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VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
CONTRA
A CRIANÇA E
O ADOLESCENTE
Grave violação dos direitos fundamentais de toda criança e adolescente, no entanto muito comum.
Cerca de 10% das crianças e adolescentes que chegam a serviços de emergência em saúde, foram vítimas de violência.
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Os episódios fatais e outros episódios graves de violência geralmente são precedidos de várias ocorrências anteriores, • não reconhecidas,
• não notificadas, ou
• cuja notificação não desencadeou ações protetoras.
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"ECA" - lei 8069 de 13 de julho de 1990
artigo 4o - É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar a efetivação dos direitos referentes à vida, saúde, dignidade, respeito, liberdade, convivência familiar e comunitária.
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art 5o - Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência ou crueldade e opressão, sendo punido qualquer atentado por ação ou omissão a seus direitos.
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• art 13 - Os casos de SUSPEITA ou CONFIRMAÇÃO DE MAUS-TRATOS serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais.
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art 245 – (considera-se infração administrativa) deixar o médico, professor, responsável por estabelecimento de atenção à saúde e de ensino fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar à autoridade competente os casos de que tenha conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente.
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Estrutural;
Cultural;
Da delinqüência;
Doméstica;
Extra-familiar;
auto-agressão.
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Violência física;
Violência sexual;
Violência psicológica;
Negligência.
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VIOLÊNCIA FÍSICA
• Forma de domínio sobre os filhos;
• Geralmente usada no processo disciplinador da criança, como prática “educativa”.
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É todo o ato ou jogo sexual entre um ou mais adultos e uma criança ou adolescente, tendo por finalidade estimular sexualmente esta criança/ adolescente, ou utilizá-la para obter satisfação sexual.
A criança/ adolescente é vítima, não culpada;
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Toda interferência negativa do adulto sobre as crianças: gritos,
queixas,
comparações,
xingamentos,
ameaças,
chantagem...
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Falta de cuidado e atenção;
DADOS MAIS COMUNS Lesões em diferentes estágios;
Atraso inexplicável entre um “acidente”, com conseqüências moderadas ou graves, e a procura de tratamento;
História confusa ou incompatível com o desenvolvimento da criança.
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VIOLÊNCIA FÍSICA: LESÕES ORAIS:
Região bastante atingida em acidentes nos primeiros anos de vida, mas após os 3 anos de idade sugere violência, especialmente se outras regiões da face são atingidas.
Além de equimoses, fraturas, deslocamento e perda de dentes são comuns.
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VIOLÊNCIA FÍSICA: PELE;
Hematomas,
Marcas de objetos,
Queimaduras;
Lesões: em partes usualmente cobertas do corpo;
em várias partes do corpo, ou bilaterais;
em diferentes estágios;
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VIOLÊNCIA FÍSICA: APARELHO MÚSCULO-ESQUELÉTICO;
LESÕES INTRACRANIANAS (ex.: Síndrome
do bebê sacudido);
LESÕES ABDOMINAIS;
ENVENENAMENTO/INTOXICAÇÃO
VIOLÊNCIA SEXUAL: medo exagerado de adultos, habitualmente
aquele do sexo do abusador;
história de fugas;
tristeza constante;
sonolência diurna;
comportamento sexual adiantado para idade;
masturbação freqüente e descontrolada;
Dor abdominal. 18
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VIOLÊNCIA SEXUAL:Pode não haver lesões evidentes:
Sintomas de violência psicológica +
fatos relatados pela vítima ou por um adulto próximo.
VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA e NEGLIGÊNCIA Apatia;
Isolamento;
Agressividade;
Destrutividade;
Irritabilidade ou choro freqüente, sem causa aparente;
baixa autoestima e autoconfiança.
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VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA • gagueira ou outras dificuldades de
fala;• obesidade ou distúrbios alimentares;• enurese noturna.
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NEGLIGÊNCIA Auto-acalentação;
Má-higiene corporal;
Roupas desconfortáveis;
Acompanhamento de saúde inadequado;
Acidentes freqüentes;
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NEGLIGÊNCIA Ausência de acompanhamento e/ou
preocupação dos responsáveis com o rendimento escolar;
Dificuldade de aprendizagem;
Despreocupação dos pais ou cuidadores com a forma como as crianças ocupam seu tempo;
Problemas de adaptação social.
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DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES Não desejadas;
De sexo diferente do desejado, ou com características físicas muito diferentes das dos pais;
Prematuras ou hospitalizadas por períodos longos, prejudicando a formação de VÍNCULO;
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• DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES • Com deficiência física ou mental, ou
portadoras de doenças crônicas;
• Adotadas ou sob guarda, devido a circunstâncias alheias à vontade dos responsáveis;
• Filhos de outros relacionamentos;
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• DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES• Hiperativas, que não aprenderam a
respeitar limites ou que choram muito;
• Com capacidade intelectual ou perspectivas de vida, muito diferentes dos responsáveis.
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DOS PAIS E RESPONSÁVEIS:• Sofreram, eles mesmos, maus tratos
quando crianças;
• De baixa idade, imaturos ou sem suporte familiar adequado;
• Com baixa tolerância em relação aos comportamentos próprios da infância;
• Mães que apresentaram depressão pós parto de difícil resolução;
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• DOS PAIS E RESPONSÁVEIS:• Agressivos, ou demonstrando desprezo,
com outros membros da família;• Precisam manter ou demonstrar controle
sobre outras pessoas;• Com transtornos de personalidade,
abuso ou dependência de álcool ou outras drogas, ou outro transtorno mental grave;
• Estão vivenciando problemas como desemprego.
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DAS FAMÍLIAS:• Com conflitos constantes;
• Com critérios educacionais, morais ou religiosos extremamente rígidos, em conflito com os padrões da comunidade;
• Com pouco, ou nenhum, vínculo com a criança.
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• DAS FAMÍLIAS • Coniventes ou impotentes frente a
maus-tratos;
• Não aceitam contato com profissionais;
• Com graves dificuldades econômicas.
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Orientações a pais e futuros pais (agir antes que a violência ocorra);
Toda a família necessita de ajuda e esta só será suficiente e adequada se os diferentes serviços trabalharem de maneira integrada.
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Pais emocionalmente saudáveis nutrem filhos saudáveis.
Estes se tornarão adultos capazes.
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• Diagnóstico e notificação de casos suspeitos ou confirmados de violência;
• Acompanhamento dos casos detectados por TODAS as instituições envolvidas.
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• Atendimento à vítima, aos irmãos, ao(s) agressor(es) e a outros familiares.
• Toda a família necessita de ajuda e esta só será suficiente e adequada se os diferentes serviços trabalharemde maneira integrada.
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• Nos casos graves, em que há risco de vida para a criança ou adolescente, pode ser necessário o seu afastamento dos familiares agressores, temporária ou definitivamente.
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- A meta deve ser ajudar a família, e não discriminar ou criminalizar o(s) agressor(es) – é importante distinguir casos suspeitos de casos confirmados.
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famílias acolhidas, atendidas e orientadas adequadamente são o melhor ambiente para o crescimento da criança.
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