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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
MABEL SADDOCK E SILVA LENCIM
DROGADlc;:Ao : CONHECIMENTO DOS ALUNOS DA S" SERlE DO COLEGIO
ESTADUAL AVELINO ANTONIO VIEIRA.
Curitiba,
2004.
MABEL SADDOCK E SILVA LENCIM
DROGADI<;:AO . CONHECIMENTO DOS ALUNOS DA 8' SERlE DO COLEGIO
ESTADUAL AVELINO ANTONIO VIEIRA.
Trabalho de concludo do Curso dePedagogia, Faculdade de CienciasHumanas, Letrlls e Artes, UniversidadeTuiuti do P.mln~.Professor., Orientadora: Olga MariaMattos.
Curitiba,
2004.
'-5il!i Universidade Tuiuti do Parana'.,.,r
FACULDADE DE CIENCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
Curso de Pedagogia
TERMO DE APROVA<;:AO
NOME DO ALUNO: MABEL SADDOCK E SILVA LENCIM
TITULO: Drogadirao - conhecimento dos alunos da 8' serie H - deuma escola publica.
TRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO APROVADO COMO REQUISITO PARCIAL
PARA A OBTEN<;:AO DO GRAU DE LlCENCIADO EM PEDAGOG lA, DO CURSO DE
PEDAGOGIA DA FACULDADE DE CIENCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES, DA
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA.
MEMBROS DA COMISSAO AVALIADORA:
PROF(a). OLGA MARIA SILVA MATTOS lU\{1\al[~.-ORIENTADOR
PROF(a). MARIA FRANCISCA VILAS BOAS LEFFErv/#
MEMBRO DA BANCA
PROF(a) PERCI KLEIN
MEMBRO DA BANCA
DATA: 25/11/2004MEDIA __:2_QJ..1:W& )
CURITIBA - PARANA
2004
NIJo cxisle algutJm
que nunea teve urn professor na vida,
Assim como nllo M ningtrem
que nunea ten/la lido urn aluno.
5e existem analfabetos.
provavefmente 1140 ~ par vontade dos professores.
5e existem letrados,
e porqtle urn dia tiveram seus professores.
5e existem Premias Nobel,
I! porque afunos superaram seus professores.
5e existem grcmdes s~bios,
6 porque transcenderam suas fun¢ss de professores.
Quanto rnais S8 aprende, rna;s se quer ensinar.
Quanto mais 58 ensina, rnais se quer aprender.
fyam; Tibs.
Minha etema QfCItidao e admiravao:
A Deus por todos os momenta! em que Ele ouviu minhas suplicas pot serenidade.
Aos meus pais, par tudo 0 que sao e per ludo 0 que fizeram por mim aM hoje.
A minha fi//Ja, Gabriela, pelo amor incondidonaf e pe/a paciSncia.
A direq:Jo e supervislJo do Ca~io Estadual Ave/ina Antonio Vieira.
Fina/mente, it Professora Orientadora Olf/a, pela sua paciSncia e dedicaq4o.
iii
SUMARIO
INTRODUVAO 05
1 CONTEXTUALIZANDO A AREA DE PESQUISA 07
1.1 COLEGIO ESTADUAL AVELINO VIERIA 07
1.2 QUESTOES CURRICULARES 08
1.2.1 Proposta Pedagogica 08
1.2.2 Aspectos Fitos6ficos 09
1.2.3 Aspectos Psicologicos 10
1.2.4 Aspectos Sociol6gicos 10
1.3 PRINCiPIOS DIDATICOS-PEDAG6GICOS 12
2 ASPECTOS DA DROGADlvAO: CONCEITOS E CONTEXTO 14
3 REFERENCIAL METODOL6GICO 18
4 METODOLOGIA DA PESQUtSA 20
4.13' FASE - ORGANIZAvAO E ANALISE DOS DADOS 21
4.1.1 PARA VOCE A DEPENDENCIA QuiMICA E UMA DOENCA? 21
4.1.1.1 Porque? 22
4.1.2 ASSINALE AS DROGAS QUE VOCE CONHECE ou JA OUVIU
FALAR
4.1.2.1 Outras Quais?
4.1.3 CONHECE ALGUEM QUE FAZ usa DE DROGAS?
4.1.3.1 Quem?
4.1.3.2 Outros. Quem?
4.1.4 QUAIS OS MOTIVOS QUE VOCE ACHA QUE LEVA UMA PESSOA
AO USO DE DROGAS
4.1.4.1 Outros. Quais?
4.1.5 VOCE JA FEZ usa DE DROGAS?
4.1.5.1 Quais?
4.1.6 COMO VOCE PROCEDERIA AO DEPARAR-SE COM UM DEPEN-
DENTE QUiMICO? (COMO AJUDA-LO?)
4.1.7 PARA VOCE QUAIS OS PROBLEMAS GERADOS PELOS USUARIOS
DE DROGAS?
4.24' FASE - OFICINA DE SENSIBILIZACiio
5 ANALISE CONCLUSIVA
iv
23
24
25
26
27
28
29
30
31
33
34
36
38
REFERENCIAS
ANEXOS
40
41
INTRODU<;:AO
Esle trabalho tem por objetivo identificar 0 conhecimento dos alunos da 8'
serie H do Colegio Estadual Avelino Antonio Vieira e esclarecer com os mesmas, as
problemas causados pelo usa de drogas.
A tematica desenvolvida foi a pedido da dire<;iio que va na escola um
espac;o para 0 desenvolvimento de atividades educativas, bem como a sua
responsabilidade na prevenc;c3o primaria em rela~o as drogas
o uso de drogas est a presente em todos os povos desde a antiguidade.
Querendo ou naa, as adolescentes vao ouvir falar das drogas, seja nas campanhas
de prevenc;ao, seja extra-oficialmente, pelos colegas (usuaries ou nao), numa
mensagem bern diferente das oficiais.
A missao como educadores do Colegio Avelino Antonio Vieira e adaptar
todos os conhecimentos passiveis a realidade do aluno e da comunidade em que ele
vive, objetivanda 0 desenvolvimento nos educandos de uma autonomia critica e que
estes possam ser agentes transform adores dessa realidade de usa e abuso de
drogas que vem acometendo as jovens.
Para melhor entendimento, este trabalho encontra-se subdividido em quatro
capitulos:
No primeiro capitulo encontram-se informa96es referentes ao Colegio
Estadual Avelino Antonio Vieira, bem como as quest6es curriculares compreendidas:
proposta pedag6gica, aspectos filos6ficos, aspectos psicol6gicos, aspectos
sociol6gicos e principios didatico-pedag6gicos.
Para a elaborac;.ao do segundo capitulo, considerando a necessidade de
respaldo teorico e visando a compreensao da tematica abordada, foram
pesquisados diferentes autores, tais como: Rosa Maria Santos, lyami Tiba, Roberto
Wusthof, dentre outros. Neste capitulo, s~o abordados os aspectos da drogadig80:
conceitos e contexto.
No terceiro capitulo encontra-se 0 referencial metodologico baseado na
Vis~o de Michel Thiollent, tendo como principia 0 desenvalvimento da
instrumentalidade sem excluir 0 "espirito critico·, proporcionando 0 aumento do
conhecimento e a consci~ncia das pessoas envolvidas no processo.
No quarto capitulo encontra-se a metodologia da pesquisa. Pretende-s8
utilizar abordagens qualitativas de pesquisa, par entender que estas buscam
conhecer os sujeitos inseridos em suas hist6rias. Como tecnica para obtenyao de
dados a academica pretende utilizar urn question<3rio contendo perguntas fechadas e
abertas para que se obtenha informa¢es dos entrevistados do que ele conhece
sobre a drogadi9ao (Ioram entrevistados 27 alunos).
A pesquisa-a<;ao foi realizada par meio de uma oficina de sensibilizayao.
sobre 0 tema drogadit;ao, com os alunos da 8:1 serie H - turno noturno, do ensino
fundamental, do Colegio Estadual Avelino Antonio Vieira.
Para responder a problematica levantada, seguiram-se as fases: Pesquisa
Bibliog,,;lica, Pesquisa de Campo, Organiza,ao e Analise de Dados e Ofrcina de
Sensibiliza,ao.
Finalizou-se 0 trabalho com as referencias bibliograficas e os anexos.
1 CONTEXTUALIZANDO A AREA DE PESQUISA
1.1 COLEGIO ESTADUAL AVELINO ANTONIO VIEIRA
o Colegio Estadual Avelino Antonio Vieira est a localizado na cidade de
Curitiba, a Rua Julio Mesquita, nO 12 - Bairro Santa Amelia.
o colegio e proximo ao terminal do Fazendinha e do Cemiterio Jardim da
Saudade II.
A comunidade e de classe media baixa, havendo uma mistura de etnias,
predominando-se a origem negra. (Projeto Pedag6gico do Colegio Estadual Avelino
Antonio Vieira)
A cultur8 e baixa par parte dos familiares uma vez que estas vern do interior
do Parana e Santa Catarina e em majaria, trabalhavam na ro98.
A religiao predominante e a Cat6lica. (Projeto Pedag6gico do Colegio
Estadual Avelino Antonio Vieira)
o predio do colegio e antigo e sua estrutura fisica consta de 22 salas de
aula, uma sala de video, urn laborat6rio de informatica, urn laborat6rio de ciencias
fisieas, quimicas e biologicas e de uma biblioteca.
o bairro Santa Amelia, bern como 0 calsgia, nao possuem saneamento
basico e rede de 8590tO.
Atualmente estao matriculados 766 alunos no periodo da manha, 746 no
periodo da tarde e 650 alunes no periodo da noite, totalizando 2.162 alunos. No
turno da manha existem 4 turmas de primeiro ano, 2 turmas de terceiro ana do
Ensino Media; ainda no periodo da manha existem 2 turmas de quinta serie, 3
turmas de sexta serie, 4 turmas de setima serie e 5 turmas de ortava serie do Ensino
Fundamental. No turno da tarde existem 12 turmas de quinta serie, 5 turmas de
sexta serie, 4 de setima seria e uma turma de oitava serie. No turno da noite existe
uma turma de quinta serie, 1 turma de sexta serie, 2 turmas de setima serie e 3
turmas de oitava serie do Ensino Fundamental, alem de 7 turmas de primeiro ana, 4
turmas de segundo ana e 4 turmas de terceiro ana do Ensino Media.
1.2 QUESTOES CURRICULARES
1.2.1 Proposta Pedag6gica
De acordo com a Proposta Pedag6gica do Colegio Estadual Avelino Antonio
Vieira, as principlos esteticos, politicos e da LOB, 0 colegio observan3 na gest~o, na
organiza~ao curricular e na pratica pedag6gica e didatica, as seguintes diretrizes:
Identidade, Dillersidade e Autonomia.
Identidade sup6e uma inser~o no meio social que leva a defini9fio de
vocacyoes proprias, que S8 diversificam ao incorporar as necessidades locais e as
caracterfsticas dos alunos, a participayao dos professores e das familias no desenho
institucional considerado adequado para cada escota, sendo necessaria que cada
urna del as tenha identidade como institui<;6es de educayao de jovens e que essa
identidade seja diversificada em fun9~o das caracteristicas do meio social e da
clientela, reconhecendo que para alcan~r a igualdade, e necessaria um tratamento
diferenciado.
A Diversidade na escola e necessaria para contemplar as desigualdades nos
pontos de partida de seus alunos, que requerem diferenyas de tratamento como
forma mais eficaz de garantir a todas um patamar comum nos pontos de chegada,
send a indispensavel a existencia de mecanismos de avaliag8.o dos resultados para
aferir se as pontos de chegada estao sendo comuns e deverao ter como referencia
as competencias de carater geral que se quer constituir em todos os aiunos e um
corpo basi co de conteudos, cujo ensino e aprendizagem, propiciam a constitui~ao de
tais competencias.
A analise dos resultados das avalia96es dos indicadores de desempenho
dever:io permitir a escola, avaliar seus processos, verificar suas debilidades e
planejar a melhoria do processo educativo.
A diversificaryao devera ser acompanhada de sistemas de avaliaryao que
permitam a acompanhamento permanente dos resultados, tomando como refen§ncia
as competencias basicas a serem alcan~das par todos os alunos, de acordo com a
LDB, as presentes diretrizes e as propostas pedag6gicas da escola.
A Autonomia se exerce atraves da proposta pedagogica, devendo refletir 0
compromlsso com a aprendizagem dos alunos pelo uso equ:lnime do tempo e do
espac;o fisico, das instalac;oes e equipamentos, dos recursos financeiros, didaticos e
humanos
1.2.2 Aspectos Filos6ficos
Na visao do conhecimento e de educac;ao, 0 colegio recebe da sociedade a
responsabilidade pela preserva~o e estfmulo a cultura; neta 0 aluno espera
aperfeic;oar seus conhecimentos para inserir-se no mundo em que vive, isto e,
reconhecer sua importancia no senti do social, politico, cultural e tecnol6gico;
desenvolvendo competencias e habilidades e ao surgimento de novas aptidoes,
tornando-se um processo essencial, na medida em que criam as condic;oes
necessarias para 0 enfretamento de novas situac;oes, sendo que a educac;ao deve
cumprir um papel triplo: economico, cientifico e cultural, estruturando-se nos quatro
alicerces como determina a Lei n° 9394-96: aprender a conhecer, aprender a fazer,
aprender a viver e aprender a ser. Sendo assim, 0 colegio deve ter uma participac;ao
con stante nesta atuac;ao e fornecer as meios de condic;oes para que as educandos
aprendam a fazer esta relac;ao de forma coerente, consciente do seu papel na
sociedade como agente transformador que visa 0 bern estar de todos e a melhoria
da qualidade de vida sua e dos que vivem na mesma comunidade, assim ele tera
uma visao ampla do conhecimento.
o colegio prioriza a aplicac;ao da teoria da competencia e habilidade na
pratica e enriquecer a vivemcia da ciencia na tecnologia e desta no social que passa
a ter significac;ao especial no desenvolvimento da comunidade escolar.
Atualmente a escola vern sendo defasada no seu papel, diante de tantas
informac;oes, e de varias tecnologias avanc;adas que fornecera a todo instante,
conhecimentos novos e atualizados.
Sendo assim, a escola mesmo sem as equipamentos fisicos e humanos tem
como principal objetivo a organizac;ao destes conhecimentos que a midia joga a todo
instante em nossos lares, seja atraves da televisao, computadores, jornais, revistas,
livros, entre outros.
Os educadores diante deste processo devem agir como orientadores e
mediadores deste conhecimento, canalizando 0 que sera mais importante e que
venha melhorar a comunidade da qual faz parte, sempre visando a bern estar de
todos dentro da realidade em que vive. assim a eswla tera participa9aO importante
na vida da comunidade, demonstrando a estes uma forma de transformar sua
realidade para 0 bern comum.
1.2.3 Aspectos Psicol6gicos
o Colegio Estadual Avelino Antonio Vieira tern a missao de desenvolver nos
educandos um potencial de conhecimentos, atitudes, valores, competencias e
habilidades para viverem na sociedade como cidadaos conscientes da
responsabilidade para com Deus e com as homens, como sujeito-hist6ricD.
Portanto, e necessaria que 0 conhecimento seja transmitido de uma forma
prazerosa, despertando no educando a motiva~o ao adquirir os conhecimentos
para que sintarn prazer na vida, mas ista 56 ocorre quando 0 conhecimento esta em
sintonia com a realidade dos educandos, quando esta ve formas atraves do que
aprendeu para mudar a sua realidade, criando assim uma vida mais significativa e
feliz.
Nossa missao como educadores sera adaptar todos os conhecimentos
possiveis a realidade do nosso aluno e da comunidade em que ele vive; para iS50 a
ens ina atraves dos projetos torna-se necessaria, pais esta conta com a participac;ao
de todos: educadores, educandos e comunidade com um objetivo comum da
qualidade na educa<;ao.
1.2.4 Aspectos Sociol6gicos
o Colegio Estadual Avelino Antonio Vieira tern uma realidade social de
classe media baixa, p05suindo muitos problemas em relar;:ao a heterogeneidade
encontrada nas salas de aula devido a estrutura familiar, social, desconhecimento,
acesso a cultura e tecnologia, entre outras.
Sendo assim, a principal objetivo do colegio e a transformac;ao desta
realidade, tendo como funr;:ao principal desenvolver nos educandos uma autonomia
crltica, au seja, que os indivlduos que se educam e 0 final deste processo, possam
ser urn agente transformador da sua realidade sem prejudicar a sua comunidade
visando 0 bern comum de todos e a melhoria da qualidade de vida, conscientes de
seus direitos, mas principal mente cumpridor dos seus deveres.
No convivio diario no colegio presencia-se tais realidades dos
acontecimentos, analisa-se, reflete-se e prop6e-se uma linha de a<;8.o e diretrizes
que determinam as realiza<;Oes e abjetivos da Dire<;ao, Supervisao Escolar,
Orienta~o Educacional, Administrativa, Setor da Secretaria, Corpo Docente,
funcionarios e comunidade escolar, usando determinadas possibilidades de
organiza<;8:0 pedag6gica e de articula<;oes de todos os seguimentos do colegio,
enfatizando encaminhamentos de a~o pedagogica, no sistema de avalia<;ao,
criterios estabelecidos, oferecendo meios relacionados com a qualidade dos
resultados desejados, compartilhando informat;6es sobre estrategias bem sucedidas,
melhorando as beneficios obtidos durante a implementa<;ao do processo em a<;ao.
Visando a formayao do ser humano para elabora<;ao e construC;8o do pensamento
critico, autonomo de modo a poder decidir por si mesmo, frente as diferentes
circunstancias da vida, para desenvolver seus talentos tanto quanta possivel e ser
dono do seu proprio destino, interagindo de forma consciente e decisiva no ambiente
em que se vive.
E uma proposta de a<;ao com a qualidade na educa<;8o tornando consciencia
dos principais problemas do Colegio Estadual Avelino Antonio Vieira, com 0 objetivo
de refletir sabre a qualidade dos trabalhos desenvolvidos mediante uma avaliac;ao
do processo jornal e politico no que se retere aos padr5es de desempenho e de
compromisso com a melhoria na organiza9ao tecnico pedag6gica (articula9ao),
rela<;~o interpessaal (em todos os seguimentos e articula<;oes), processo ensino
aprendizagem, intercambio (entre professores, turmas e com outros colegios),
participa<;ao da familia no acompanhamento da aprendizagem.
A inten91io e permitir que 0 processo didatico-pedag6gico seja ponte para 0
aluno compreender melhor a mundo e sua realidade numa interac;ao com 0 meio
social.
Para retletir a qualidade do ensina propoe-se rever os criterios de avalia91io
e a metodologia empregada, os objetivos propostos e 0 desenvolvimento das
atividades em geral.
1.3 PRINCiPIOS oloATICOS-PEOAGOGICOS
o Colegio Estadual Avelino Antonio Vieira ainda esta em fase de transic;ao
da linha tradicional para a tendencia historico critica numa vis~o construtivista. IS50
porque a maiaria dos professores for formada em Qutras tendencias. As Diretrizes
Nacionais e Parametres Curriculares vi gentes visam a contextualizacyao; a proposta
sera de inovacyao, procurando seguir como principia pedag6gico 0 socio-
interacionismo, segundo 0 qual 0 aluno constr6i a seu proprio conhecimento na
interaCY80 com a meio ffsico e social, historico e politico comparando com a sua
realidade social.
o professor assume a fun~o de facilitador, encorajador e mediador da
constru980 do conhecimento, sendo elemento irnportante no incentivo e gosto pelos
estudos, bern como na garantia da apreensao pelo conhecimento do aluno. Tais
defini<;6es e postura deverao se contrapor ao estudo concentrado nos conteudos
distanciados da realidade, em que 0 que importa e a transmissao de informa96es
independente da pre-disposi.,ao au necessidade real dos educandos. 0 avan~o da
cifmcia e da tecnologia no mundo contemporaneo exige a forma980 de um novo
sujeito, que de conta nao sO de inserir-se no mundo, mas que tenha competencia
para transforma-Io, visando a transforma<;ao a urn espa<;o de maior justi9a social.
Partindo da premissa de que 0 ser humano nao nasce com 0 conhecimento,
e sim, os conhecimentos sao construidos na intera9ao e con stante mente
reconstruidos, 0 colegio precisa criar urn ambiente favoravel tanto cultural como
emocional para que essa interayao aconte9a e seja sistematizada, sendo que se
caracteriza por ser urn movimento enraizado na mudanc;a.
Em virtude desta mudan9a, deveria ser feito na sala de aula um espac;o de
constantes inova96es didatico-rnetodologicas. Isto traz a necessidade de estarmos
inseridos em um novo paradigma, que pressup6e educar sempre dentro de uma
visao de totalidade, inovando para educar pessoas inteiras, que integrem todas as
dimens6es: corpo, mente, senti mento, espfrito, psiquisrno. 0 corpo docente
pedagogico, administrativo e funcionarios propondo encontrar a ponte de rela<;6es
entre as partes e 0 todo na constrw;ao de urn trabalho de melhor qualidade,
assumindo 0 compromisso de resgatar a essencialidade pedagogica do trabalho
articulando esta proposta pedag6gica e procuranda construir da tearia a pratica em
que de conta das relac;:oes de totalidade em todo a ambiente escolar garantindo
sempre a qualidade.
Sabemos que temos dificuldades de colocar na pratica tudo a que propomos
devido a falta de aperfei<;oamentodos nossos profissionais e de uma infra-estrutura
econ6mica de sobrev;vencia tanto da comunidade escolar como do colegio
(materia is didaticos) para subsidiar os trabalhos propostos pel os nossos educadores.
14
ASPECTOS DA DROGADIi;AO: CONCEITOS E CONTEXTO.
Nao existe sociedade sem drogas. A draga e urna pratica milenar e
universal. BUCHER (1989) comenla que a draga surge nos anos 60, com uma
dimensao ideologiea da contesta~o hippie, que procurava nas drogas psicodelicas
a busea pelo bela, a efervesc~ncia cultural, urn novo misticismo, fervor, urna
ingenuidade misturada com fanatismo.
A sociedade e igual a urn rolo compressos que massacra 0 homem com
miseria, fome, ausemcia de religiosidade e 0 vazio existencia1. Restam, entao os
inalanles (drag as dos adullos de lodas as classes) ou coca ina (droga de opul~ncia).
Para CARLINI e COTRIM (1991), a legalidade de cada draga depende de
cada paVD e e determinada mais par interesses econ6micos e politicos do que
morais.
o con sumo de drogas no Ocidente a partir dos anos 60 tern despertado
interesse enorme nao 56 de governos como de pesquisadores que tenham explicar
lal fen6meno.
A destina9~o do infarne comercio dos toxicos no pals vem tomando,
con stante mente, maior amplitude, sem quaisquer medidas de melhor resguardo
preventivo. As autoridades mesmo de alto escal::Jo, afirmam que 0 governo conter 0
mal, nao rara esquecendo-se que 0 problema e a gravidade das dragas, n::Jo se de
ao luxe de procurara solw;6es em paternalismo, mas nenhurn trabalho diuturno de
despertamento a conscientiza~o da prOpria consciencia nacional.
As drogas nao desempenham mais papeis integrados e, sim, presente em
uma intensa crise social/econOmica de urna sociedade pragmatica, competitiva,
consumista e individualista. Existe uma perda de confianc;a par escassez de modelos
de identifical;Elo, sentimento de car~ncia, angustia e inseguranya. Oesta forma, a
drag a apresenta-se como um caminho atraente principal mente para 0 jovem que faz
usc dela, em busco de prazer, da alegria e emoyao.
A Organiza<;iio Mundial de Saude (OMS), refere-se a necessidade de se
investir em al;oes que visam a diminuic;ao do usc de alcool e outras drag as. Essas
praticas cuidadosamente pensadas chamadas de preventivas. A visao e que S9
possas estende-Ias e atingir educadores e alunos, atraves de urn trabalho de
sensibilizac;ao dos profissionais das escolas, para que mantenham e executem urn
prajeto de preven9ao prima ria e secundaria de dragas.
15
Estudos antropol6gicos mostram que existe uma relatividade quanta ao usa
de drogas: pode ser urn usa integrador au desintegrador, mas sempre depende das
convenr;:6es sociais
Pode ser urn usc integrador, como a usa da ganja (flares de cannabis) usado
pelas seitas da Jamaica, au no case de alucinogenos pelos xamas de tribos
indigenas ou no habito de ~coquea( dos habitantes andinos, ou no usa de
alucinagenos pelas seitas de Santo Daime e da Uniao dos Vegetais ou ate mesmo 0
alcool em algumas cerim6nias religiosas.
Pode ser 0 uso desintegrado como 0 do final do movimento hippie quando
aparece a toxicomania modern a que desintegra, marginaliza e provoca
depend en cia. A droga, entao, e usada com a objetivo de opor, contestar, transgredir
par curiosidade, revolta, modismo e prazer. 0 r8sultado e a radicaliz8r;:ao, 0
desespero, a violencia e a autodestrui~o.
No contexto atual, a draga aparece como amortecedor do homem diante do
mundo. 0 alcool, 0 cigarro aparece como amortecedor e sao as drogas mais
consumidas, sempre incentivadas por raz6es socials, econ6micas e politicas, sem
esquecer as nao menos importantes, como as crises emocionais e/ou aspirituais.
o problema das drogas transcende 0 psicossomatico das drogas, para
atingir 0 plano da espiritualidade, uma vez que a possivel abertura para uma
provavel cura do doente afetado pelas drogas, so e manifest ado, desde 0 momento,
em que este 58 apaie em sua fe. Este fato e constatado inclusive entre a alcoolicos,
que vem sobriedade, na renova9ao de propasitos pela ora<;ilo de 24 em 24 horas.
A forma poetica e simbalica de ARATANGY (1991), mostra claramente 0
papel da familia e da escola na prevenyao, quando relata a histaria da Bela
Adormecida. Na realidade, sa 0 rei, em vez de proibir todas as racas de fiar do reina,
diante da maldic;ao da bruxa, contasse para a princesa desde pequenininha dos
riscos que ela corria, poderia mudar essa historia e ela nao seria atingida pela
maldi98o. 0 mesmo ocorre com as drogas: se a familia e a escola falarem
naturalmente sobre esse assunto, desde a tenra infancia, as crian9as crescerao
convivendo com colegas que fazem uso de drogas, sem morrer de curiosidade e
desejos. Udia coloca que a mesma atitude se toma diante do sexo, de doen9as e de
outros assuntos polemicos.
Indiscutivelmente, todos os especialistas e estudiosos dos problemas
relativos ao uso de drogas acredita, que 0 melhor combate e a preven9ao. A
16
UNESCO, desde 1972, destacou a necessidade universal de se fazer um
investimento na educayao para prevenir 0 abuso de drogas.
Prevenir significa dis par com antecipayao, preparar, chegar antes. Em
relar;tlo as drogas, pressupoes urn conjunto de medidas utilizadas para impedir OU,
pelo menos, reduzir seu consum~ abusive.
A prevenyao esta ligada ao modele de homem e de sociedade and a S8
insere, pedendo seguir uma linha repressiva e de cunha alarmista, nos mol des da
"pedagogia do terror" > ou entaD seguir no contexto social num quadro mais ample de
educa9~o para a sauda. 0 melhor modelo a ser trabalhado e 0: educa980 efetiva,
8stilo de vida saudavel, pressao positiva e do oferecimento de alternativas.
A maior dificuldade de urn programa de preven~o reside na hipocrisia dos
adultos que fazem usa abusivo de drogas legais e se situam no Hfa9Cl0 que eu digo
mas nao facta a que eu fac;oN
o trabalho preventivo nao e monop6lio de especialistas, mas
responsabilidade de toda a sociedade: pais, educadores, profissionais de saude,
justi9Cl, servic;o social e outros.
A concepc;ao educativa de prevenc;ao esta centralizada nos seguintes
aspectos: formac;ao do ser humano; val ores; estilo de vida isento de drag as (ou, pelo
menos, de acordo com a idade, um uso ~responsavelN do alcool - droga social);
alternativas no campo do lazer, esporte e artes (desenvolvimento do potencial
criativo).
o adolescente possui um intenso potencial criativo, embotado, nao
explorado pel a educac;ao. Este e um dos caminhos mais ricos de prevenc;ao. Para
Moreno (1987), a caminho e a salva9c30 da escola estao no treino da
espontaneidade, cuja resposta e a criatividade.
A escola e um espar;o para desenvolver atividades educativas, visando aqualidade de vida e a educa980 para a saude. Portanto, ela tem a responsabilidade
da prevenc;ao prima ria e secunda ria.
A educa~o nao engloba apenas a transmissao de conhecimentos. E muito
mais do que informar: educar e formar; e estar atenta a parte efetiva e social da
escota.
Todos as profissionais da escola devem estar voltados para a busca de urn
indivfduo e de uma sociedade com saude. Nada adianta falar do produto, sem tocar
na questao fundamental, das atitudes e dos habitos dos individuos.
TIBA atribui a escola toda a responsabilidade. Enfatiza a necessidade de os
professores se pre para rem para a convivencia diar;a e realizarem a preven~o
prima ria, transmitindo uma postura de vida, evitando palestras gigantescas com
grande publico. Faz·se mister desmistificar 0 assunto, adotar atitude de
compreens~o do fen6meno e estar atendo para detectar quando 0 seu aluno inicia 0
usc, ja que a familia no seu envolvimento emocional, vive a ~cegueira psiquica~, ou
seja, nao quer enxergar, e a escola tern mais condi<;6es de detectar as altera<;oes do
comportamento do aluno e agir com coerencia e bom sensa, sem atitudes levianas e
sem cometer injusti9Bs, querendo responsabilizar a droga por tudo 0 que acontec;a.
o ass unto drogas continua sendo tabu. Tanto e verdade que se reservam
determinados horarios para debater sabre elas, geralmente com a presenga de
pessoas estranhas aos jovens. Infelizmente, a prevenyao feita por urn professor de
confian<;a e papularidade, de maneira continua, afetuosa e natural e algo bastante
raro.
Quando uma escola decide, corajosamente, viabilizar um treinamento, uma
montagem e a execu<;~o de um projeto de preven9~0 de drogas, ela percebe que
tera de entrar em contato e avaliar a sua propria dinamica de funcionamento, sua
filosofia e estrutura.
Trabalhar com preven9~0 de drogas envolve repensar as relac;aes e 0 fazer
pedag6gico dentro da escola.
A preven~o e orientac;ao com os adolescentes sobre drogas, nas escolas,
nao devem ser feitas dogmatica e doutoral, e sim na linguagem dos jovens, de
acordo com as diferen9C3s de idade, interesses e maturidade. Significa estar atento
ao jovem, abrir urn canal de cornunica~o, valoriza-Io como ser humano, procurando
um espa<;o para que ele tambem aprenda a se valorizar e saiba se fortalecer para
nao ser presa facit de modismos.
3 REFERENCIALMETODOLOGICO
A praposla metodol6gica da pesquisa-a~o foi formulada em contexto
profissional das ciencias sociais aplicadas e teve impacto, especial mente a partir dos
anos 60 em formas de atuay80 social e politicas mais engajadas "compromissadas·
ou "militantes", especial mente na America Latina.
Toda a pesquisa-ac;ao passui urn carater participativD, pelo fato de promover
ampla interayao entre pesquisadores e membras representativos da situayao
investigada. Nela existe vontade de a~o planejada sobre os problemas detectados
na fase investigativa.
Na America Latina, a pesquisa-a~o foi, sobretudo formulada em termos de
"pesquisa participante~e utilizada como instrumento apropriado ao contexte das
popula<;6es carentes, com seus problemas educacionais, culturais ou de consciencia
politica.
Nos paises industrializados, a pesquisa-a98D existe tambem no casa de
popula<;6es desfavorecidas, mas e conhecida como instrumento de resolu<;ao de
problemas coletivos em instituir;:Oes au organiza<;:6es nao necessariamente pobres,
tais como escolas, empresas, cooperativas, associa<;:6es diversas.
A pesquisa-ayao e uma proposta metodol6gica que ja foi pensada e
aplicada em funt;:ao de uma causa popular, especialmente na area educacional.
THIOLLENT (1997) coloca que a pesquisa-a~o torna-se possivel e
eticamente sustentavel quando estao reunidas condit;:oes tais como:
- A iniciativa de pesquisa parte de uma demanda de pessoas au grupos que
nao ocupamas posiyOesde topo de poder;
- Os objetivos sao definidos com autonomia dos atares e com minima
interferencia de membros da estrutura formal;
- Todos as grupos sociais implicados no problema escolhido como assunto
da pesquisa sao chamados para participar do projeto e de sua execut;:80;
- Todos os grupos tem liberdade de expressao. Medidas sao tomadas para
evitar censuras ou represalias;
- Todos os grupos sao mantidos informados no desenrolar da pesquisa;
- As possfveis a96es decorrentes da pesquisa sao negociadas entre os
proponentes e os membros da estrutura forma;
- Em geral, as equipes internas que promovem a pesquisa sao auxiliadas par
consultores ou pesquisadores extern os.
Na pesquisa-ayao no contexto organizacional tern como objetivo de estuda
o carater interrogativo-crltieo. Interrogativo no senti do de dar enfase ao
questionamenta que se baseia na formulac;ao de perguntas pel os atores acerca da
situayao na qual estao envolvidas. As respostas sao obtidas pela pesquisa. E crftico
no senti do de uma nao aeeita9'3o das ~explicar;6es espontaneas" que sao dadas
pelos atores au pela sensa comum.
Na coneepcyaa da pesquisa-ayao, urn grande desafio cansiste em
desenvolver a instrllmentalidade sem excluir ° "espfrito crftico~, praporcianando a
aumento do conhecimento e a consci~ncia das pessoas e dos grupos envolvidos no
processa, com delineamento de ar;6es concretas de curto au media prazo.
No trabalho desenvolvida par meio de uma oficina de sensibilizavao, hauve a
participacyao das alunos, diretoria, supervisora e da pesquisadora que, ao abordar 0
tema, necessitou de diferentes a¢es na processo desta pesquisa. (ver pesquisa de
campo)
4 METODOLOGIA DA PESQUISA
Para que se possa conhecer plenamente as sujeitos com quem S8 dialoga,
faz-se necessaria recorrer a metodologia de pesquisa que "{... } mais do que buscar
indices, mod as, medianas, busquem significados, mais do que buscar descric;:6es
busquem interpretayoos, mais do que buscar coleta de informa98o busquem slIjeitose suas hist6rias' (MARTINELLI, 1999. p.20).
A pesquisa-ac;:ao realizada teve como objetivo de estudo e identificac;:ao do
conhecimento sabre drogadiyao dos alunos da 83 serie H - turno noturno, do ensina
fundamental, do ColE~gio Estadual Avelino Antonio Vieira.
Para responder a problematica levantada, seguiram-se as fases:
1:1 Fase: Pesquisa Bibliografica
A pesquisa bibliografica visou levantar subsldios do tema em estudo
utilizando pesquisadores da area como: MARTINELLI, THIOLLENT, SANTOS, TIBA,
WUSTHOF, BERGERET, CARLINI e ROSEMBERG.
2' Fase: Pesquisa de Campo
Levantamento dos dados sabre 0 tema. A pesquisa de campo realizau-se
com 23 alunos da 8n serie, turno notumo, do ensino Fundamental, do Colegio
Estadual Avelino Antonio Vieira.
Para a realizac;:ao da pesquisa utilizou-se de um questionario (ANEXO 01)
con tendo perguntas abertas e fechadas para deten\,ao das informa\,oes dos
entrevistados sobre 0 tema drogadiyao.
3' Fase: Organizac;:ao e Analise dos Dados
Pesquisa realizada com 23 alunos da sa serie, turno noturno, do ensino
Fundamental, do Colegio Estadual Avelino Antonio Vieira.
4· Fase: Oficina de Sensibilizac;:ao
4.1 3' FASE - ORGANIZACAO E ANALISE DOS DADOS
4.1.1 PARA VOCE A DEPENDENCIA QUiMICA Eo UMA DOENCA?
GRAFIC001
A dependencia quimica e umadoenc;a?
13%
Fonte: Pesquisa de Campo.
PARA VOCE A DEPENDENCIA QUiMICA E UMA DOENCA?
21
A organiza~ao Mundial da Saude (O.M.S.) reconhece a dependencia
quimica como uma doenya progressiva, incuravel e fatal.
E, porem, uma doenc;a tratavel. Debilita a parte fisica, espiritual e emocional
do individuo e tern a caracteristica peculiar de afetar a familia como urn todo.
Conforme os dados e grafico 01 acima, e relevante 0 dado de 07 alunos
responderem ao item nac sei. Geralmente, encontramos jovens que usam drogas
legais e ilegais em shows e festinhas, mas n~o S8 consideram dependentes delas.
22
Desprezam toda informa~o cientifica que alerta sabre as perigos da -tolerancia" e
da "dependencia"
4.1.1.1 Por que?
QUADR001
IRespostas Mia Sei Qtidade
Resposta Sirn Qtidade
Porque s.6 0 dependente que usa
Com~m por p@nsarqueachllm 0;1 soluyao na$ droQas
~ umvicio
POOeg&rar varias d~s e pOOe levar a morte
E como se foue remedio a qual a pessoo jill se 3OCKtumou a!omar e nil lua falw senle muita falta
Vida e pede matar
ide e III pessoa noo pede larQZIf
Fica dependenle dOlIdroga
\ PflSOO froa vieiada e 0 yjejo n:to tern cura
Respostas Nao Qtidade
Se saubEr conlrol~-Ia noo vai ser considerada uma doe~
Porque 0 care usc num momenta de fraquezil e vieio
S PeS-soas !omam por _serem !I~ajl
~Quns const!1luem parar e outros nio
enho dOvidas
DeplN1de da situac§o ol!...Q!:Q91emado poaeiente
Fonte: Pesquisa de Campo.
Conforme as respostas obtidas no Quadro 01, percebe-se que os alunas
desconsideram que para a instalayao da dependencia e necessario que haja a
experimenta~o e que conforme ja dito anteriormente, e f.kil encontrarmos os jovens
usando drogas legais e ilegais em shows e festinhas.
Segundo TIBA (p.41) as drogas viciam por tres motivos: provocam sensa90es
diferentes (prazer); apresentam tolerancia; existem no mercado.
4.1.2 ASSINALE AS DROGAS QUE VOCE CONHECE ou JA OUVIU FALAR
GRAFICO 02
Tipos de drogas mais conhecidas
22 23
oMaconha CAlecal o Tabaco o Inalantes L'IICrack
o Coca ina o Merla Otxtase • Anfelaminas (J LSD
Fonte: Pesquisa de Campo
Maconha 23 100%
Alcool 23 100%
Tabaco 18 78%
Inalantes 06 26%
Crack 21 91%
Cocalna 22 96%
Merla 01 04%
Extase 18 78%
Anfetaminas 06 26%
LSD 00 00%
23
Conforme os dados obtidos no grafico 02 as drogas mais conhecidas pelos
alunos fararn a maconha e a alcool. Observa-se tambem. urn indice alto de
conhecimento do tabaco, crack e ~xtase.
Querendo au nao, as adolescentes vao ouvir falar das drogas, seja
oficialmente, nas escolas. nas campanhas de preven9~0, etc, seja extra-
oficialmente, pelos colegas (usuarios ou nao), numa mensagem bern diferente das
oficiais.
Outro tatar e que a usa de drogas esta presente em tad os os povos desde a
Antiguidade. Segundo a O.M.S., urn em cada quatro habitantes da Terra faz uso de
drogas.
Reportagem da Folha de S. Paulo (maio de 1989) mostra que as drogas
licitas (alcool e tabaco) representam a hipocrisia da sodedacte. 0 alcoolismo econsiderado a segundo maior problema do mundo, depois das doenc;:as
cardiovasculares.
4.1.2.1 Outras quais?
GRAFICO 03
Qutros tipos conhecidos
IL
Fonte: Pesquisa de Campo.
CI.o""."",,,m'JIDc\prflll5
O~I"!I_ig\>,I_.•...,
Lan<;:a-perfume 02 09%
Doce (quase igual ao axtase) 01 04%
Cigarros 01 04%
25
No grafico 03, observa-se que 02 alunos colocam 0 lan<;:a-perfume separado
da categoria das drogas inaiantes. Observa-s8 tambem, que 01 aluno separou 0
cigarro da categoria do tabaco.
o que chamou a aten,ao foi a droga "doce" ate entao desconhecida pela
entrevistadora. Trata-sa de uma droga sintetica (anfetaminas) em forma de adesivos
ou "selinhos"
Segundo TIBA (p.39) as drogas novas surgem das pessoas que lucram com
as drogas e que sao logo divulgadas entre os Qutrosusuarios. Com os adolescentesacontece a mesma ceisa, pais, como e considerado da adolescencia andar em
grupos, querer fazer 0 que 0 amigo esta fazendo, abrir-se a novas experiencias e
troca-Ias com outros novas amigos, assas drogas sao rapidamente difundidas tais
como par exemplo: extase, ica, etc.
4.1.3. CONHECE ALGUEM QUE FAZ usa DE DROGAS?
GRAFICO 04
Uso de drogas - Conhecidos
17%
83%
!osim nao!----'==~-~~-- .. --_.Fonte: Pesquisa de campo.
Sim
Nao19
04
83%
17%
23 100%
No grafico 04 podemos constatar que a droga faz parte da realidade escolar
e social. Ela esta em toda parte e 0 seu usa €I tao antigo quanta a humanidade.
4.1.3.1. QlIem?
GRAFICO 05
13%
Qutros conhecidos
0%
IL I'::D=p=ri=,,:,-=~=;=D=T=i=o=S=D=;=;;=a=o=D:cp-=aiS~;;~~~~ __JFonte: Pesquisa de Campo.
Primos
Tios
Irmao
Amigos
01
03
01
15
04%
13%
04%
65%
27
4.1.3.2. Oulros quem?
GRAFtCO 06
Outros usuarios
iOop3idomf'u1ilho ----I'0 gente qu~ rY\OU! petto ala minhaj"' ..
o pes.s/),u. que F..u nAo eonhec;o
------
Fonte: PesquislI de Carnpo.
-0 pai do meu litho
- Pessoas que eu nao conhe~o
- Genie que mora perla da minha casa
01
01
01
04%
04%
04%
Nos graficos 05 e 06 percebe-se que nao existe sociedade sem drogas e
que as drogas estao presentes e sao consumidas par parentes e amigos proximos a
nos
05 habitos e atitudes que as adultos tem em relayao ao consumo de alcool,
cigarro e Qutras drogas influenciam forte mente na concepc;:.ao que os jovens
desenvolvem em relac;:.aoao consumo. Os jovens gostam de compartilhar suasideias e experiemcias e geralmente sao "ouvidos~ pelo grupo, tendo dificuldades de
28
4.1 A QUAIS OS MOTIVOS QUE VOCE ACHA QUE LEVA UMA PESSOA AO usaDE DROGAS?
GRAFICO 07
Principais motivos assinalados
o 4
15
10 Curiosidade 0 Influencia dos amigos 0 Problemas familiares
IDF.alta de.religiao EIBaixaestima. . .. ~-.-------
Fonte: Pesquisa de Campo.
Curiosidade
Influencia dos amigos
Problemas familiares
Baixa estima
Faltade religi~o
16 69%
15 65%
10 43%
04 17%
00 00%
29
4.1.4.1. Outros quais?
GRAFICO 08
Qutros motivos para 0 usa de droga
o DependEmciada pessoa EI Vontade de conhecer coisas diferenteS]
Fonte: Pesquisa de Campo.
A dependencia da pessoa
Vontade de conhecer coisas diferentes
01
01
04%
04%
Conforme os graficos 07 e 08 percebe-se a dificuldade de se entender
porque os adolescentes se drogam. Hoje tOdD mundo sabe, pelos pais, pelosprofessores e pelas campanhas antidrogas, que as drogas fazem mal.
Sao muitos os fatares, atuando isoladamente ou em conjunto. Podem ser de
ordem biologica, psicologica au social, tais como: busca pelo prazer; desinformay8o;
curiosidade; dificuldade de enfrentar problemas; pres sao do grupo; solidao;
onipotencia juvenil; para mudar 0 seu jeito de ser; auto-afirma~ao; desestruturayao
familiar; crise existencial; sintomas fisicos; outros.
Segundo TIBA (p.16) na adolescencia a curiosidade e urn dos maiores
motivos que podem levar urn jovem a S8 dragar, pais a adolescencia e a apoca das
descobertas, e 0 adolescente quer conhecer tudo.
30
4.1.5 VOCE JA FEZ USO DE DROGAS?
GRAFICO 09
Ja fez consumo de drogas?
13
~IFonte: Pesquisa de Campo.
Sim
Nao
10
13
43%
57%
23 100%
Os dados obtidos no grafico 09 nos mostram 0 quanto e preocupante 0
numero de javens que js tiveram cantata com as drag as.
Segundo TIBA (p.17) 14% da popula~ao em geral e suscetivel a algum vicio
e segundo a O.M.S., urn em quatro habitantes da Terra faz uso de drogas.
Segundo estatisticas, realizadas pela Secretaria de Estado e Justi~a e da
Cidadania na Gaverna Jaime Lerner, entre as alunas da ensina fundamental e
ensina media, 80,3% js experimentaram bebidas alco61icas, 24,4% cigarro,
solventes; 9,5% medicamentos (sem receita medica); 3,4% maconha; 0,7% coca ina,
31
com progressao ana a ana do numero de usuarios. Ressalta~se tambem nesse
estudo a idade dos usuarios vem diminuindo rapidamente.
4.1.5.1 Quais?
GRAFICO 10
Tipos de drogas mais consumidas
;:- ::" ;;, --. -
5
L-_-=D=M=ac=o=n=h=a=D=T=a=b=a_~_D_-~A_-ICO_-~O_-I_~~=L-=a-n~9~a~-=pe=rf=u=m=e=:-c_o_la_o_T""1_IFonte: Pesquisa de Campo
Maconha 05 22%
Tabaco 05 22',"
Alcool 06 26%
Lan9"-perfume 01 04%
Cola 01 04%
Tinner 01 04%
No grafico 10 percebemos que as drogas experimentadas ou MusadasM pelas
jovens mais citadas foram: macanha, tabaco e alcoal.
Campe6es invictos nos levantamentos epidemiol6gicos sobre 0 consumo de
drogas psicotropicas, 0 usa e a abuso do alcool sao muito antigos. 0 alcool e um
depressor que, contraditoriamente, pode ser visto como estimulante. Como ele inibe
inicialmente as regi6es responsaveis pela autocritica, pessoas sob efeito de
pequena quantidade de alcool sentem-se mais liberadas, mais audazes, mais a
vontade e sem os freios dessa autocrltica.
o habito de fumar, de modo geral, atende as press6es sociais, bem como as
necessidades psicol6gicas. Os jovens, muitas vezes, comeQam a fumar por imitac;ao,
para ser atraentes, adquirir seguran<;:a, expressar sua independencia ou rebeldia
(reflexo das propagandas que exploram uma liga980 tipo: cigarro, maturidade,
independencia e estilo de vida).
Dentre as motivar;6es para 0 uso do cigarro, incluem-se:
- 0 prazer de furnar, de executar todo 0 ritual ate soltar a fumar;a e observar
as desenhos no ar, descontraidamente;
- A necessidade de fumar para aliviar tens6es, enfrentar situar;oes adversas,
dorninar sentimentos de meda, nervosismo, acanhamento, vergonha, etc.
A maconha distorce as imagens, os sons e a nor;ao de tempo e provoca
relaxamento muscular e perda de reflexos entre duas e quatro haras. Hoje, e a droga
rnais usada entre jovens e adolescentes que afirmam que a maconha nao vicia e
que faz menos mal do que 0 cigarro. Essa afirmac;ao vern do proprio canabista
(pessoa que fuma a cannabis) e a medicina ja comprovou que a afirmayao e falsa
pais a maconha produz uma dependencia psicol6gica.
Nao podemos deixar de mencionar que ha pessoas que misturarn drogas
para aumentar seus efeitos (drogas cruzadas). E 0 caso dos que costumam beber e
furnar, porque "um molha 0 que 0 outro seca~ (a boca). Qutros ainda misturam
tranquilizantes com alcool para potencializar os efeitos dos primeiros. Atualmente.
muitos jovens misturam alcool e maconha. Para muitos, essa mistura e prejudicial,
pais pode tirar a consciemcia da pessoa, sem que ela desmaie.
4.1.6 COMO VOCE PROCEDERIA AO DEPARAR-SE COM UM DEPENDENTE
QUIMICO? (COMO AJUDA-LO)?
QUADRO 02
NAo ina fazer nada, porque eu uso e nao ia me meter Ila. vida dos Qutros
Faliaria para parar porque Ilao da futuro
Falaria Que nao ville a pena cia e,strau8r,-'a"S"'u.,..-'v.,.id"a . +__-'Iao fataria nad;] porg"'ue"'''''a.,.o-''a'''di.,.a'''nt,,.a -+__ --'Ientaria convencl!-Ia a saiT dessa vida
Falalia Que eta esta IllJlTI caminho sern volta e que se n~o parar ira maner
N~o desprezaria as peSSOflS Que us.am e converS<3ria pi Que procurnssern urn profissiona
onversaria e dana aooio
NAo faria nad~.E:Q!9lJe petos meus cillculos. mllitos nao Querem a'ud~
r-alaria sabre os problemas Que ete teria mais tarde e 0 levar'ia P*lr8 a minhiil lere"a
Ollv~lSiIrie e tentarill Je.va-Io PI Dulro caminllo
No maximo 0 Que au faria e dar CDnselhos
'uda-Io e aconselha-lo a parnr
Mostrando a ele que a drag;) !laO leva ii luger alQllm e d~g.s cau58dos par e/a
a/aria aue as drooas 56 lev am ao buraco e aue nao vale ~ pcna ex~rimentar
rataria ele como lima pes.soa normal
Fonte: Pesquisi'I de Campo.
Para ajudar 0 dependente qufmico e sua familia, que tambem sofre com sua
doenc;a, e preciso procurar cada vez mais informa90es sobre dependencia quimica,
ja que 0 problema se encontra nas escolas, em pres as e em nosso cotidiano.
Segundo a O.M.S. a melhor maneira de ajudar ou impedir 0 progresso do
uso de drogas e buscar ajuda de pessoas especial mente preparadas, como
psic6logos, psiquiatras, assistentes sociais, educadores, integrantes ativos de
grupos an6nimos de mutua ajuda.
E muito comum na adolescencia a inversao de valores dos drogados. Isto e,julgam-se rnais sabidos, mais espertos, superiores, jUlgam saber aproveitar melher a
vida que os nao-usuarios, que para eles sao uns ~caretas" Essa inversao ocorre
quando as usuarios ja passaram da fase da experimenta9ao para a fase do uso.
Como nao querem assumir sua fraqueza em relac;ao as drogas, dizem-se superiores
e, enquanto nao sentem os prejuizos da droga, maltratarn, of end em, agridem e
desprezam os nao-usuarios.
A dependemcia quimica e a doenya da negac;ao. Apesar de estar cheio de
problemas nas principais areas de sua vida, 0 dependente nega que tenha problema
e naG aceita ajuda.
4.1.7 PARA VOCE QUAIS OS PROBLEMAS GERADOS PELOS USUARIOS DE
DROGAS?
QUADRO 03
Nenhum
Problemas familiar'eSPeRle bast ante amizades
Problemils de 5i11ude
iea 0 tempo todo touco nao fl!!.londoeo;sn com eeisaVio16nciassas.5inatos
~ndali~rno
cidentes
Falla de respeilo~ortes
ncnminllarn oulros pi 0 mesmo caminho
Problemas Dsicol6aico5ri,fioo
erde aS neurOniosira touco
ao variasVende as ooisas de casaCada tipo de droga gera urn problema dife.o,rente
Fonte: Pesqui5.<l de Campo.
Segundo a O.M.S. os problemas gerados pelos usuarios de drogas seguem
as fases:
- Inicial - Alta Tolerancia: NaG e)(istem maiores prejuizos au danos nas
areas fisica e emocional do individuG. 0 relacionamento com a familia nao apresenta
maiores problemas, seu desempenho profissional, escolar nao estao efetados. 0
uso de pouca quantidade ja leva 0 individuo a sensaC;2o de prazer.
35
- Intermediaria: Carneya a aumentar a quantidade de alcool ou Qulras drogas
para obler a efeila desejado. Se 0 indivfduo interrompe abruptamente a usa de
alcoal au Qulras drogas ele tern sofrimento fisico e emociona1. E 0 que chama mas
~Sfndrome da Abstin{mcia~
Nesta fase a doenya ja esla caracterizada como tal e, mesmo que 0
individuo queira controlar a usa OU para de usar, 0 sofrimento fisico, causado pela
abstinencia, faz com que esse compromisso seja quase impassive I de ser mantido.
Ele precisa de ajuda.
- Final: e a fase do isolamento. 0 indivfduo isola-58 da familia e dos ami gas
para poder beber au usar a draga. Abandona as estudos, deixa de progredir no
trabalho, au ate perde 0 emprego. Suas perdas e prejuizQs s:!lo bern significativQs.
Sente-se irritado, tem atitudes agressivas, nao sente rna is prazer nem alegria. Esta
sempre depressiv~ e so tem sofrimento. Se a doenc;:a n~o for detida ele morrera
precocemente.
Pouco mais de 35 milhOes de adolescentes compOem atualmente a
populat;:Ela brasileira, a que, sem duvida, marca importantes caracterfsticas nos
perfis socio-demograficos e epidemiologicos em toda 0 pais. Estudas acerca das
causas de mortalidade e morbidade na adolesclmcia rnostram que a principal causa
de mortalidade nesta faixa etaria tern origem em situa9!3es violentas descritas,
segundo 0 C6digo Internacional de Doenl'as (CID 10), no grupo de Causas
Externas. Dentre estas, a maior expressao e a de causas relacionadas a acidentes
de transito e homicfdio que em sua maiaria estavam sob 0 uso de drogas.
36
4.24' FASE OFICINA DE SENSIBILIZACAO
A Oficina de Sensibiliz8<;;BO constitui na elaborayBo de urn projeto e na
intervenyBo contextualizada do Colegio Estadual Avelino Antonio Vieira pel a aluna.
Interven,ao esta, solicitada pela dire,ao da Institui,ao, que se mostrou preocupada
no combate as drogas, proporcionando urn espa<;(o para a desenvolvimento das
atividades educacionais e visando uma educa~o para a sauda.
A interven9~o foi realizada com as alunos da sa serie H - turno noturno, das
19:00 as 21 :OOh, nos dias 23 e 30 de setembro de 2004.
o primeiro cantata contou com a participa980 de 23 alunos e deu-se atraves
de dinamicas e utilizando a temica tempestade. A tecnica tempestade de idaias e
desenvolvida seguindo as passos abaixo relacionados:
- Divide-se 0 grupo em 03 subgrupos;
- Cada subgrupo recebe uma cartolina em branco e pinceis at6micos;
- Cada subgrupo e orientado para que anotem nas cartolinas as palavras
ditas de seus membros sobre 0 tema dado.
- 0 subgrupo escolhe um componente da equipe para mostrar 0 cartaz e ler
as respostas dad as pelo grupo.
- 0 relator de cada subgrupo cola 0 seu cartaz no quadro-negro. Apes a
exposi~o de cada sub-grupo, e prornovido urn debate de ideias para estudo e
discussao sobre 0 tema.
Atraves da tecnica tempestade de ideias abordou-se: as drogas conhecidas,
motivos que levam urn jovem a procura de drogas e as consequencias no uso e
abuso das drogas faladas pelo grupo. Apes, foi apresentado ao gnupo um quadro
(anexo 2) contendo alguns tipos de drogas, como agem, efeitos e riscos a saude e a
vida. Diante deste quadro, conversou~se sobre as drogas mais consumidas pelos
jovens e dados da Organizayao Mundial de Saude em relat;Ao a dependencia
quimica
No segundo encontro, contou~se com a participac:;:ao de 30 alunos e atraves
de dinamicas e utilizando a te01ica de tempestades de ideias. Abordou-se a
apresentac:;:ao de casos reais relatados por dependentes quimicos, discuss6es com 0
grupo sabre as mesmos e apresentac:;:ao, em conjunto com ° grupo, de alternativas e
recursos para viver-se sem as drogas e para tratamento da depend~ncia qufmica.
37
Ap6s a discussao com 0 grupo, reapresentou-se 0 quadro de drogas e entregou-se
aos mesmas urn texto - Quere tirar sua paz e sua vida (anexo 3), bern como locais e
profissionais para atendimento e orienta<;8o sabre a doen<;:a.
A elabora~aoe execu~o da Oficina de Sensibiliza~o proporcionaramaos
envolvidos, vivencias diferenciadas das ocorridas nos anos anteriores, par este
trabalho ser urn tema polemico e cercado de tabus e preconceitos nas escolas e da
realidadesocial.
38
5 ANALISE CONCLUSIVA
Esta analise esta atrelada aos dados obtidos do questionario e 0 processo
vivenciado da pesquisa-a9ao.
o tema surgiu ao estabelecer-se contato com 0 Colegio Estadual Avelino
Antonio Vieira, para lela mente com a dire~o e supervisao do colegio para
oportunizar a pratica de esta.gio em uma intervenc;ao educativa no que diz respeito
as drogas.
A escola e um espa90 para desenvolver atividades educativas, visando aqualidade de vida e a educa9ao para a saude. A educa9ao nao engloba apenas a
transmissao de conhecimentos. E muito mais que informar: educar e formar, e estar
atenta a parte afetiva e social da crian9a e do jovem.
Um programa de preven~o deve come<;ar com a identifica~o precisa da
popula~o-alvo, isto e, quais as suas necessidades, os seus valores, ideologias,
quest6es politi cas, economicas, qual a incid~ncia e qual a prevalencia do uso
indevido de drogas, entre outros dad os.
Esta preven~o ao deparar-se com 0 trabalho de pequenos grupos deve
usar metodos ativos para desenvolver a consci~ncia critica, reduzir preconceitos,
discutir os valores e as motivac;6es individuais e alertar sobre os riscos da
dependencia e os aspectos da toler~ncia e da automedica980.
A escola deve ter como preocupat.;ao nao somente 0 ensinar, mas a
forma98o de agentes transformadores dotados de uma autonomia critica diante
dessa realidade de uso e abuso de drogas que vern acometendo as jovens.
Na pesquisa realizada com os alunos pode-se observar que as drogas estao
presentes na vida deles, seja diretamente ou indiretamente, par uso pr6prio, de
familiares ou amigos.
Outro dado relevante observado na pesquisa e que os alunos de uma certa
forma, nao conhecem au reconhecem a dependencia as drogas como uma doent;a.
Fazem usc e abuso das drogas legais e ilegais em shows e festinhas, mas nao se
consideram dependentes delas, desconsiderando que para haver a instalayao da
doen<;a (dependencia quimica) e necessario que haja a experimenta~o.
Procurar desenvolver 0 sen so crftico e motivar os alunos para que tomem
decisOes e sejam responsaveis e tarefa da escola. A esccla que se propuser a
39
prevenir drogas deve faze-Io dentro de urn contexte mais amplo da sociedade, vida
competitiva, saude, allmentac;ao, medicina preventiva e Qutros,
Todos os profissionais da escola devem estar voltados para a busca de urn
individuo e de uma sociedade com saude. Nada adianta falar do produto, sem taear
na questao fundamental da motivayao, das atitudes e dos habitos dos individuos.
TI SA enfatiza a necessidade de os professores S8 prepararem para a
convivencia diaria e realizarem preven980 primaria, transmitindo uma postura de
vida, evitando palestras gigantescas com grande publico. 0 professor tern mais
condi¢es de detectar as aitera90esdo comportamentodo aluno e agir com
coerencia e born sense do que pessoas estranhas aos jovens.
Enfim, 0 assunto drogas continua sendo um tabu por parte dos professores
que temem realizar a prevenyao par preconceitos, medos e desconhecimentos do
tema como parte da realidade social. lnfelizmente, a prevenc;:ao feila por urn
professor de confianc;a e popularidade de maneira continua pe algo bastante raro.
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REFERENCIAS
BERGERET, J.; LEBLANSC, J. Toxicomanias' uma visao multidisciplinar. Porto
Alegre Artes Medicas, 1991.
CARLINI-COTRIM, B., ROSEMBERG, F. Drogas: Prevenc;ao no cotidiano escolar.
Cadernos de Pesquisas, n. 74, Sao Paulo, Agosto, 1990, p. 40-46.
MACCARI, N. Vivendo e Convivendo . dinamicas de grupo. Sao Paulo Paulinas,
1997
MARTINELLI, M.L. (org.) Pesquisa qualitativa: um instigante desafio. Sao Paulo:
Veras, 1999.
SANTOS, R. Preven,ao de Droga na Escola uma abordagem pSicodramatica.
Campinas Sao Paulo, 1997.
__ Preven,ao de Droga na Escola uma abordagem pSicodramatica. In:
ARATANGY. Campinas: Papirus: Sao Paulo, 1997.p.79
__ Preven9BO de Droga na Escola uma abordagem psicodramatica. In:
MORENO. Campinas: Papirus Sao Paulo, 1997.p.16.
THIOLLENT, M. Pesquisa-a,8o nas Organiza,lIes. sao Paulo. Atlas, (s.d.)
TIBA, I. Ensinar Aprendendo. Sao Paulo Gente, 1998.
TIBA, I. 123 Respostas sobre drogas. Sao Paulo Scipione, 1997.
TRIVINOS, A. N. S. Introdu,ao a Pesquisa em Ciencias Sociais a pesquisa
qualitativa em educac;ao. Sao Paulo: Atlas, (s.d.)
WUSTHOF, R. 0 que e preven,ao de drogas. Sao Paulo Primeiros Passos, 1991.
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ANEXO 1 - QUESTIONARIO
1 - Para voce a dependencia quimica e uma doenc;a? Par que?( ) Sim ( ) Nao ( ) Nao sei
2 - Assinale as dragas que voce conhece ou ja auviu falar:( ) Maconha ( ) Inalantes ( ) Merla ( ) LSD( ) Alcool ( ) Crack ( ) ~xtase ( ) Tabaco( ) Coca ina ( ) Anfetaminas ( ) Outras.Quais? _
3 - Conhece alguem que faz uso de drogas? Quem?() Sim () Nao
() Primos( )Irmao
( ) Pais ( ) Tios( ) Outros. Quem? _
( ) Amigos
4 - Quais as motivDs que voce acha que leva uma pessoa ao uso de drogas?( ) Curiosidade ( ) Falta de religiao ( ) Influ~ncia dos amigos( ) Baixa estima ( ) Problemas familiares () Outros. Quais? _
5 - Voce ja fez usa de drogas? Quais?() Sim () NaoQuais?
6 - Como voce procederia aD preparar-se com um de pendente quimico? (Comoajuda-Io)?
7 - Para voce quais as problemas gerados pelos usuarios de drogas?
ANEXO 2 - QUADRO DE DROGAS42
oIf)...J
Q)If).l9)(
·W
Historias tristes e recheadas de autoviol~ncia s~o as pe~s-chaves das
personagens de um filme assustador. Dependente do alcool durante oito anos de
sua vida, a participante da lrmandade dos Alcoolicos An6nimos (AA) que nao quis se
identificar, disse que chegou ao "fundo do pOC;ONe, em momentos dificeis da
dependencia chegou ao eumulo de ingerir aleoal puro na ansia de satisfazer 0 vieio.
"Meu primeiro contato com a bebida foi aos 15 anos. Numa Festa de
aniversario apostei com meu irmao quem bebia mais copos de vinho. Ao final, fui
carregada totalmente embriagada para 0 banheiro, contou. Mas a vicia da ex-
de pendente so se manifestou com todo vapor aos 18 anos, com a morte de sua
avo·~. Casei-me, mas de nada adiantou. Embriagava-me em casa e tomava diverses
tipos de bebidas, principalmente Campari, disse.
Para ela, acrescentou, tudo era motive para beber. Nao se importava mais
com nada, 0 que desembocou em separac;ao no casamento. Depois de muitos
sofrimentos causados a si e a sua familia, a nossa persona gem criou coragem e
resolveu sair des sa vida. HOje, ela participa a 13 anos do AA e se sente vitoriosa em
todos os campos, desde afetivamente ate profissionalmente. Com 29 anos atuando
no Amazonas, 0 AA ja possui 56 grupos espalhados pelo Estado.
Tambem em depoimento a plateia, 0 fotografo J.L., 47, contou toda a sua
trajetoria em 19 anos mergulhados nas drogas. "Meu organismo pedia droga. Era
totalmente de pendente. Num peri ado mais cruel ficava 24 horas ligado",
testemunhou 0 ex-dependente. Sua historia e comum a de inumeras pessoas que
colocaram 0 primeiro gale de cerveja na boca ou, par curiosidade, resolveram
enveredar no mundo das drogas, a fim de conhecer que fascinios ela proporcionava
aos seus usuarios.
Aos 10 anos, exatamente no dia de seu aniversario, J. tomou tres porres
seguidos. Natural para a familia, que bebendo em conjunto com parentes e amigos
sem querer incentivam a crian~ a beber urn gole aqui, outro ali. Dai para as outras
drogas foi so um pezinho. -No final daquele ana, par curiosidade, fumei meu primeiro
cigarro de maconha. Morava no Centro da cidade e costumava ver de perto pessoas
que eram usuarias de drogas", disse 0 fotografo.
A partir dai, sua historia passou por uma sucessao de acontecimentos ate
ver urn amigo ser morto na sua frente e ter sua vida ameac;ada por policiais. KResolvi
ter far~ de vontade e me internar numa clinica de recuperac;ao. Grac;as tambem a
ajuda de um amigo que me deu muita for<;8", informou J.
ANEXO 4 - DEPENDENCIA QUiMICA
Hi~f6rias tristes e recheadas de autoviol neia sao as pe<;as-chaves des
ersonagens de um fllme assustador. Dependente do aleDol durante alto anos de
sua vida, a participante da Irrnandade dos Alco61icDS An6nirnas (AA) que nao quis se
identificar, disse que chegou ao "fundo do poc;o~ e, em momentos diffceis da
dependi!!l1cia chegou ao curnulo de ingerir aleool puro na ansia de satisfazer 0 viejo.
"Meu primeiro cantato corn a bebida foi aos 15 anos. Numa Festa de
aniversario apostei com meu irmao quem bebia mais copos de vinho. Ao final, fui
carregada totalmante ernbriagada para 0 banheiro. contou. Mas 0 vieio da ex-
dependente 56 se manifestou com todo vapor aos 18 anos, c:om a morte de sua
8VC>"'. Casei-me, mas de nada adiantou. Embriagava-me em casa e tomava diversos
tipos de bebidas, principal mente Campari, disse.
Para ela, acrescentoLJ, tudo era motivo para beber. Nao se importava mais
corn nada, 0 que desembocou em separac;ao no casamento. Depois de muitos
sofrimento5 causados a 5i e a sua familia, a nos sa personagem criou coragem e
resolveu sair dessa vida. Hoje, e/a participa a 13 anos do AA e 58 sente vitoriosa em
tad as as campos, desde afetivamente ate profissionalmente. Com 29 an as atuando
no Amazonas, 0 AA jii possui 56 grupos espalhados pelo Estado.
TamMm em depoimento a plat"ia, 0 fot6grafo J.L., 47, contou toda a sua
trajetoria em 19 anos mergulhados nas drogas. ~Meu organismo pedia droga. Era
tatalmente dependente. Num peri ado mais cruel fieava 24 haras ligado",
testemunhou 0 ex-de pendente. Sua hist6ria e comum a de inumeras pessoas que
colocaram a primeiro gale de cerveja na boca au, por curiosidade, resolveram
enveredar no mundo das drogas, a fim de conhecer que fascinios ela proporcionava
aos seus usuarios.
Aos 10 anos, exatarnente no dia de seu aniversario, J. tomou tres porres
seguidos. Natural para a familia, que bebendo em conjunto com parentes e amigos
sem querer incentivam a crianya a beber urn gole aqui, outro ali. Oaf para as outras
drogas foi 56 um pezinho. ~No final daquele ano, por curiosidade, fumei meu primeiro
cigarro de maconha. Morava no Centro da cidade e costumava ver de perto pessoas
que eram usuarias de drogas", disse 0 fot6grafo.
A partir dar, sua historia passou por uma sucessao de acontecimentos ate
ver urn amigo ser morto na sua frente e ter sua vida ameayada por policiais. dResolvi
ter for,a de vontade e me internar numa clinica de recupera,ao. Gra<;:astambem a
aJudade um amigo que me deu muita for",", informou J.
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