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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
GUSTAVO HENRIQUE NEGRELLO
THIAGO SOUZA SANTOS
PROCESSOS DA MODELAGEM BIM 5D APLICADO À CONSTRUÇÃO CIVIL
CURITIBA
2016
GUSTAVO HENRIQUE NEGRELLO
THIAGO SOUZA SANTOS
PROCESSOS DA MODELAGEM BIM 5D APLICADO À CONSTRUÇÃO CIVIL
Trabalho apresentado como pré-requisito à graduação em Engenharia Civil da Faculdade de Ciências Exatas da Universidade Tuiuti do Paraná.
Orientador: Prof.º Msc. Ricardo Muller
CURITIBA
2016
RESUMO
Trata-se da execução de escopo, projetos, modelagem 3D, planejamento de
prazo e custo e simulação de construção 5D de um empreendimento de médio
porte, utilizando ferramentas BIM (Building Information Modeling) em ambientes
interoperáveis. A indústria da construção civil passa por constantes mudanças e a
todo momento evolui, neste contexto as ferramentas BIM são o próximo passo da
evolução, requerendo portanto maior atenção e estudo. Esta dissertação pretende
demonstrar como os processos do BIM 5D podem ser aplicados no dia a dia e quais
suas principais vantagens e desvantagens comparado ao processo tradicional de
planejamento e projeto. Para isto, os projetos arquitetônico, estrutural,
hidrossanitário, elétricos e drenagem, serão modelados no software Autodesk
Revit®. Neste mesmo aplicativo será efetuado a parametrização de custos e prazos
e extração de quantitativos de todos os elementos destas disciplinas. Estas
informações serão organizadas em forma de banco de dados no Microsoft® Excel,
onde serão criados diversos cenários através de tabelas dinâmicas. A EAP1 e o
cronograma do projeto serão elaborados no Microsoft® Project. Por fim, a simulação
virtual da construção será executada no Autodesk® Navisworks, onde será cruzado
o cronograma físico-financeiro da obra com os modelos 3D, permitindo visualizar a
evolução da construção e do custo ao longo do tempo. O estudo mostrou que a
filosofia de trabalho BIM traz grandes vantagens comparada aos métodos
tradicionais, visto que as ferramentas BIM permitem a armazenagem de um grande
volume de informação da construção, que podem ser utilizadas para diversas
análises de utilização, planejamentos, previsão de erros de projeto e tomada de
decisões.
Palavras-chave: BIM. Modelagem. Ferramenta. Projeto. Construção.
1 EAP – Estrutura Analítica de Projeto
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - EAP PARA CONSTRUÇÃO DE UMA CASA .................................................... 15
FIGURA 2 - GRÁFICO COMPARATIVO ENTRE O PROCESSO TRADICIONAL DE
DESENVOLVIMENTO DE PROJETO (CAD) E O PROCESSO BIM ................................... 21
FIGURA 3 - ESTRUTURA CONCEITUAL DE UM ELEMENTO PAREDE ........................... 22
FIGURA 4 - EXEMPLO DE COMPOSIÇÃO - SINAPI .......................................................... 32
FIGURA 5 - FLUXOGRAMA DOS PROCESSOS REALIZADOS. ........................................ 34
FIGURA 6 - LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ....................................................... 35
FIGURA 7 - PROJETO ARQUITETÔNICO .......................................................................... 36
FIGURA 8 - NÍVEIS DO PROJETO ..................................................................................... 38
FIGURA 9 - FAMÍLIAS DE ELEMENTOS DO PROJETO .................................................... 38
FIGURA 10 - JANELA DE PARAMETRIZAÇÃO DO ELEMENTO PAREDE. ....................... 40
FIGURA 11 - SUB-FAMÍLIAS DAS PAREDES .................................................................... 41
FIGURA 12 - PAREDE EMPILHADA ................................................................................... 42
FIGURA 13 - DELIMITAÇÃO VETORIAL DO PISO ............................................................. 43
FIGURA 14 - MODELO DO TELHAMENTO. ....................................................................... 45
FIGURA 15 - DETALHE DA CALHA ................................................................................. 45
FIGURA 16 - FAMÍLIA DE PORTAS .................................................................................... 46
FIGURA 17 - INTERFACE DE MODELAGEM DE ESTRUTURA ......................................... 47
FIGURA 18 - MODELO DE INSTALAÇÃO HIDROSSANITÁRIA E DRENAGEM ................ 49
FIGURA 19 - DETALHE DAS INSTALAÇÕES DOS RESERVATÓRIOS ............................. 50
FIGURA 20 - DETALHE DAS INSTALAÇÕES DOS BANHEIROS ...................................... 51
FIGURA 21 – EXEMPLO DE COD. SINAPI PARA INSTALAÇÃO ELÉTRICA (COD. 93128)
............................................................................................................................................ 52
FIGURA 22 - MODELO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS.................................................... 52
FIGURA 23 - EXTRAÇÃO DE QUANTITATIVO DO AUTODESK REVIT ............................. 53
FIGURA 24 - DEMONSTRATIVO DE COMPOSIÇÃO - SINAPI .......................................... 58
FIGURA 25 - INDICAÇÃO DO CUSTO NA BASE DE DADOS ........................................... 59
FIGURA 26 - ÍNDICE DE PRODUTIVIDADE DE SERVIÇO ................................................ 60
FIGURA 27 - BASE DE DADOS PARA CÁLCULO DE DURAÇÃO DOS SERVIÇOS .......... 63
FIGURA 28 - MODELO ARQUITETÔNICO (RENDERIZADO) ............................................ 64
FIGURA 29 - MODELO DE ESTRUTURA (RENDERIZADO) .............................................. 65
FIGURA 30 - MODELO COMPLETO (RENDERIZADO) ...................................................... 65
FIGURA 31 – CORTE (RENDERIZADO) ............................................................................. 66
FIGURA 32 – INTERFACE PARA CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO ......................... 68
FIGURA 33 - CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO COMPILADO ................................... 69
FIGURA 34 - CUSTO TOTAL DO EMPREENDIMENTO POR DISCIPLINA E PAVIMENTO70
FIGURA 35 - CUSTO TOTAL DO EMPREENDIMENTO COMPILADO ............................... 70
FIGURA 36 - RELATÓRIO DE FLUXO DE CAIXA .............................................................. 71
FIGURA 37 - SIMULAÇÃO VIRTUAL DA CONSTRUÇÃO EM 30/07/2017 ......................... 72
FIGURA 38 - RECURSO "CLASH DETECTIVE" ................................................................. 73
FIGURA 39 - ASSOCIAÇÃO DOS ELEMENTOS À EAP ..................................................... 74
FIGURA 40 - SIMULAÇÃO 5D ............................................................................................. 75
FIGURA 41 - INTERFACE DE TRABALHO DO BENTLEY VIEW V8I ................................. 77
FIGURA 42 - PDF 3D DO EMPREENDIMENTO ................................................................. 78
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - NÍVEIS DE DESENVOLVIMENTO LOD ........................................................... 25
TABELA 2 - PRODUTOS DOS NÍVEIS LOD ....................................................................... 26
TABELA 3 – CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDIMENTO. ............................................. 35
TABELA 4 - TABELA DE CUSTO PARA A DISCIPLINA DE ESTRUTURA ......................... 54
TABELA 5 – CUSTO PARA DISCIPLINA DE ARQUITETURA POR PAVIMENTO. ............. 55
TABELA 6 – ATIVIDADES COM 2 RECURSOS (2 PROFISSIONAIS + 2 AJUDANTES) .... 61
TABELA 7 - ATIVIDADES COM 1 RECURSO (1 PROFISSIONAL + 1 AJUDANTE) ........... 62
TABELA 8 - CUSTO TOTAL E PRAZO DO EMPREENDIMENTO ....................................... 67
TABELA 9 - FERRAMENTAS DE ANÁLISE PARA MODELOS BIM .................................... 76
LISTA DE EQUAÇÕES
EQUAÇÃO 1 - DURAÇÃO DE ATIVIDADE ......................................................................... 59
LISTA DE ABREVIATURAS
BIM Building Information Modeling
AEC Arquitetura, Engenharia e Construção
PMI Project Management Institute
EAP Estrutura Analítica de Projeto
CAD Computer Aided Design
LOD Level of Development
IFC Industry Foundation Classes
SINAPI Sistema Nacional de Custos e Índices da Construção Civil
PDF Portable Document Format
BDI Benefícios e Despesas Indiretas
PMBOK Project Management Body of Knowledge
TCPO Tabela de Composição de Preços para Orçamentos
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 10
1.1 GENERALIDADES .......................................................................................... 11
1.2 OBJETIVOS .................................................................................................... 12
1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 12
1.2.2 Objetivos Específicos ...................................................................................... 12
2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................... ............................................... 13
2.1 PLANEJAMENTO ........................................................................................... 13
2.2 GERENCIAMENTO DE PROJETO ................................................................. 13
2.3 GERENCIAMENTO DE TEMPO ..................................................................... 15
2.4 BIM (BUILDING INFORMATION MODELING) ................................................ 17
2.4.1 CAD x BIM ...................................................................................................... 19
2.4.2 Parametrização ............................................................................................... 22
2.4.3 Interoperabilidade ............................................................................................ 24
2.5 NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO LOD ........................................................... 24
2.6 GRAU DE UTILIZAÇÃO BIM ........................................................................... 27
2.7 MODELAGEM 4D ........................................................................................... 27
2.8 MODELAGEM 5D ........................................................................................... 28
2.9 LEVANTAMENTO DE CUSTOS COM A UTILIZAÇÃO DO BIM ...................... 28
2.10 ESTIMATIVA DE CUSTOS ............................................................................. 29
2.11 ORÇAMENTO ................................................................................................. 31
2.11.1 Sistema Nacional de Custos e Índices da Construção Civil – SINAPI.............. 32
2.12 LEVANTAMENTO DE QUANTITATIVO .......................................................... 33
3 MATERIAIS E METODOLOGIA ........................... ........................................... 34
3.1 ESTUDO DE CASO “EMPREENDIMENTO - TCC” ......................................... 35
3.1.1 CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDIMENTO. ............................................. 35
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................... ......................................... 36
4.1 MODELO ARQUITETÔNICO .......................................................................... 36
4.1.1 Modelagem do elemento “parede” ................................................................... 41
4.1.2 Lançamento De Pisos ..................................................................................... 43
4.1.3 Lançamento de forros de gesso ...................................................................... 43
4.1.4 Lançamento de telhas e calhas ....................................................................... 44
4.1.5 Lançamento de Portas e Janelas .................................................................... 46
4.2 MODELO ESTRUTURAL ................................................................................ 46
4.3 MODELO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E HIDROSSANITÁRIAS.............. 48
4.4 EXTRAÇÃO DE QUANTITATIVOS ................................................................. 53
4.5 LEVANTAMENTO DE CUSTOS ...................................................................... 56
4.6 ELABORAÇÃO DO PLANEJAMENTO DE PRAZOS ....................................... 59
4.7 RESULTADOS FINAIS .................................................................................... 63
4.7.1 MODELOS 3D – AUTODESK® REVIT ........................................................... 63
4.7.2 MODELAGEM 4D (MODELAGEM 3D + PRAZO) ............................................ 66
4.7.3 MODELAGEM 5D (MODELAGEM 3D + PRAZO + CUSTO) ........................... 69
4.7.4 ANÁLISE DE INTERFERÊNCIA “CLASH DETECTIVE” .................................. 72
4.7.5 SIMULAÇÃO 5D .............................................................................................. 73
4.7.6 APLICAÇÕES COMPLEMENTARES PARA MODELOS BIM ......................... 76
5 CONCLUSÃO ......................................... ........................................................ 79
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA .......................... ..................................................... 81
APÊNDICE ................................................................................................................. 84
10
1. INTRODUÇÃO
Ao longo da história da Arquitetura, a representação essencial dos edifícios tem sido feita através de desenhos. {...} A substituição de desenhos por uma nova base de representação para o projeto, comunicação e construção de edifícios é uma mudança revolucionária e que marca época, tanto na Arquitetura como na Indústria da Construção em geral. Estas mudanças alteram as ferramentas, os meios de comunicação, e os processos de trabalho. (Eastman, 2006, p. 2)
O estudo proposto apresentará os principais conceitos e vertentes de uma
metodologia de trabalho ainda pouco difundida no Brasil, o BIM (Building Information
Modeling) ou Modelo de Informação da Construção.
Esse modelo nada mais é do que uma representação em três dimensões, que
concentra todas as informação necessárias para uma construção, afim que se possa
experimentar o empreendimento antes de sua construção. Este processo, que pode
ser executado utilizando diversas ferramentas asseclas ao BIM, proporciona muitas
funcionalidades voltadas a uma grande gama de análises, que poderão ser
utilizadas, visando prever situação, que até então não era possível com as
ferramentas tradicionais de projeto.
Este estudo contempla as atividades voltadas a uma construção de um
empreendimento, de médio porte, utilizando ferramentas BIM para modelagem,
planejamento e simulação de construção, em ambientes interoperáveis, afim de
demonstrar como o BIM pode auxiliar na tomada de decisão e potencialmente,
diminuir ou até extinguir erros de projeto.
Será apresentado também, as principais funcionalidades e recursos dos
sistemas BIM, afim de demonstrar como efetivamente essa plataforma é utilizada no
dia a dia.
Essa tecnologia, já está sendo amplamente utilizada em grande parte dos
países desenvolvidos, no Reino Unido, este ano é o ano na qual todos os projetos
para obras públicas sejam contratados obedecendo a este conceito.
(GRANADEIRO, 2016) No Brasil, a apresentação de projetos dentro do conceito
BIM, para obras privadas e especialmente obras públicas, ainda não é obrigatório,
visto que não há legislação específica e a demanda ainda é muito pequena.
11
1.1 GENERALIDADES
As ferramentas BIM exigem um certo nível de conhecimento técnico de
projeto e referente a tecnologia da construção do usuário, para formulação do
modelo. Aliado a isso, a defasagem tecnológica existente entre o ensino das
universidades e o mercado de projeto dificulta a contratação de mão-de-obra
especializada. (SOUZA, 2009).
Souza (2009), ainda afirma que o uso do BIM permite a melhoria do projeto
com diminuição de erros, e desta forma evita problemas em etapas futuras, onde as
modificações costumam gerar consequências maiores. A facilidade de visualização
através de inúmeros cortes, vistas e perspectivas também contribui para a geração
de soluções de projeto mais inteligentes.
A tecnologia BIM permite que as modificações de projeto sejam realizadas
facilmente através da parametrização dos objetos. Aliado a isso, a geração
automática de vistas e cortes, facilidade na adequação das escalas e tamanho de
textos e indicações, aponta uma possível redução de trabalho. Além disso, é
possível gerar perspectivas de maneira rápida e apresenta-las de forma bastante
profissional ao cliente (SOUZA, 2009).
No ambiente da construção civil, o aumento da complexidade dos processos
desencadeou a necessidade de adotar uma mentalidade industrial, buscando a
aplicação de soluções adotadas na indústria, na construção civil. Neste sentido, a
noção de modelagem de produto adotada por outras indústrias deu origem ao
conceito BIM (Building Information Modeling), como uma modelagem que busca
integrar todos os processos relacionados à construção do produto edificação.
(SOUZA et al., 2009).
SOUZA (2009 apud CAMPBELL, 2007) afirma que no contexto subdividido
dos setores AEC (Arquitetura, Engenharia e Construção), o BIM demonstra ser uma
importante ferramenta, eliminando ineficiências e redundâncias, aumentando a
colaboração e comunicação, com objetivo de contribuir na integração dos processos
a fim de garantir melhores resultados de produtividade.
12
O uso da modelagem 3D torna o projeto acessível a qualquer pessoa, não
sendo de forma obrigatória o conhecimento em simbologias e representações de
desenho. Facilitando que o usuário final obtenha resultados mais adequados com
suas necessidades. (SOUZA, 2009).
Souza (2009 apud Kymmel, 2008) afirma que a visualização 3D possibilitada
pelos softwares, ao mesmo tempo em que é uma grande vantagem do BIM,
apresenta-se como um obstáculo aos projetistas uma vez que a visualização aponta
todas as incompatibilidades e interferências.
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo Geral
Demonstrar o processo de modelagem de um empreendimento em software
BIM, bem como os processos de orçamentação e planejamento de custo e prazo da
construção em ambientes interoperáveis.
1.2.2 Objetivos Específicos
• Parametrizar e modelar em softwares BIM os elementos que compõem os
projetos arquitetônico, estrutural, instalações hidrossanitárias, elétricas e
drenagem de um empreendimento de médio porte;
• Elaborar planejamento de prazo para a construção do empreendimento;
• Elaborar planejamento de custo com base no modelo gerado;
• Efetuar a análise de interferências nos modelos e simulação virtual da
construção com base no planejamento físico-financeiro.
13
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 PLANEJAMENTO
Segundo Mattos (2010), traçar um planejamento estabelece ao profissional o
estudo dos projetos, a análise da metodologia construtiva, a identificação da
produtividade orçada, a determinação do prazo ou tipo de serviço.
Mattos ainda afirma que o planejamento e o controle possibilitam uma
percepção realista da obra, proporcionando decisões gerenciais, como: mobilização
e desmobilização de equipamentos e equipes, agilização de serviços, aumento da
equipe, alteração de métodos construtivos, terceirização de serviços, substituição de
equipes pouco produtivas e etc.
2.2 GERENCIAMENTO DE PROJETO
Segundo o PMI2 (2013), projeto é um esforço temporário empreendido para
criar um produto, serviço ou resultado exclusivo. A natureza temporária dos projetos
indica que eles têm um início e um término definidos. O término é alcançado quando
os objetivos do projeto são atingidos ou quando o projeto é encerrado porque os
seus objetivos não serão ou não podem ser alcançados, ou quando a necessidade
do projeto deixar de existir.
O Instituto ainda afirma que cada projeto cria um resultado único. O resultado
do projeto pode ser tangível ou intangível.
Por fim, o Instituto diz que gerenciamento de projetos é a aplicação do
conhecimento, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do projeto para
atender aos seus requisitos.
Segundo Mattos (2010), o ciclo de vida do empreendimento possui cinco
estágios:
• Estágio I – Concepção e Viabilidade;
• Estágio II – Detalhamento do projeto e do planejamento;
• Estágio III – Execução 2 PMI - Project Management Institute
14
• Estágio IV – Finalização.
Mattos (2010) ainda afirma, que cada estágio subdivide-se em determinados
processos. No estágio I, estes processos são: Definição de escopo; Formulação do
Empreendimento; Estimativa de custos; Estudo de viabilidade; Identificação da fonte
orçamentária; Anteprojeto.
Segundo o PMI (2013), escopo é o processo de desenvolver uma descrição
detalhada do projeto e do produto. Este processo descreve os limites do projeto, ao
definir quais dos requisitos coletados serão incluídos e quais serão excluídos do
escopo do projeto.
Seguindo neste tema, o Instituto relata que a preparação detalhada da
determinação do escopo é crítica para o sucesso do projeto e baseia-se nas
entregas principais, premissas e restrições que são documentadas durante a
iniciação do projeto. Durante o planejamento do projeto, o seu escopo é definido e
descrito com maior especificidade conforme as informações a respeito do projeto
são conhecidas. Os riscos existentes, premissas e restrições são analisados para
verificar sua integridade e acrescentados ou atualizados conforme necessário. O
processo de definição do escopo pode ser altamente iterativo. Em projetos de ciclo
de vida iterativo, será desenvolvida uma visão de alto nível para o projeto em geral,
mas o escopo detalhado é determinado em uma iteração de cada vez e o
planejamento detalhado para a iteração seguinte é executado à medida que o
trabalho no escopo do projeto e entregas atuais avança.
Segundo Mattos (2010), é necessário subdividir uma obra em partes menores
para planejá-la. Esse processo é chamado decomposição. Por meio da
decomposição, o todo — que é a obra em seu escopo integral — é
progressivamente desmembrado em unidades menores e mais simples de manejar.
As grandes partes são sucessivamente desmembrados, na forma de pacotes de
trabalho menores, até que se chegue a um grau de detalhe que facilite o
planejamento no tocante à estipulação da duração da atividade, aos recursos
requeridos e à atribuição de responsáveis.
15
Ainda segundo o autor, a estrutura hierarquizada que a decomposição gera é
chamada de Estrutura Analítica do Projeto (EAP), que pode ser melhor
compreendida na Figura 1.
FIGURA 1 - EAP PARA CONSTRUÇÃO DE UMA CASA
Fonte: Os autores.
2.3 GERENCIAMENTO DE TEMPO
Segundo PMI (2013), definir as atividades é o processo de identificação e
documentação das ações específicas a serem realizadas para produzir as entregas
do projeto. O principal benefício deste processo é a divisão dos pacotes de trabalho
em atividades que fornecem uma base para estimar, programar, executar, monitorar
e controlar os trabalhos do projeto.
16
Para a definição de atividades, algumas técnicas se fazem necessárias,
dentre elas, o PMI (2013) indica que a decomposição é uma técnica usada para
dividir e subdividir o escopo do projeto e suas entregas em partes menores e mais
fáceis de gerenciar. Estas atividades representam o esforço necessário para
completar um pacote de trabalho. (PMBOK, 2013).
Com as atividades definidas, o próximo passo é efetuar sua organização em
forma sequencial. Neste sentido, PMI (2013) expõe que sequenciar as atividades é o
processo de identificação e documentação dos relacionamentos entre as atividades
do projeto. O principal benefício deste processo é definir a sequência lógica do
trabalho a fim de obter o mais alto nível de eficiência em face de todas as restrições
do projeto.
Mattos (2010) afirma que uma ferramenta de controle atrativa para o
sequenciamento de atividades é o cronograma de Gantt. A visualização das
atividades com suas datas de início e fim pode ser conseguida lançando mão do
recurso gráfico. O cronograma de Gantt é um gráfico simples: à esquerda encontra-
se as atividades e à direita, as suas respectivas barras desenhadas em uma escala
de tempo. O comprimento da barra representa a duração da atividade, cujas datas
de início e fim podem ser lidas nas subdivisões da escala de tempo.
Com as atividades definidas, sequenciadas e graficamente elaboradas, a
determinação de recursos é um processo fundamental para o planejamento do
projeto. Segundo PMI (2013), estimar os recursos das atividades é o processo de
estimativa dos tipos e quantidades de material, pessoas, equipamentos ou
suprimentos que serão necessários para realizar cada atividade. O principal
benefício deste processo é identificar o tipo, quantidade e características dos
recursos exigidos para concluir a atividade, permitindo estimativas de custos e de
duração mais exatas.
No tema de estimativas de prazos, o PMI (2013) relata que estimar as
durações das atividades é o processo de estimativa do número de períodos de
trabalho que serão necessários para terminar atividades específicas com os
recursos estimados. O principal benefício deste processo é fornecer a quantidade de
tempo necessária para concluir cada atividade, o que é uma entrada muito
importante no processo “Desenvolver” o cronograma. O processo “Estimar” as
17
durações das atividades requer uma estimativa da quantidade de esforço de
trabalho requerida para concluir a atividade e a quantidade de recursos disponíveis
estimados para completar a atividade. Essas estimativas são usadas para um
cálculo aproximado do número de períodos de trabalho (duração da atividade)
necessário para concluir a atividade usando os calendários de projeto e de recursos
apropriados. Todos os dados e premissas que suportam a estimativa são
documentados para cada estimativa de duração de atividade.
Desenvolver o cronograma é o processo de análise de sequências das atividades, suas durações, recursos necessários e restrições do cronograma visando criar o modelo do cronograma do projeto. O principal benefício deste processo é que a inserção das atividades do cronograma, suas durações, recursos, disponibilidades de recursos e relacionamentos lógicos na ferramenta de elaboração do cronograma gera um modelo de cronograma com datas planejadas para a conclusão das atividades do projeto. (PMBOK, 2013, p. 172)
Ferramentas automatizadas para o desenvolvimento do cronograma contém o modelo do cronograma e aceleram o processo de desenvolvimento do mesmo, gerando datas de início e término baseadas nas entradas das atividades, diagramas de rede, recursos e durações das atividades usando a análise de rede do cronograma. Uma ferramenta de elaboração do cronograma pode ser usada em conjunto com outros aplicativos de software de gerenciamento de projetos assim como com métodos manuais. (PMBOK, 2013, p. 181)
2.4 BIM (BUILDING INFORMATION MODELING)
Building Information Modeling ou Modelagem da Informação da Construção é
um modelo computacional de uma edificação, construído de forma precisa, que
quando completo conterá geometria exata e todos os dados relevantes necessários
para suporte à realização da construção (EASTMAN et al., 2008).
Menezes (2011) descreve a tecnologia BIM como uma filosofia de trabalho,
que integra os setores AEC (Arquitetura, Engenharia e Construção) para um modelo
virtual preciso, o qual gera uma base de dados que contém tanto informações
topológicas como os subsídios necessários para orçamento, previsão das fases de
construção, entre outras atividades.
Azevedo (2009 apud ARSENAULT, 2009) afirma que BIM é uma criação
paramétrica de modelos em perspectiva 3D, que opera em uma base de dados onde
18
qualquer alteração nesta base de dados, reflete em uma alteração de todas as
peças que compõem o projeto.
Este modelo virtual preciso e rico em dados, quando implementado de forma
correta, integrará os processos AEC, resultando em uma construção de melhor
qualidade, menor custo e prazo de execução reduzido (EASTMAN et al., 2008).
A modelagem paramétrica economiza tempo, possibilitando a criação e
edição de várias porções do modelo rapidamente, além de poder criar
instantaneamente cortes, elevações, e projeções em 3D, reduzindo a necessidade
de múltiplas vistas 2D.
Todas as alterações, em qualquer um dos elementos do modelo afetam todos
os outros, incluindo materiais, quantitativos, custos e cronogramas de construção.
Este recurso do desenho paramétrico faz com que a documentação impressa seja
extraída de forma rápida e precisa.
Outra importante característica da utilização do BIM é a possibilidade de
realizar simulações dimensionais, auxiliando na tomada de decisão. Com a
associação de informações gráficas e não gráficas à um modelo, pode-se simular
processos construtivos, análise de desempenho de conforto e estudo de viabilidade
do empreendimento, permitindo encontrar a alternativa mais vantajosa. (SAKAMORI,
2015).
A intenção do BIM é a construção virtual do empreendimento antes da
construção real, sendo um processo que reúne os envolvidos em uma arranjo virtual
de projeto cooperativo, garantindo que o conhecimento agregado por cada
profissional seja integrado em uma única fonte de dados, o modelo da edificação
(EASTMAN et al., 2008).
Um dos maiores benefícios do BIM é a visão sistêmica do processo, que possibilita que o empreendimento seja visto e analisado em relação ao todo. Assim, todas as atividades nele envolvidas podem ser gerenciadas de forma estratégica durante o ciclo de vida do empreendimento. (SAKAMORI, 2015, p. 48)
O uso da tecnologia BIM está se disseminando pelo setor da construção por
ser um recurso para compartilhar informação sobre uma edificação, configurando
19
uma base confiável para apoiar decisões e melhorar os processos no decorrer do
ciclo de vida do projeto. (NBIMS, 2007).
A Construtora M.A. Mortenson Company, uma empresa multinacional e
multibilionária que tem usado amplamente as ferramentas BIM (Adaptado. Campbell,
2006), define esta tecnologia.
Definição de tecnologia BIM da Mortenson Company.
O BIM tem suas raízes nas pesquisas sobre projeto auxiliado pelo
computador de décadas atrás, mas ainda não possui uma definição única e
amplamente aceita. Nós, na M.A. Mortenson Company, pensamos nele como “uma
simulação inteligente da arquitetura”. Para nos permitir atingir uma implementação
integrada, essa simulação deve exibir seis características principais. Ela deve ser:
1. Digital;
2. Espacial (3D);
3. Mensurável (quantificável, dimensionável e consultável);
4. Abrangente (incorporando e comunicando a intenção de projeto, o
desempenho da construção, a construtibilidade, e incluir aspectos
sequenciais e financeiros de meios e métodos);
5. Acessível (a toda a equipe do empreendimento e ao proprietário por
meio de uma interface interoperável e intuitiva);
6. Durável (utilizável ao longo de todas as fases da vida de uma
edificação).
Segundo Underwood e Isikdag (2010) o BIM proporcionará que as pessoas
experimentem o empreendimento virtualmente antes da execução, permitindo a
otimização no uso de energia e materiais, diminuindo os impactos negativos ao meio
ambiente.
2.4.1 CAD x BIM
Os desenhos em CAD são construções abstratas e entidades isoladas tais
como linhas, arcos, círculos e polígonos, que apesar de serem relevantes possuem
20
poucas informações úteis para quantificar e classificar os elementos construtivos da
construção. (FLORIO, 2007).
Coelho (2008), afirma que a geometria em desenhos CAD é baseada em
coordenadas para o desenvolvimento de entidades gráficas, formando elementos de
representação (paredes, portas, lajes, etc.). A modificação de um projeto
desenvolvido em CAD implica em diversas modificações manuais dos objetos
representados.
Já o BIM consiste em um banco de dados que, além de exibir a geometria dos
elementos construtivos em três dimensões, armazena seus atributos e, portanto,
transmite mais informação do que modelos CAD tradicionais. Além disso, como os
elementos são paramétricos, é possível alterá‐los e obter atualizações instantâneas
em todo o projeto. Esse processo estimula a experimentação, diminui conflitos entre
elementos construtivos, facilita revisões e aumenta a produtividade (FLORIO, 2007).
O mesmo autor ainda afirma que no BIM as informações são computáveis
porque este tipo de modelagem é composto por:
• Banco de dados digitais integrados sobre o projeto que é gerado ao mesmo
tempo em que o modelo é produzido;
• Além da geometria dos elementos, o BIM armazena seus atributos, exibindo
suas configurações em três dimensões e, portanto, transmitindo muito mais
informação do que modelos CAD tradicionais;
• Elementos paramétricos, interconectados e integrados espacialmente, onde
é possível alterar seus componentes e obter atualizações instantâneas que
repercutem em todo o projeto;
• Um processo que tende a diminuir conflitos entre elementos construtivos,
facilitar a compreensão da articulação entre elementos construtivos do edifício,
facilitar as revisões e aumentar a produtividade;
• Um modelo digital tridimensional que gerencia o ciclo de vida do projeto e
construção que incluem os processos de construção, instalações técnicas e canteiro
de obras, tornando a comunicação das informações e intenções projetuais mais
claras e precisas.
Coelho (2008) cita que os sistemas BIM empregam
elementos construtivos de uma edificação e permitem o desenvolvimento de
alterações dinâmicas no modelo gráfico, que refletem em todas as pranchas de
desenho associadas, bem como nas
FIGURA 2 - GRÁFICO COMPARATIVO ENTRE O PROCESSO TRADICIONAL DE DESENVOLVIMENTO DE PROJETO (CAD) E O PROCESSO BIM
Fonte: CATELANI, 2016.
No gráfico ilustrado pela figura 2, podemos
processos BIM ao longo das fases de desenvolvimento de um projeto. Através desta
figura fica evidente que o BIM demanda um maior esforço em suas fases iniciais,
porém nas demais fases do projeto, seu esforço ou efeito causa menos impac
desenvolvimento se comparado ao processo tradicional (CAD)
.
Coelho (2008) cita que os sistemas BIM empregam modelos paramétricos dos
elementos construtivos de uma edificação e permitem o desenvolvimento de
alterações dinâmicas no modelo gráfico, que refletem em todas as pranchas de
desenho associadas, bem como nas tabelas de orçamento e especificações.
GRÁFICO COMPARATIVO ENTRE O PROCESSO TRADICIONAL DE DESENVOLVIMENTO DE PROJETO (CAD) E O PROCESSO BIM
, 2016.
No gráfico ilustrado pela figura 2, podemos notar o comportamento dos
processos BIM ao longo das fases de desenvolvimento de um projeto. Através desta
figura fica evidente que o BIM demanda um maior esforço em suas fases iniciais,
porém nas demais fases do projeto, seu esforço ou efeito causa menos impac
desenvolvimento se comparado ao processo tradicional (CAD).
21
modelos paramétricos dos
elementos construtivos de uma edificação e permitem o desenvolvimento de
alterações dinâmicas no modelo gráfico, que refletem em todas as pranchas de
tabelas de orçamento e especificações.
GRÁFICO COMPARATIVO ENTRE O PROCESSO TRADICIONAL DE DESENVOLVIMENTO DE PROJETO (CAD) E O PROCESSO BIM
o comportamento dos
processos BIM ao longo das fases de desenvolvimento de um projeto. Através desta
figura fica evidente que o BIM demanda um maior esforço em suas fases iniciais,
porém nas demais fases do projeto, seu esforço ou efeito causa menos impacto no
2.4.2 Parametrização
No projeto paramétrico, em vez de projetar um elemento de construção (como
uma parede ou uma porta), o projetista define uma família de modelos, que é um
conjunto de relações e regras para controlar os parâmetros pelo quais as instancias
dos elementos podem ser geradas, mas cada uma irá variar conforme seu contexto.
Objetos são definidos us
como vinculado a, parale
instancia de um elemento varie de acordo com os valores de seus parâmetros e
suas relações contextuais. As regras podem ainda ser definidas como requisitos que
o projeto deve satisfazer, permitindo ao pro
regras verificam e atualizam detalhes para manter o elemento de projeto dentro das
regras e avisar ao usuário se essas definições não são alcançadas.
al., 2014).
FIGURA 3 - ESTRUTURA CONCEITUAL DE UM ELEMENTO PAREDE
Durante o processo de criação e desenvolvimento de um projeto de
arquitetura, características específicas das partes desenhadas são revisadas e
modificadas muitas vezes. Para responder
estrutura, embutida em programas gráficos computacionais, baseada em parâmetros
e hierarquia: as variações paramétricas
No projeto paramétrico, em vez de projetar um elemento de construção (como
uma parede ou uma porta), o projetista define uma família de modelos, que é um
relações e regras para controlar os parâmetros pelo quais as instancias
dos elementos podem ser geradas, mas cada uma irá variar conforme seu contexto.
Objetos são definidos usando parâmetros envolvendo distâncias, ângulos e regras
como vinculado a, paralelo a e distante de. Essa relações permitem que cada
instancia de um elemento varie de acordo com os valores de seus parâmetros e
suas relações contextuais. As regras podem ainda ser definidas como requisitos que
o projeto deve satisfazer, permitindo ao projetista fazer modificações, enquanto as
regras verificam e atualizam detalhes para manter o elemento de projeto dentro das
regras e avisar ao usuário se essas definições não são alcançadas.
ESTRUTURA CONCEITUAL DE UM ELEMENTO PAREDE
Fonte: Eastman (2014).
urante o processo de criação e desenvolvimento de um projeto de
arquitetura, características específicas das partes desenhadas são revisadas e
modificadas muitas vezes. Para responder a esse problema foi desenvolvida uma
estrutura, embutida em programas gráficos computacionais, baseada em parâmetros
e hierarquia: as variações paramétricas (FLORIO, 2007).
22
No projeto paramétrico, em vez de projetar um elemento de construção (como
uma parede ou uma porta), o projetista define uma família de modelos, que é um
relações e regras para controlar os parâmetros pelo quais as instancias
dos elementos podem ser geradas, mas cada uma irá variar conforme seu contexto.
ncias, ângulos e regras
lo a e distante de. Essa relações permitem que cada
instancia de um elemento varie de acordo com os valores de seus parâmetros e
suas relações contextuais. As regras podem ainda ser definidas como requisitos que
jetista fazer modificações, enquanto as
regras verificam e atualizam detalhes para manter o elemento de projeto dentro das
regras e avisar ao usuário se essas definições não são alcançadas. (EASTMAN et
ESTRUTURA CONCEITUAL DE UM ELEMENTO PAREDE
urante o processo de criação e desenvolvimento de um projeto de
arquitetura, características específicas das partes desenhadas são revisadas e
a esse problema foi desenvolvida uma
estrutura, embutida em programas gráficos computacionais, baseada em parâmetros
23
O autor ainda afirma que as variações paramétricas possibilita a criação de
opções do mesmo design proposto, variando levemente nas dimensões, proporções
e formas. A definição do encadeamento na relação entre os componentes de um
produto determina como as alterações podem ser realizadas. Assim, as entidades
paramétricas facilitam o processo de alteração, pois carregam seus atributos e
propriedades dentro de sua representação, que lhes permitem ser manipuladas e
transformadas de acordo com essas características.
Ainda de acordo com o autor, o uso de parâmetros para definir a geometria de
elementos construtivos, no âmbito da construção civil, tem provado ser cada vez
mais eficaz no processo de projeto. Edifícios são compostos literalmente de milhares
de partes individuais e de um grande número de conexões. Uma modelagem desse
tipo exige que essas porções sejam agrupadas em componentes constituídos por
parâmetros que possam ser manipulados de acordo com a necessidade do usuário.
Assim, a variação paramétrica torna-se uma poderosa ferramenta digital para
explorar diferentes configurações geométricas em projetos AEC.
No BIM, os elementos construtivos são paramétricos e integrados. Com o
aprimoramento das capacidades de parametrização dos programas gráficos é
possível alterar seus componentes já modelados e obter atualizações instantâneas
que repercutem em todo o projeto. A consequência disso é a diminuição dos
conflitos entre elementos construtivos, a facilitação das revisões e o aumento da
produtividade. (FLORIO, 2007).
A interação com os parâmetros contidos em cada elemento construtivo
contribui para testar e aprimorar o projeto já na fase de criação, contribuindo para
estimular a experimentação de novas formas. (FLORIO, 2007).
Os três tipos de parametrização – a parametrização de componentes; a
relacional entre elementos; e a por regras, restrições e fórmulas – potencialmente
podem servir tanto para gerar e encontrar a forma a partir de restrições e regras
impostas pelo projetista, como para configurar e inter-relacionar com outros
elementos paramétricos do projeto. Na parametrização relacional pode-se estudar
como um componente pode afetar o outro conectado a ele. Portanto, a
parametrização pode servir tanto para criar como para desenvolver formas e
24
elementos necessários para o projeto: dependerá das ferramentas disponíveis no
software utilizado. (FLORIO, 2007).
2.4.3 Interoperabilidade
A metodologia de projeto envolve muitas fases e diferentes participantes que
necessitam trocar informações ao longo do ciclo de vida do projeto. Cada atividade e
especialidade utilizam tipos diferenciados de aplicativos computacionais. Estas
precisam ser interoperáveis (ANDRADE, 2009). A interoperabilidade identifica a
necessidade de passar dados entre aplicações, e para múltiplas aplicações
contribuírem em conjunto com o trabalho a fazer. A interoperabilidade elimina a
necessidade de replicar a entrada de dados que já foram gerados e facilita fluxos de
trabalho suaves e automatizados. Da mesma forma que arquitetura e construção
são atividade colaborativas, as ferramentas que as apoiam também são.
(EASTMAN, 2014).
Intercambio de dados entre duas aplicações são tipicamente feitos em uma
das quatro maneiras abaixo:
1. Ligações diretas e proprietárias entre ferramentas BIM específicas;
2. Formatos de arquivos de intercambio proprietários, principalmente lidando
com geometria;
3. Formatos públicos de intercambio de modelos de dados de produtos;
4. Formatos de intercambio baseados em XML.
2.5 NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO LOD
O nível de desenvolvimento LOD (Level of Development) indica o grau de
detalhamento e plenitude para o qual um elemento do modelo é desenvolvido
(MANZIONE, 2013).
Manzione (2013) demonstra que os níveis de desenvolvimento são
representados correspondendo a um detalhamento que vai ocorrendo
progressivamente ao longo do projeto:
1. 100 – Fase conceitual;
25
2. 200 – Geometria aproximada;
3. 300 – Geometria precisa;
4. 400 – Execução ou Fabricação;
5. 500 – Obra concluída.
TABELA 1 - NÍVEIS DE DESENVOLVIMENTO LOD
Níveis de Desenvolvimento – Especificação e Usos do BIM Níveis 100 200 300 400 500
Conteúdo do Modelo
Conceitual Geometria Aproximada
Geometria Precisa
Execução – fabricação As-built
Projeto e Coordenação
Estudos de massa, volumes, zonas, modelados em 3 dimensões ou representados por outros dados
Os elementos são modelados de forma genérica e aproximados de suas dimensões, peso, quantidades, orientações e localização. Informações não geométricas podem ser anexas ao modelo
Os elementos são modelados de forma precisa e exata de suas dimensões, peso, quantidades, orientação e localização. Informações não geométricas podem ser anexas ao modelo.
Os elementos são modelados com o objetivo de montagem, de forma precisa exata de suas dimensões, peso, quantidades, orientação e localização contendo o detalhamento completo de fabricação e montagem. Informações não geométricas podem ser anexadas ao modelo
Os elementos são modelados conforme construídos com informações precisas e exatas das dimensões, peso, quantidades, orientação e localização. Informações não geométricas podem ser anexadas ao modelo
Usos recomendados
Planejamento Duração global da obra Macro-planejamento Fases e maiores elementos
Escala de tempo, apresentação ordenada dos elementos principais
Apresentação ordenada pelo tempo das atividades principais e de conjuntos detalhadas
Fabricação e detalhes de montagem, incluindo meios e métodos de construção (gruas, elevadores, escoramentos, etc)
Estimativa de Custos
Custos estimado: exemplo R$/m² de área de construção, R$/leitos hospitalares, R$/quarto de hotel
Custo estimado baseado em dimensões de elementos genéricos como paredes, lajes, etc.
Custos baseados em dimensões precisas e especificações completas e detalhadas
Preços confirmados em propostas de fornecedores
Custos realizados
Cumprimento de programa de necessidades
Áreas brutas dos diversos setores
Requisitos específicos de cada um dos ambientes
Casos específicos, instalações e conexões
Materiais Sustentáveis
Estratégias para atendimento dos LEED
Quantidades aproximadas de materiais organizados pelas categorias LEED
Quantidades precisas de materiais com a porcentagem de materiais reciclados
Seleção dos fornecedores específicos
Documentação das compras e especificações
Análises e simulações de iluminação, uso de energia, fluxos de ar
Estratégia e critérios de desempenho baseado em áreas e volumes
Projeto conceitual baseado na geometria aproximada e em pré-definições de sistemas.
Simulação aproximada baseada em sistemas projetados.
Simulação precisa baseada nas especificações do fabricante e em detalhes dos componentes dos sistemas
Comissionamento e registro dos resultados obtidos.
Outros usos que podem ser desenvolvidos Circulação, rotas de fugo, acessibilidade
Atendimento de requisitos de
26
normas
Fonte: Manzione (2013) adaptado de Building and Construction Authority (2013).
TABELA 2 - PRODUTOS DOS NÍVEIS LOD
Fase LOD Produtos “entregáveis” do BIM
Conteúdo do modelo Ilustração
Conceitual 100 Estudos de massa
conceituais com dimensões,
áreas, volumes, locação e
orientação apenas
indicativos.
Geometria
aproximada
200 Visão geral do edifício e de
seus sistemas com
dimensões, forma, locação,
orientação e quantidades
aproximadas. Podem ser
inseridas propriedades não
geométricas nessa fase.
Geometria precisa 300 Versão mais precisa e
detalhada dos componentes
e sistemas do edifício, com
precisão nas dimensões,
forma, locação, orientação e
quantidades. Podem ser
inseridas propriedades não
geométricas nessa fase.
Desenhos precisos gerados
no LOD 300
Execução/fabricação 400 O modelo para fabricação e
montagem é apresentado
com maior precisão de
detalhes que na fase de LOD
300. Porém, se houver
necessidade os detalhes
podem ser completados em
modelos 2D.
27
Como foi Construído 500 O modelo é detalhado com o
mesmo nível de precisão do
estágio anterior, mas é
atualizado a partir das
modificações ocorridas em
obra, de forma a retratar o
edifício exatamente como foi
construído.
Fonte: Manzione (2013) adaptado de Building and Construction Authority (2013).
2.6 GRAU DE UTILIZAÇÃO BIM
Tobin (2008) apud Biotto (2012) propôs três graus de utilização da tecnologia
BIM:
I. BIM 1.0: refere-se ao desenvolvimento de projeto por meio de modelos 3D
parametrizados, porém, sem a colaboração entre projetistas e
profissionais de outras áreas;
II. BIM 2.0: trata-se da implantação do BIM, em que são adicionadas ao
modelo 3D informações relativas ao tempo (4D), ao custo (5D) e outras
análises de desempenho da edificação;
III. BIM 3.0: descrita como a era pós-interoperabilidade, em que são
necessárias soluções de padrões compatíveis de dados em formato aberto
e neutro para garantir a interoperabilidade em todo o ciclo de vida da
edificação.
2.7 MODELAGEM 4D
Modelagem 4D (modelo 3D + tempo) consiste de modelos tridimensionais
ligados ao tempo. Os softwares e ferramentas especializados provem a conexão
direta com o cronograma e o modelo da construção (BIOTTO, 2012).
28
A modelagem 4D pode ser realizada utilizando modelos CAD e BIM
(EASTMAN et al., 2011). Ferramentas CAD permitem ao projetista executar o
planejamento visualmente e comunicar as atividades no contexto de espaço e tempo
(BIOTTO, 2013 apud EASTMAN et al., 2011).
Já a modelagem 4D com tecnologia BIM, utiliza ferramentas de análise que
incorporam os componentes BIM e informações sobre o método de construção para
otimizar o sequenciamento das atividades. Essas ferramentas incorporam o espaço,
a utilização dos recursos, e informações de produtividade. (BIOTTO, 2013 apud
EASTMAN et al., 2011).
2.8 MODELAGEM 5D
Azevedo (2009) verifica que a principal vantagem da modelagem 5D
(modelagem 3D + tempo + custos) é o aumento da precisão durante a construção,
com menos desperdício de tempo e de materiais, reduzindo também alterações
durante a execução das obras.
O objetivo da modelagem 5D são os custos, portanto é necessário traçar uma
relação entre a estimativa de custo e orçamento, que junto ao quantitativo fornecido
pela ferramenta BIM possibilita atingir mais precisão e economia em orçamentos e
cronogramas físicos financeiros (GOUVÊA et al., 2013).
Segundo Staub-French et al. (2007), um modelo 5D só pode ser construído a
partir de um modelo 4D, visto que o componente tempo é necessário para que se
faça uma correta apuração dos custos de um empreendimento.
Todas as ferramentas BIM fornecem mecanismos para a extração de
quantitativos de componentes, quantidades de material, área e volume dos espaços.
Esses recursos também incluem ferramentas para exportação de dados
quantitativos em uma planilha ou uma base de dados externa (EASTMAN et al.,
2008).
2.9 LEVANTAMENTO DE CUSTOS COM A UTILIZAÇÃO DO BIM
29
Análogo a um banco de dados visual dos componentes do empreendimento,
o BIM pode fornecer a quantidade exata e automatizada e ajudar na redução
significativa da variabilidade das estimativas de custos (SABOL, 2008).
O gerenciamento dos custos do projeto inclui os processos envolvidos em
planejamento, estimativas, orçamentos, financiamentos, gerenciamento e controle
dos custos, de modo que o projeto possa ser terminado dentro do orçamento
aprovado (PMBOK, 2013).
Planejar o gerenciamento dos custos é o processo de estabelecer as
políticas, os procedimentos e a documentação para o planejamento, gestão,
despesas e controle dos custos do projeto (PMBOK, 2013).
Mattos (2010) afirma que um projeto de construção envolve uma grande
massa de custos, que se distribuem na execução das diversas atividades,
supervisão dos serviços e gastos correntes para o funcionamento do escritório, entre
outras tantas fontes de despesa.
O autor ainda afirma que desde o ponto de vista da categorização, os custos
podem ser agrupados em três grandes famílias com características próprias:
• Custo direto: aquele diretamente associado à execução da atividade
propriamente dita. Ele representa o custo do serviço de campo,
englobando a mão de obra diretamente envolvida no serviço, o material
aplicado e o equipamento utilizado.
• Custo indireto: É um custo que não está diretamente associado às
atividades de produção de campo;
• Custo casual: podem ocorrer ou não, dependendo das provisões
contratuais. O custo casual tem, como sugere o nome, ocorrência
eventual.
Controlar os custos é o processo de monitoramento do andamento do projeto
para atualização no seu orçamento e gerenciamento das mudanças feitas na linha
de base de custos. (PMBOK, 2013)
2.10 ESTIMATIVA DE CUSTOS
30
Segundo Sakamori (2015), estimar os custos é o processo de levantar os
custos dos recursos necessários para conclusão de um projeto. Nesta fase,
consideram-se também as variâncias que podem ocorrer nos custos durante o ciclo
de vida do projeto.
Estimar os custos é o processo de desenvolvimento de uma estimativa de custos dos recursos monetários necessários para terminar as atividades do projeto (PMBOK, 2013, p. 193).
A estimativa de custo deve ser utilizada nas fases iniciais dos estudos do
empreendimento, quando as informações ainda não estão completas para a
elaboração do orçamento detalhado. Não se deve confundir estimativa de custo com
orçamento de uma construção; a estimativa é um cálculo expedido para avaliação
de um serviço, podendo, para tanto, ser adotado como base os índices financeiros
conhecidos no mercado, não devendo ser utilizado em propostas comercias ou para
fechar contratos (DIAS, 2006).
Nas etapas iniciais das estimativas de custos, segundo o PMBOK (2008), a
precisão da estimativa pode variar entre -50% a +100% do custo final do projeto,
enquanto nas fases finais do projeto a precisão varia na faixa de -10 a +15% do
valor final. As estimativas de custos são refinadas durante o andamento do projeto
devido aos ajustes adicionais disponíveis.
Tradicionalmente as estimativas de custos para projetos de construção
começam com uma quantificação, processo intensivo de registro dos componentes
de conjuntos de desenhos impressos, ou desenhos CAD. A partir destas
quantidades, orçamentistas utilizam método de planilhas de custos para produzir
uma estimativa de custos do projeto. Esse processo, no entanto, está sujeito a erro
humano e tende a propagar imprecisões. A quantificação é um processo demorado
e pode exigir 50% a 80% de uma estimativa de custo de tempo em um projeto
(SABOL, 2008).
Dentre os métodos de estimativas existentes, alguns são mais complexos,
fundamentados em características geométricas definitivas, como é o caso do
orçamento discriminado, enquanto outros se fundamentam em características mais
simples e oferecem uma maior velocidade no processamento dos resultados,
embora menos precisos. (OTERO, 2000).
31
2.11 ORÇAMENTO
A orçamentação envolve a agregação dos custos estimados de atividades dos
cronogramas ou pacotes de trabalho para estabelecer uma linha base dos custos
totais para a medição do desempenho do projeto (PMBOK, 2008).
Existem muitos tipos de orçamento utilizados na construção civil. Como
exemplo, pode-se destacar o orçamento convencional, o executivo, o paramétrico,
por características geométricas, processo de correlação, dentre outros (ANDRADE,
1996; ARAÚJO, 2003):
a) Convencional: é feito a partir de composições de custo, dividindo os
serviços em partes e orçando por unidade de serviço.
b) Executivo: este tipo de orçamento preocupa-se com todos os detalhes de
como a obra será executada, modelando os custos de acordo com a forma que eles
ocorrem na obra ao longo do tempo.
c) Paramétrico: é um orçamento aproximado, utilizado em estudos de
viabilidade ou consulta rápidas de clientes. Está baseado na determinação de
constantes de consumo dos insumos por unidade de serviço.
d) Método pelas características geométricas: baseia-se na análise de custos
por elementos de construção de edifícios do mesmo tipo e com alguma semelhança
relativa do elemento analisado no edifício de estudo.
e) Processo de correlação: o custo é correlacionado com uma ou mais
variáveis de mensuração, podendo ser uma correlação simples (produtos
semelhantes) ou uma correlação múltipla (o projeto é decomposto em partes ou
itens).
Visto que os orçamentos são realizados antecipadamente às obras, deve-se
buscar sempre um orçamento mais preciso e próximo da realidade, sendo que o
ideal de 100% de acerto é inatingível antes da construção (SCHEER, 2009).
A precisão do orçamento está ligado diretamente ao nível de desenvolvimento
do projeto: quanto maior o nível de detalhamento maior será a precisão do
orçamento.
32
A aplicação do BIM no projeto pode contribuir para aprimorar o processo de
obtenção das quantificações dos elementos desenhados a partir da modelagem 4D,
com o levantamento de custos e prazos para a execução (FLORIO, 2007).
Segundo Coelho et al. (2008) somente após a finalização do orçamento pode-
se determinar a viabilidade técnica-econômica do empreendimento, o cronograma
físico financeiro da obra, o cronograma detalhado do empreendimento e os relatórios
para acompanhamento físico-financeiro.
2.11.1 Sistema Nacional de Custos e Índices da Construção Civil – SINAPI
Foi utilizado como referência de custo e prazo, as tabelas de composições
(ref.: 07/2016) divulgadas pelo SINAPI (Sistema Nacional de Custos e Índices da
Construção Civil).
A obtenção dos custos pelo SINAPI é realizada pela soma dos valores dos
itens de cada composição de serviço, cujo valor do item provem do resultado da
multiplicação do seu coeficiente pelo preço do insumo ou composição auxiliar.
FIGURA 4 - EXEMPLO DE COMPOSIÇÃO - SINAPI
Fonte: CAIXA, 2015, p.18.
33
2.12 LEVANTAMENTO DE QUANTITATIVO
O levantamento de quantitativos é primordial para qualquer estimativa de
custo. Estimar custos requer o conhecimento de todas as propriedade de cada
elemento de construção e como este pode ser quantificado (AZEVEDO, 2009).
Segundo Santos et al. (2009) o levantamento de quantitativos do projeto,
quando extraído de um ambiente BIM, permite uma rápida avaliação sobre o
impacto de uma decisão do projeto no custo total da obra.
3 MATERIAIS E METODOLOGIA
Neste trabalho é
processo de planejamento e desenvolvimento, desde a modelagem
simulação 5D da construção
de demonstrar os principais recursos da plataforma BIM na fase preliminar de
projeto.
As ferramentas utilizadas para a realização deste projeto são:
Autocad, o Autodesk® Revit, o Autodesk
Word, Excel, Powerpoint e Project
escolhidas e utilizadas neste trabalho,
versão de experimentação
O software para modelagem
certificado junto ao BuildingSMART International
com arquivos do formato IFC.
Conforme proposto por Tobin (2008), o grau de utilização do modelo estudado
é o BIM 2.0, na qual foram inseridas informações ref
e custo.
O estudo da modelagem 5D seguirá
FIGURA 5
MATERIAIS E METODOLOGIA
apresentado um estudo, com observação direta de todo o
processo de planejamento e desenvolvimento, desde a modelagem
da construção, de um empreendimento comercial de médio
de demonstrar os principais recursos da plataforma BIM na fase preliminar de
As ferramentas utilizadas para a realização deste projeto são:
Revit, o Autodesk® Navisworks, os aplicativos da
Word, Excel, Powerpoint e Project e Bentley View V8i. Todas as
e utilizadas neste trabalho, possuem versões educativas gratuitas
versão de experimentação.
O software para modelagem BIM utilizado é o Autodesk
BuildingSMART International e apresenta total interoperabilidade
com arquivos do formato IFC.
Conforme proposto por Tobin (2008), o grau de utilização do modelo estudado
é o BIM 2.0, na qual foram inseridas informações referentes as disciplinas de prazo
O estudo da modelagem 5D seguirá conforme fluxograma abaixo
5 - FLUXOGRAMA DOS PROCESSOS REALIZADOS.
34
apresentado um estudo, com observação direta de todo o
processo de planejamento e desenvolvimento, desde a modelagem do projeto até a
comercial de médio porte, afim
de demonstrar os principais recursos da plataforma BIM na fase preliminar de
As ferramentas utilizadas para a realização deste projeto são: o Autodesk®
os aplicativos da Microsoft® -
Todas as ferramentas
em versões educativas gratuitas ou
o Autodesk® Revit por estar
e apresenta total interoperabilidade
Conforme proposto por Tobin (2008), o grau de utilização do modelo estudado
erentes as disciplinas de prazo
conforme fluxograma abaixo.
FLUXOGRAMA DOS PROCESSOS REALIZADOS.
35
Fonte: Do autor.
3.1 ESTUDO DE CASO “EMPREENDIMENTO - TCC”
O estudo foi realizado com base em uma edificação para fim comercial, em
concreto armado com fechamento em alvenaria cerâmica convencional com 553,82
m² de área construída, sendo 1 (um) subsolo e 2 (dois) pavimentos (Térreo e
Superior). O empreendimento está localizado no município de Curitiba – PR. O lote
apresenta 12,0 m de testada e 30,0 m de profundidade, totalizando 360m².
FIGURA 6 - LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
Fonte: Google Earth.
3.1.1 CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDIMENTO.
TABELA 3 – CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDIMENTO.
Pavimento Finalidade Área
Subsolo Estacionamento 179,80m²
Térreo Loja 179,80m²
Superior Loja 179,80m²
Casa de máquinas Equipamentos e reservatórios 14,42m²
TOTAL 553,82m²
Fonte: Os autores.
36
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Este capítulo aborda os resultados obtidos com a modelagem das disciplinas
que envolvem o estudo, seus planejamentos de prazo e custo. Também é abordado
como foi efetuado as análises de interferências e simulação virtual da construção.
4.1 MODELO ARQUITETÔNICO
A modelagem arquitetônica começa com a observação dos critérios e
requisitos estipulados no escopo e dos parâmetros básicos do projeto. Com tais
informações é elaborado um esboço em CAD 2D, onde será relacionado todos os
elementos construtivos, dimensões e disposição arquitetônica da edificação.
FIGURA 7 - PROJETO ARQUITETÔNICO
Fonte: Os autores.
O início da modelagem
desenhos 2D junto aos órgãos públicos competentes
correções obrigatórias por efeito das
Com os projetos aprov
Trabalho, por meio da configuração dos principais níveis de cada pavimento. Como
critério para criação dos níveis, foi observado as alturas “relevantes” para
edificação. Neste caso são:
1. Subsolo (-157cm);
2. Nível Rua: (0,00cm);
3. Térreo: (+103,50cm);
O início da modelagem 3D parametrizada, dá-se após a aprovação dos
desenhos 2D junto aos órgãos públicos competentes, visto que poderá ocorrer
correções obrigatórias por efeito das legislações vigentes.
Com os projetos aprovados pode-se então dar início a criação
Trabalho, por meio da configuração dos principais níveis de cada pavimento. Como
critério para criação dos níveis, foi observado as alturas “relevantes” para
Neste caso são:
157cm);
Nível Rua: (0,00cm);
Térreo: (+103,50cm); 37
após a aprovação dos
isto que poderá ocorrer
criação dos planos de
Trabalho, por meio da configuração dos principais níveis de cada pavimento. Como
critério para criação dos níveis, foi observado as alturas “relevantes” para a
38
4. Pavimento Superior: (+463,5cm);
5. Cobertura: (+827cm) e;
6. Altura Final: (+1047cm).
FIGURA 8 - NÍVEIS DO PROJETO
Fonte: Os autores.
A modelagem segue com a formação das bibliotecas de componentes e
famílias dos elementos construtivos, como: paredes, paredes empilhadas, pisos,
forros, portas, janelas, etc. Essas famílias podem ter diversos objetos e muitas
informações parametrizadas relacionadas a material, dimensões, cor, espessuras,
resistências, etc., sendo de vital importância outro recurso dos softwares BIM, a
possibilidade de categorização dos objetos dentro das famílias (Figura 9), permitindo
um alto grau de organização dos elementos construtivos utilizados.
FIGURA 9 - FAMÍLIAS DE ELEMENTOS DO PROJETO
Para o estudo de caso desta dissertação, as bibliotecas de famílias foram
criadas a partir das especificações dos elementos do projeto e das combinações e
insumos das tabelas SINAPI. Essas famílias são criadas com o objetivo de organizar
os objetos que foram parametrizados, afim de gerar tabelas de quantitativos de
forma organizada e discriminada.
A parametrização é fundamental para se obter um resultado confiável, sendo
uma das principais características da plataforma BIM. O nível de detalhamento da
parametrização irá determinar o nível de precisão que será obtido na extração dos
quantitativos e tabelas de custo do modelo.
A seguir será demonstrado o funcionamento da parametrização no objeto
“Parede Externa/Pintura e Interna/Pintura
“Parede básica”, conforme Figura
Fonte: Os autores.
Para o estudo de caso desta dissertação, as bibliotecas de famílias foram
criadas a partir das especificações dos elementos do projeto e das combinações e
insumos das tabelas SINAPI. Essas famílias são criadas com o objetivo de organizar
am parametrizados, afim de gerar tabelas de quantitativos de
forma organizada e discriminada.
A parametrização é fundamental para se obter um resultado confiável, sendo
uma das principais características da plataforma BIM. O nível de detalhamento da
etrização irá determinar o nível de precisão que será obtido na extração dos
quantitativos e tabelas de custo do modelo.
A seguir será demonstrado o funcionamento da parametrização no objeto
“Parede Externa/Pintura e Interna/Pintura – 15cm”, que está de
arede básica”, conforme Figura 10. A adição de informações ao
39
Para o estudo de caso desta dissertação, as bibliotecas de famílias foram
criadas a partir das especificações dos elementos do projeto e das combinações e
insumos das tabelas SINAPI. Essas famílias são criadas com o objetivo de organizar
am parametrizados, afim de gerar tabelas de quantitativos de
A parametrização é fundamental para se obter um resultado confiável, sendo
uma das principais características da plataforma BIM. O nível de detalhamento da
etrização irá determinar o nível de precisão que será obtido na extração dos
A seguir será demonstrado o funcionamento da parametrização no objeto
15cm”, que está dentro da família
A adição de informações ao elemento
construtivo é realizado de maneira intuitiva, onde será atribuído parâmetros
conforme a tipologia do objeto configurado.
FIGURA 10 - JANELA DE PARAMETRIZAÇÃO DO ELEMENTO PAREDE.
Fonte: Os autores.
Esse processo de parametrização é realizado para todos os objetos inseridos
no modelo, tais como: paredes, portas, janelas, forros, pisos, elementos estruturais e
instalações.
Finalizado esta primeira etapa de criação e parametrização dos
componentes, dá-se início a modelagem 3D propriamente dita. Para isso o software
disponibiliza recurso para importação de arquivos
“.dgn”, “.sat” e “.skp”, permitindo assim, o uso dos desenhos 2D como
o traçado dos elementos
Neste estudo de caso, foi importado um
projeto arquitetônico aprovado, com
empreendimento, de form
vez importado o arquivo, este
demais pavimentos, visto que
ocorre de maneira individualizada e vinculada.
é realizado de maneira intuitiva, onde será atribuído parâmetros
conforme a tipologia do objeto configurado.
JANELA DE PARAMETRIZAÇÃO DO ELEMENTO PAREDE.
Esse processo de parametrização é realizado para todos os objetos inseridos
, tais como: paredes, portas, janelas, forros, pisos, elementos estruturais e
zado esta primeira etapa de criação e parametrização dos
se início a modelagem 3D propriamente dita. Para isso o software
disponibiliza recurso para importação de arquivos nas extensões,
, permitindo assim, o uso dos desenhos 2D como
traçado dos elementos 3D.
e caso, foi importado um arquivo CAD (.d
projeto arquitetônico aprovado, com as plantas baixa dos pavimentos do
de forma vinculada ao plano de trabalho de cada pavimento.
z importado o arquivo, este deve ser posicionado em um pon
pavimentos, visto que o desenvolvimento da modelagem dos pavimentos
ocorre de maneira individualizada e vinculada.
40
é realizado de maneira intuitiva, onde será atribuído parâmetros
JANELA DE PARAMETRIZAÇÃO DO ELEMENTO PAREDE.
Esse processo de parametrização é realizado para todos os objetos inseridos
, tais como: paredes, portas, janelas, forros, pisos, elementos estruturais e
zado esta primeira etapa de criação e parametrização dos elementos e
se início a modelagem 3D propriamente dita. Para isso o software
extensões, “.dwg”, “.dxf”,
, permitindo assim, o uso dos desenhos 2D como contorno para
arquivo CAD (.dwg) referente ao
baixa dos pavimentos do
plano de trabalho de cada pavimento. Uma
deve ser posicionado em um ponto comum aos
o desenvolvimento da modelagem dos pavimentos
Após o processo descrito acima,
parametrizados de acordo com o escopo final, seguindo uma sequência lógica de
projeto, que para o estudo de caso em questão é:
a. Lançamento de paredes;
b. Lançamento de contrapiso
c. Lançamento de fo
d. Lançamento de telhas e calhas;
e. Lançamento de portas e janelas;
f. Lançamento de escadas;
g. Lançamento de elementos de acabamento.
4.1.1 Modelagem do elemento “parede”
A família de paredes c
subfamílias; Parede Básica, Parede Cortina
contém diversos elementos que serão utilizados ao longo do projeto.
FIGURA
Com a biblioteca de paredes já formada, dá
paredes na edificação. Para o projeto proposto, a família “Paredes” é o componente
Após o processo descrito acima, são lançados os elementos
trizados de acordo com o escopo final, seguindo uma sequência lógica de
projeto, que para o estudo de caso em questão é:
Lançamento de paredes;
Lançamento de contrapisos;
Lançamento de forros;
Lançamento de telhas e calhas;
Lançamento de portas e janelas;
Lançamento de escadas;
Lançamento de elementos de acabamento.
Modelagem do elemento “parede”
paredes criada para este estudo de caso é composta de
subfamílias; Parede Básica, Parede Cortina e Parede Empilhada. Cada subfamília
contém diversos elementos que serão utilizados ao longo do projeto.
FIGURA 11 - SUB-FAMÍLIAS DAS PAREDES
Fonte: Os autores. Com a biblioteca de paredes já formada, dá-se início ao lançamento
. Para o projeto proposto, a família “Paredes” é o componente
41
são lançados os elementos, já
trizados de acordo com o escopo final, seguindo uma sequência lógica de
riada para este estudo de caso é composta de três
e Parede Empilhada. Cada subfamília
contém diversos elementos que serão utilizados ao longo do projeto.
se início ao lançamento das
. Para o projeto proposto, a família “Paredes” é o componente
que mais possui elementos associados, sendo portanto, a etapa mais propensa a
erros de lançamento.
O processo de lançamento de paredes ocorre de maneira intuitiva com o
recurso “arrasta e solta”, sendo possível vincular os elementos à outros pavimentos
ou determinar deslocamentos de forma manual a cada elemento inserido
este último, um recurso pou
e parede empilhada, já que faz
vinculados de forma individual
4.1.1.1 Parede empilhada
Uma particularidade
empilhada” (Figura 12), ou seja,
visto que, nas áreas internas da edificação haverá rebaixo
as paredes deverão possuir acabamento até o rebaixo
laje, sem acabamento. Tal nível de detalhamento só é possível na modelagem BIM
em alguns casos acarreta em uma redução significativa do orçamento final da obra.
que mais possui elementos associados, sendo portanto, a etapa mais propensa a
processo de lançamento de paredes ocorre de maneira intuitiva com o
recurso “arrasta e solta”, sendo possível vincular os elementos à outros pavimentos
ou determinar deslocamentos de forma manual a cada elemento inserido
este último, um recurso pouco utilizado, visto que, dificulta a alteração de “pé direito”
, já que faz-se necessário a alteração dos elementos não
vinculados de forma individual, tornando as análises trabalhosas e pouco eficientes
Parede empilhada
Uma particularidade deste projeto é a necessidade de utiliza
, ou seja, dois tipos de acabamento em uma mesma parede,
visto que, nas áreas internas da edificação haverá rebaixo do “pé direito”
o possuir acabamento até o rebaixo e o restante da parede até a
Tal nível de detalhamento só é possível na modelagem BIM
em alguns casos acarreta em uma redução significativa do orçamento final da obra.
FIGURA 12 - PAREDE EMPILHADA
42
que mais possui elementos associados, sendo portanto, a etapa mais propensa a
processo de lançamento de paredes ocorre de maneira intuitiva com o
recurso “arrasta e solta”, sendo possível vincular os elementos à outros pavimentos
ou determinar deslocamentos de forma manual a cada elemento inserido, sendo
visto que, dificulta a alteração de “pé direito”
necessário a alteração dos elementos não
, tornando as análises trabalhosas e pouco eficientes.
utilização de “Parede
dois tipos de acabamento em uma mesma parede,
do “pé direito”, portanto
o restante da parede até a
Tal nível de detalhamento só é possível na modelagem BIM e
em alguns casos acarreta em uma redução significativa do orçamento final da obra.
43
Fonte: Os autores.
4.1.2 Lançamento De Pisos
O lançamento de piso ocorre em duas etapas, no ambiente de arquitetura e
no ambiente de estrutura. Neste capítulo abordamos o tema somente no âmbito da
arquitetura.
Para o modelo de arquitetura, adotou-se apenas a camada de contrapiso e
acabamentos, desprezando a camada de laje, que será executada no modelo de
estrutura.
O modelamento funciona por meio de delimitação vetorial (linhas na cor rosa
– Figura 13), sempre atentando para os limites de inclusão do piso, que usualmente
deve ser até o alinhamento dos tijolos, desprezando os acabamentos.
FIGURA 13 - DELIMITAÇÃO VETORIAL DO PISO
Fonte: Os autores.
4.1.3 Lançamento de forros de gesso
O lançamento dos rebaixos de gesso ocorre de maneira análoga ao dos
pisos, porém em outro plano de trabalho, designado como “Planta de Forro”. Esse
plano de corte é criado de maneira a contemplar somente a faixa onde será
instalado o rebaixo, afim de facilitar a modelagem dos elementos de forro.
44
4.1.4 Lançamento de telhas e calhas
Neste caso de projeto, o telhamento (Figura 14) foi modelado também em
dois ambientes, de arquitetura e de estrutura. No ambiente de arquitetura foi lançado
um elemento chamado “Telha fibrocimento” composto pelos materiais “Telha
fibrocimento” e “Madeira Cambará”. No entanto, a inclusão do material “Madeira” no
componente não é usual, sendo mais correto o lançamento do madeiramento do
telhado no ambiente de estrutura. Este artifício foi utilizado com a intenção de gerar
um quantitativo de material “Madeira” em m², afim de atender os parâmetros da
tabela de composição SINAPI.
45
FIGURA 14 - MODELO DO TELHAMENTO.
Fonte: Os autores.
A inserção das calhas (Figura 15) é realizado editando um elemento da
biblioteca padrão para a situação prevista de projeto.
FIGURA 15 - DETALHE DA CALHA
Fonte: Os autores.
46
4.1.5 Lançamento de Portas e Janelas
Uma vez que o modelo de arquitetura está com as paredes inseridas, pode-se
então lançar as portas e janelas. Na etapa da parametrização, foi verificado se todos
os elementos de portas e janelas estavam disponíveis na biblioteca do programa
(Figura 16). Os itens que porventura não existiam, foram obtidos similares no fórum
virtual “Revit City” através do link revitcity.com. Estes objetos similares são
totalmente modificáveis e parametrizáveis, afim de atender os requisitos do escopo.
FIGURA 16 - FAMÍLIA DE PORTAS
Fonte: Os autores.
4.2 MODELO ESTRUTURAL
Para este projeto não foi executado o dimensionamento da estrutura por não
estarem disponíveis para uso, em versões educacionais, softwares especializados e
interoperáveis como, Autodesk® Robot, Tekla®, Nemetschek® Scia Engineer e
Nemetschek® All Plan e acima de tudo por não estarem de acordo com as normas
brasileiras vigentes.
47
FIGURA 17 - INTERFACE DE MODELAGEM DE ESTRUTURA
Fonte: Os autores.
Como o objetivo deste estudo é demonstrar os resultados referentes ao
desenvolvimento de um modelo BIM 5D e não analisar pontualmente situação de
arquitetura, estrutura e instalações, os dados referentes a dimensionamentos não
serão apresentados. Informações e dimensões referente a estacas, blocos de
fundação, pilares, vigas, lajes e escadas serão modeladas de maneira igualitária e
unificada.
A locação dos pilares é um ponto importante a ser discutido, visto que o
software permite dois tipos de lançamento, de maneira contínua, onde o pilar nasce
no bloco de fundação e termina na cobertura, e de maneira não contínua, onde o
pilar nasce no início de cada pavimento e morre no topo do mesmo pavimento. Para
48
este projeto foi utilizado o método não contínuo por ser um procedimento mais
compatível com o tipo de estrutura modelada. A escolha do método correto é de
grande importância, pois influência na quantificação de material, evitando
sobreposição de área dos elementos construtivos e na análise “Clash detective”,
para interferências, que será estudado no capítulo 4 – Resultados e Discussões.
Os dados referente as armaduras não foram modelados no Autodesk® Revit,
pois não há recurso no software para esta operação. Em vista disto, foram lançados
somente os elementos construtivos com o material “concreto” e posteriormente foi
incorporado as taxas de armadura, referente as estacas, blocos de fundação, vigas,
pilares, lajes e escadas, ao quantitativo final.
4.3 MODELO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E HIDROSSANITÁRIAS
Para a modelagem das disciplinas de instalações hidrossanitárias e elétrica,
foi utilizado o banco de dados disponibilizado pelo Autodesk® Revit e também a
biblioteca do fabricante Tigre®, uma vez que este tem um portfólio completo de
produtos nestas disciplinas. Todos estes componentes foram editados e
parametrizados conforme a necessidade do projeto. Atento também ao conceito BIM
5D, na modelagem destas disciplinas, foram anexados os códigos dos materiais
assim como seus respectivos custos com base na tabela SINAPI.
Para proporcionar uma melhor visualização, nesta etapa da modelagem os
sistemas hidrossanitários e drenagem foram organizados por cores (Figura 18). O
sistema de alimentação (em verde escuro), é o conjunto de elementos da entrada de
água fria que conduzem da rede pública até o reservatório sobre a edificação. O
sistema de distribuição (azul claro), distribui água fria do reservatório até elementos
tais como lavatórios, caixas acopladas, etc. O sistema de esgoto (em verde claro), é
o conjunto de elementos que conduzem os dejetos gerados à captação pública, e
anexo à tubulação secundário de esgoto, temos o sistema de ventilação (em
vermelho) que evita a sucção da água das caixas sifonadas impedindo que o mal
cheiro retorne do esgotamento primário. Em alaranjado temos o sistema de águas
pluviais, na qual capta água da chuva através das calhas, grelhas e ralos, até uma
caixa de distribuição, que por sua vez é bombeado para a caixa de contenção de
cheia e escoado por gravidade até a rede pública de águas pluviais.
49
FIGURA 18 - MODELO DE INSTALAÇÃO HIDROSSANITÁRIA E DRENAGEM
Fonte: Os autores.
Abaixo, nas figuras 19 e 20, nota-se o nível de detalhamento, que é possível
obter nos softwares BIM. Estas vistas foram obtidas através de ferramentas de corte
instantâneo, onde é possível estabelecer cortes em três dimensões, rotações e
filtros, de maneira a facilitar verificações pontuais e auxílio às tarefas a serem
executadas.
50
FIGURA 19 - DETALHE DAS INSTALAÇÕES DOS RESERVATÓRIOS
Fonte: Os autores.
Especialmente em instalações sanitárias e de drenagem, a modelagem 3D
possibilita uma melhor análise das situações de projeto, visto que, para esse tipo de
instalação é necessário verificação contínua da necessidade de prolongadores nas
caixas sifonadas ou na saída do esgoto primário, compatibilidade nas conexões
devido à inclinação e atendimento de inclinação mínima.
51
FIGURA 20 - DETALHE DAS INSTALAÇÕES DOS BANHEIROS
Fonte: Os autores.
A modelagem do sistema elétrico e telefônico no Autodesk Revit® é bastante
limitado se comparado ao hidrossanitário. Para esta disciplina, temos apenas
disponível a biblioteca do software, que é bastante restrito. Um exemplo desta
afirmação é que esta biblioteca não disponibiliza eletroduto flexível para modelagem
de tubulações elétricas. Neste caso foi utilizada tubulação rígida. Também o
Autodesk Revit® não quantifica fiação elétrica. Neste caso, para orçamentação, foi
utilizado composições do SINAPI, que abrangem instalação e fiação elétrica, para
execução dos serviços, visando suprir esta imperfeição.
FIGURA 21 – EXEMPLO DE COD.
Fonte: SINAPI SIPCI – Sistemas de preços, custo e índices <https://www.sipci.caixa.gov.br/SIPCI/servlet/TopController?processo=insumos&acao=LoginInternetPublicoI&login=S&pageNumber=1&numeroNIS=00000000000
FIGURA
Fonte: Os autores.
EXEMPLO DE COD. SINAPI PARA INSTALAÇÃO ELÉTRICA (COD. 93128)
Sistemas de preços, custo e índices https://www.sipci.caixa.gov.br/SIPCI/servlet/TopController?processo=insumos&acao=LoginInternetP
icoI&login=S&pageNumber=1&numeroNIS=00000000000>. Acessado em 13/08
FIGURA 22 - MODELO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
52
PARA INSTALAÇÃO ELÉTRICA (COD. 93128)
https://www.sipci.caixa.gov.br/SIPCI/servlet/TopController?processo=insumos&acao=LoginInternetP. Acessado em 13/08/2016.
MODELO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Um benefício que a modelagem BIM proporciona, é a visualização de cada
disciplina em separado ou em conjunto, desta forma permitindo ao projetista verificar
e corrigir conflitos entre sistemas.
4.4 EXTRAÇÃO DE QUANTITATIVOS
A extração de quantitativos dos insumos é realizada por meio do recurso
“Tabelas/Quantidades” (Figura 23)
totalmente configuráveis, podendo
sobre seus componentes, sendo possível também a realização de fórmulas,
aplicação de filtros, agrupamentos e somatórios totais e parciais.
FIGURA 23 - EXTRAÇÃO DE QUANTITATIVO DO AUTODESK REVIT
Fonte: Os autores.
As unidades para quantificação utilizado pelo software são: metro linear,
metro quadrado, metro cúbico, e unitário. A retirada de dados para este projeto
ocorreu de acordo com os parâmetros das tabelas SINAPI, para todos os insumos
utilizados.
Outra possibilidade é a exportação
Microsoft® Excel, afim de utilizar recursos avançados como tabela dinâmica
Um benefício que a modelagem BIM proporciona, é a visualização de cada
separado ou em conjunto, desta forma permitindo ao projetista verificar
e corrigir conflitos entre sistemas.
EXTRAÇÃO DE QUANTITATIVOS
A extração de quantitativos dos insumos é realizada por meio do recurso
(Figura 23) do software Autodesk® Revit
totalmente configuráveis, podendo-se adicionar ou remover qualquer informação
sobre seus componentes, sendo possível também a realização de fórmulas,
aplicação de filtros, agrupamentos e somatórios totais e parciais.
EXTRAÇÃO DE QUANTITATIVO DO AUTODESK REVIT
As unidades para quantificação utilizado pelo software são: metro linear,
metro quadrado, metro cúbico, e unitário. A retirada de dados para este projeto
ocorreu de acordo com os parâmetros das tabelas SINAPI, para todos os insumos
Outra possibilidade é a exportação das tabelas de quantitativos
, afim de utilizar recursos avançados como tabela dinâmica
53
Um benefício que a modelagem BIM proporciona, é a visualização de cada
separado ou em conjunto, desta forma permitindo ao projetista verificar
A extração de quantitativos dos insumos é realizada por meio do recurso
Autodesk® Revit. Tais tabelas são
se adicionar ou remover qualquer informação
sobre seus componentes, sendo possível também a realização de fórmulas,
aplicação de filtros, agrupamentos e somatórios totais e parciais.
EXTRAÇÃO DE QUANTITATIVO DO AUTODESK REVIT
As unidades para quantificação utilizado pelo software são: metro linear,
metro quadrado, metro cúbico, e unitário. A retirada de dados para este projeto
ocorreu de acordo com os parâmetros das tabelas SINAPI, para todos os insumos
das tabelas de quantitativos para o
, afim de utilizar recursos avançados como tabela dinâmica
54
(Apêndice B), filtros inteligentes e fórmulas de referência. Essa exportação utilizará o
formato de arquivo .txt, único formato aceito por ambos os softwares. Na figura
abaixo pode-se verificar um exemplo de tabela na qual foi filtrado a disciplina
“Estrutura” e organizada de tal forma a ser possível verificar os códigos, custos e
atividades que compões esta disciplina.
TABELA 4 - TABELA DE CUSTO PARA A DISCIPLINA DE ESTRUTURA
Fonte: Os autores.
A integração de todas as informações dos modelos em uma única planilha
permite inúmeras combinações de retorno de dados. Podemos ver na tabela abaixo
Disciplina Estrutural
Cód. SINAPI Descrição SINAPI Atividade Custo Total
90854
CONCRETAGEM DE PAREDES EM EDIFICAÇÕES UNIFAMILIARES FEITAS COM
SISTEMA DE FÔRMAS MANUSEÁVEIS COM CONCRETO USINADO BOMBEÁVEL, FCK
20 MPA, LAN ÇADO COM BOMBA LANÇA - LANÇAMENTO, ADENSAMENTO E
Execução da caixa de contenção de
cheias1.138,03
90877
ESTACA ESCAVADA MECANICAMENTE, SEM FLUIDO ESTABILIZANTE, COM 25 CM DE
DIÂMETRO, ATÉ 9 M DE COMPRIMENTO, CONCRETO LANÇADO POR CAMINHÃO
BETONE IRA. AF_02/2015
Execução de Estacas 592,74
92720
CONCRETAGEM DE PILARES, FCK = 25 MPA, COM USO DE BOMBA EM EDIFICAÇÃO C
OM SEÇÃO MÉDIA DE PILARES MENOR OU IGUAL A 0,25 M² - LANÇAMENTO, ADENS
AMENTO E ACABAMENTO. AF_12/2015
Execução de Pilares 3.167,62
92724
CONCRETAGEM DE VIGAS E LAJES, FCK=20 MPA, PARA LAJES PREMOLDADAS COM
U SO DE BOMBA EM EDIFICAÇÃO COM ÁREA MÉDIA DE LAJES MAIOR QUE 20 M² -
LA NÇAMENTO, ADENSAMENTO E ACABAMENTO. AF_12/2015
Execução de Escada do subsolo 647,38
Execução de Escada do terreo 581,78
92726
CONCRETAGEM DE VIGAS E LAJES, FCK=20 MPA, PARA LAJES MACIÇAS OU NERVUR
ADAS COM USO DE BOMBA EM EDIFICAÇÃO COM ÁREA MÉDIA DE LAJES MAIOR
QUE 20 M² - LANÇAMENTO, ADENSAMENTO E ACABAMENTO. AF_12/2015
Execução de Laje cobertura 4.960,21
Execução de Laje do pavimento
superior4.571,34
Execução de Laje do Térreo 6.164,18
Execução de Piso 10.024,00
Execução de Vigas Baldrame 972,74
Execução de Vigas que suportam
Terreo1.997,56
Execução de Vigas que suportam o
superior2.223,27
Execução de Vigas que suportam
cobertura2.628,41
92769
ARMAÇÃO DE LAJE DE UMA ESTRUTURA CONVENCIONAL DE CONCRETO ARMADO
EM UM EDIFÍCIO DE MÚLTIPLOS PAVIMENTOS UTILIZANDO AÇO CA-50 DE 6.3 MM -
MON TAGEM. AF_12/2015_P
Execução de Laje cobertura 10.615,50
Execução de Laje do pavimento
superior9.783,27
Execução de Laje do Térreo 13.192,15
Execução de Piso 21.452,68
92771
ARMAÇÃO DE LAJE DE UMA ESTRUTURA CONVENCIONAL DE CONCRETO ARMADO
EM UM EDIFÍCIO DE MÚLTIPLOS PAVIMENTOS UTILIZANDO AÇO CA-50 DE 10.0 MM -
MO NTAGEM. AF_12/2015_P
Execução de Blocos 4.117,33
Execução de Estacas 6.422,98
Execução de Pilares 4.794,55
Execução de Vigas Baldrame 1.559,02
Execução de Vigas que suportam
Terreo3.201,51
Execução de Vigas que suportam o
superior3.563,26
Execução de Vigas que suportam
cobertura4.212,58
74157/004 LANCAMENTO/APLICACAO MANUAL DE CONCRETO EM FUNDACOES Execução de Blocos 3.732,46
Total Geral 126.316,53
55
(Tabela 5), mais um exemplo onde foram aplicados filtros afim de obter somente os
quantitativos da parcela de arquitetura agrupado por pavimento.
TABELA 5 – CUSTO PARA DISCIPLINA DE ARQUITETURA POR PAVIMENTO.
Fonte: Os autores.
Disciplina Arquitetonico
Nível base Material: Nome Unidade Soma de Material: Área
1. Subsolo Bloco cerâmico m2 219,43
Chapisco Externo m2 324,26
Chapisco Interno m2 75,16
Contrapiso m2 236,12
Emboço Externo m2 324,41
Emboço Interno m2 75,13
Grama m2 13,26
Massa acrílica m2 324,57
Massa corrida m2 75,00
Pintura Externa Acrílica m2 324,62
Pintura Interna Acrílica m2 74,98
2. Nível Rua Bloco cerâmico m2 48,81
Cerâmica - Piso m2 1,63
Chapisco Externo m2 92,58
Contrapiso m2 35,63
Emboço Externo m2 92,59
Grama m2 6,96
Massa acrílica m2 92,61
Pintura Externa Acrílica m2 92,62
3. Térreo Bloco cerâmico m2 248,21
Cerâmica m2 34,03
Cerâmica - Piso m2 189,64
Chapisco Externo m2 197,32
Chapisco Interno m2 253,04
Contrapiso m2 189,64
Emboço Externo m2 197,49
Emboço Interno m2 252,68
Massa acrílica m2 263,53
Massa corrida m2 322,74
Pintura Externa Acrílica m2 193,01
Pintura Interna Acrílica m2 393,32
Placa de gesso m2 170,42
4. Pavimento superior Bloco cerâmico m2 293,13
Cerâmica m2 18,29
Cerâmica - Piso m2 168,24
Chapisco Externo m2 258,77
Chapisco Interno m2 263,12
Contrapiso m2 168,24
Emboço Externo m2 259,10
Emboço Interno m2 262,55
Massa acrílica m2 312,53
Massa corrida m2 350,14
Pintura Externa Acrílica m2 259,52
Pintura Interna Acrílica m2 403,10
Placa de gesso m2 159,54
5. Cobertura Bloco cerâmico m2 77,60
Chapisco Externo m2 123,34
Contrapiso m2 175,40
Emboço Externo m2 123,51
Madeira m2 171,33
Massa acrílica m2 74,08
Pintura Externa Acrílica m2 74,10
Telha fibrocimento m2 171,33
56
O tratamento de dados de um modelo BIM é executado visando a menor
interação humana possível, garantindo maior precisão e agilidade no processamento
dos dados, visto que todas as informações são geradas automaticamente pelo
sistema, minimizando possíveis lapsos de operação. Essa dinâmica de utilização de
dados permite análises de desempenho e eventuais alterações nos elementos, de
maneira mais eficaz.
Mesmo que seja vantajoso o sistema de extração de quantitativos da
Autodesk® Revit, as tabelas ainda possuem imperfeições, como a quantificação de
área de fôrmas para vigas, na qual necessita da área de somente três faces, não é
considerada pelo software.
Quando o software é utilizado em toda a sua totalidade, como no caso de
ambiente colaborativo, onde vários usuários operam simultaneamente em diversas
disciplinas num mesmo modelo, o procedimento de quantificação e evolução de
custo, pode ser verificado facilmente durante todo o desenvolvimento do projeto.
4.5 LEVANTAMENTO DE CUSTOS
O processo de levantamento de custos é o processo subsequente ao
levantamento de quantitativos, pois com a base de dados do levantamento de
quantitativos, a indicação dos custos são feitas cruzando esta base com a base de
dados que o SINAPI disponibiliza (mês de referência - 07/2016). As tabelas SINAPI
disponibilizam custos de Insumos e Composições. As composições (utilizadas no
estudo) formam seus preços com a somatória de três elementos: mão de obra,
insumo e equipamento. Os dados são atualizados mensalmente para todas as
unidades da federação, sendo possível um controle de custo durante todo ciclo de
vida do projeto e simulações para diversas regiões do país. Na figura abaixo
podemos verificar a composição do custo da atividade “Pintura em Alvenaria”
utilizada neste estudo.
FIGURA 24
Fonte: SINAPI SIPCI – Sistemas de preços, custo e índices <https://www.sipci.caixa.gov.br/SIPCI/servlet/TopCoublicoI&login=S&pageNumber=1&numeroNIS=00000000000
As tabelas de insumos e composições do SINAPI são disponibilizadas em
formato “.xls”, o que permite a integração com as tabelas de qu
no Autodesk® Revit. Essa integração só é possível com recursos específicos do
Microsoft® Excel ou outro software dedicado à orçamentação.
Uma vez o levantamento de quantitativo estar organizado em uma
base de dados do Microsoft®
elemento), o custo é extraído da Tabela SINAPI (utilizando o código como chave) e
informado para cada elemento
24 - DEMONSTRATIVO DE COMPOSIÇÃO - SINAPI
Sistemas de preços, custo e índices https://www.sipci.caixa.gov.br/SIPCI/servlet/TopController?processo=insumos&acao=LoginInternetP
ublicoI&login=S&pageNumber=1&numeroNIS=00000000000>. Acessado em 14/08
As tabelas de insumos e composições do SINAPI são disponibilizadas em
formato “.xls”, o que permite a integração com as tabelas de qu
. Essa integração só é possível com recursos específicos do
Excel ou outro software dedicado à orçamentação.
Uma vez o levantamento de quantitativo estar organizado em uma
Microsoft® Excel (onde nela consta o código SINAPI para cada
elemento), o custo é extraído da Tabela SINAPI (utilizando o código como chave) e
ra cada elemento (Figura 25).
58
SINAPI
ntroller?processo=insumos&acao=LoginInternetP. Acessado em 14/08/2016.
As tabelas de insumos e composições do SINAPI são disponibilizadas em
formato “.xls”, o que permite a integração com as tabelas de quantitativos geradas
. Essa integração só é possível com recursos específicos do
Uma vez o levantamento de quantitativo estar organizado em uma
(onde nela consta o código SINAPI para cada
elemento), o custo é extraído da Tabela SINAPI (utilizando o código como chave) e
FIGURA 25
Fonte: Os autores.
Os benefícios que a base de dados proporciona, é a emissão de várias
tabelas, com diversos filtros que facilitam aná
competitiva para as empresas que podem usar este sistema de orçamentação é a
possibilidade de utilização de bancos de dados próprios com índices atualizados de
acordo com os dados levantados em campo. A utilização de banco de dados
proprietário aumenta significativamente a precisão do processo de orçamentação de
um empreendimento.
4.6 ELABORAÇÃO DO PLAN
O levantamento de prazos é o processo na qual cada atividade do projeto tem
sua duração estimada. Esta duração é composta por diversos critérios que devem
ser estipulados. Para o projeto em estudo, o cálculo da duração das atividades
concebido conforme abaixo:
����
A variável “QTDE”, corresponde a quantidade de serviço que a atividade em
questão demanda. O “ÍNDICE”, trata
para cada serviço. Para este estudo, foi realizado o levantamento do
25 - INDICAÇÃO DO CUSTO NA BASE DE DADOS
Os benefícios que a base de dados proporciona, é a emissão de várias
versos filtros que facilitam análises. Uma grande vantagem
competitiva para as empresas que podem usar este sistema de orçamentação é a
ização de bancos de dados próprios com índices atualizados de
acordo com os dados levantados em campo. A utilização de banco de dados
proprietário aumenta significativamente a precisão do processo de orçamentação de
ELABORAÇÃO DO PLANEJAMENTO DE PRAZOS
O levantamento de prazos é o processo na qual cada atividade do projeto tem
sua duração estimada. Esta duração é composta por diversos critérios que devem
ser estipulados. Para o projeto em estudo, o cálculo da duração das atividades
concebido conforme abaixo:
EQUAÇÃO 1 - DURAÇÃO DE ATIVIDADE
����ÇÃ� QTDExÍNDICE
QTDERECURSOSxJORNADA
Fonte: MATTOS, 2010.
A variável “QTDE”, corresponde a quantidade de serviço que a atividade em
questão demanda. O “ÍNDICE”, trata-se de um coeficiente na qual o SINAPI dispõem
para cada serviço. Para este estudo, foi realizado o levantamento do
59
INDICAÇÃO DO CUSTO NA BASE DE DADOS
Os benefícios que a base de dados proporciona, é a emissão de várias
Uma grande vantagem
competitiva para as empresas que podem usar este sistema de orçamentação é a
ização de bancos de dados próprios com índices atualizados de
acordo com os dados levantados em campo. A utilização de banco de dados
proprietário aumenta significativamente a precisão do processo de orçamentação de
O levantamento de prazos é o processo na qual cada atividade do projeto tem
sua duração estimada. Esta duração é composta por diversos critérios que devem
ser estipulados. Para o projeto em estudo, o cálculo da duração das atividades foi
A variável “QTDE”, corresponde a quantidade de serviço que a atividade em
se de um coeficiente na qual o SINAPI dispõem
para cada serviço. Para este estudo, foi realizado o levantamento do índice para
todos os serviços que compõem o projeto. O
base de dados do SINAPI para consulta das composições de maneira completa,
visto que as tabelas disponibilizadas fornecem somente uma versão compilada sem
a indicação de índice de produtividade.
A maioria dos códigos
principal e secundários, para mão de obra (Figura 26)
deve-se calcular a duração utilizando o índice o insumo principal, uma vez que é
este que dita o ritmo da produção.
FIGURA
Fonte: SINAPI – SIPCI (Sistema de Preços, Custos e Índices
<https://www.sipci.caixa.gov.br/SIPCI/servlet/TopController?processo=insumos&acao=LoginInternetP
ublicoI&login=S&pageNumber=1&numeroNIS=00000000000
Para a variável “QTD RECURSOS”, foi adotado a
uma equipe de 4 pessoas (2 profissionais e 2 ajudantes) para serviços
porte, como levantamento de alve
as atividades na qual foram determinados esta configuração de equipe.
e compõem o projeto. O página do SIPCI (Figura 26)
INAPI para consulta das composições de maneira completa,
visto que as tabelas disponibilizadas fornecem somente uma versão compilada sem
a indicação de índice de produtividade.
A maioria dos códigos de composição possui coeficiente d
, para mão de obra (Figura 26). Para cálculo da duração,
se calcular a duração utilizando o índice o insumo principal, uma vez que é
da produção.
FIGURA 26 - ÍNDICE DE PRODUTIVIDADE DE SERVIÇO
Sistema de Preços, Custos e Índices).
https://www.sipci.caixa.gov.br/SIPCI/servlet/TopController?processo=insumos&acao=LoginInternetP
icoI&login=S&pageNumber=1&numeroNIS=00000000000>. Acessado em 14/08
el “QTD RECURSOS”, foi adotado a premissa
equipe de 4 pessoas (2 profissionais e 2 ajudantes) para serviços
evantamento de alvenaria, reboco e pintura. A tabela abaixo lista todas
as atividades na qual foram determinados esta configuração de equipe.
60
página do SIPCI (Figura 26) hospeda a
INAPI para consulta das composições de maneira completa,
visto que as tabelas disponibilizadas fornecem somente uma versão compilada sem
possui coeficiente de produtividade
. Para cálculo da duração,
se calcular a duração utilizando o índice o insumo principal, uma vez que é
ÍNDICE DE PRODUTIVIDADE DE SERVIÇO
https://www.sipci.caixa.gov.br/SIPCI/servlet/TopController?processo=insumos&acao=LoginInternetP
. Acessado em 14/08/2016.
premissa de que haverá
equipe de 4 pessoas (2 profissionais e 2 ajudantes) para serviços de grande
intura. A tabela abaixo lista todas
as atividades na qual foram determinados esta configuração de equipe.
61
TABELA 6 – ATIVIDADES COM 2 RECURSOS (2 PROFISSIONAIS + 2 AJUDANTES)
Fonte: Os autores.
Cód. EAP Atividade QTD. RECURSOS
1.1.1 Execução de Estacas 2
1.1.2 Execução de Blocos 2
1.1.3 Execução de Vigas Baldrame 2
1.1.5 Execução de Piso 2
1.2.1 Execução de Pilares 2
1.2.2 Levantamento de Alvenarias subsolo 2
1.2.3 Execução da caixa de contenção de cheias 2
1.3.1 Execução de Vigas que suportam Terreo 2
1.3.3 Execução de Laje do Térreo 2
1.3.4 Execução de Escada do subsolo 2
1.4.1 Execução de Pilares 2
1.4.2 Levantamento de Alvenarias terreo 2
1.5.1 Execução de Vigas que suportam o superior 2
1.5.3 Execução de Laje do pavimento superior 2
1.5.4 Execução de Escada do terreo 2
1.6.1 Execução de Pilares 2
1.6.2 Levantamento de Alvenarias pavimento superior 2
1.7.1 Execução de Vigas que suportam cobertura 2
1.7.3 Execução de Laje cobertura 2
1.8.1 Execução de Pilares 2
1.8.2 Levantamento de Alvenarias cobertura e torre caixa dagua 2
1.10.1 Execução de Cobertura 2
1.12.1 Execução de Chapisco 2
1.12.2 Execução de Reboco 2
1.13.1 Execução de Contrapiso 2
1.14.1 Execução de Massa Corrida 2
1.14.2 Execução de Massa Acrílica 2
1.15.1 Execução de revestimento ceramico parede 2
1.15.2 Execução de Piso ceramico 2
1.16.1 Execução de forro de gesso 2
1.17.2 Execução de Pintura 2
Total Geral
62
Para os demais serviços, foi indicado uma equipe com 1 profissional e 1
ajudante (Tabela 7).
TABELA 7 - ATIVIDADES COM 1 RECURSO (1 PROFISSIONAL + 1 AJUDANTE)
Fonte: Os autores.
Cód. EAP Atividade QTD. RECURSOS
1.1.4 Execução de esgoto Sanitário e Drenagem 1
1.3.2 Execução de tubulações elétricas 1
1.5.2 Execução de tubulações elétricas 1
1.7.2 Execução de tubulações elétricas 1
1.10.2 Instalação de calhas e ligação de tubulações aguas pluviais 1
1.11.1 Execução de instalações Hidraulicas 1
1.11.3 Execução de instalações Sanitárias 1
1.17.1 Execução de Molduras Externas 1
1.18.1 Instalação de portas 1
1.18.2 Instalação de Janelas 1
1.18.3 Instalação de equipamentos hidráulicos 1
1.18.5 Instalação de corrimãos 1
1.18.6 Execução de ajardinamento 1
1.9.1 Montagem da caixa dágua e demais tubulações 1
Total Geral
63
Por fim a variável “JORNADA”, foi estipulado como padrão 8 horas que
corresponde a quantidade de horas de trabalho diária.
Com todas as variáveis determinadas, o cálculo da duração das atividades é
inclusa na base de dados. A figura abaixo mostra como foi disposto estas
informações na base.
FIGURA 27 - BASE DE DADOS PARA CÁLCULO DE DURAÇÃO DOS SERVIÇOS
Fonte: Os autores.
A Figura 27 também mostra que na base de dados foi incluído o código da
EAP (Apêndice A) para o projeto deste estudo. Com este dado, é possível gerar
visões através de tabelas dinâmicas, onde é possível verificar a duração por
atividades, esta mesma incluso custo para cada uma, entre outros.
4.7 RESULTADOS FINAIS
Neste tópico será abordado os resultados dos processos que envolveram o
BIM 5D ao longo deste estudo. De forma objetiva temos como grandes entregas
deste processo, a modelagem em 3D da arquitetura, estrutura, instalações
hidrossanitárias, elétrica e sistema de drenagem. Também será mostrado o
planejamento do tempo (4D) e de custos (5D).
4.7.1 MODELOS 3D – AUTODESK® REVIT
O software Autodesk® Revit, permite gerar imagens realistas dos modelos
através do recurso “Renderização”. Este recurso permite verificar de uma forma mais
64
precisa, como o empreendimento será depois de concluído, sendo este recurso
amplamente utilizado como ferramenta para tomada de decisões, quanto a design e
aceitação do público alvo ou interessado.
4.7.1.1 Modelo arquitetônico
FIGURA 28 - MODELO ARQUITETÔNICO (RENDERIZADO)
4.7.1.2 Modelo estrutural
65
FIGURA 29 - MODELO DE ESTRUTURA (RENDERIZADO)
Fonte: Os autores.
FIGURA 30 - MODELO COMPLETO (RENDERIZADO)
Fonte: Os autores.
66
4.7.1.3 Cortes – “renderização”
Com as imagens “renderizadas” a partir de cortes, pode-se ter uma boa noção
de como será o acabamento final no interior da edificação. Também é possível
avaliar detalhes da edificação que vistas externas não possibilitam avaliar. Nos
cortes também é possível ver a união e interferências de disciplinas distintas unidas.
FIGURA 31 – CORTE (RENDERIZADO)
Fonte: Os autores.
4.7.2 MODELAGEM 4D (MODELAGEM 3D + PRAZO)
A visualização da “quarta dimensão” do projeto em estudo foi executada
aplicando os códigos da base SINAPI a todos os quantitativos dos elementos
modelados. Desta forma foi possível verificar o índice ou coeficiente (hora/unidade
de cada elemento) para cada item extraído na base e então calculado a duração (em
dias) individualmente.
67
TABELA 8 - CUSTO TOTAL E PRAZO DO EMPREENDIMENTO
Fonte: Os autores.
Cód. EAP Atividade Dur.Projeto Custo Total
1.1.1 Execução de Estacas 3,0 7.015,71
1.1.2 Execução de Blocos 3,0 7.849,79
1.1.3 Execução de Vigas Baldrame 1,0 2.531,76
1.1.4 Execução de esgoto Sanitário e Drenagem 6,0 4.734,56
1.1.5 Execução de Piso 15,0 31.476,68
1.2.1 Execução de Pilares 1,0 2.277,92
1.2.2 Levantamento de Alvenarias subsolo 22,0 14.383,64
1.2.3 Execução da caixa de contenção de cheias 1,0 1.138,03
1.3.1 Execução de Vigas que suportam Terreo 2,0 5.199,06
1.3.2 Execução de tubulações elétricas 4,0 2.523,03
1.3.3 Execução de Laje do Térreo 9,0 19.356,32
1.3.4 Execução de Escada do subsolo 1,0 647,38
1.4.1 Execução de Pilares 1,0 2.598,82
1.4.2 Levantamento de Alvenarias terreo 29,0 19.469,66
1.5.1 Execução de Vigas que suportam o superior 2,0 5.786,53
1.5.2 Execução de tubulações elétricas 7,0 5.154,24
1.5.3 Execução de Laje do pavimento superior 7,0 14.354,61
1.5.4 Execução de Escada do terreo 1,0 581,78
1.6.1 Execução de Pilares 1,0 2.631,96
1.6.2 Levantamento de Alvenarias pavimento superior 29,0 19.214,67
1.7.1 Execução de Vigas que suportam cobertura 3,0 6.840,99
1.7.2 Execução de tubulações elétricas 7,0 4.923,13
1.7.3 Execução de Laje cobertura 7,0 15.575,71
1.8.1 Execução de Pilares 1,0 453,47
1.8.2 Levantamento de Alvenarias cobertura e torre caixa dagua 8,0 5.086,68
1.9.1 Montagem da caixa dágua e demais tubulações 3,0 1.899,80
1.10.1 Execução de Cobertura 3,0 14.294,06
1.10.2 Instalação de calhas e ligação de tubulações aguas pluviais 1,0 1.077,36
1.11.1 Execução de instalações Hidraulicas 5,0 3.178,66
1.11.3 Execução de instalações Sanitárias 7,0 3.760,76
1.12.1 Execução de Chapisco 19,0 10.509,85
1.12.2 Execução de Reboco 78,0 62.006,19
1.13.1 Execução de Contrapiso 15,0 9.236,21
1.14.1 Execução de Massa Corrida 15,0 9.483,12
1.14.2 Execução de Massa Acrílica 21,0 41.689,52
1.15.1 Execução de revestimento ceramico parede 2,0 2.128,90
1.15.2 Execução de Piso ceramico 9,0 24.665,98
1.16.1 Execução de forro de gesso 11,0 10.043,98
1.17.1 Execução de Molduras Externas 4,0 978,45
1.17.2 Execução de Pintura 22,0 21.553,67
1.18.1 Instalação de portas 2,0 1.617,88
1.18.2 Instalação de Janelas 2,0 9.100,58
1.18.3 Instalação de equipamentos hidráulicos 1,0 1.278,30
1.18.5 Instalação de corrimãos 16,0 11.563,92
1.18.6 Execução de ajardinamento 1,0 147,20
Total Geral 386,0 442.020,53
A partir de uma base organizada, na qual temos duração, códigos da EAP
indicados para cada atividade, podemos
softwares específicos para montagem e controle de cronograma.
utilizado o Microsoft Project para elaboração do cronograma do projeto. Também foi
indicado neste cronograma, o custo para cada atividad
BIM 5D para o projeto. A figura abaixo mostra o cronograma deste estudo.
FIGURA 32 – INTERFACE PARA
Fonte: Os autores.
O projeto proposto
dispostos ao longo do tempo e considerando apenas dia úteis de trabalho, uma vez
que a ferramenta Microsoft®
dias de folga, temos que a data de término da obra
cronograma, foram montados duas equipes. A equipe 01 (com 1 profissional e 1
ajudante) e Equipe 02 (com 2 profissionais e 2 ajudantes). No cálculo de duração de
atividades, esta variável do cálculo foi estipulado para cada ser
A partir de uma base organizada, na qual temos duração, códigos da EAP
indicados para cada atividade, podemos então montar o planejamento da obra em
softwares específicos para montagem e controle de cronograma.
utilizado o Microsoft Project para elaboração do cronograma do projeto. Também foi
indicado neste cronograma, o custo para cada atividade no intuito de montar a visão
BIM 5D para o projeto. A figura abaixo mostra o cronograma deste estudo.
INTERFACE PARA CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO
O projeto proposto terá 372 dias úteis e 539 dias corridos
dispostos ao longo do tempo e considerando apenas dia úteis de trabalho, uma vez
icrosoft® Project permite lançar feriados e tornar estes dias como
dias de folga, temos que a data de término da obra será em 03/05/2018.
cronograma, foram montados duas equipes. A equipe 01 (com 1 profissional e 1
ajudante) e Equipe 02 (com 2 profissionais e 2 ajudantes). No cálculo de duração de
atividades, esta variável do cálculo foi estipulado para cada ser
68
A partir de uma base organizada, na qual temos duração, códigos da EAP
então montar o planejamento da obra em
softwares específicos para montagem e controle de cronograma. Neste estudo, foi
utilizado o Microsoft Project para elaboração do cronograma do projeto. Também foi
e no intuito de montar a visão
BIM 5D para o projeto. A figura abaixo mostra o cronograma deste estudo.
FINANCEIRO
úteis e 539 dias corridos. Estes dias
dispostos ao longo do tempo e considerando apenas dia úteis de trabalho, uma vez
Project permite lançar feriados e tornar estes dias como
será em 03/05/2018. Para este
cronograma, foram montados duas equipes. A equipe 01 (com 1 profissional e 1
ajudante) e Equipe 02 (com 2 profissionais e 2 ajudantes). No cálculo de duração de
atividades, esta variável do cálculo foi estipulado para cada serviço que compõe a
69
obra estudada. A figura abaixo mostra o cronograma do empreendimento até o
segundo nível da EAP e sua data de início e término.
FIGURA 33 - CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO COMPILADO
Fonte: Os autores.
4.7.3 MODELAGEM 5D (MODELAGEM 3D + PRAZO + CUSTO)
Assim como obteve-se a “dimensão 4D” com os dados dispostos em um
banco de dados, e todos os quantitativos codificados com a base SINAPI, a
“dimensão” 5D pode ser alcançada, uma vez que o SINAPI também dispõe do custo.
Esta base com custo informado a cada elemento, pode-se então gerar diversas
visões de custo do projeto. Nas Figuras 34 e 35 abaixo podemos visualizar o custo
final do projeto por várias vertentes.
FIGURA 34 - CUSTO TOTAL DO EMPREENDIMENTO POR DISCIPLINA E PAVIMENTO
Fonte: Os autores.
FIGURA 35 -
O 4D (3D + Prazo) aliado ao custo (5D) gera também inúmeras
de visões. A ferramenta Microsoft®
seus respectivos custos, disponibiliza relatórios de custos. Um extremamente
relevante para suporte à decisões é o fluxo de caixa do projeto. Neste relatório,
temos o desencaixe financeiro ao longo do tempo, etapa
CUSTO TOTAL DO EMPREENDIMENTO POR DISCIPLINA E PAVIMENTO
CUSTO TOTAL DO EMPREENDIMENTO COMPILADO
Fonte: Os autores.
O 4D (3D + Prazo) aliado ao custo (5D) gera também inúmeras
visões. A ferramenta Microsoft® Project, uma vez que lançado o cronograma com
seus respectivos custos, disponibiliza relatórios de custos. Um extremamente
relevante para suporte à decisões é o fluxo de caixa do projeto. Neste relatório,
financeiro ao longo do tempo, etapa-por-etapa, e também os
70
CUSTO TOTAL DO EMPREENDIMENTO POR DISCIPLINA E PAVIMENTO
CUSTO TOTAL DO EMPREENDIMENTO COMPILADO
O 4D (3D + Prazo) aliado ao custo (5D) gera também inúmeras possibilidades
Project, uma vez que lançado o cronograma com
seus respectivos custos, disponibiliza relatórios de custos. Um extremamente
relevante para suporte à decisões é o fluxo de caixa do projeto. Neste relatório,
etapa, e também os
gastos acumulados no projeto. A
estudado.
FIGURA
Fonte: Os autores.
Um projeto de acordo com os processos do BIM 5D, permite executar
simulação virtual de construção. Dessa forma, pode
físico e financeiro da obra em uma data futura.
abaixo expõe que o empreendimen
atividade 1.8.2 – Levantamento de Alvenarias Cobertura e torre da caixa d’água
23,22% concluída, a um custo acumulado de R$197.900,34.
gastos acumulados no projeto. A Figura 36 abaixo mostra o fluxo de caixa do projeto
FIGURA 36 - RELATÓRIO DE FLUXO DE CAIXA
de acordo com os processos do BIM 5D, permite executar
construção. Dessa forma, pode-se obter a informação do status
físico e financeiro da obra em uma data futura. Para ilustrar esta afirmação, a
o empreendimento deste estudo, em 30/07/2017, estará com a
Levantamento de Alvenarias Cobertura e torre da caixa d’água
23,22% concluída, a um custo acumulado de R$197.900,34.
71
abaixo mostra o fluxo de caixa do projeto
de acordo com os processos do BIM 5D, permite executar
se obter a informação do status
Para ilustrar esta afirmação, a Figura
to deste estudo, em 30/07/2017, estará com a
Levantamento de Alvenarias Cobertura e torre da caixa d’água com
FIGURA 37 - SIMULAÇÃO VIRTUAL DA CONSTRUÇÃO EM 30/07/2017
Fonte: Os autores.
4.7.4 ANÁLISE DE INTERFERÊNCIA “CLASH DETECTIVE”
Um dos recursos mais interessantes das ferramentas BIM, é a análise de
interferência dos elementos da edificação. Usualmente os modelos BIM
executados separadamente, já que normalmente são vários profissionais atuando no
projeto. Quando os profissionais não trabalham em um mesmo ambiente ou não há
comunicação entre eles, é comum ocorrer algumas interferências entre as
disciplinais, no momento da integração
maneira precisa, todos os pontos de conflito entre os elementos.
O recurso de detecção de conflito “Clash detective” está presente tanto no
Autodesk® Revit como no
aplicativo Autodesk® Navisworks para a análise de conflito, uma vez que, o recurso
neste software é mais avançado, possibilitando a configuração de tolerância no
“clash”, o que não é facultado no
com que a análise retorne muita informação e de maneira pouco aproveitável, visto
SIMULAÇÃO VIRTUAL DA CONSTRUÇÃO EM 30/07/2017
ANÁLISE DE INTERFERÊNCIA “CLASH DETECTIVE”
Um dos recursos mais interessantes das ferramentas BIM, é a análise de
interferência dos elementos da edificação. Usualmente os modelos BIM
executados separadamente, já que normalmente são vários profissionais atuando no
projeto. Quando os profissionais não trabalham em um mesmo ambiente ou não há
comunicação entre eles, é comum ocorrer algumas interferências entre as
nto da integração dos modelos. Este recurso mostra de
maneira precisa, todos os pontos de conflito entre os elementos.
O recurso de detecção de conflito “Clash detective” está presente tanto no
Revit como no Autodesk® Navisworks. Neste estudo fo
Navisworks para a análise de conflito, uma vez que, o recurso
neste software é mais avançado, possibilitando a configuração de tolerância no
“clash”, o que não é facultado no Autodesk® Revit. Essa restrição de tolerância,
com que a análise retorne muita informação e de maneira pouco aproveitável, visto 72
SIMULAÇÃO VIRTUAL DA CONSTRUÇÃO EM 30/07/2017
Um dos recursos mais interessantes das ferramentas BIM, é a análise de
interferência dos elementos da edificação. Usualmente os modelos BIM são
executados separadamente, já que normalmente são vários profissionais atuando no
projeto. Quando os profissionais não trabalham em um mesmo ambiente ou não há
comunicação entre eles, é comum ocorrer algumas interferências entre as
dos modelos. Este recurso mostra de
maneira precisa, todos os pontos de conflito entre os elementos.
O recurso de detecção de conflito “Clash detective” está presente tanto no
Navisworks. Neste estudo foi utilizado o
Navisworks para a análise de conflito, uma vez que, o recurso
neste software é mais avançado, possibilitando a configuração de tolerância no
Revit. Essa restrição de tolerância, faz
com que a análise retorne muita informação e de maneira pouco aproveitável, visto
que muitas interferências provem de erros milimétricos de lançamento, que podem
ser corrigidos no dia a dia da obra.
Na Figura 38, verifica
informação do “clash detective”, neste caso, indicando um conflito entre a tubulação
de esgoto primário com uma viga estrutural.
A correção dos conflitos é realizado no
possível grandes alterações ou
Navisworks. Após a correção é executado a sincronização do arquivo no
Navisworks para realização da simulação de construção.
FIGURA
Fonte: Os autores.
4.7.5 SIMULAÇÃO 5D
Executado as devidas correções de compatibilidade,
a simulação 5D de construção.
Para esta simulação foi utilizado o software
possui versão gratuita de teste e é totalmente
utilizando para este estudo.
que muitas interferências provem de erros milimétricos de lançamento, que podem
ser corrigidos no dia a dia da obra.
verifica-se um exemplo de como funciona o retorno de
informação do “clash detective”, neste caso, indicando um conflito entre a tubulação
de esgoto primário com uma viga estrutural.
A correção dos conflitos é realizado no Autodesk® Revit, visto que, não é
possível grandes alterações ou recursos específicos de modelagem no
Navisworks. Após a correção é executado a sincronização do arquivo no
Navisworks para realização da simulação de construção.
FIGURA 38 - RECURSO "CLASH DETECTIVE"
Executado as devidas correções de compatibilidade, pode
a simulação 5D de construção.
Para esta simulação foi utilizado o software Autodesk®
possui versão gratuita de teste e é totalmente compatível com os softwares
utilizando para este estudo.
73
que muitas interferências provem de erros milimétricos de lançamento, que podem
funciona o retorno de
informação do “clash detective”, neste caso, indicando um conflito entre a tubulação
Revit, visto que, não é
recursos específicos de modelagem no Autodesk®
Navisworks. Após a correção é executado a sincronização do arquivo no Autodesk®
pode-se então executar
Autodesk® Navisworks, que
compatível com os softwares
74
O Autodesk® Navisworks não é um aplicativo para modelagem, sendo assim
os modelos de arquitetura, estrutura e instalações devem ser importados,
juntamente com o cronograma físico-financeiro da obra.
Os softwares BIM (Autodesk® Revit) e gerenciamento (Autodesk®
Navisworks) por se tratar do mesmo desenvolvedor, faz com que a
interoperabilidade seja facilitada, sendo possível exportar os modelos do aplicativo
BIM já em extensão “.rvt”, executável pelo software de gerenciamento.
O cronograma físico-financeiro, também necessário à simulação, foi
desenvolvido no Microsoft® Project, aplicativo dedicado à elaboração de
ferramentas gerenciais e compatível com o Autodesk® Navisworks, por meio da
extensão “.mpp”.
Com os arquivos dos modelos e cronograma físico-financeiro carregados no
software Autodesk® Navisworks, pode-se dar início as associações das tarefas da
EAP com os elementos dos modelo, afim de criar um sequencia construtiva lógica
para simulação.
Os elementos, quando importados no Autodesk® Navisworks, são dispostos
por nível, de maneira unificada e individualizada, e totalmente individualizada.
Quando os elementos são devidamente separados já na modelagem, é possível
uma associação de maneira unificada, muito mais ágil que as demais.
FIGURA 39 - ASSOCIAÇÃO DOS ELEMENTOS À EAP
75
Fonte: Os autores.
Após a associação de todos os elementos à EAP, é possível executar a
simulação da construção (Figura 40). Esta etapa mostra todo o processo de
desenvolvimento da construção de maneira análoga a um vídeo, onde é realizado
uma leitura das tarefas da EAP e elementos associados. Neste processamento
pode-se verificar o percentual de execução de cada atividade com seu respectivo
custo parcial e total e tempo acumulado em semanas e dias.
FIGURA 40 - SIMULAÇÃO 5D
Fonte: Os autores.
76
O recurso de simulação permite uma análise mais profunda da execução da
obra, sendo capaz identificar possíveis falhas na EAP, além de possibilitar previsões
de custo e prazo mais confiáveis.
O software também possibilita a gravação do processamento da simulação
em arquivo de vídeo em extensão “.avi”, que pode ser reproduzido na maioria dos
“players” no mercado.
4.7.6 APLICAÇÕES COMPLEMENTARES PARA MODELOS BIM
Projetos gerados a partir da plataforma BIM permite ao projetista diversas
possibilidades de análises simuladas aplicáveis aos modelos, concedendo maior
embasamento à tomada de decisão. A Tabela 9 lista as principais ferramentas para
estas simulações.
TABELA 9 - FERRAMENTAS DE ANÁLISE PARA MODELOS BIM
Ecotect – modelo próprio do edifício mais entrada I FC
DAYSIM Simulador de iluminação
Radiance Simulador de iluminação
CIBSE Análise de energia
Energy+ Análise de energia Análise de radiação solar Análise acústica de tempo de reverberação
NIST-FDS, Fluent e WinAir4 Interface geral para múltiplas análises de dinâmica computacional de fluidos
IES – modelo próprio da edificação mais conexão dir eta com Autodesk Revit
ApacheCalc Perda e ganho de aquecimento
ApacheLoads Carregamentos para aquecimentos e resfriamentos
ApacheSim Simulação de dinâmica termal
ApacheHVAC Simulação de sistemas de ventilação e ar condicionado
SunCast Sombreamento à luz solar
MacroFlo Simulação da ventilação natural e sistemas de modos fixos
MicroFlo Aplicação para dinâmica computacional de fluidos para interiores
Deft Engenharia de valor
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CostPlan Estimativa de capital de custo
LifeCycle Estimativa de custos operacionais no ciclo de vida
IndusPro Leiaute e dimensionamento de dutos
PiscesPro Sistemas de tubulação
Simulex Evacuação de edifícios
Lisi Simulador de elevadores
gbXML – conexão XML a partir do Autodesk Revit, Ben tley Architecture e ArchiCAD
DOE-2 Simulação de energia
Energy+ Simulação de energia
Trane2000 Simulação de equipamentos Informação de produto da edificação
Fonte: Eastman, 2014, p.162. Outra aplicação, que permite qualquer usuário visualizar projetos modelados
em ferramentas da plataforma BIM, é o Bentley View V8i®. Este aplicativo interage
com arquivos no formato IFC e os converte em arquivos PDF 3D. Este tipo de
arquivo pode ser executado em qualquer software de leitura de arquivos PDF, sendo
possível a utilização de diversos recursos de visualização, entre eles: rotações,
cortes e filtros. Essa possibilidade de apresentação de projeto permite que pessoas
sem acesso aos software de modelagem, possam interagir com o projeto.
FIGURA 41 - INTERFACE DE TRABALHO DO BENTLEY VIEW V8I
Fonte: Os autores.
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5 CONCLUSÃO
O mercado da construção civil no mundo está evoluindo, e muito desta evolução
passa pela aplicação dos processos que formam o BIM. Países como Estados
Unidos, Reino Unido, Holanda, Finlândia, Noruega, entre outros já estão
amplamente adeptos a este conceito. No Brasil, esta prática ainda está pouco
difundida, mas o setor de construção civil inevitavelmente em um futuro próximo terá
de estar moldado a esta plataforma.
Com a utilização dos processos do BIM 5D no empreendimento, ao longo deste
trabalho foi constatado que este conceito gera diversos benefícios que justificam seu
uso. São estes:
1. Visualizar em 3D os elementos que estão sendo projetados, desta forma
pode-se avaliar com maior precisão as geometrias, estética e
funcionalidades da edificação;
2. Parametrizar elementos da modelagem e com isto incluir informações que
auxiliam no processo de orçamento, cronograma, utilização e ciclo de vida
do projeto;
3. Extrair automaticamente listas de quantitativos de materiais e
componentes de forma organizada e agrupada, afim de facilitar análises,
criação de cenários e planejamentos;
4. Simular a construção de forma virtual, uma vez que há ferramentas que
unem o cronograma físico-financeiro aos projetos 3D, e de uma forma
interativa e dinâmica simulam a construção ao longo do tempo,
possibilitando ao gestor conhecer a evolução física e financeira da
construção dia-a-dia;
5. Identificar automaticamente possíveis interferências entre os elementos
modelados;
6. A possibilidade de executar diversos tipos de análises em ambientes
interoperáveis.
Porém o BIM ainda expõe alguns pontos falhos, que podem ser identificados ao
longo deste trabalho. São estes:
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1. Necessidade de dividir as modelagens das disciplinas estrutural e
arquitetônico das disciplinas hidrossanitário e elétrico devido os arquivos
ficarem “pesados” dificultando o processo da modelagem;
2. Limitação da biblioteca, ou seja, os elementos que o escopo indica para
ser modelado, o software (Autodesk Revit) não dispõe em sua biblioteca.
Em alguns casos esta dificuldade foi superada criando o ítem (caixas de
concreto para esgoto e elétrica), em outros foi feita a substituição
(eletroduto corrugado não existe na biblioteca e foi substituído por
tubulação rígida) para ser possível chegar ao resultado esperado.
Por fim, o BIM, se comparado aos processos tradicionais de CAD, demandam um
maior empenho em suas fases iniciais (devido as parametrizações e criação de
elementos), porém nas demais fases do ciclo de vida do projeto, seu esforço ou
impacto são claramente menos impactantes.
O BIM também irá cooperar para que os processos de planejamento, projeto e
execução na construção civil, tenham uma maior agilidade, maleabilidade e
variações nas formas de construção. Também contribuirá na redução de geração de
documentos, diminuição considerável de erros de projetos e maior produtividade.
Projetos serão coordenados de forma mais inteligente devido à enorme gama de
informações disponíveis e possibilidades de criar soluções alternativas com prazos e
orçamento mais enxuto.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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