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C.E.M. TecnologiasdeProdutosMultimdia
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Nuno Barrela
2009
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Em geral, o que foi afirmado para a imagem fixa continua vlido, no presente tema,relativamente ao interesse educacional.
Acrescenta-se agora, para se chegar ao conceito de imagem animada, o som e omovimento.
Define-se, ento, imagem animada por todo o tipo de imagens que, acompanhadas ou node som, se sucedem no tempo desenvolvendo movimento.
Incluem-se neste conjunto toda uma srie de caractersticas visuais de aspectos bemdiversos, desde o grafismo electrnico ou digitalizado (a 2 ou 3 dimenses) at imagemdo real captada e registada por uma cmara de vdeo, ou ainda por uma cmara de cinema eposteriormente registada em vdeo.
Os aspectos so de facto variados e estes diferentes tipos de imagens vm acabando porficar datados em funo das pocas correspondentes s tecnologias aplicadas. Comoexemplo, pode apontar-se o simples facto de a tecnologia vdeo, s em poucas dcadas, ter j evoludo tanto que se distinguem, de forma perfeitamente notria, imagens produzidasnum ou noutro formato, ao ficarem caracterizadas por determinadas evidncias,designadamente na qualidade e na definio.
A imagem animada no est ento circunscrita ao vdeo propriamente dito, se bem que todaa imagem electrnica tem sempre algo a ver com o vdeo que tambm frequentementeassociado a toda a produo de imagem electrnica. O vdeo , no entanto, como veremos,muito mais do que isso, j que pode ser abordado enquanto discurso. A prpria imagemfixa pode estar associada ao vdeo, na medida em que, integrada num programa registadoem vdeo ganha uma dimenso temporal e sonora que no tinha enquanto imagem isolada.
Que tipos de imagens animadas nos interessam mais, afinal, num contexto multimdia?
Existe uma grande variedade e, do ponto de vista prtico, privilegiamos algumas das maisligadas aos programas de utilizao comum, tais como:
- gifs animados, muito conhecidos na Internet;
- registos em vdeo propriamente dito, em formatos variados.
Existem outras imagens utilizadas por programas que exigem mais especializao, taiscomo:
- os banners, ou pequenas animaes geradas normalmente em MacromediaFlash(2 dimenses)
- animaes sonorizadas em shockwave (2 dimenses)
- animaes produzidas em programas de animao do tipo 3D (3 dimenses).
O discurso vdeo suas componentes; narrar em imagens e sons
O discurso vdeo caracteriza-se por sequncias de imagens em movimento, sonorizadas.Embora o cinema, iniciado em 1895 pelos irmos Lumire, ainda no dispusesse do recursosonoro, no tardou muito tempo (finais dos anos 20 do sculo XX) para que a gravaosonora acompanhasse os filmes. Alis, antes ainda do sonoro, muitas salas de cinema
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contratavam um pianista para preencher o espectculo, para contribuir com umadimenso emocional sonora que faltava naquele universo puramente visual.
Mesmo que estejamos em presena de um filme mudo, criamos subjectivamente umaatmosfera sonora, com ritmos, palavras que ecoam, rudos que nos chegam mais ou menossoltos.
Que elementos podem ento fazer parte do discurso vdeo?
, de certa forma, como se de um puzzle se tratasse, embora linear, sequencial, mas quepuxam uns pelos outros, redundando mais ou menos, contrapondo-se aqui e ali.
Em primeiro lugar, como j vimos, trata-se de sequncias de imagens que, ao sucederem-se, nos do o movimento. Este movimento criado na nossa retina. No caso do cinemasonoro so 24 imagens ou fotogramas projectadas em cada segundo. No vdeo/televiso um pouco diferente, visto que no se projectam as imagens; existe um varrimento em
zigue-zague de um canho de electres que nos vai permitindo reter imagens a partir dospontos que se vo iluminando, varrimento esse que executado com uma frequnciaregular segundo impulsos electrnicos: 25 imagens/s no caso dos sistemas europeus (PAL eSECAM) e 30 imagens/s no sistema americano (NTSC).
Dentro destas imagens temos a componente escrita que complementa a imagempropriamente dita.
Depois, a banda sonora que, como j vimos tambm, encerra em si vrios elementos: apalavra oral, a msica, os rudos e o silncio (que numa banda sonora tem que serconstrudo, de forma a ser credvel).
Finalmente convm referir que tambm a imagem fixa pode aparecer no discurso vdeo
mas... ser UMA imagem ? Em certa medida poderamos dizer que sim, mas de facto, numalgica temporal ela determinada pela durao do filme (uma fotografia includa numfilme dura um certo tempo); diferente de uma fotografia que observamos na nossa mo otempo que nos apetecer e, para alm disso, a percepo que temos dela ainda condicionada pelo som que ouvimos durante a sua passagem.
Como se organizam temporalmente as imagens no discurso vdeo?
Para aprofundar, recomenda-se o visionamento da srie LINGUAGEM E TCNICAS DA REALIZAOVDEO . Encomendar em http://www.iefp.pt/iefp/mediateca/paginas/home.aspx (captao e montagem, em4+3 DVDs):
para ver referncias: http://www.iefp.pt/iefp/Mediateca/Documents/Catlogo/Catalogo_Vendas.pdf - pg21 (consultado em 9-12-2009)
http://portal.iefp.pt/portal/page?_pageid=340,219504&_dad=gov_portal_iefp&_schema=GOV_PORTAL_IEFP&MDT_detail_qry=boui=18275869 (consultado em 9-12-2009)
http://portal.iefp.pt/portal/page?_pageid=340,219504&_dad=gov_portal_iefp&_schema=GOV_PORTAL_IEFP&MDT_detail_qry=boui=18275645 (consultado em 9-12-2009)
- A noo de PLANO:
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Pode ser definido de 3 formas: (1) tudo o que se v nos limites da imagem ou conjunto doselementos visuais de um registo vdeo - noo espacial; (2) o que se distingue emprofundidade, determinando-se assim um primeiro plano, um segundo plano... e um ltimo
plano ou fundo - noo espacial tambm; (3) o plano-durao ou pedao de filme existenteentre dois cortes na montagem - noo temporal.
- A SEQUNCIA:
um conjunto de planos que, sendo montados uns a seguir aos outros, constituem umaunidade flmica (o vdeo est organizado em sequncias e estas em planos); se umasequncia constiuda por um plano nico denominada plano-sequncia.
- A CENA:
Conceito vindo do teatro, caracteriza-se normalmente por uma aco dramtica comunidade de lugar e de tempo.
E quanto ao som?
J vimos as componentes da banda sonora. Falta-nos completar relativamente utilizaoda palavra: Temos, por um lado, o som sncrono ou tomado em directo (ambiente e voz inou os dilogos) e, por outro, a voz offou som dobrado (que permite grandes margens demanipulao das mensagens). Relativamente aos rudos tambm a flexibilidade demanipulao grande j que, na maior parte dos casos se consegue mais realismo com umrudo montado do que com um rudo natural (que normalmente de difcil isolamento
fora de estdio). nesta sucesso de planos e sequncias, de imagem e som, que se vai construindo odiscurso vdeo, que se vai escrevendo uma histria com uma caneta electrnica (queno composta s pela cmara e pelo microfone mas tambm pelo acto de montar, isto ,pela ordenao dos planos e das sequncias, pois que eles no so, como veremos adiante,registados pela ordem a dar histria).
NARRAR em imagens e sons implica ento uma srie de actividades, distribudas emvrias fases, a que esto subjacentes algumas regras e muito exerccio:
Primeiro necessrio pensar por imagens e por sons, para imaginar ou conceber anarrativa (ver o filme na cabea e regist-lo por palavras e/ou desenhos). o trabalho do
AUTOR.Depois necessrio reunir meios, recursos para que o filme possa ser feito. o trabalho doPRODUTOR.
Finalmente preciso faz-lo. a tarefa do REALIZADOR.
Da Ideia Produo sinopse, guio, planeamento
Escrever uma histria para vdeo, produzir um vdeo, realizar um vdeo eis 3 verbosque se completam, pressupondo a existncia de um autor, de um produtor, de umrealizador. Uma ou mais pessoas dever(o) reunir estas 3 qualidades: a de imaginar uma
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histria, a de disponibilizar os recursos e a de fazer o filme. A finalidade a de informar ede entreter, seduzindo. Para tal, h que trabalhar entre a unidade do assunto e a suadiversidade, trazendo para o ecr, progressivamente, a novidade. A linguagem dever ser
adaptada ao espectador, de forma clara, evitando a redundncia (repetio desnecessria)entre as palavras e as imagens intil, por exemplo, repetir por palavras que uma bola redonda e vermelha se estivermos a v-la.
Estas 3 funes nunca devero, contudo, coexistir numa atitude estanque. No caso de setratar de pessoas distintas elas devem conhecer o trabalho umas das outras de forma afacilitar sempre o dilogo construtivo. No caso de ser uma s a abarcar as 3 reas ela terque fazer o esforo permanente do contraditrio (se eu tiver uma ideia que exija recursospouco acessveis tenho que os encontrar, ou ento terei que adaptar a ideia aos recursosdisponveis).
Softwarefree para pr-produo -- http://celtx.com/
Em funo da finalidade a que se destinam, os programas de vdeo assumem vrios tipos,tais como (as duraes apresentadas tm vindo a variar, em funo da evoluo de suportese canais, assim como da evoluo de finalidades, contextos, e pblicos):
Tcnico/cientfico descrio/explicao de fenmenos fsicos ou naturais (10 a 30minutos, includo normalmente numa srie);
Institucional divulgao ou promoo de empresas, instituies, colectividades (10 a 30minutos).
Publicitrio histria curta, condensada, destinada a apresentar um conceito, uma ideia, avender um produto (10 a 30 segundos)
Documentrio narrativa, testemunho de acontecimentos reais, do ponto de vista de umautor/realizador (20 a 60 minutos);
Reportagem registo do tipo jornalstico, com entrevistas (em que o entrevistador pode sercmplice do espectador, ou seja, coloca perguntas em seu nome), ou com depoimentos(em que algum fala para o espectador directamente olhando-o nos olhos, isto , para acmara). Em ambos os casos as reportagens podem ser ilustradas com imagens que serelacionem com o assunto tratado (durao bastante variada conforme o espao televisivo aque se destina);
Fico/Dramatizao uma histria inventada ou reinventada que implica, normalmente, adireco de actores (de 10 a 20 minutos uma curta metragem e de 90 minutos a 3 horas umalonga metragem);
Simulao trata-se de um como se. produzida, em grande parte das vezes, comimagens virtuais (geradas por computador). Pretende-se sugerir um real que no pde serregistado e, por isso, simula-se (durao variada).
numa perspectiva de aproveitamento e economia dos recursos que se estabelece um planode produo de um vdeo.
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Depois de definido o tipo de programa a produzir h ento que percorrer as vrias fases daproduo:
Definir o contedo, traar objectivos, determinar o pblico (tipo de espectadores).
Escrever uma sinopse (5 a 10 linhas em que se mostra a ideia e o sentido da histria, demodo a que os intervenientes mais directamente implicados possam aderir).
Determinar e analisar recursos - materiais e tcnicos, humanos, tempo de produo,pesquisa de locais, eventuais autorizaes para registos, actores, etc.
Desenvolver o Guio uma primeira anteviso do filme e deve, por isso, conter omximo de detalhes possvel. Pode assumir uma forma escrita ou por imagens ilustrativas e
indutoras das cenas (storyboard, muito utilizado em publicidade ou noutras formas em quea aco seja muito privilegiada relativamente palavra).
Para uma boa visualizao da imagem, a linguagem a utilizar num guio deve ser clara eeconmica, empregando, sempre que possvel, frases curtas mas exprimindo ideiascompletas, verbos no presente do indicativo e na 3 pessoa (Jorge sai de casa e fecha a porta chave), adjectivao sem exageros, que baste para caracterizar uma personagem, umobjecto, uma aco.
De um modo geral divide-se o espao de escrita do guio pelas vrias cenas (na horizontal)e em vrias colunas (na vertical): (1) imagem, (2) som/texto/dilogos, (3) tempo/duraodas cenas, (4) observaes tcnicas:
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Cena 1: Jorge sai de casa
IMAGEM SOM/TEXTO/DILOGOS TEMPOS OBS. TCNICAS
Jorge sai decasa e fecha aporta chave.
Vem apressado,com aratrasado...
(rudo de chaves)
20 s
Chaves, livro ecaderno paraAntnio
Saco das compraspara a me
Variar o ponto devista e o ngulo
da cmara
A meaproxima-secom ascompras
M: Ento, Jorge, levas tudo oque precisas?
Jorge olha paraa me...rapidamente
A: Sim, me, mas estoumesmo atrasado!
A me sorri. M: Podes, ao menos, abrir-mea porta?
... ...
Planificao das operaes a ordem da captao/registo deve seguir critrios deeconomia na utilizao dos recursos referidos acima. A ordem da narrativa (histria) dadana montagem. Para alm da ordem das operaes bastante til desenhar uma planificao(ou vista de cima) das posies e ngulos de cmara com cenrios e deslocaes depersonagens.
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Depois da estabilizao do guio e h que proceder ao planeamento de toda a produo demodo a que a realizao decorra minimizando os imprevistos (que acontecem quasesempre).
A Realizao Vdeo enquadrar e compor com movimento; captar e registar; digitalizar eimportar; editar e exportar.
Realizar corresponde ao acto de fazer
ENQUADRAR E COMPOR COM MOVIMENTO
Importa aqui relembrar os desenvolvimentos do ponto 2.2.2 a propsito da imagem fixa,acrescentando alguns elementos relacionados com as especificidades do discurso vdeo,designadamente no que diz respeito ao movimento.
Tomemos em considerao a primeira acepo, relativa ao enquadramento e composio
- a primeira noo espacial de plano:No interior de um PLANO existe toda uma srie de cdigos inscritos no espao. Todosesses elementos esto limitados pelo enquadramento - no caso do vdeo, obedece-se sseguintes propores, fundamentalmente:
4x3 16x9
Espao e Disposio:
Apesar dos limites que acabamos de referir, o receptor nunca fica, por razes de percepoe interpretao, confinado a estes limites, ou seja: to importante o que est dentro(CAMPO), como o que est fora (FORA DE CAMPO).
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(temos tendncia para imaginar a continuidade da linha direita)
A 3 dimenso :Pode ser mais facilmente conseguida pelo estabelecimento de planos em profundidade: 1plano, 2 plano, ... ltimo plano (no nos esqueamos que o vdeo uma realidade a 2dimenses que nos sugere uma terceira, em profundidade, dada pela perspectiva... pelospontos de fuga.
A abertura do plano pode variar entre:
plano aberto plano mdio plano fechado (ouapertado)
linhas deformadas nosentido do ponto de fuga
reproduo mais fiel docampo de viso
pode comprimir aprofundidade de campo
1 plano
2 plano
ltimo plano
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As vrias classificaes de planos variam de autor para autor, no s por existirem
diversas escolas como tambm por as tradues levarem a equvocos com alguns termos.As opes aqui apresentadas so o resultado de uma pesquisa que assenta numa baseconsensual alargada.
A abordagem precedente constitui uma forma simples e prtica de uniformizar alinguagem, o que nos permite fazer os ajustes necessrios para obtermos as composiespretendidas. O modo de classificar os limites que fazemos dos espaos no se pode reduzir,todavia, a este quadro. Em numerosos casos, necessitamos de referncias de escala, deelementos de comparao de vria ordem, ou ainda de veculos emocionais (a expresso) para tal tem-se vindo a aceitar universalmente que o corpo humano seja uma espcie deunidade de medida, de bitola.
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A grandeza do plano tem como padro o corpo humano e pode variar entre:
Nota: No cortar o plano pelas articulaes do corpo: tornozelos, joelhos, cotovelos, pescoo. Deixar ar(um espacinho) em cima da cabea, e frente quando de perfil.
O ponto de vista pode variar entre:Normal, ao nvel do motivo.
Picado, de cima para baixo, tende a achatar o motivo (diminuio psicolgica).
Contra-picado, de baixo para cima, tende a alongar o motivo (aumento psicolgico).
Subjectivo, o que a personagem (que se encontra fora de campo) pode ver.
Objectivo, o que a cmara mostra, assumindo que claramente o ponto de vista doespectador.
planosde
expresso
planosde aco
PlanoMdio
PlanoGeral
PlanoGeralMdio
PlanoAmericano
PlanoPrximo
GrandePlano
Muito
GrandePlano
Planode
Detalhe
-interesse de relao espacialentre personagem e cenrio-plano descritivo
-personagem e alguma relaocom o que o rodeia-plano narrativo
-aco da personagem-plano narrativo e dramtico
-misto de aco e de expresso-narrativo, dramtico, psicolgico-plano muito utilizado em T.V.
-plano dramtico, psicolgico,expressivo
-a intimidade da personagem- a cara- plano expressivo
-relao entre elementos da cara
-plano expressivo, simblico
- plano simblico,eventualmente expressivo
-ateno:a sua permanncia podetransform-lo em plano geral
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A COMPOSIO
Consiste em dispor os elementos que aparecem no enquadramento com o objectivo de dar
eficcia ao contedo. No interior do plano existem certos pontos, linhas e massasprivilegiados em relao ao resto.
Os pontos fortes:
1. As diagonais que se cruzam no centro determinam um primeiro ponto forte.
2. Lei dos Teros
(como j vimos a propsito da imagem fixa)
As linhas:
1. A predominncia das horizontais d a sensao de calma, de paz, de tranquilidade:
2. As verticais podem produzir a sensao de solidez, poder, tenso espiritual, elevao,actividade:
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3. As diagonais do sensao de angstia, insegurana, desequilbrio:
elevao ou subida queda ou descida
As massas:
Do o peso ao enquadramento e asseguram o seu equilbrio.
A sensao de equilbrio das massas resulta da relao proporcional entre:
as maiores e as mais pequenas
as zonas mais iluminadas e as menos iluminadas
as zonas mais cheias e as mais vazias
...e recorde:
Defina bem o CENTRO DE INTERESSE, assente nos pontos e linhas de fora:
O equilbrio deve ser construdo a partir do centro, quer se trate de uma composiosimtrica ou assimtrica.
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A unidade um conceito a ter presente, de forma a que todos os elementos paream fazerparte de um todo e que no tenham sido includos por acaso.
Os primeiros planos podem reforar as sensaes de PROFUNDIDADE:
O ACESSO ao motivo deve ser fcil. Cuidado com obstculos em 1 plano:
Movimentos e Dinmica da Imagem
Podemos contar com 2 tipos de movimentos a fim de construirmos o nosso plano:
1. Movimentos dentro do plano (ou exteriores cmara)
Com a cmara fixa podemos enquadrar deslocaes de pessoas, animais, veculos, etc.Transmitimos assim ao espectador a sensao de que ele est parado, observando tudo oque est no seu campo de viso.
2. Movimentos da cmara
Vejamos, de forma simplificada, como constituda uma cmara de vdeo:
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Por definio a cmara tem sempre um apoio. Entende-se por suporte todo e qualquerdispositivo em que a cmara propriamente dita esteja apoiada (desde o corpo humano aotrip, de uma grua a um automvel, barco, avio, etc.)
Em funo da mobilidade das vrias partes que a compem, podemos construir um quadrodos movimentos possveis de uma cmara:
partes movimentos caractersticas
1
objectiva
- ZOOM OUT
- ZOOM IN
- Abre progressivamente o campo de imagem
- Fecha progressivo o campo de imagem
2
corpo
- PANORMICA VERTICAL
-PANORMICA HORIZONTAL
- Roda corpo + objectiva de cima para baixo ouviceversa
- Roda corpo + objectiva da esquerda para adireita ou viceversa
3
suporte
- TRAVELLING
- SUBIR e DESCER
- Desloca suporte + corpo + objectiva para aesquerda ou para a direita, para a frente ou paratrs
- Desloca suporte + corpo + objectiva paracima ou para baixo
Legenda:
1 objectiva
2 corpo de cmara (comgravador)
3 - suporte
1 2a 2b
3
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Podemos efectuar movimentos mais complexos a partir de combinaes destes 3 tipos. Ex.:travelling direita + zoom in... utilizando rodados, gruas, etc. ou criar um ponto de vistasubjectivo de quem vai a p, utilizando a cmara porttil ao ombro (neste caso o suporte da
cmara o prprio operador).NOTA: No confundir zoom e travelling: Neste, a viso do espectador aproxima-se ouafasta-se do objecto. Naquele procede-se a uma simples ampliao ou diminuio ptica, aum efeito de lupa, sempre focado. Os movimentos dezoom so necessrios para enquadrare, de um modo geral, no se aconselha a que fiquem no registo, sobretudo os zoom digitais(que esto incorporados em cada vez mais objectivas actuais).
Finalmente, se combinarmos os movimentos de personagens e objectos com osmovimentos da cmara, obteremos eventualmente ritmos de narrativa mais ricos.
Ex.: Uma panormica descritiva de um cenrio pode dar lugar a uma panormica deacompanhamento de uma personagem dentro desse mesmo cenrio (tudo depende se onosso objectivo o de descrever o cenrio ou o de narrar a aco da personagem).
DINMICA na mudana de plano:
Embora muitos dos aspectos da dinmica da imagem sejam conseguidos na fase demontagem/edio, no devemos correr o risco de ir para a fase de montagem sem termos
recolhido o material de que necessitamos.Assim, quando estamos a recolher o material - imagem e som, devemos conduzir-nos poralgumas balizas:
MUDANAS DE PONTO DE VISTA e NGULO
Abordmos at aqui a construo do plano de um s ponto de vista. Se imaginarmos porexemplo a conversa entre 2 personagens, A e B, sentimos a necessidade de ver a expressoe/ou a aco, ora de uma, ora da outra, ou ainda das duas em simultneo. Para tal
precisamos de, pelo menos, 3 pontos de vista, ou seja:
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Devemos ter sempre presente esta regra que ser aplicada ao fazerem-se as imagens, bemcomo na montagem das mesmas. a regra dos 180 ou da linha da aco (ainda chamadalinha de ombros no caso de 2 personagens que esto frente a frente). Todas as cmarasdevem estar para c dessa linha para que o espectador veja sempre A esquerda (campo), eB direita (contra - campo).
Podemos ilustrar esta ideia com um jogo de futebol, por exemplo, em que a equipa Ajogaria da esquerda para a direita e a equipa B da direita para a esquerda:
Tambm o ponto de vista no pode ser muito idntico entre 2 planos seguidos. Ele devervariar de pelo menos 30 para evitar um salto da imagem :
180 - eixo da aco
cm 1
cm 2 cm 3
cm 4
cm 5
equipa A equipa B
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Finalmente, se quisermos manter o mesmo ponto de vista, deveremos mudar a ampliaodo motivo de pelo menos 30, tambm para evitar um salto da imagem (uma variao dengulo menor no traria quase nada de novo) :
lano 1
lano 2
lano 2
mnimo 30
Outros cuidados...
A ACO NICA. Como fazer?
Pode acontecer que a aco que temos para registar dependa de ns, e a repetimo-la asvezes que precisarmos, ou ento pode tratar-se da chamada ACO NICA, em que arepetio no seja possvel. Neste caso precisamos de vrias cmaras e registamos, emsimultneo, os vrios pontos de vista.
RACCORD ou CONTINUIDADE na ACO
plano 1
plano 2
mnimo 30
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Se uma personagem se desloca, por exemplo, da esquerda para a direita, no plano 1, devecontinuar a deslocar-se no mesmo sentido no plano 2, sob pena de parecer voltar para trs.Tambm ao serem mostrados partes ou detalhes de uma cena, devem eles estar sempre em
coerncia com a aco geral nos movimentos a que esto sujeitos (se, por exemplo, algumergue um copo em plano geral, deve continuar esse movimento em detalhe, com a mesmadireco, luz e velocidade).
Assim:
e no assim:
OBJECTOS FIXOS
Os elementos do cenrio (adereos) no devem ser mudados de lugar entre dois registos ou
gravaes o espectador , em geral, muito atento esse tipo de descuidos. As posiesrelativas dos objectos fixos com a aco, perturba facilmente a continuidade. Quando umapersonagem muda de tempo e/ou de lugar tem que se prever a coerncia dos adereos, taiscomo roupa e calado, relgio, brincos, colares, pulseiras, posio de objectostransportados, etc.
ALTERNNCIA DE PLANOS
plano 1 plano 2
plano 1 plano 2
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Com a finalidade de uma aco mais interessante, mais conseguida, devem suceder-seplanos com alguma variedade, nomeadamente no que diz respeito a: alternncia de planosgerais ou de conjunto, planos apertados e detalhes; variao de ngulos de uma mesma
cena; variao da durao dos planos em funo da informao e da expresso de cadaplano (um plano mais aberto necessita, em geral de mais tempo que um plano maisapertado); coerncia na continuidade sonora.
CAPTAR E REGISTAR
Utilizamos aqui 2 verbos por uma questo de mtodo, por estarmos a falar de vdeo e node cinema. O uso mais comum ainda o de uma terceira palavra filmar. Na verdade emvdeo no se filma, no sentido prprio, ou seja: podemos admitir que se faz um filme, por
analogia ao cinema, mas o que se passa, de facto, que se pode captar (enquadrando ecompondo) a imagem na objectiva e fix-la no(s) CCD(s), e at vision-la num monitor,tudo isto sem a registar (gravar). S quando ela passa para uma fita magntica ou para umdispositivo de armazenamento (disco ou outro) que pode ser guardada.
Alis, se abstrairmos o movimento, podemos estabelecer uma analogia curiosa:
A fotografia convencional est para o cinema (ambos registados em pelcula), como afotografia digital est para o vdeo (ambos fixados em CCD e registados em memrias oufita magntica).
Falaremos sempre, ento, de CAPTAR e de REGISTAR ou GRAVAR.
Esclarecido este primeiro aspecto da tecnologia vdeo, vejamos alguns dos tpicosprincipais relativos a estas operaes:
(1) Quanto necessidade da luz
Como temos vindo a verificar, a luz a componente fundamental da viso dos objectos, ouseja, a luz que nos permite ver a imagem. Assim, para captar uma imagem, como vimosno incio, necessrio que a luz ilumine o objecto, directa ou indirectamente, para que asua imagem seja reflectida e captada pela objectiva.
Para que a cmara tenha uma referncia de iluminao necessrio proceder a um ajustechamado de equilbrio ou balano dos brancos (a maior parte das cmaras para o grandepblico, ou domsticas, fazem este balano automaticamente d um resultado aproximadomas muitas vezes bastante satisfatrio)
A cmara vai ter assim uma referncia em funo da iluminao geral da cena (que vai sermemorizada), o que lhe permitir reproduzir, o mais fielmente possvel (dependendo dascaractersticas tecnolgicas da cmara), toda a gama de cores e tonalidades doenquadramento.
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A sensibilidade das cmaras vdeo cada vez maior. Elas permitem captar imagens emcondies de iluminao cada vez mais precrias, apesar dos resultados serem muitas dasvezes insatisfatrios, nomeadamente por:
- pouca profundidade de campo, porque o diafragma tem que estar muito aberto;
- ausncia de pormenores na imagem, pouca definio;
- pouca presena e vivacidade nas cores; dominantes acinzentadas;
- ausncia de contraste
As diversas fontes de luz apresentam diferentes espectros luminosos. O olho humanoadapta-se aos diferentes espectros compensando os diferentes comprimentos de onda. Porisso, um objecto azul pode ser visto com a mesma cor luz do sol ou luz de um
candeeiro.Na realidade, o espectro solar, o das luzes incandescentes e o das luzes fluorescentes sotodos diferentes.
Para uma cor mais real, as cmaras tm normalmente vrios filtros a usar de acordo coma iluminao existente: incandescente, luz do sol, fluorescente e automtico (que reage luz dominante).
Como que podemos verificar se o filtro da cmara o correcto?
- Com luz artificial, existe uma dominante alaranjada ( porque temos seleccionado o filtrode luz de dia; devemos seleccionar o de luz artificial).
- Com luz de dia, existe uma dominante azulada ( porque temos seleccionado o filtro deluz artificial; devemos operar de modo inverso, seleccionando o filtro de luz de dia).
Alguns cuidados:
Em interior, lembram-se as notas enunciadas a propsito da fotografia com luz artificial.
Em exterior, com luz de dia, a fonte de luz o sol. Neste caso, quando o sol est limpo, aluz difcil de dominar porque o contraste grande devido s sombras produzidas. Da ouso de reflectores que podem consistir em simples placas de esferovite.
No caso do sol encoberto no temos o problema das sombras e podem obter-se imagenssuaves. As cores ficam assim favorecidas podendo obter-se uma gama variada detonalidades.
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Conclumos assim que, se quisermos obter motivos equilibrados a nvel do binmio luz /sombra, devemos evitar as horas volta do meio-dia.
Tambm se sabe que, se a neblina diminui a profundidade de campo, as horas a seguir auma chuva, pela limpeza inerente do ar, podem permitir uma definio e uma profundidadede campo muito superiores.
(2) Quanto aos formatos de registo
Apresenta-se um quadro com diversos formatos de registo em vdeo, com destaque para osmais adequados/utilizados numa relao custo/qualidade, segundo os seguintes critrios:
Frequncia de utilizao
Utilizao por grande pblico (domstico) e/ou profissional
Utilizao em registo ou em edio
Formatos Analgicos e Formatos Digitais
Suportes em Fita e Suportes em Disco
ANALGICOS DIGITAIS
VHS e VHS-C Cmaras e gravadores
domsticos,
videoclubes
S-VHS e
S-VHS-C
Cmaras e gravadores
domsticos
Digital S Cmaras e edio
8 mm e Hi 8 Cmaras e gravadoresdomsticos
Digital 8 Cmaras domsticas e edio
U-Matic Video institucional
(desaparecido)
Mini DV e DV Cmaras domsticas, semi PRO
e edio
Micro MV Cmaras domsticas
DVD (mpeg2) Cmaras domsticas e edio
MicroDrive Cmaras domsticas
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HDV Cmaras e edio
Betacam SP Formato para televiso
broadcast. Cmara e
edio
Betacam SX
Digital Betacam
Televiso broadcast. Cmara e
edio. Superiores ao Betacam
SP
DV CAM Cmara PRO e edio
DVC Pro Cmara PRO e edio
HD CAM Televiso broadcast. Cmara eedio.
IMX PRO Televiso broadcast. Cmara eedio.
XDCAM (Sony) Televiso broadcast. Cmara eedio.
P2 (Panasonic) Televiso broadcast. Cmara eedio.
CD-ROMPara armazenamento deregistos curtos
DVDHD-DVD
BLU-RAY
Para edio e armazenamentode registos longos
(3) Quanto ordem e mtodo das operaes
Verificar todo o equipamento de imagem e som - cmara(s) de vdeo, microfone(s), trip ououtros suportes, iluminao e/ou reflectores (placas de esferovite), videocassetes, fitaisoladora, alguma ferramenta, bloco de notas, guio, planificaes...
Depois de toda a cena preparada, com actores e figurantes ensaiados e colaboradorestcnicos a postos, procede-se ao registo, atravs das ordens seguintes: silncio, cmara agravar, aco... e no fim...corta!
Sempre que possvel utilizar um bom suporte (verificar a horizontalidade e a estabilidadeda cmara).
Se no for possvel, e utilizando a cmara mo...
Com as pernas estendidas e afastadas.
Com uma perna frente e outra atrs para uma panormica vertical.
Sentado, com os cotovelos assentes nas coxas.
Utilizando um apoio no solo, para os cotovelos.
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Apoiar-se contra uma parede, um automvel, etc.
Abraar-se a um poste.
Utilizar um brao artificial como suporte de ombro (para handycam).
Resumimos algumas regras de base, a serem tidas em conta no acto de gravao (o que ficaregistado o que vai ser visto, e no nos esqueamos que muitas vezes a aco nica, nopode ser repetida):
- Ensaiar vrios pontos de vista e comparar os resultados.
- No cortar as personagens pelas articulaes do corpo (pescoo, cotovelos, joelhos,tornozelos).
-Definir bem os limites dos enquadramentos (lembrar as regras de composio).
- Deixar sempre ar (um espao livre) frente e por cima das personagens, tanto nosplanos em que elas olham para algo, como nos planos em que se deslocam.
- Assegurar o equilbrio e a estabilidade da cmara, sobretudo quando se trabalha com umagrande distncia focal (teleobjectiva).
- Qualquer movimento ou frico ser bastante ampliado.
- Procurar, tambm, a composio assimtrica, dispondo o motivo principal volta dospontos fortes. Colocar a linha do horizonte no tero superior, ou no tero inferior em funoda importncia dada terra ou gua relativamente ao cu. Nos Grandes Planos dispor os
olhos da personagem nos pontos fortes superiores.- A presena de um objecto em 1 plano pode contribuir para valorizar o motivo principal,quebrando a monotonia e dando profundidade ao enquadramento. Preferir as linhas de fugas horizontais ou verticais, para obter a profundidade e o volume.
- Gravar planos de corte, preciosos para ligar 2 planos que no tm raccordentre si (queno assegurem a continuidade narrativa). O plano de corte permite interromper a aco paraa retomar posteriormente.
- Tambm serve para encurtar o tempo psicolgico, evitando duraes inteis e reforandoa intensidade narrativa. O plano de corte pode ser uma paisagem, um objecto, umpormenor, uma expresso, um gesto e dura poucos segundos.
- Deixar correr a fita alguns segundos, em gravao, antes do 1 momento de plano til,para que estabilize (aspecto electrnico-mecnico). S ento dar a ordem de aco. Domesmo modo, no cortar precipitadamente no final (pode ser precioso na montagem).
De modo similar, eis algumas regras de base para o acto da captao e registo udio:
- Testar o tipo de reflexo sonora do local onde se vai tomar o som.
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- O registo deve ser efectuado, sempre que possvel, com controlo manual de volume, deforma a podermos evitar a saturao no desejada, ou nveis demasiado fracos.
- Os mostradores mais comuns so os vumetros com ponteiros ou com leds. Em qualquerdos casos, os sons mais intensos no devem ultrapassar os 0 Db nem estacionar nos ledsvermelhos. Utilizar sempre o mesmo valor de referncia (o mais utilizado uma frequnciade 1000 ciclos/s ou 1000 Hz a uma amplitude de 0 db).
- No fazer variaes de nvel bruscas nem acentuadas.
- Fazer corresponder a grandeza de plano-imagem e de plano-sonoro.
- Planificar o som, ou seja, variar a tomada de som em funo do enquadramento.
- Estes movimentos fazem-se com a aproximao/afastamento do microfone e no com assubidas e descidas no controlo de volume.
- Evitar o micro interno da cmara para tomadas de som exigentes do ponto de vista daselectividade (s como som de referncia ou ambiente em casos pontuais). No esquecerque ele capta os rudos mecnicos da cmara.
- Evitar os rudos do microfone, produzidos por choques, frices, movimentos bruscos,vento demasiado (usar, neste caso, uma proteco ou corta-vento).
- Mais vale ter som a mais do que som a menos (gravar sempre maior durao do que aaparentemente necessria).
- Utilizar sempre auscultadores para uma boa selectividade na tomada de som.
- Deixar correr a fita alguns segundos, em gravao, antes do 1 momento de plano til,para que estabilize (aspecto electrnico-mecnico). S ento dar a ordem de aco. Domesmo modo, no cortar precipitadamente no final (pode ser precioso na montagem).
- Finalmente um conjunto de operaes complementares de colheita de imagens (pode terlugar independentemente da fase de captao/registo, at fase de montagem/edio).Trata-se da transferncia de imagem e som de outros suportes para vdeo (de fotografias, dediapositivos, de cinema, de ficheiros informticos, da Internet...).
DIGITALIZAR E IMPORTAR
Para se chegar aos registos vdeo e udio passa-se por um processo de codificao /descodificao (imagem-sinal electromagntico / sinal-imagem ou sinal - registo magntico/imagem).
Esse processo, e consequentemente a gravao, pode ser analgico ou digital.
O mesmo suporte pode servir para uma gravao analgica ou digital, na condio deaceitar a gravao, quer de forma contnua (modo analgico), quer de forma descontnua(modo digital).
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No vdeo digital basta uma entrada prpria no computador (visto que os sinais que vm dogravador j so digitais) do tipo firewire no caso do chamado vdeo domstico e semi-profissional e do tipo SDIno caso do vdeo profissional.
cabos firewire placa firewire ligaes SDI(profissional)
Com a massificao progressiva do vdeo digital a tendncia da utilizao dos diversosformatos leva-nos a privilegiar as ligaes firewire tambm conhecidas por i-link, norma IEEE 1394, ou simplesmente ligao DV. Existem fichas de 4 pinos (a menor, na figura)para o lado da cmara e para computadores portteis essencialmente, e de 6 pinos (a maior)para para a maioria dos perifricos e para o lado da placa dos PCs; os cabos podem, porisso, ser de 6-6, 4-6 ou 4-4.
Convm, a este propsito introduzir aqui outro termo, muito utilizado a CAPTURA:
Trata-se de um neologismo oriundo do ingls capture e que se tornou de uso comum, j que bastante sugestivo. CAPTURA consiste na digitalizao, significa grosseiramente apassagem de imagens e sons para o programa de edio, vindos de um dispositivoexterno, normalmente em fita (gravador da cmara de vdeo ou leitor), para o computador.
Por oposio utiliza-se o termo IMPORTAO que significa a passagem dos dados deum ficheiro de som e imagem - para o programa de edio, dados esses, vindos j dodisco rgido da cmara, ou de outro dispositivo qualquer, mas sempre de um ficheiro(memria, CD, DVD, microdrive,...)
O vdeo ento capturado atravs do processo de codificao digital, atravs de software os CODECS (codificadores / descodificadores). No caso do vdeo analgico normalmenteum CODEC chamado MJPEG e no caso do vdeo digital o CODEC DV. Com o quadroseguinte podemos ter a noo do espao ocupado em disco rgido pela captura DV (imageme som):
TEMPO ESPAO
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1 minuto 220 MegaBytes
2 minutos 440 MegaBytes
3 minutos 660 MegaBytes
4 minutos 880 MegaBytes
4,5 minutos 1 GigaBytes
18 minutos 4 GigaBytes
30 minutos 6,6 GigaBytes
1 hora 13,2 GigaBytes
2 horas 26,4 GigaBytes
3 horas 39,6 GigaBytes10 horas 132 GigaBytes
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Existem imensos programas de edio, uns muito simples e intuitivos e outros complexos,utilizados pelos especialistas. Actualmente, a grande maioria permite obter j produtosfinais de grande qualidade e versatilidade para os fins a que se destinam e que so
principalmente a gravao final em fita, ficheiros para CD ou DVD, a incluso na Internetou o envio por e-mail.
Eis o aspecto visual de alguns editores organizados segundo a sua aplicao maisprofissional, ou a sua utilidade mais alargada em termos de grande pblico:
Os Profissionais mais utilizados:
AVID utilizado emPC e Macintosh
Adobe Premiere maisutilizado em PC
Final Cut Pro utilizado emMacintosh
Alguns editores Grande Pblico ou Domsticos:
Studio Pinnacle,utilizado em PC; muitoamigvel, disponvel emDemo na Internet
I-Movie Muitosimples; para quemtrabalha em Macintosh
O nosso eleito num contexto de iniciao (ver Manual WEB 2.0 para mais detalhes):
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ainda o menu How to... que consiste num tutorial muito simples, bastando clicar em cadaum dos tpicos e aplicar o procedimento.
(3) Conclui-se o filme final, EXPORTANDO:
A finalidade desta fase , como j referimos a de concluir um filme final com ascaractersticas adequadas ao destino - gravao final em fita, ficheiros para CD ou DVD, aincluso na Internet ou o envio por e-mail.
Para tal til conhecer os principais CODECS e as extenses dos vrios formatosutilizados em vdeo.
Consequncia da existncia de milhares de programas, cada um com as respectivasextenses, uma listagem completa seria praticamente impossvel. A listagem seguintecontm apenas os tipos de arquivos mais comuns:
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Formato/extenso Caractersticas
*.AVI
Audio Visual Interleaved multimedia format
Possui variadas taxas de compresso, em funo dasfinalidades pretendidas e dos programas de edio utilizados.Ainda utilizado nalguns CD-ROM. Os diferentes codecs AVItm taxas de compresso normalmente pesadas, o que significaque ocupam muito espao para apresentarem qualidade(exceptua-se o [*] DivX MPEG4 que utiliza uma forma decompresso do tipo MPEG, apesar de ser um AVI).
Os AVI mais comuns so: Cinepac, Indeo Video 5.10, IntelIndeo(R) Video R3.2, Intel Indeo Video 4.5, Intel IYUVcodec, Uncompressed Codecs (RGB24, UYVY, YUY2),Microsoft RLE, Microsoft Video1, PCLEPIXL 32-bitCompressor, MJPEG Compressor, [*] DivX MPEG4,Microsoft DV Video Encoder...
*.MOV
Apple Quicktime Video file
Conhecido tambm por Quick Time Movie. Formato daApple,bastante aplicado no seu universo, utilizado em CD-ROM ena WEB, em traillers de cinema, nomeadamente. Pede tempos
grandes de carregamento mesmo em Banda Larga. Osficheiros *.MOV exigem leitor prprio para seremreconhecidos pelo computador. Ocupam normalmente muitoespao para oferecerem uma boa qualidade.
Os *.MOV mais comuns so: PLANAR RGB, ComponentVideo, QT DV ...
*.MPG Moving Picture Experts Group
Conhecido por MPEG. Embora j exista em bastantes
formatos, o MPEG divide-se em 2 grandes grupos no querespeita a vdeo: MPEG1 e MPEG2 (Este ltimo, mais pesado, mais utilizado em aplicaes profissionais). Grosso modo,pode dizer-se que o MPEG1 est mais ligado ao CD-ROM e oMPEG2 ao DVD. A forma de compresso do MPEG permitebons nveis de resoluo e estabilidade a baixo peso. OMPEG2 , por isso, a tcnica de compresso preferida em TVDigital e para incluso de vdeo em suportes multimdia,nomeadamente em filmes DVD. Desde o aparecimento doWindows 98 os utilizadores da Microsoft s necessitam doWindows Media Player para poderem ver vdeos MPEG1.
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Com oMovie Makerpodemos ento proceder s seguintes operaes de exportao ouconcluso de filme, conforme a finalidade:
Refere-se ainda o MPEG4 como agente de compresso,emergente, nalguns sectores da indstria multimdia mobile,
designadamente em telemveis.*.WMV Windows Media Video
um formato desenvolvido pela Microsoft com uma excelenterelao compresso/resoluo para gerar streaming (fluxo deudio-vdeo). Destina-se fundamentalmente WEB, visto quepermite alterar a taxa de compresso num leque enorme depatamares, podendo adaptar-se um vdeo, desse modo, aodestino ptretendido (enviar por e-mail, colocar numa pgina daInternet). tambm dos formatos mais universais para leiturade vdeo nos computadores pessoais, principalmente de fontes
via WEB, no necessitando, para tal, de leitores especiais,visto que o codec j vem instalado nos sistemas operativos daMicrosoft. O prprio programa de edio de vdeo daMicrosoft ( Movie Maker) vem preparado para exportar osprojectos de vdeo, de forma bastante flexvel, em *.WMV.Bom formato para CD-ROM.
*.RM Real Media
Formato de streaming tambm muito utilizado na WEB e com
com bastante flexibilidade relativamente ao destinopretendido. Apresenta como desvantagem, a necessidade deum leitor especfico (Real Player), o que o limita em termos dedivulgao.
*.AVI
[*] DivX
DivX
Conhecido por DivX, trata-se de um formato com umaexcelente relao compresso/resoluo (com o peso idntico aum MPEG1 atinge quase a qualidade do MPEG2, ou seja, ocontedo de um filme em DVD corresponde, grosso modo,com o DivX, ao espao ocupado num CD). Apresenta, no
entanto, a dificuldade de exigir um leitor prprio nodisponibilizado nos sistemas operativos.
*.FLV
Flash Video
Formato com grande sucesso em streaming para a WEB(embora precise de leitor prprio, pode ser inserido atravs datecnologia Flash)
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(1) VIDEO para FITA/CASSETE
Enviar para cmara DV.
- Guardar o ficheiro em DV-AVI PAL para utilizaes futuras com a melhor qualidade Para isso seguir:
Guardar no computador;
Escolher local para guardar o filme;
Em configuraes de filme escolher outras configuraes;
O ficheiro ficar em *.AVI e no ser lido por todos os computadores ( s para arquivo dequalidade e ocupar muito espao ver quadro de capturas)
(2) FICHEIRO para CD
Guardar no computador;Escolher local para guardar o filme;
Em configuraes de filme escolher outras configuraes;
Vdeo para leitura local (2,1 Mbps PAL) ou Video de Alta Qualidade (PAL). Severificarmos que o vdeo vai ocupar mais do que nos convm, podemos comprimi-lo mais,por exemplo (1,5 Mbps PAL) ou Video para LAN (1 Mbps), etc. Estes ficheiros serocodificados em *.WMV (ver quadro precedente).
(3) FICHEIRO para INTERNET/E-MAIL
Guardar no computador;Escolher local para guardar o filme;
Em configuraes de filme escolher outras configuraes;
Video para LAN (340Kbps) ou (512Kbps)
Estes ficheiros sero codificados em *.WMV
Verificar sempre a relao qualidade e espao ocupado para confirmar a adequao finalidade.
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Exportao/Converso:
Se pretendermos utilizar outros formatos, temos disposio uma srie de programasconversores livres, de entre os quais se sugerem, pela simplicidade e flexibilidade:
Format Factory:
http://www.formatoz.com/download.html (09-12-2009)
ouhttp://www.4shared.com/account/file/164223076/7221f7b0/FFSetup220.html?sId=4OGIGrMuMc802XuK
SUPERhttp://www.erightsoft.com/SUPER.html(09-12-2009)
Mais rigoroso e completo, tambm mais exigente em termos de utilizao
ou
http://www.4shared.com/account/file/117740311/4e4ca3b5/SUPERsetup.html?sId=4OGIGrMuMc802XuK
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