VIII - MOBILISMO GEOLÓGICO

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T1 – A GEOLOGIA, OS GEÓLOGOS E OS SEUS MÉTODOS

ES JOSÉ AFONSO 10/11 PROFª SANDRA NASCIMENTO

Desde o século XVII, quando as cartas de marear do Atlântico se

mostraram mais precisas, muitos estudiosos, como Francis Bacon,

repararam como a costa da América do Sul e da África pareciam o

espelho uma da outra.

Duas hipóteses foram então

colocadas pelos cientistas

da época para explicar este

fenómeno.

A primeira imaginava o oceano

Atlântico coberto por um continente

que se tinha afundado e afirmava que

a correspondência entre as costas da

África e da América não eram mais

do que uma coincidência.

A segunda sugeriram a hipótese

de que os continentes teriam

estado outrora ligados por

pontes de terra há muito

afundadas no oceano.

Em Janeiro de 1912, Alfred Wegener propôs a sua teoria sobre a

mobilidade dos continentes, conhecida por teoria da deriva

continental.

Wegener afirmava que os continentes actuais teriam estado unidos,

há cerca de 250 milhões de anos, constituindo um único

supercontinente chamado Pangea, rodeado por um único oceano,

denominado Pantalassa. Inicialmente, a Pangea fragmentou-se em 2

continentes – Laurásia (a Norte) e Gondwana (a sul).

Posteriormente, estes dois continentes continuaram a

fragmentar-se, originando continentes de menores dimensões que

ter-se-iam movimentado à deriva, ao longo do tempo, até

ficarem na posição que apresentam actualmente.

A sociedade científica da

época não aceitou a sua

teoria, tendo saído

ridicularizado e hostilizado

da reunião onde a

apresentou.

O que irritou os restantes cientistas era a convicção de Wegener de que

os continentes não estavam fixos e que tinham andado à deriva em

volta da superfície da Terra, e que o continuavam a fazer.

GEOGRÁFICOS

GEOLÓGICOS

PALEONTOLÓGICOS

PALEOCLIMÁTICOS

”...é como se se passasse tudo como ao recortarmos uma folha de jornal.

Basta apenas juntarmos os pedaços para encontrarmos os segredos da

Terra... ”

Ocorrência de alguns tipos de rochas e formações geológicas (cadeias

montanhosas) semelhantes em continentes que actualmente se

encontram separados.

Rochas

Existência de fósseis de animais e plantas semelhantes em

continentes actualmente afastados.

Existência de elementos indicadores das condições climáticas

comuns entre os diferentes continentes: carvão, sal, areias dunares,

recifes de corais – indicadores de climas quentes; vestígios de

glaciares – indicador de climas frios é possível deduzir a posição

dos continentes no passado.

Distribuição actual das

evidências de glaciares há

300 Ma.

Simulação de como os

glaciares estariam dispostos

numa calote polar no

hemisfério sul, se os

continentes estivessem juntos.

A principal crítica à deriva dos continentes foi o facto de

Wegener não conseguir explicar correctamente qual o “motor”

(mecanismo) responsável pelo movimento dos continentes .

Manto

Crusta oceânicaContinente

Wegener propôs que os continentes deslizariam sobre os fundos oceânicos

A teoria da deriva continental só foi compreendida no final da

década de 1950 com os avanços tecnológicos do Sonar e os estudos

efectuados a nível dos fundos oceânicos.

Estes novos conhecimentos, abriram caminho para a formulação de

uma nova teoria – a TECTÓNICA DE PLACAS, baseada na teoria de

Wegener.

Os sonares conseguiam determinar a

profundidade dos oceanos registando

o tempo que um sinal sonoro gerado

demorava a chegar após reflectido

pelo fundo oceânico.

Segundo esta teoria, a superfície da Terra não é contínua, estando

dividida em vastas porções de diferentes tamanhos, denominadas

placas litosféricas ou placas tectónicas, que formam como que um

puzzle e que deslizam sobre a astenosfera (zona pastosa da Terra

situada entre os 100 e os 350 Km de profundidade).

As placas litosféricas não são mais do que fragmentos rígidos

formados pela crosta e pela parte superior do manto (que

constituem a litosfera). As placas deslocam-se umas em relação às

outras, deslizando sobre material mais quente e fluido do interior

da Terra.

Os dados fornecidos por satélite confirmam o movimento relativo das

placas tectónicas.

Não coincidem com os

limites dos oceanos ou

dos continentes

Coincidem com as zonas onde o

vulcanismo e a actividade

sísmica são importantes

As várias placas podem

ser inteiramente

oceânicas e outras são

simultaneamente

oceânicas e continentais.

As rochas do fundo oceânico são cada vez mais jovens conforme se

aproximavam da dorsal.

devido a

A convecção ocorre quando um líquido é

aquecido por baixo como num vaso

colocado a uma chama. O líquido do

fundo aquece e expande-se. Como é

mais denso, desce. Quando o líquido

quente atinge a parte superior do vaso

perde calor e é substituído pelo líquido

que entretanto aqueceu e subiu.

Na panela No manto

As massas quentes do fundo do manto sobem para a

litosfera, e ao mesmo tempo as mais frias da parte superior

descem. Estas correntes circulares de massas sólidas

denominam-se Correntes de Convecção do Manto.

FIM

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