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Violência contra a

Mulher

ATSM/SESAU-TO

Gênero

Se refere ao conjunto de relações,

atributos, papéis, crenças e atitudes

que definem ser homem ou ser

mulher em cada sociedade.

Gênero é construção

histórica e cultural

SEXO

Diferenças

dadas

biologicamente

GÊNERO

Diferenças

construídas

culturalmente

Religião

• Santa

• Pecadora

"Quero, do mesmo modo, que as mulheres se

ataviem com traje decoroso, com modéstia e

sobriedade, não com tranças, ou com ouro, ou

pérolas, ou vestidos custosos, mas como

convém às mulheres que fazem profissão de

servir a Deus com boas obras. A mulher

aprenda em silêncio com toda a submissão.

Pois não permito que a mulher ensine, nem

tenha domínio sobre o homem, mas que esteja

em silêncio. Porque primeiro foi formado Adão,

depois Eva. E Adão não foi enganado, mas a

mulher, sendo enganada, caiu em

transgressão; salvar-se-á, todavia, dando à luz

filhos, se permanecer com sobriedade na fé, no

amor e na santificação.”

(Tim. 2:8-15)

Século XVII

Características biológicas

das mulheres determinariam

seus atributos psicológicos

„tipicamente femininos‟, como

a imaginação, inconstância,

leviandade, tendência a

enganar e a possuir uma

„moleza de caráter‟ e do

físico.

BELLINI, Ligia. Concepções do corpo feminino no

Renascimento, 2003)

Século XVIII

• Mulher = lar = família = maternidade

• Redução do corpo ao útero

• Corpos perfeitos = maternos

Aurélio Buarque de Holanda

conceito de

mulher

s.f. do latim mulier

“ser frágil,

dependente,

mentiroso, fútil,

superficial, ou

interesseiro

Aurélio Buarque de Holanda

conceito de

mulher

s.f. do latim muliere

1. O ser humano do

sexo feminino...5.

dotada das chamadas

qualidades e

sentimentos femininos

(carinho,

compreensão,

dedicação ao lar e à

família, intuição)...

Gênero

Forma de significação de

poder

“Qualquer ato ou conduta

baseada no gênero que

cause morte, dano ou

sofrimento físico, sexual

ou psicológico à mulher,

tanto na esfera pública

quanto privada”

Violência de Gênero

(Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a

Viol. Contra a Mulher – Convenção de Belém do Pará, 1994)

Lei Maria da Penha

11.340/06

Margarida A. Barbosa

FORMAS DE

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR

VIOLÊNCIA FÍSICA

Qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal

Margarida A. Barbosa

VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA

Qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante:

- Ameaças - Manipulação

- Constrangimentos - Isolamento

- Humilhação - Perseguição

- Vigilância constante - Exploração

-Chantagem

- Insulto

- limitação do direito de ir e vir

VIOLÊNCIA SEXUAL

Qualquer conduta que constranja a presenciar ou manter ou participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer meio contraceptivo ou que a force ao matrimônio, `a gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos

Margarida A. Barbosa

Violência Institucional

É aquela praticada nas instituições prestadoras

de serviços públicos como hospitais, postos de

saúde, escolas, delegacias, judiciário.

Mitos sobre a violência doméstica

A violência doméstica ocorre

muito esporadicamente

A cada 15

segundos

uma mulher

é agredida

A violência doméstica é um problema

exclusivamente familiar: roupa suja se lava

em casa

Problema social - segurança - saúde pública.

A violência só acontece entre as famílias de

baixa renda e pouca instrução

Não faz quaisquer distinções de classe

econômica/racial ou cultural porque depende

dos estereótipos de gênero.

A violência só acontece nas famílias

problemáticas

as famílias afetadas pela violência aparentam

funcionalidade; não há uma só pesquisa

comprovando que tais famílias difiram de

outras.

Os agressores não sabem controlar suas

emoções

No caso da violência doméstica há uma clara

situação em que o agressor aproveita-se de uma

„relação de poder‟ que ele imagina possuir em

casa, sobre a mulher e os filhos.

Se a situação fosse realmente tão grave, as

vítimas abandonariam logo seus agressores

A maior parte dos femicídios ocorre na fase em

que a mulher está tentando abandonar a relação e

apartar-se do agressor.

É fácil identificar o tipo de mulher que apanha

É muito comum que o agressor obrigue a vítima

não só ao silêncio, mas como a externar felicidade

e tranquilidade.

A violência doméstica vem de problemas com o

álcool, drogas ou doenças mentais

Muitos agressores cometem esse crime sem

apresentar quaisquer desses fatores.

Para acabar com a violência basta proteger as

vítimas e punir os agressores

É necessário medidas de promoção/prevenção,

desconstruir alguns valores culturais,

acompanhamento do agressor, entres outros

aspectos.

O amor romântico, na forma como o

vivenciamos, é uma construção histórico-

cultural que dá origem a essas vivências

emocionais nos relacionamentos afetivos

(Costa, 1998). O limite do amor romântico é

justamente não sobreviver ao confronto

com o real, uma vez que se nutre da

idealização.

É valorizado como condição máxima de

felicidade, que se dirigiria eternamente ao

mesmo “objeto”, independente de ser

correspondido.

Amor Romântico

Não vive

sem o outro

Independente de ser

correspondido

Condição máxima de felicidade

Presente em épocas e culturas

Incontrolável pela

vontade

Surdo à voz da razão

Sentimento universal e

natural

Sem beber ele era carinhoso. Quando ele estava são, ele me procurava para fazer sexo todos os dias. Aí, a

gente tinha uma boa relação, porque eu ainda gostava dele e, às vezes, a gente perdoa, não é? O amor é uma

loucura, é cego. E a gente tinha um relacionamento sexual bom, prazeroso, ele são, eu gostava. (Lourdes, 55

anos, 1o Grau).

Ele bebia muito, ele tinha seus vícios, mais era muito trabalhador. O vicio não empatava ele de ganhar dinheiro.

Hoje, ele tem um patrimônio bom. Se não servir para mim vai servir para os filhos (Amélia, 72 anos, 2o

Grau).

Magnitude do

Problema

PANORAMA GLOBAL

Dados do Banco Interamericano

de Desenvolvimento (BID)

- 25% dias de trabalho perdido pelas

mulheres têm como causa a violência o

que reduz seu ganho entre 3 e 20%

- Filhos/as de mães que sofrem violência

têm três vezes mais chances de adoecer

e 63% dessas crianças repetem a escola,

abandonando estudos por volta dos 9

anos.

• A cada 15 segundos uma mulher é

agredida

• 33% das brasileiras já foram agredidas,

sendo que 57% destas agressões foram

praticadas pelos próprios parceiros.

(F. Perseu-Abramo,em: www.patriciagalvao.org.br, em

Timm, F. 2008;)

Gastos com violência

Fonte: Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)

violência doméstica:

• peso similar à

- Tuberculose

- HIV

- Câncer (diversos)

- Enfermidades

cardiovasculares

• 2007 (PIB):

• 1,9% Brasil

• 5,0% Colômbia

• 4,3% El Salvador

• 1,3% México

• 1,5% Peru

• 0,3% Venezuela

Repercussões da violência sobre a saúde da mulher

Distúrbios do sono, pesadelos, assusta-se

com facilidade

Irritabilidade, agitação, constantes lembranças do

evento traumático

Necessidade compulsiva de falar sobre o evento

ou impossibilidade de falar sobre o evento

Dificuldade de memória e concentração, de

tomar decisões

Chora sem motivo aparente, depressão,

isolamento emocional, falta de interesse em

pessoas e eventos à volta

Dificuldade de planejar o futuro, de

relacionamento sexual

Compulsividade (com comida, cigarro, bebida etc)

Dores não localizadas

O QUE TORNA TÃO DIFÍCIL DEIXAR UMA

RELAÇÃO EM QUE OCORRE VIOLÊNCIA

DOMÉSTICA?

• O comportamento do homem

violento: o aumento da

violência em cada episódio;

perseguições na rua, no

trabalho, ameaças às crianças

e à família;

• O sentir-se paralisada pelo

trauma físico e psicológico da

violência;

• A falta de opções de moradia,

trabalho;

• Difícil acesso a educação e

informações;

• Ambivalência da mulher diante das promessas de

mudança do companheiro;

• A esperança , o afeto, a lealdade, o apreço pelas

qualidades positivas da relação;

• A falta de apoio da comunidade (culpando a

mulher);

• Pressões familiares e dos filhos;

• Valores religiosos, valores culturais;

Violência Sexual

Margarida A. Barbosa

Margarida A. Barbosa

Estupro Coletivo

Ficção

Brasil Mundo

Marketing

ra

Desafio – Promover a

Atenção Integral às

mulheres em situação

de violência

“Mais que o corpo, a violência

machuca a alma, destrói os sonhos e

acaba com a dignidade da mulher.”

Marília Gabriela

Obrigada!

mulher.saude.to@gmail.com

(63) 3218-2732