminação da biblioteca/sala de leitura localizada em A-05 croqui anexo
1 é mostrada na Figura 16.
Figura 16: Biblioteca/sala de leitura A-05.
Fonte: autor
47
Em aspectos fisicos a iluminação da biblioteca/sala de leitura encontra-se
em boas condições, estando bem fixada no forro sem possibilidade de rotação ou
outros esforços fisicos como indicado na norma ABNT NBR 5410 (2004).
A iluminação desse local atende aos quesitos da norma no que diz respeito
a parte física, isso também ocorre na secretaria, sala dos professores e na diretoria.
Na Figura 17 é mostrada a lâmpada que faz a iluminação do banheiro
masculino A-22 croqui anexo 1.
Figura 17: Iluminação do banheiro EJLT A-22.
Fonte: autor
A iluminação dos boxes é dividida com a da área comum do banheiro e a
lâmpada não possui fixação estando suspensa apenas pelos condutores forçando as
conexões. De acordo com a ABNT NBR 5410 (2004) a iluminação deve possuir uma
sustentação firme e que os esforços não recaiam sobre os condutores como ocorre
nesse caso.
Para análise da iluminância considerou-se no ambiente das salas de aula
e Biblioteca idade média inferior a 40 anos velocidade e precisão importantes e
refletância do fundo entre 30% e 70% e pé direito de 2,8m.
Na escola visitada, a iluminação das salas de aulas bibliotecas e de todas
as áreas, com exceção dos banheiros é feita com lâmpadas fluorescentes tubulares
de 40W disposta em duas fileiras distanciadas com 2,5m da linha de centro das
luminárias.
48
Utilizando a ferramenta de cálculo luminotécnico obteve-se os resultados
mostrados na Tabela 9 para a Escola Joaquim Leite Teixeira.
Tabela 9: Tabela de lúmens gerada a partir dos números obtidos da EJLT (Escola A).
Ambiente Quantidade lâmpadas por
ambiente
Necessário
(Lúmens)
Fornecido
(Lúmens)
05-Biblioteca/sala de leitura 4 28686 6720
06 A 19-salas de aula 4 28686 6720
20-Cozinha 2 24223 6720
21-pátio coberto 8 19397 13440
04-secretaria 2 10658 3360
01-Diretoria 2 10658 3360
02-Sala de vídeo 2 10658 3360
03-Sala dos professores 2 10658 3360
22 e 23-WCs 1 6665 1520
Fonte: Autor
Os dados da estimativa de lumens fornecidos são menores que os
necessários nos ambientes, variando de 33% a 25% do necessário. Sendo mais
evidente o problema em salas de aula onde a iluminação afeta diretamente o conforto
visual dos alunos e seu rendimento nas aulas.
5.2.2. Escola Monsenhor José Alves
A escola funciona apenas durante o dia, mas como as salas são fechadas
e não possuem janela, tendo apenas pequenas aberturas nas paredes (cobogós) para
ventilação e iluminação natural, a iluminação e climatização artificial se faz necessária
no local.
49
Figura 18: Escola monsenhor José Alves (Escola B)
Fonte: autor (2018)
A escola recebe energia bifásica através de dois fios fase de 220V e um fio
neutro, que chegam na escola através do quadro de medição da concessionária
ENEL.
5.2.2.1 TUG
Na Figura 19 observa-se os equipamentos e instalações da secretaria
mostrada em B-01 croqui anexo 2.
50
Figura 19: computador e ventilador da secretaria B-01.
Fonte: autor
Os condutores que alimentam o ventilador possuem isolamento vermelho,
estando fora de eletrodutos. Observa-se que os condutores saem da caixa da tomada
que alimenta os equipamentos. Os equipamentos, o ventilador e a iluminação dividem
o mesmo circuito.
Os condutores que saem da caixa da tomada estão sujeitos a danos físicos
devido a forma indevida que foram alocados, a norma ABNT NBR 5410 (2004) diz que
os condutores devem ser protegidos de danos físicos que possam rompê-los ou
romper seu isolamento. Também são descumpridas as orientações da norma sobre
separação de circuitos e sobre o esquema de cores dos condutores.
A instalação não possuía nenhum DR, ou qualquer método de proteção
adicional como recomendado nas normas ABNT NBR 5410 (2004), o que traz vários
riscos de incêndio sobrecarga e choques elétricos no local.
O interruptor da iluminação do banheiro masculino, localizado em B-14
croqui anexo 2, é mostrado na Figura 20.
51
Figura 20: interruptor da iluminação do banheiro B-14.
Fonte: autor
Um dos condutores do interruptor está deslocado para fora da caixa que
também não possui tampa, evidenciando a falta de manutenção.
A norma ABNT NBR 5410 (2004) exige que caixas de interruptores e
tomadas sejam fechadas com as devidas tampas, além de não permitir que
condutores fiquem expostos de forma que os usuários não habilitados tenham contato
com as partes vivas.
A ausencia de espelho nas caixas dos interruptores deixa os fios da sala
expostos e traz riscos de choque eletrico aos usuarios do ambiente, oque contradiz
ao prescritos na NR-10.
A Figura 21 mostra uma tomada e interruptor da Sala de aula B-05 croqui
anexo 2.
Figura 21: Tomada na sala sem aterramento B-15.
Fonte: autor
52
A tomada só possui capacidade para instalação dos fios fase e neutro
deixando o condutor de proteção sem suporte.
A norma ABNT NBR 5410 (2004) exige instalação de condutor de
proteção nas tomadas de corrente o que não é possível devido ao suporte apenas
para dois fios.
5.2.2.2 Componentes da instalação
A seguir na Figura 22 é mostrado o quadro de medição da escola
localizado em B-20 croqui anexo 2.
Figura 22: Quadro de medição da empresa de distribuição B-20.
Fonte: autor
Na instituição não foi localisado nenhum quadro de distribuição, sendo que
o QM era a única forma de ligar e desligar a energia eletrica das instalações. A
instalação não possui dijuntores ou qualquer outro equipamento de proteção para as
instalações ou para os usuarios.
Sem o quadro de distribuição a divisão de circuitos e a proteção das
intalaçõe deixa de seguir o padrão da norma ABNT NBR 5410 (2004) alem de dificultar
a instalação de esquemas de proteção. Isso aumenta consideravelmente a chace de
ocorrer varios tipos de acidente envolvendo as instalações e usuario, como choques
eletricos que podem ser fatais e insendios.
53
Na Figura 23 é mostrada a instalação do ventilador da sala de aula B-08
croqui anexo 2.
.
Figura 23: Ventilador de uma Sala de aula B-08.
Fonte: autor
Os condutores estão livres sobre a parede numa altura menor que a
recomendada pela norma ABNR NBR 5410 (2004), não seguindo também o esquema
de cores e o esquema de disposição dos condutores da tabela 33 da norma. Não
existe no local aterramento ou proteções adicionais. Trazendo vários riscos de
choques elétricos e incêndio, tendo como agravante a faixa etária dos usuários.
A Figura 24 mostra instalações do pátio da escola mostrado em B-15 croqui
anexo 2.
54
Figura 24: Ligações dos circuitos de lâmpadas e tomadas do pátio B-15.
Fonte: autor
Os condutores saem de um eletroduto estando localizados a baixo de um
cano de água, observa-se que nesse ponto existem derivações e emendas sem uso
de caixas de passagem. Observa-se também que os condutores se conectam a outros
de cor de isolamento diferente.
A norma ABNT NBR 5410 (2004) proíbe a passagem de condutores em
baixo de instalações de água, exceto nos casos onde forem providenciadas as
devidas proteções. No local também não é seguido o esquema de cores descrito pela
norma.
A Figura 24 mostra a fiação que alimenta as instalações da diretoria
mostrada em B-02 croqui anexo 2, sala dos professores e da secretaria.
55
Figura 25: Fiação que alimenta as instalações da diretoria, sala dos professores e da secretaria B-12.
Fonte: autor
O isolamento dos condutores usa as cores azul e vermelha
independentemente da função (fase ou neutro). Alguns condutores estão dentro de
eletrodutos porem outros que passam para outro ambiente através de um buraco na
parede.
As instalações do local não seguem o esquema de cores de isolamento dos
condutores indicado pela norma ABNT NBR 5410 (2004), também não foram levados
em conta as indicações sobre travessia de paredes, pois os condutores fazem essa
travessia de forma irregular. Entretanto os condutores que estão dentro dos eletroduto
estão instalados de forma correta obedecendo os limites estabelecido pela norma.
5.2.2.3. Iluminação
A iluminação banheiro masculino mostrado em B-14 croqui anexo, 2 é
mostrado na Figura 26. A iluminação do banheiro não possue uma lampada, os
condutores que alimentão a iluminação não estão fixados ou dentro de eletrodutos. O
local tbm não possu tomas.
56
Figura 26: iluminação do banheiro Masculino B-14.
Fonte: autor
Sem lampadas no local não se cumprem os prescritos pelas normas ABNT
NBR 5410 no que se refere a iluminação. A norma tambem preve no mnimo um ponto
de tomada para banheiros, o que não é cumprido no local.
A Figura 27 mostra a iluminação da Sala B-11 croqui anexo 2.
Figura 27:iluminação da Sala B-11.
Fonte: autor
A iluminação do local está bem fixada todas as lâmpadas funcionam e
estão protegidas, porem utiliza-se o mesmo circuito das tomadas.
57
O local obedece a todos os aspectos físicos requeridos pela norma da
ABNT NBR 5410 (2004) exceto no que se refere a separação de circuitos.
Para análise da iluminância considerou-se no ambiente das salas de aula
e Biblioteca idade média inferior a 40 anos velocidade e precisão importantes e
refletância do fundo entre 30% e 70% e pé direito de 2,8m.
Na escola visitada a iluminação das salas de aulas bibliotecas e de todas
as áreas com exceção dos banheiros é feita com lâmpadas fluorescentes tubulares
de 40W disposta em duas fileiras distanciadas com 2,5m da linha de centro das
luminárias.
Na Tabela 10 mostra os resultados obtidos da escola Monsenhor José
Alves.
Tabela 10: Tabela de lúmens gerada a partir dos números obtidos da EMJA (Escola B).
Ambiente Quantidade lâmpadas por
ambiente
Necessária
(Lúmens)
Fornecida
(Lúmens)
Salas de aula 4 23248 6720
Cozinha 2 10370 3360
Pátio coberto 5 12651 3360
Secretaria 2 13353 3360
Diretoria 2 13353 3360
Sala dos professores 2 13353 3360
Wc’s 1 7464 1520
Fonte: autor
E possível perceber na Tabela 10 índices críticos na iluminação que em
nenhum ambiente corresponde ao necessário proposto, tendo maior influência em
ambientes de sala de aula que afetam diretamente no aprendizado e conforto dos
alunos.
A partir do resultado obtido na Tabela 9 e na Tabela 10 é possível fazer
uma comparação entre a luminância necessária e a estimada existente em cada
ambiente. Tendo em vista esses resultados é possível perceber que a iluminação da
Escola A e B se assemelham no que se refere ao não atendimento da necessidade
dos alunos sendo que na Escola B a diferença da iluminância necessária e da
fornecida menor que na Escola A.
5.3 Percepção dos usuários quanto a qualidade das instalações
58
A quarta visita buscou informações por parte dos usuários dos
ambientastes das instituições, questionando sobre a qualidade das instalações.
Nas Figuras 29 e 30 estão expostos os resultados da pesquisa realizada
com alunos e funcionários das escolas.
Dos participantes, 37% indicaram que as lâmpadas sempre queimam, 4%
que as vezes queimam, 58% que raramente isso acontece e 0% que sempre ocorre a
queima de lâmpadas.
Tabela 11: frequência que as lâmpadas das salas de aula param de funcionar
1- Com qual frequência as lâmpadas das salas de aula param de funcionar?
a) Sempre 266 37%
b) Às vezes 31 4%
c) Raramente 415 58%
d) Nunca 0 0%
Fonte: Autor
Figura 28: Comparação da frequência que as lâmpadas das salas de aula param de funcionar nas escolas.
Fonte: Autor
Na Figura 28 é possível observar que na Escola A existe maior frequência
de lâmpadas queimadas que na Escola B, mesmo assim a predominância ainda é dos
que responderam que as lâmpadas raramente queimam. Assim os alunos da Escola
A tem possibilidade de ocorrer em maiores problemas de percepção e visuais em
relação a Escola B.
44%
5%
51%
0%
A-1
a
b
c
d
28%
3%69%
0%
B-1
a
b
c
d
59
Quanto a frequência da falta de energia em toda a escola, 60% dos
participantes responderam que as vezes falta e 40 % que raramente falta.
Tabela 12: Frequência que costuma faltar energia na escola.
2- Com qual frequência costuma faltar energia na escola?
a) Sempre 0 0%
b) Às vezes 282 40%
c) Raramente 430 60%
d) Nunca 0 0%
Fonte: Autor
Figura 29: Comparação da frequência que costuma faltar energia nas escolas.
Fonte: Autor
Como observado na Figura 29, no Questionário da Escola B a diferença
entre os participantes que responderam entre raramente e as vezes é maior, sendo
ainda maior o número de participantes que responderam raramente. Percebendo-se
assim que os alunos da Escola A sofrem mais com a falta de energia que os da Escola
B tendo maior prejuízo com a suspensão de aulas. Dos participantes, 100%
responderam que raramente falta energia individualmente nas salas.
Tabela 13: frequência que costuma faltar energia nas salas
3- Com qual frequência costuma faltar energia nas salas individualmente?
a) Sempre 0 0%
0%
46%
54%
0%
A-2
a
b
c
d
0%
29%
71%
0%
B-2
a
b
c
d
60
b) Às vezes 0 0%
c) Raramente 712 100%
d) Nunca 0 0%
Fonte: Autor
Figura 30: Comparação na frequência que costuma faltar energia nas salas nas duas escolas.
Fonte: Autor
Na Figura 30, observa-se que em ambas as escolas, a frequência de falta
energia, individualmente nas salas, é a mesmas apesar das diferenças físicas e
estruturais das escolas A e B.
Aparentemente esse dado seria positivo, mas por outro lado, revela-se
como um dado negativo quando levado em conta que no caso de manutenção de
outros ambientes além das salas de aula é necessário o desligamento do
fornecimento de energia da escola inteira pois existem apenas disjuntores nas salas
de aula na Escola A e para a Escola B não podem ser desligadas individualmente.
Dos participantes 81% responderam que os aparelhos elétricos sempre
deixam de ser usados por conta de problemas com tomadas, 16% que raramente e
3% responderam que nunca deixam de ser usados.
Tabela 14: frequência que aparelhos elétricos deixam de ser usados
4- Com qual frequência aparelhos elétricos deixam de ser usados por conta de
problemas com tomadas que não funcionam?
a) Sempre 579 81%
b) Às vezes 0 0%
0%0%
100%
0%
A-3
a
b
c
d
0%0%
100%
0%
B-3
a
b
c
d
61
c) Raramente 111 16%
d) Nunca 22 3%
Fonte: Autor
Figura 31: Comparação da frequência que aparelhos elétricos deixam de ser usados
Fonte: Autor
Apesar que em ambas as escolas a maioria respondeu que sempre
aparelhos deixam de ser usados por conta de problemas nas tomadas, na Figura 31
é visível que na Escola A é maior o número de participantes que responderam que
sempre se deixa de usar esses aparelhos. Assim é possível perceber que na Escola
A as manutenções das tomadas são menos frequentes que na Escola B ou que existe
um maior desgaste dessas tomadas. Por conta disso os alunos têm sua interação em
sala de aula reduzida com prejuízos no aprendizado.
Dos participantes, 33% responderam que sempre é necessário o uso de
extensões, 27% respondeu que as vezes é necessário, 37% respondeu que
raramente e 3% que nunca é necessário.
Tabela 15: qual frequência que aparelhos elétricos necessitam de extensões
5- Com qual frequência aparelhos elétricos necessitam de extensões para
serrem utilizados nas aulas por conta do número de tomadas?
a) Sempre 236 33%
b) Às vezes 189 27%
c) Raramente 265 37%
97%
0%0%3%
A-4
a
b
c
d58%
0%
39%
3%
B-4
a
b
c
d
62
d) Nunca 22 3%
Fonte: Autor
Figura 32: qual frequência que aparelhos elétricos necessitam de extensões
Fonte: Autor
Na Figura 32 observa-se que na Escola A, a frequência de uso de
extensões é maior evidenciando um possível erro de dimensionamento no número de
tomadas. Isso pode fazer com que as tomadas sejam sobrecarregadas e
posteriormente a instalação danificada.
Com relação a qualidade da iluminação das salas de aula, 19% dos
participantes classificaram como boa, 43% como regular, e 38% dos participantes
classificaram a iluminação como ruim.
Tabela 16: iluminação da sala de aula
6- Como você qualifica a iluminação da sala de aula?
a) Excelente 0 0%
b) boa 132 19%
c) regular 308 43%
d) ruim 272 38%
Fonte: Autor
45%
0%
51%
4%
A-5
a
b
c
d
15%
67%
16%
2%
B-5
a
b
c
d
63
Figura 33: iluminação da sala de aula
Fonte: Autor
Na Escola A, a avaliação da iluminação prevaleceu em ruim e regular
enquanto na escola B, a maioria dos participantes classificou a iluminação como boa,
como observado na Figura 33, o que pode ser atribuído ao menor tamanho das salas
e cor mais clara das paredes da Escola B. Que faz com que o ambiente seja mais
iluminado e os alunos tenham mais conforto visual na Escola B e menor na Escola A.
No quesito de iluminação do quadro, 4% qualificaram a iluminação como
excelente, 16% como boa, 37% como regular e 43% classificam como ruim.
Tabela 17: iluminação do quadro
7- Como você qualifica a iluminação do quadro?
a) excelente 27 4%
b) boa 111 16%
c) regular 265 37%
d) ruim 309 43%
Fonte: Autor
0% 3%
52%
45%
A-6
a
b
c
d
0%
42%
30%
28%
B-6
a
b
c
d
64
Figura 34: iluminação do quadro
Fonte: Autor
Na Figura 34 o padrão é semelhante ao observado na Figura 33, sendo
possível atribuir as mesmas causas das diferenças nas respostas dos participantes.
Com um quadro mal iluminado os alunos tem mais dificuldade em observar o que é
escrito nele e podem sentir mais desconforto.
Dos participantes, 3% classificam a iluminação geral como excelente, 16%
como boa e 81% classificam a iluminação como regular.
Tabela 18: Qualificação da iluminação da escola de forma geral.
8- Como você qualifica a iluminação da escola de forma geral?
a) Excelente 22 3%
b) boa 111 16%
c) regular 579 81%
d) ruim 0 0%
Fonte: Autor
4%
0%
44%52%
A-7
a
b
c
d
3%
39%
28%
30%
B-7
a
b
c
d
65
Figura 35: Comparação da qualificação da iluminação da escola de forma geral.
Fonte: Autor
Na Figura 35 é possível observar que na Escola A, a maioria dos
participantes classificou a iluminação da escola como regular e uma pequena parcela
como excelente, enquanto na Escola B muitos classificaram a iluminação como boa,
mesmo a maioria também classificando como regular. Essa diferença pode ser
atribuída ao aspecto físico da escola B que tem cores mais claras e um amplo espaço
aberto que permite maior entrada de iluminação natural.
Dos participantes, 96% consideram que a iluminação influencia na
produtividade na sala de aula e 4% responderam que não sabem.
Tabela 19: influência na sua produtividade na sala de aula
9- A iluminação influencia na sua produtividade na sala de aula?
a) Sim 685 96%
b) não 0 0%
c) não sei 27 4%
Fonte: Autor
4%
0%
96%
0%
A-8
a
b
c
d
2%
39%
59%
0%
B-8
a
b
c
d
66
Figura 36: influência na sua produtividade na sala de aula.
Fonte: Autor
Quanto a importância da iluminação os participantes das duas escolas em
sua maioria responderam que a iluminação influência em sua produtividade como
mostrado na Figura 36. Usuários do ambiente conscientes da importância da
iluminação é um ponto positivo pois assim não é preciso um trabalho de
conscientização e o foco pode ser centralizado nas instalações
É possível observar que desconformidades interligadas a erros de
dimensionamento são mais comuns, seguidos da falta de manutenção, também se
observa que as manutenções possivelmente não foram aplicadas por pessoas
qualificadas e conhecedoras das normas devido a variação na disposição das
instalações, algumas em parte seguindo critério da norma e outras em total
desacordo.
6. CONCLUSÃO
Neste capítulo foram relacionadas as desconformidades encontradas, com
as respostas do questionário e a análise da iluminação, em seguida foram abordadas
as consequências geradas no rendimento dos a alunos e a partir dessas informações
sugeriu-se propostas de intervenções.
6.1 Relacionando dados
96%
0%
4%
0%
A-9
a
b
c
d
97%
0%
3%
0%
B-9
a
b
c
d
67
Relacionando as desconformidades das instalações, com as respostas do
questionário e com a análise da iluminação pode-se observar que:
A pesar da frequência que as lâmpadas queimam não ser muito elevada,
um agravante é a falta de manutenção, onde essas lâmpadas deveriam ser
substituídas.
Observou-se que a ocorrência de falta de energia na escola é maior do que
a individual nas salas, o que evidencia a necessidade de divisão de circuito separando
as salas dos demais circuitos para que manutenções não afetem as salas.
Problemas de dimensionamento ficam bem evidentes quando observado
que, a maioria dos ambientes conta com poucos pontos de tomadas, tendo como
agravante que muitas dessas tomadas não funcionam. Isso evidencia a
consequências do uso prolongado e contínuo de extensões aumentando o número de
equipamentos usados numa tomada que foi projetada apenas para um equipamento.
A baixa quantidade de tomadas nas salas dificulta o uso de equipamentos
didáticos e aumenta a necessidade de utilização de extensões elétricas, o que faz
com que seja utilizado uma potência maior do que a dimensionada para a tomada,
devido ao número de equipamentos ligados ao mesmo tempo.
Outros problemas de dimensionamento são evidentes no dimensionamento
da iluminação, sendo esses perceptíveis a partir da análise das estimativas
luminotécnicas apresentadas dos ambientes.
Os problemas encontrados, em geral, fazem com que, se perceba que além
dos problemas decorrentes, da faze de projeto e de execução ocorram também, em
grande parte, problemas devido à falta de manutenção ou por conta de manutenções
feitas por profissionais desqualificados.
6.2 Consequências no rendimento
Os problemas apresentados tornam os ambientes pouco seguros para os
funcionários e alunos, porem também trazem consequências ao rendimento de suas
atividades. Isso pode ser observado uma vez que a utilização de equipamentos
elétricos como forma de melhorar a experiencia didática dos alunos é afetada por
problemas em tomadas ou pela danificação de equipamentos devido a utilização de
vários ao mesmo tempo numa tomada através de extensões.
68
Assim a experiencia dos alunos é reduzida devido a limitação na utilização
de meios elétricos. Porem mesmo atividades quem não utilizem esses meios são
comprometidas, por exemplo a leitura, isso ocorre devido a deficiência na iluminação,
que é menor que a estabelecida pela norma ABNT NBR 5413 (1992), mas ainda tem
como agravante a falta de manutenção que faz com que a iluminação seja ainda mais
prejudicada.
Outros aspectos como a necessidade de desligamento da energia de toda
a escola para a manutenção ou que problemas de energia em qualquer parte da
escola afetam toda a instalação devido à falta ou mínima distribuição de circuitos,
criam um agravante que faz com que toda a escola seja afetada por interrupções de
fornecimento de energia, refletindo no desempenho de alunos, pois torna o ambiente
desconfortável devido a utilização de ventilação e iluminação artificial, além de
possível interrupção de experiencias didáticas utilizando-se equipamentos elétricos.
6.3 Sugestões de correção e considerações finais
Para corrigir as desconformidades citadas anteriormente, a elaboração de
um novo projeto elétrico para ambas as escolas seguindo as normas ABNT NBR 5410
(2004), ABNT NBR 13570 (1996) e NR-10 (2004) é necessário, pois assim, seria
possível adicionar as proteções necessárias que estão em falta na instalação e a
adição do quadro geral de distribuição que também não foi utilizado na instalação das
escolas. Outro fator importante é a correção da iluminação seguindo a norma ABNT
NBR 5413 (1992), assim as salas de aula e ambientes de leitura que tem impacto
direto na aprendizagem dos alunos proporcionariam melhor visibilidade, com ênfase
na eficiência para que a luminância se adeque as atividades sem extrapolar no
consumo de energia necessário. Medidas simples como a substituição das lâmpadas
por lâmpadas de LED já trariam grade melhora na iluminação sem grandes impactos
no consumo de energia elétrica.
Com a correção de desconformidades nas instalações o número de
manutenções diminuirá, fazendo com que não seja necessárias suspenções de aulas
constantes principalmente na escola Joaquim Leite Teixeira onde as aulas também
ocorrem durante a noite e a iluminação artificial é essencial para a realização das
atividades no local. Com a separação dos circuitos as manutenções podem ser mais
69
pontuais sem a necessidade de interromper o fornecimento de energia de toda a
escola.
Sendo feitas as adequações necessárias nos ambientes, tanto os alunos
quanto os funcionários terão melhor produtividade, o que terá reflexo no desempenho
escolar dos alunos, melhorando a qualidade do ensino e aprendizagem, trazendo
benefícios a comunidade como um todo e segurança para quem utiliza as instalações
do local.
REFERÊNCIAS
Associação Brasileira de Normas técnicas. NBR 13570: instalações elétricas em ambientes de afluência público. Rio de Janeiro. 1996. Associação Brasileira de Normas técnicas. NBR 5410: Instalações elétricas de baixa tensão. Rio de Janeiro. 2004 Associação Brasileira de Normas técnicas. NBR 5413: Iluminação de interiores. Rio de Janeiro. 1992 Alvarez, A. L. M. Saidel, M. A. Uso racional e eficiente de energia elétrica: metodologia para a determinação dos potenciais de conservação dos usos finais em instalações de ensino e similares. 2001. Dissertação (mestrado em sistemas de potência) – Universidade de São Paulo. São Paulo, SP. 2001. ANEEL. BIG – Banco de Informações de Geração. Disponível em: <http://www2.aneel.gov.br/aplicacoes/capacidadebrasil/capacidadebrasil.cfm> Acesso em: 27 jan. 2019. ANEEL. BIG – O que são Bandeiras Tarifárias. Disponível em: <encurtador.com.br/xLPQ7> Acesso em: 28 jan. 2019. Azevedo, E. N. Steyer, F. A. O uso da tecnologia no ensino e aprendizagem da leitura. Os desafios da escola pública paranaense na perspectiva do professor PDE, Paraná. 2014. Disponível em: <http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1684> Acesso em: 19 jan. 2019. Bertolotti, D. Iluminação natural em projetos de escolas: uma proposta de metodologia para melhor. 2007. 144 f. Dissertação (Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade de São Paulo. São Paulo, SP. 2007. Bessa, L. C. S. Dimensionamento de instalações elétricas. 2012. 34 f. Dissertação (especialização em engenharia eletrotécnica e de computadores) – Faculdade de engenharia da universidade do porto. Porto, Portugal. 2012. BRASIL. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Diário Oficial da União, Brasília, DF. Seção 3, p. 3-4. v. 1, n. 1, 21 jun. 1993. CARVALHO, N. J. C. C. Manual de iluminação. PROCEL-EPP. Agot. 2011. Disponivel em: <http://www.mme.gov.br/documents/10584/1985241/MANUAL+DE+ILUMINACAO+-+PROCEL_EPP+-AGOSTO+2011.pdf/d42d2f36-0b90-4fe0-805f-54b862c9692c;jsessionid=A7AE9AD7FFE410D97E371853D50763B0.srv154>
'
Acesso em 20 de abril de 2019 Castro, A. R. et al. Avaliação de instalações elétricas em escolas públicas da cidade de João pessoa. Centro de Tecnologia/ Departamento de Engenharia de Produção Mecânica/ Probex. João Pessoa. 2007. Disponivel em: <http://www.prac.ufpb.br/anais/xenex_xienid/x_enex/ANAIS/Area8/8CCADCFSOUT01.pdf> Acesso em: 2 fev. 2019. Cavalin, G. Cervelin, S. Instalações Elétricas Prediais – Ed 20ªEdição. São Paulo: Editora Érica, 2014. Cavalin, G. Cervelin, S. Instalações Elétricas Prediais – Ed 23. São Paulo: Editora Érica, 2017. Cotrim, Ademaro Alberto Machado Bittencourt. Instalações Elétricas – 5a Edição. São Paulo: Editora Pearson, 2008. Acesso: Biblioteca virtual universitária. Creder, H. Instalações Elétricas. Ed 15. Rio de Janeiro: Editora LTC, 2013. Creder, H. instalações elétricas. Ed 16. Rio de Janeiro: Editora LTC, 2016. Décio. Cidadeled: Cálculo Luminotécnico Online. Version 4.0. Http://blog.cidadeled.com. 2015. Disponível em: <http://blog.cidadeled.com/2014/02/calculo-luminotecnico-online.html>. Acesso em: 24 abr. 2018. Elali, G. A. Estudos de Psicologia. O ambiente da escola – o ambiente na escola: uma discussão sobre a relação escola–natureza em educação infantil. Rio Grande do Norte. v.8, n.2, p. 309-319. 2003. Grimoni, E. Segurança e eficiência energética nas instalações elétricas prediais: um modelo de avaliação. 2010. 98 f. Dissertação (mestrado em Energia) – Universidade de São Paulo, SP. 2010. Guimarães, A. A. et al. Manual técnico de arquitetura e engenharia de orientação para elaboração de projetos de construção de centros de educação infantil. 87 f. Brasilia. 2009. Ministério da Educação. Fundo de Desenvolvimento da Escola – FNDE. 50 f. Diretoria de Programas Especiais Fundescola. Manual para adequação de prédios escolares. Brasília. 2006. Gusmão, J. R. L. Planejamento na contratação de obras públicas: estudo das disposições legais sobre projeto básico, licenciamento ambiental, definição dos custos e fonte dos recursos no processo de contratação de empreendimentos públicos. 2008. 69 f. Dissertação (especialização em Gerenciamento de obras) – Universidade Federal da Bahia. Salvador, BA. 2008. Heliodoro, J. C. A. et al. Análise da iluminância no ambiente de trabalho. Revista ciências do trabalho - nº 7 abril de 2017. Disponivel em: <https://www.researchgate.net/publication/326040298_Analise_de_iluminancia_no_ambiente_de_trabalho> acesso em: 07 jan. 2019.
'
Heliodoro, J. C. A. Zaruma, D.G. Pupo, C. H. Fener, P. T. Análise da Iluminância no Ambiente de Trabalho. Revista Ciências do Trabalho Nº 7. P. 109-119, 04/2017. Instituto nacional de eficiência energética - INEE. Disponível em: <http://www.inee.org.br/eficiencia_o_que_eh.asp?Cat=eficiencia#o_que_eh>, Acesso em: 17 jan. 2019. KELMAN, D. M. P. et al. Energia no Brasil e no mundo. Atlas de energia elétrica do Brasil. v. 3° edição, 2008. Miranda, P. V. Pereira, A. R. Rissetti, G. A influência do ambiente escolar no processo de aprendizagem de escolas técnicas. Escola e professor(a): identidades em risco. Santa Cruz do Sul, v. 6, n. 2, abril, 2016. Disponível em: <https://online.unisc.br/acadnet/anais/index.php/sepedu/article/download/14918/3649> Acesso em: 15 nov. 2018. NORMA REGULAMENTADORA 10 - segurança em instalações e serviços em eletricidade. Rio de janeiro. 2004. Paim, A. R. et al. Consumo de Energia Elétrica e Impactos Ambientais. Cadernos do CEOM. Chapecó – SC, 12/2009. Disponível em: <https://bell.unochapeco.edu.br/revistas/index.php/rcc/article/view/558> Acesso em: 21 dez. 2018. Queiroz, R. et al. (2013). Geração de energia elétrica através da energia hidráulica e seus impactos ambientais. Revista Eletrônica em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental. Rohrer, C. V. Oliveira, C. A. A. A utilização dos recursos audiovisuais em sala de aula. Revista da universidade de Ibirapuera, São Paulo, n. 14, p. 46-50, Jul/Dez 2017. Disponível em: <http://www.seer.unib.br/index.php/rev/article/viewFile/118/14> Acesso em: 09 jan 2019. Silva, C. F. Análise de falhas em projetos de construção civil. 2015. 11 f. Dissertação (mestrado em Gestão de projetos em construção e montagem) – instituto de educação tecnológica. Belo Horizonte, MG. 2015. Simabukulo, L. A. N. et al. Energia, industrialização e modernidade – história social. 2006. Disponível em: <https://pt.scribd.com/document/165892035/Energia-industrializacao-e-modernidade-historia-social-pdf# > acesso em: 28 dez. 2018. Souza, A. Silva, C. L. Kruguer, E. L. Guerra, J. C. C. Gestão Da Eficiência Energética Em Edificações Das Instituições Públicas De Ensino: Um Estudo Aplicado Ao Sistema De Iluminação Da UTFPR Sob Ótica Técnica E Econômica. Revista de gestão social e ambiental. São Paulo p. 190-209, 01/2012.
'
ANEXO 1:CROQUI DA EJLT (ESCOLA A)
SALA DE
AULA
SALA DE
AULA
SALA DE
AULA
SALA DE
AULA
SALA DE
AULA
BIBLIOTECA
SALA DE
AULA
SALA DE
AULA
SALA DE
AULA
SALA DE
AULA
SALA DE
AULA
SALA DE
AULA
SALA DE
AULA
SALA DE
AULA
PÁTIO
DIRETORIA
SALA DE
VIDEO
WC WC
COZINHA
CORREDOR
SECRETARIA
SALA DOS
PROF.
AREA
LIVREÁREA
LIVRE
SALA DE
LEITURA
SALA DE
AULA
T1P1
A-01
A-02
A-03
A-04
A-05
A-06
A-07 A-13
A-12
A-11
A-26
A-20
A-08
A-09
A-10A-22 A-23
A-21
A-24A-27
A-25
A-17 A-18 A-19
A-14
A-15
A-16
Legenda: T1. Térreo 1 P1. 1º Pavimento
'
ANEXO 2: CROQUI DA EMJA (ESCOLA A)
PÁTIO COBERTO
SECRETARIA
SALA DOS PROF.
DIRETORIA
SALA
CORREDOR
WC WC
SALA
SALA
SALA
SALA
SALA SALA
SALA
COZINHA
PÁTIO ABERTO
ESPAÇO
ABERTO
T1
B-01 B-02 B-03
B-04
B-05
B-15B-17
B-07
B-06
B-20
B-13 B-14
B-11 B-12B-10
B-09
B-18
B-16
B-08
Legenda: T1. Térreo 1
'
ANEXO 3: QUESTIONÁRIO
Nome: Idade: Turno: Sala: Ocupação:
1- Com qual frequência as lâmpadas das salas de aula param de funcionar?
a) Sempre b) As vezes c) Raramente d) Nunca
2- Com qual frequência costuma faltar energia na escola?
a) Sempre b) As vezes c) Raramente d) Nunca
3- Com qual frequência costuma faltar energia nas salas individualmente?
a) Sempre b) As vezes c) Raramente d) Nunca
4- Com qual frequência aparelhos elétricos deixam de ser usados por conta de problemas
com tomadas que não funcionam?
a) Sempre b) As vezes c) Raramente d) Nunca
5- Com qual frequência aparelhos elétricos necessitam de extensões para serrem
utilizados nas aulas por conta do número de tomadas?
a) Sempre b) As vezes c) Raramente d) Nunca
6- Como você qualifica a iluminação da sala de aula?
a) Excelente b) boa c) regular d) ruim
7- Como você qualifica a iluminação do quadro?
a) Excelente b) boa c) regular d) ruim
8- Como você qualifica a iluminação da escola de forma geral?
a) Excelente b) boa c) regular d) ruim
9- A iluminação influencia na sua produtividade na sala de aula?
a)Sim b) não c) não sei
Recommended