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RELATÓRIO DE PARTICIPAÇÃO DO DELIB
V SEMANA ACADÊMICA-CULTURAL
Elaboração: Lianna de Melo Torres (Diretora/DELIB) Andréa Hermínia de A. Oliveira (DELIB/DILEC)
São Cristóvão - SE2018
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPEPRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃODEPARTAMENTO DE LICENCIATURAS E BACHARELADOS
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................................................................................... 02
1) Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) – Campus São
Cristóvão 05 e 06/11/2018 ..................................................................................................03
2) Fórum Permanente de Licenciaturas e Bacharelados (FPLB) – 06/11/2018..................05
3) Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) – Campus
Itabaiana 06/11/2018...........................................................................................................07
4) Relatos e Experiências do Programa PEC-G e do Programa de Mobilidade
Acadêmica na UFS 06/11/2018 .........................................................................................09
5) Programa de Monitoria – 07/11/2018.............................................................................11
6) Roda de Conversa sobre o Estágio Supervisionado Obrigatório – 08/11/2018..............12
CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................14
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INTRODUÇÃO
O Departamento de Licenciaturas e Bacharelados (DELIB) foi criado em 2014,
com a finalidade de articular e coordenar as ações didático-pedagógicas destinadas à
melhoria dos cursos de bacharelado e licenciatura da UFS. Através da Divisão de
Licenciaturas (DILEC) e a Divisão de Bacharelados (DIBAC), busca contribuir, junto
aos demais órgãos vinculados à PROGRAD, para a melhoria do desempenho acadêmico
dos cursos.
A Semana Acadêmica e Cultural da UFS - SEMAC tem como objetivo
primordial "integrar, articular e socializar a produção do conhecimento, o ensino, a
extensão, a inovação, a arte e a cultura para efetivamente construir uma universidade
solidária, ancorada na realidade social”1. De acordo com a resolução CONEPE nº
12/2018, a V SEMAC foi institucionalizada como Atividade Integradora de Formação.
O presente relatório consiste em apresentar um panorama das atividades
desenvolvidas pelo Departamento de Licenciaturas e Bacharelados, sob a Direção da
Profa Lianna de Melo Torres, no âmbito da V Semana Acadêmico-Cultural, realizada
no período de 05 a 09/11/2018, concomitantemente em todos os campi da Universidade
Federal de Sergipe, sob a coordenação da Profa. Alaíde Hermínia de Aguiar Oliveira
(PROEX) e vice-coordenação do Prof. José Antônio Barreto Alves (PROEST), com o
tema: Autonomia, diálogo e integração na educação superior.
1) Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) – Campus São
Cristóvão 05 e 06/11/2018
Iniciou às 14h30 do dia 05/11/2018, compondo-se a mesa de abertura com a
Coordenadora Institucional do Programa, Profa. Marlene, o pró-reitor de Graduação,
Prof. Dilton Maynard e a Diretora do DELIB, Profa. Lianna Torres.
O Prof. Dilton Maynard destacou a necessidade de maior envolvimento de
professores e alunos no evento, por se tratar de investimento de recurso público. “Se
são cerca de 1000 bolsistas, onde eles estão?” Teceu críticas à difusão da ideia de
1 Edital PROEX nº 17/2018, de 20/08/2018, disponível em: http://proex.ufs.br/pagina/21300. Acesso em 13 nov. 2018.
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professor “doutrinador”, ressaltou a força e a importância do PIBID. A Profa. Lianna
Torres apontou as dificuldades na relação com a escola pública, a ameaça do PIBID se
tornar “reforço escolar”, ressaltando que o diálogo com a SEED está sem retorno até
agora, quanto à reunião com diretores sobre o PIBID e residência pedagógica. Apontou
a necessidade de estreitar os laços com as escolas, e de melhoria dos currículos dos
cursos.
Em seguida, houve a fala da Profa Jailma Sirino, egressa do programa, na área
de Letras/Inglês, que comparou a experiência do estágio a um “aquário”, enquanto o
PIBID representaria o “mar”, e essa diferença de amplitude traz reflexos significativos
para a atuação do professor. O Prof Denilson, supervisor, Prof. de Filosofia,
problematizou a relação entre as políticas e a realidade, destacando como pontos
positivos do programa: o contato das escolas com a universidade, o apoio pedagógico
recíproco, o contato prévio dos acadêmicos com a função.
A Profa Gicélia, coordenadora do programa na versão passada, fez um histórico
dos últimos 10 anos (2007-2017). Em 2007, o programa contabilizou 55 bolsistas; em
2009, 380; em 2010, a UFS perdeu o prazo, em 2011, foram 580; em 2013, começou
com 1500 e finalizou com 1200 bolsistas, 76 coordenadores de área, 107 supervisores
nas escolas públicas. Destacou a necessidade de uma estrutura por parte da
universidade. Pois não havia e até hoje não tem uma sala, com telefone, nem servidores
para o PIBID. Parabenizou professores e bolsistas por realizar tudo o que conseguiram,
sem estrutura e sem condições de trabalho. Destacou que a Profa Lianna, que foi
também pibidiana e coordenadora de área, lançou a pergunta sobre a mensuração e
registro dos dados do programa e ao mesmo tempo, trouxe a resposta: é preciso um
grupo de professores que se encarreguem desta avaliação.
Imagem 1: Mesa de abertura do evento do PIBID: Profa. Marlene Augusto (Coordenadora Institucional do Pibid), Prof.
Dilton Maynard (Pró-Reitor de Graduação UFS) e Profa. Lianna Torres (Diretora Delib-Prograd)
Imagem 2: Público na mesa de abertura do evento do PIBID
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Ressaltou a existência de dados quantitativos, afirmando que o último relatório
tem mais de 600 páginas, mas falta uma equipe que faça um estudo, uma avaliação
qualitativa desses dados. Lançou o convite para os coordenadores de área, o DELIB, e
os próprios alunos: “que tal pesquisar o PIBID?” Buscar informações, avaliar os dados
disponíveis nas teses, dissertações, relatórios sobre o programa. Deixou a sugestão para
o DELIB fazer esse estudo. “Há sempre um quê de revolta ou de indignação. O PIBID
faz e fez muito, falta nos debruçarmos e analisarmos o que foi feito. Agora, com maior
organização e descentralização é mais viável fazer isso”. Acrescentou ainda que quem
está entrando agora cobra da universidade o que ela tem de dar de contrapartida para
que o programa funcione. “Nos últimos 10 anos, penamos para que tudo acontecesse,
foi preciso ir à rua para que o programa não acabasse. 2014, 2015, 2016 foram anos de
luta pela permanência do PIBID”. Alegando que necessariamente isso acarretou um
lapso na sistematização dos dados em 2017. Sugeriu aos bolsistas que os mesmos se
mantivessem unidos e fizessem contato com os pibidianos de outros estados para lutar
para o PIBID não acabar. Lembrou ainda da importância do FORPIBID para que o
programa permanecesse.
A Profa Jussara, coordenadora da área de dança, criticou a veiculação recorrente
da arte/dança como adorno. “A universidade se preocupa com o quantitativo, mas não
quer dialogar com o qualitativo”. Alegou que ultrapassou vários preconceitos com
colegas, professores, no mestrado, doutorado e até junto aos próprios alunos. Situou o
PIBID como lugar de identidade. Alegou a existência de dados quantitativos, registros
de experimentações e criações artísticas, ações políticas, publicações, pesquisas etc.
Sendo 10 publicações sobre o PIBID Dança e 2 monografias. “Arte não é adorno, não é
enfeite nem entretenimento, é necessidade, modo de ser e estar no mundo. É atitude
política”. Destacou que, em tempos de desafios políticos e sociais, os próximos passos
estão em lutar coletivamente pela visibilidade, reconhecimento e valorização do PIBID.
A Profa. Marlene, coordenadora institucional do programa agradeceu à mesa,
composta na íntegra de egressos do programa em sua versão anterior, ressaltando a
emoção de contemplar o resultado desse trabalho de 10 anos, manifestou gratidão e
respeito ao trabalho desenvolvido até aqui. Pediu atenção às áreas de artes que, por sua
dimensão educativa, mereceria um olhar mais cuidadoso. Em seguida, desfez a mesa e
anunciou as rodas de conversa nas 7 salas, que ocorreram no dia 05/11/18 à tarde e no
dia 06/11/2018, manhã e tarde.
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2) Fórum Permanente de Licenciaturas e Bacharelados (FPLB) – 06/11/2018
A Profa. Lianna Torres abriu o evento justificando que a iniciativa do fórum on
line deu-se no sentido de ampliar a participação docente. Comentou o objetivo do
evento, apresentou a distribuição das temáticas e concluiu que a participação dos
professores nas discussões por temática foi ainda muito tímida, sendo necessário
descobrir porque o fórum não está motivando a participação mais efetiva dos
professores. A Profa Sueli Maria, do Departamento de Secretariado Executivo
comentou também sobre a baixa participação dos professores, lembrando que já saiu a
minuta da Educação à Distância e quanto à quantidade de alunos por turma manifestou-
se a favor de que fosse a mesma quantidade da sala de aula presencial. A Profa Lianna
confirmou que os encaminhamentos sobre a Temática 1 (EaD), suscitados no FPLB
foram levados em consideração para a elaboração da minuta encaminhada pela Pró-
Reitoria de Graduação ao Conselho de Pesquisa e Extensão.
Quanto à Temática 2, sobre a redistribuição da carga horária no PAD, já foi
solicitado ao Núcleo de Tecnologia que a carga horária de orientação de estágio
(independente de ser como disciplina ou atividade) seja incorporada à regência, para
estimular os professores a assumirem o estágio. Em 2019, haverá uma adequação do
PAD ao sistema.
Na Temática 3, sobre o Índice de Efetividade dos Cursos, a Profa. Lianna
apresentou e analisou dados da UFS, que evidenciam uma baixa taxa de sucesso da
graduação, de apenas 35%, quando o Nordeste é de 53,2%, ficando à frente apenas da
Imagem 3: Fala da professora Lianna Torres durante o Fórum de Licenciaturas e Bacharelados
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UFRPE e UFRB. A Profa Sueli Maria destacou a importância do trabalho conjunto.
Comentou que a iniciativa do jubilamento ajudou a combater a retenção. Mas advertiu
ser crucial o empenho dos departamentos para acompanhar e resolver caso a caso. Citou
como exemplo, o curso de Secretariado que até 2017 só formava 5 alunos por turma,
agora essa quantidade subiu para cerca de 27 alunos por turma. A Profa Lianna afirmou
que já está sendo feita uma pesquisa qualitativa, para verificar através dos discursos o
porquê da retenção. Um fato perceptível é a falta de vinculação com o curso, por conta
do acesso via SISU. A Profa Sueli Maria advertiu que o aluno que está vinculado por
conta exclusivamente dos benefícios, não pode ficar mais retido, isso tem implicações
negativas para uma universidade pública, que já experimenta corte de verbas em todas
as áreas.
A Profa Lianna comentou também em relação ao TCC, que não precisa ser só
monografia, mas pode ser qualquer outro trabalho, por exemplo a reflexão sobre o
estágio. “Houve uma queda no índice de efetividade a partir de 2013, quando a
universidade abriu para ex-alunos reingressarem como portadores de diploma”. A partir
de 2010, o acesso pelo SISU, embora mais democrático, criou dificuldades para vários
cursos. O aluno evade e tranca, se não ingressar no curso de escolha dele. Isso acarreta
maior demanda para o departamento e mais trabalho para os professores, na busca de
caminhos para impedir a reprovação, trancamento e evasão.
Advertiu que é preciso desmistificar a relação entre cotas e o desempenho, entre
escola de origem (pública ou privada) e desempenho; pois estes não são responsáveis
pela queda do desempenho dos cursos. Horizontalmente, não há diferença significativa
entre o desempenho de cotistas e não cotistas, mas verticalmente entre os centros, existe
sim uma grande variação, por exemplo, a média de corte de 7,1 no CCBS cai para 5,1
no CCET. Assim, para melhoria do desempenho dos cursos, a Profa Lianna recomendou
que os professores solicitassem, via memorando à PROGRAD, apoio para desenvolver
projetos, a exemplos dos cursos de nivelamento. “A PROGRAD pode conceder
bolsistas para trabalhar com esse grupo de alunos”. Cursos de Educação Física e
Biblioteconomia tem alta taxa retenção alta, pois os alunos se empregam com bons
salários e depois que se formam perdem o estágio. É preciso que a Universidade
dialogue com o mercado de trabalho, com as instituições concedentes de estágio, para
corrigir essa distorção. Independente da escola de origem destes estudantes ser pública
ou privada, o ensino como um todo está fraco, a diferença ocorre só na área da saúde
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pela alta concorrência. “A universidade forma o professor que vai atuar na educação
básica, que forma o aluno que vai retornar para a universidade depois e ficar retido (sem
saber ler, escrever, contar). Qual o modelo de professor que temos aqui?”
Com relação à Temática 4, sobre a Identidade dos Cursos, a sugestão do DELIB
foi a criação de um Centro de Formação de Professores, com uma Secretaria Geral, à
qual estariam atreladas duas Secretarias (EaD e Presencial), das quais se ramificaria a
oferta em dois núcleos: conhecimentos específicos (Cursos de licenciatura em geral) e
conhecimentos básicos (Departamentos de Educação Física, História, Ciências Sociais,
Letras, Libras). A Profa Neide Sobral prontificou-se a reanalisar o modelo apresentado
pelo DELIB, propondo uma reflexão sobre a relação entre a Secretaria de EAD e o
CESAD e dos departamentos entre si, para não incorrer em esvaziamento de alguns e
sobrecarga de outros. “Vale pensar a relação da estrutura que se propõe com a estrutura
vigente”. Denuncia o estado de apatia em que se encontra a universidade, carecendo de
um movimento político, capaz de fazer a diferença. A Profa Lianna destaca a relativa
autonomia nesse sentido, mas critica a postura de certos profissionais, que “não se
colocam como parte desse dever, apenas desse direito”. Concluiu o evento, agradecendo
a presença de todas/os e anunciando a divulgação do Relatório do Fórum na página do
DELIB, no site da PROGRAD.
4) Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) – Campus
Itabaiana 06/11/2018
Iniciou às 14h do dia 06/11/2018, seguindo a seguinte programação, distribuída
em duas salas: roda de conversa com supervisores pedagógicos, bolsistas e
coordenadores de área. Em todas as exposições, ficou clara a relevância pedagógica do
programa, que permite aos bolsistas a vivência da dinâmica da escola, ampliando suas
perspectivas de formação/atuação profissional. Os apresentantes discorreram sobre
como enfrentaram múltiplos desafios para colher resultados gratificantes de um trabalho
muito bem desenvolvido. Experiências exitosas em diversas áreas foram partilhadas:
matemática, letras, geografia, química, física, biologia, pedagogia. Ficou nítido entre os
presentes o sentimento de orgulho de fazer parte dessa discussão junto à comunidade
universitária e colher benefícios de um programa tão importante como o PIBID.
Na roda de conversa com os supervisores, o Prof Danilo, do PIBID Química,
destacou a importância do plano de atividades (aprofundamento teórico, estudo,
planejamento e desenvolvimento de material didático, monitoria, atividades
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pedagógicas, feira de ciências, pesquisa sobre o ensino). A Profa Maraci, do PIBID
Pedagogia, enfatizou a relevância da ludicidade, da diversidade de temas, do folclore, da
contação de histórias, da contextualização dos conteúdos. Com relação ao problema da
desvalorização docente, a Profa Gilza destacou que ser docente “é gostar de gente,
querer plantar a semente, transformar o outro. E isso é altamente gratificante, apesar dos
desafios”.
Na roda de conversa com os bolsistas, surgiram relatos de várias experiências
exitosas, como: ensino da matemática através da leitura; intervenções pedagógicas na
área da biologia; oficinas para discussão de temas da geografia; observação/solução de
problemas ambientais na escola; registro de atividades de biologia em blog do PIBID;
trabalhando meio ambiente e reciclagem através da leitura e da contação de histórias;
trabalhando a autoestima por meio da contação de história na educação infantil;
experimento de plantio do milho para aprender fases da germinação; no ensino da física:
aulas de demonstração interativa (ADI), experimentoteca de física e elaboração de
Unidades de Ensino Potencialmente Significativas (UEPS) para aplicar na escola.
Na roda de conversa com os coordenadores de área, o Prof Daniel, coordenador
do PIBID Geografia, destacou a importância das oficinas lúdicas para superar o ensino
da geografia tradicionalmente descritivo. O professor Derli Machado, coordenador na
área de Letras, enfatizou o trabalho com diferentes gêneros textuais literários e do dia a
dia, das oficinas, sequências didáticas, metodologias e temas inovadores. O Prof Thiago,
coordenador do PIBID na área de Física, anunciou a participação de 8 alunos no
Simpósio de Ensino da Física, com trabalhos oriundos do PIBID. Destacou outra ação
importante, no âmbito do programa, que foi a constituição do Grupo de Aprendizagem
do Ensino da Física (GAEF). Afirmou ainda que a atuação obedece a princípios
pedagógicos essenciais como: o foco no desenvolvimento de competências; a
valorização da autonomia e do protagonismo; a consideração do contexto de ensino-
aprendizagem; a construção colaborativa; a pesquisa como princípio educativo; a
avaliação formativa e processual. Reconheceu que o PIBID representa o desafio da
universidade em abrir o diálogo com o professor da educação básica. Analisou, ainda,
os desafios do ensino de física e química desde a educação infantil ao 9º ano, uma vez
que os concursos locais centram suas demandas em pedagogas/os para atuar no 1º a 5º
ano e professoras/es de ciências para atuar do 6º ao 9º ano. Estes se concentram mais
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especificamente nas ciências biológicas, em detrimento da física e da química. Isso é
um problema grave.
Estava prevista uma mesa de finalização, após as rodas de conversa. Após as
contribuições de cada convidado, a Profa. Marlene, coordenadora institucional do
programa, agradeceu à mesa, composta na íntegra de egressos do programa em sua
versão anterior (bolsista, supervisor pedagógico, coordenador de área e coordenadora
institucional), ressaltando a emoção de contemplar, com gratidão e reverência, o
resultado desse importante trabalho junto ao PIBID.
3) Relatos e Experiências do Programa PEC-G e do Programa de Mobilidade
Acadêmica na UFS – 06/11/2018
A responsável pelo programa na UFS, a técnica em Assuntos Educacionais
Fernanda Bispo Correia iniciou as atividades do encontro às 14:15, o qual foi realizado
no auditório da biblioteca central e contou com a participação de 19 (dezenove)
estudantes. Por meio da apresentação de slides, a técnica falou sobre o que é o Programa
Convênio de Estudantes de Graduação (PEC-G) e quais as características desse
programa, enfatizou que se trata de um convênio do Ministério de Relações Exteriores
de Ministério de Educação com os países em desenvolvimento e que abrange apenas
estudantes estrangeiros. Assim, foi explicado como funciona o processo seletivo desses
estudantes, mencionadas as exigências que o candidato ao PEC-G deve cumprir, os
países participantes, os estudantes que já foram beneficiados pelo programa aqui na
UFS. Além disso, falou sobre o curso de português como língua estrangeira a que os
candidatos têm direito e sobre as bolsas a que esses candidatos podem ter acesso.
Foi explicado aos presentes que participantes tanto do PEC-G quanto do
Programa de Mobilidade Acadêmica/Andifes haviam sido convidados a falar sobre sua
experiência. Mas antes de convidar os estudantes a darem seus depoimentos, a técnica
Fernanda Bispo deu continuidade à apresentação de slides abordando características e
histórico do programa de mobilidade acadêmica Andifes. Assim, foram listadas as
exigências do convênio Andifes para que o estudante se candidate, foi destacado que o
Programa Andifes de mobilidade acadêmica é resultante de um convênio de 2011 entre
as instituições federais consignatárias e a Associação Nacional dos Dirigentes das
Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES). Mencionou-se o fato de o
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programa abranger cerca de 70 instituições participantes em todo o país e sobre como é
o procedimento e os calendários para que o aluno faça seu requerimento de mobilidade.
Além disso, foi mencionada a possibilidade que eesses alunos têm de concorrer a uma
bolsa disponibilizada pelo banco Santander em convênio com a Andifes, cujo edital é
lançado semestralmente, sempre que há disponibilização de bolsa pelo Santander.
Na sequência, o aluno Mohamed Malam Dabó foi convidado a relatar como está
sendo sua experiência no Programa. Trata-se de um aluno que ingressou na UFS em
2018.1, no curso de Letras Vernáculas, vindo da Guiné-Bissau, por meio do Programa
PEC-G para cursar toda a graduação aqui na UFS. O aluno relatou sobre como ele
buscou o programa PEC-G, sobre o choque de cultura e língua e sobre seu
envolvimento com projetos de extensão na UFS, seu desenvolvimento no curso, sua
vivência na residência universitária e toda a novidade que tem sido viver no Brasil
desde março deste ano.
Em seguida, foi exibido um vídeo no qual o aluno Gustavo Alves Silveira, do
curso de Engenharia Mecânica, o qual fora previamente convidado a relatar sobre sua
experiência no programa de Mobilidade Acadêmica. Neste vídeo, o estudante conta
como foi sua experiência de mobilidade acadêmica na Universidade Federal de Santa
Catarina, estimulando a todos a buscarem participar do programa. Relatou ainda que
hoje se encontra no estado de Santa Catarina, trabalhando na empresa na qual realizou
um estágio durante o período em esteve em mobilidade acadêmica.
Imagem 4: Fala do aluno guineense Mohamed Malam Dabó, participante do programa PEC-G
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Em sua fala, a estudante Janaina Oliveira Porto, do curso de Administração da
UFS, enfatizou a importância de ter realizado um semestre de mobilidade acadêmica na
Universidade Federal do Rio de Janeiro e apresentou slides com fotos de curso de
extensão e atividades que desenvolveu naquela universidade. Além dela, estava entre os
ouvintes uma outra aluna, Janaina Costa, a qual realizou a mobilidade acadêmica na
Universidade Federal de Alagoas, no curso de Arquitetura e Urbanismo e também falou
aos presentes sobre sua experiência. A estudante frisou que, além de outros motivos, o
corpo docente na universidade alagoana foi fundamental para que ela permanecesse
pelos 03 períodos máximos permitidos pelo convênio na UFAL.
5) Programa de Monitoria – 07/11/2018
Iniciou-se às 9h, com esclarecimentos prestados pela Profa Lianna Torres e pelo
técnico do DELIB, Marcos Messias, sobre as mudanças na forma de operacionalização
do Programa, com previsão de migração integral para o SIGAA em 2019. Marcos
apresentou a composição e atribuições da Comissão Permanente de Acompanhamento
da Monitoria – COPAM, e anunciou a mudança no requisito para concorrer à monitoria,
devendo o candidato estar matriculado em 100% das disciplinas ofertadas no semestre
padrão e não mais 50% como anteriormente. Foram discutidas as prerrogativas, a
resolução que rege o programa, a forma de assistência estudantil (via bolsa de
permanência), bem como outras nuances e desafios relativos à sua operacionalização.
Após esclarecer as dúvidas dos presentes, a Profa Lianna informou que seria
encaminhado aos centros o novo fluxo do sistema, para ciência e acompanhamento das
Imagem 5: Momento de exibição do vídeo do relato do aluno da UFS Gustavo Silveira, o qual
realizou mobilidade na UFSC
Imagem 6: Fala da estudante Janaina Porto, estudante de Administração da UFS participante
da mobilidade acadêmica na UFRJ
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respectivas comissões de monitoria. Na parte da tarde, houve relatos de experiências dos
bolsistas, avaliação e esclarecimento de dúvidas.
6) Roda de Conversa sobre o Estágio Supervisionado Obrigatório – 08/11/2018
O evento foi iniciado às 14h30 pela Coordenadora Geral de Estágio, Lúcia
Maria, que passou a palavra à Profa Lianna Torres, que destacou a necessidade de
conciliação de aspectos logísticos, burocráticos e pedagógicos para a efetivação da
prática de estágio. Em seguida, o Diretor do CCBS destacou as dificuldades de
acompanhamento efetivo do professor. Analisou o problema de outras instituições
(privadas) remunerarem o preceptor pago, gerando essa expectativa em relação à UFS.
A coordenadora geral de estágio esclareceu que a UFS não pode pagar, mas vai propor
outros tipos de incentivos como cursos de extensão, capacitações gratuitas para as
entidades concedentes do estágio. No Campus Lagarto, há um diálogo estreito com a
comissão de estágio. Os alunos, em todos os anos, vivenciam a inserção em campo (na
rede de atenção básica), o que requer a superação de complexos desafios em cada etapa
de sua formação acadêmica.
As professoras representantes do CECH destacaram aspectos relativos à efetiva
carga horária de atuação; ao vasto campo de estágio; aos ricos aprendizados obtidos; à
necessidade de flexibilidade para dar conta da complexidade dos alunos. Acrescentaram
ainda: a importância de fornecer certificação para os preceptores; a necessidade de
institucionalização da relação da universidade com as escolas-campo de estágio; a
promoção do equilíbrio da oferta entre as turmas de estágio; a possibilidade de
arquivamento da documentação comprobatória de estágio no sistema.
O professor do curso de Enfermagem, do Campus Lagarto acrescentou que lá
eles já fornecem certificação, e contam com uma estreita supervisão técnico-
pedagógica, mas restringem o campo para poder acompanhar os alunos no internato,
caso contrário, a pulverização de campos inviabilizaria o acompanhamento mais
estreito. Sugeriu antecedência na geração do termo, para que os alunos estejam cobertos
quando da sua atuação.
Alunos da graduação questionaram o fato de que no estágio de engenharia, o
contato com a indústria só ocorre no final do curso. Foi sugerido que estes solicitassem
ao colegiado a inserção no campo antes do final do curso. A Profa Lianna evidenciou
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que é preciso observar o mercado de trabalho. “Trata-se de uma questão de lógica, ao
conceber o processo formativo”. Concluiu o evento asseverando que cada centro deve
decidir como seria o estágio e que a PROGRAD tem de regular esse processo, em
comum acordo com os centros.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante toda a V Semana Acadêmico-Cultural da UFS, foi visível a qualidade
dos debates empreendidos e da participação nas rodas de conversas, palestras, mesas
redondas e demais atividades, promovidas e/ou acompanhadas pelo DELIB. Entretanto,
a quantidade de participantes nas atividades foi consideravelmente pequena, diante do
contingente de inscritos. Espera-se que essa participação se intensifique cada vez mais,
a fim de assegurar a efervescência de tão ricos debates acerca de temáticas ligadas à
qualidade dos processos formativos nas Licenciaturas e Bacharelados ofertados pela
instituição.
Fica registrada a gratidão a todos/as que puderam contribuir com suas
inquietações, dúvidas, sugestões, reflexões e encaminhamentos para enriquecer este
diálogo, tão crucial na academia. Renova-se o compromisso coletivo em torno do
envolvimento necessário com as questões didático-pedagógicas, inerentes aos cursos, na
busca coletiva de resolutividade dos novos desafios impostos pela dinâmica acadêmica.
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