Xviii a einstein

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Fascinou-o uma bússola que lhe deram em meninoTalvez apontasse, bem cedo, o seu destinocujos indícios não eram evidentes.Como imaginar que um funcionário do registo de patentes,com o estigma da época -era judeu - pudesse vir a ombrear um dia com Newton e Galileu?

Espírito inquieto, infatigável,havia de empreender uma aventura notávelpelos trilhos da ciência.Para a luz, sublime, etérea, com audaz clarividência, previu a curvatura face à gravitação. Os dados colhidos num eclipse solar deram-lhe razão.

Nobel da Física, ganhou o galardão pelos estudos da interacção luz e matéria.Tolerante, livre, com a maior dignidadecaminhou sempre em busca da verdadeo que originou na ciência, uma revolução -a relatividade, com novas relações espaço –tempo, que ainda não cabem no vulgar entendimento.

Talvez qualquer mortal ouse afirmarque a velocidade provoca no tempo uma dilataçãoenquanto que no espaço provoca contracção.(provavelmente não sabe é o porquê), e com idêntica ousadia falará na relação massa-energia,

E = mc2 que, por ironia, iria contribuir para a chacina em Nagasaqui e também em Hiroshima.Entristeceu-o tão bárbara imprudência,tanta estupidez no uso da ciência.

“Com armas podem vencer-se guerras, mas a paz não se conquista”era o seu lema de empenhado pacifistaUm dia deixou de bater o coraçãomas a inteligência deixou-a, como legado, para a ciência.O seu espírito, liberto agora das pressões do mundo, talvez vagueie num espaço-tempo mais profundoa uma velocidade, quiçá maior que c.

Pps by TheGuy