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XXV Encontro SOBRACSOCIEDADE BRASILEIRA DE ACSTICA
20, 21 e 22 outubro de 2014
Acstica e Vibraes:Qualidade de ambientes
internos e externos
Anais do Encontro da Sociedade Brasileira de Acstica
Vitria Concept Hotel - Campinas - SP
REALIZAO
INSTIT
UTO
DEARTES
Anais do Encontro da Sociedade Brasileira de Acstica
Proceedings of the Brazilian Society of Acoustics Meeting
Ficha catalogrfica elaborada pela Diretoria de Tratamento da Informao Bibliotecria: Maria Lcia Nery Dutra de Castro CRB- 8- 1724
En17a Encontro da Sociedade Brasileira de Acstica, ( 25. : 2014 : Campinas, SP) Anais do XXV Encontro da Sociedade Brasileira de Acstica = Proceedings of the 25th Brazilian Society of Acoustics Meeting, 20-22 de Outubro de 2014 / organizao Universidade Estadual de Campinas ; editor: Jos Augusto Mannis. Campinas, SP : UNICAMP, 2014. Disponvel em: acustica.org.br/anais-do-encontro-sobrac/ 1. Acstica Congressos. 2. Vibraes - Congressos. 3. Engenharia acstica Congressos. 4. Controle de rudo - Congressos. 5. Acstica (Msica) - Congressos. 6. Acstica submarina - Congressos. I. Mannis, Jos Augusto. II. Universidade Estadual de Campinas. III. Ttulo. ISSN 2238-6726
http://acustica.org.br/anais-de-encontros-sobrac/Os Anais do Encontro da Sociedade Brasileira de Acstica SOBRAC, evento bienal, tem
sido regularmente publicados desde 1995 e constituem atualmente a principal publicao cientfica seriada em Acstica e Vibraes no Brasil abrangendo a maioria dos assuntos
especficos a este campo do conhecimento, muitos dos quais so de natureza interdisciplinar
estando em constante adequao, o que pode suscitar novas incluses de assuntos, o que
reflete a ateno da SOBRAC para o Estado da Arte em Acstica e Vibraes. Todas as
edies do evento contaram com um corpo de avaliadores (Comit de Programa Tcnico)
revisando e comentando rigorosamente os artigos submetidos. O conjunto desses volumes
constitui um registro do desenvolvimento das pesquisas na rea de Acstica e Vibraes no
pas, documentando regularmente a produo cientfica e tecnolgica da comunidade
acadmica, do setor industrial e de seus interlocutores no exterior. O corpo de avaliadores
bem como os autores de trabalhos submetidos conta com pesquisadores do Brasil e do
exterior. Esta publicao tem tido impacto amplo e reconhecido em mbito nacional.
Os artigos publicados nestes Anais foram editorados a partir dos originais finais entregues pelos autores, sem edies, correes ou consideraes feitas pelo comit tcnico. A SOBRAC no se responsabiliza pelo contedo. Informaes sobre a SOBRAC podem ser obtidas em
(http://acustica.org.br/). Todos os direitos so reservados. No permitida a reproduo total ou parcial de qualquer um destes artigos sem autorizao expressa da SOBRAC e dos respectivos autores.
Anais do Encontro da Sociedade Brasileira de Acstica: Publicao da Sociedade Brasileira de Acstica - SOBRAC Universidade Federal de Santa
Maria, Centro de Tecnologia, Sala 212 - Av. Roraima n 1000, Campus, Camobi, CEP 97105-900 - Santa Maria, Rio Grande do Sul
http://acustica.org.br/
http://acustica.org.br/http://acustica.org.br/SOCIEDADE BRASILEIRA DE ACSTICADinara Xavier da Paixo Presidente
Arcanjo Lenzi Vice-PresidenteRoberto Jordan Primeiro Tesoureiro
Edison C. Moraes Segundo TesoureiroGilberto Fuchs de Jesus Primeiro Secretario
Krisdany Vincius Cavalcante Segundo secretrio
CONSELHEIROSStelamaris Bertoli Rolla, UNICAMP
Ana Claudia Fiorini, PUC-SPMarco Antnio Nabuco de Arajo, INMETRO
Maria Luiza Balderrain, CLB EngenhariaSamir Gerges, UFSC
Joo Gualberto Baring, USPStephan Paul, UFSM
Roberto Tenenbaum, IPRJ
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS UNICAMPJos Tadeu Jorge, Reitor
Alvaro Penteado Crsta, Coordenador Geral da UniversidadeGlucia Maria Pastore, Pr-Reitora de Pesquisa
Joo Frederico da Costa Azevedo Meyer, Pr-Reitor de Extenso e Assuntos ComunitriosTeresa Dib Zambon Atvars, Pr-Reitora de Desenvolvimento Universitrio
Rachel Meneguello, Pr-Reitora de Ps-GraduaoLus Alberto Magna, Pr-Reitor de Graduao
Paulo Sergio Franco Barbosa, Diretor da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo
REALIZAO
Universidade Estadual de Campinas UNICAMPFaculdade de Engenharia Civil e Arquitetura FEC
ORGANIZAO E COMERCIALIZAOnggulo Comunicao Estratgica
FINANCIAMENTOFundao de Amparo Pesquisa do Estado de So Paulo FAPESP
Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior CAPES
PATROCNIOS
ISOVER Saint-GobainTRISOFT Conforto Sustentvel
CLARK DOOR Limited
APOIO INSTITUCIONAL
Sociedade Brasileira de Computao SBC Sociedade Brasileira de Engenharia de Audio AES-Brasil
Associao Brasileira dos Escritrios de Arquitetura AsBEA Associao Nacional de Tecnologia do Ambiente Construdo ANTAC
Movimento AmbientalSindicato da Indstria da Construo Civil do Estado de So Paulo SindusCon-SP
EXPOSITORES1ST FLOOR
ACOEM AMBI BRASIL
Armstrong AubiconBRUEL
Clark DoorECOACSTICA
Garbe Grom
IsoverJoongbo
MULTINOVAOwa Brasil
PRIMAPROMAFLEX
TRISOFTViapol
VIBRANIHILVIBTECH
COORDENAOStelamaris Rolla Bertoli, UNICAMP Coordenao Geral
COMIT ORGANIZADORStelamaris Rolla Bertoli, UNICAMPJos Augusto Mannis, UNICAMP
Debora Barreto, AUDIUMDinara Paixo, UFSM
Jos Maria C. dos Santos, UNICAMP
COMIT DE PROGRAMA TCNICOAVALIADORES
Aline Lisot, Universidade Estadual de Maring UEMAlosio Leoni Schmid, Universidade Federal do Paran UFPR
Andrey Ricardo da Silva, Universidade Federal de Santa Catarina UFSC
Edson Costa Jr, Universidade de Braslia UnBElcione Moraes, Universidade Federal do Par UFPA
Eric Brando, Universidade Federal de Santa Maria UFSMFelipe Vergara, Universidade Federal de Santa Catarina UFSC
Fernando Augusto de Noronha Castro Pinto, Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ
Gustavo Melo, Universidade Federal do Par UFPAHenrique Gomes de Moura, Universidade de Braslia UnB
Jlio Apolinrio Cordioli, Universidade Federal de Santa Catarina UFSCJorge Patrcio, Laboratrio Nacional de Engenharia Civil LNEC (Portugal)
Jos Arruda, Universidade Estadual de Campinas UnicampJos A. Mannis, Universidade Estadual de Campinas Unicamp
Jos Maria Campos dos Santos, Universidade Estadual de Campinas UnicampLa Souza, Universidade Federal de So Carlos UFSCar
Marco Antonio Nabuco de Arajo, Inmetro
Mauricy Souza, Fundao Municipal do Meio Ambiente de FlorianpolisMax de Castro Magalhes, Universidade Federal de Minas Gerais UFMG
Mrcio de Avelar Gomes, Universidade de Braslia UnBMichael Vorlnder, RWTH Aachen University (Alemanha)
Newton Soeiro, Universidade Federal do Par UFPA
Paulo Medeiros Massarani, Inmetro
Rafael Mendes, Universidade Estadual de Campinas UnicampRanny Loureiro Xavier Nascimento Michalski, Universidade Federal do
Rio de Janeiro UFRJRenato Pavanello, Universidade Estadual de Campinas Unicamp
Roberto Jordan, Universidade Federal de Santa Catarina UFSCRoberto Tenenbaum, Universidade do Estado do Rio de Janeiro UERJ
Roberto Leal Pimentel, Universidade Federal da Paraba UFPBSrgio Luiz Garavelli, Universidade Catlica de Braslia UCB
Stelamaris Rolla Bertoli, Universidade Estadual de Campinas UnicampStephan Paul, Universidade Federal de Santa Maria UFSM
Sylvio Bistafa, Universidade de So Paulo USPYaro Burian Junior, Universidade Estadual de Campinas UnicampYves Jean Robert Gounot, Universidade Federal Fluminense UFF
Zemar Soares, Inmetro
PRODUOSandra Pegorelli nggulo Comunicao Estratgica Marta Pegorelli nggulo Comunicao Estratgica
Lgia C. Peres nggulo Comunicao Estratgica
Ueslei E. Raf Peten nggulo Comunicao Estratgica
Douglas F. Baldan nggulo Comunicao Estratgica
Adriano Barbosa
Alexandre V.Maiorino
Iara B. Cunha
Italo C. Montalvo Guedes
Obadias Pereira da Silva Jr
Rafaella B. Estevo de Souza
Roberta Smiderle
Roberto Mojolla
Rodolfo Thomazelli
Vanessa Takahashi
EQUIPE DE APOIO
INDICESesso,Autor1,Ttulo
pag.
RESUMOSDASPALESTRAS
PATRICIO Desempenhoacsticodeedificaes:aexperinciaeuropeia. 2WARUSFEL AnalysisandSynthesisofsoundfieldsandsoundscapes:panoramaandtechnological 3AnalysisandSynthesisofsoundfieldsandsoundscapes:panoramaandtechnological
horizons.3
SOEIRO Anlisedinmicadeestrutura:umenfoqueparaaexcitaodovento. 4VORLAENDER AcsticaVirtualTecnologiaeAplicaes 5ROLLOJUNIOR Paisagensacsticasmarinhas. 6BOTTELDOOREN Perceptionandmeasurementofenvironmentalsound. 7
ARTIGOSARTIGOS
Sesso01RudoAmbientalI
BRITO Avaliaodotrfegorodoviriocomfontedevibraoeincmodonomeiourbano 10CARVALHO JUNIORetal.
Anlisedoefeitodorudoaeronuticosobreopreodeimveisresidenciais:estudodecaso do Aeroporto Internacional de BrasliaDF.
18et a casodoAeroportoInternacionaldeBrasliaDF.GUEDES EstudodeimpactodorudodetrfegoveicularemAracajuSE. 26BALDERRAINetal. ImpactoambientalderudodeumaviadeacessoaumcentrodedistribuioBragana
PaulistaSP.34
SCHIMITT RudoambientalnacidadedePortoAlegreRS. 42CHUNGetal. Mediodepotnciasonoradenibusurbanonacondioparado. 51
Sesso02AcsticaemambientesdeensinoSesso02 Acsticaemambientesdeensino
MELOetal. Mtodoparaavaliaodeinteligibilidadeemsalasdeauladoensinofundamentalapartirderespostasimpulsivasbiauricularesetestesvirtuais.
60
TELESetal. Condiesdeconfortoacsticoeavozdoprofessornoambienteescolar. 68TEIXEIRAetal. Influnciadadimensodasaberturasnaqualidadeacsticadesalasdeaula
naturalmenteventiladas.76
RABELOetal. Modeloestatsticodeprediodainteligibilidadedefalaemsalasdeaula. 84CUNHAetal. Sistemadereforosonoroeainteligibilidadedafalaemumauditriouniversitrio. 92CORREIAetal. Acsticaemedifciosescolares:avaliaodaqualidadeacsticaemescolaspblicasde
MaceiAL.100
Sesso03AcsticadeEdificaesI
ZUFFIetal. Anlisedesensibilidadedodesempenhoacsticodevenezianasativas. 108PENEDOetal. Isolamentosonoroareodepartiesverticaisdasaladeestardeumapartamentoem
MaceiAL.116
OLIVEIRAetal. Inteligibilidadedefalaporlistasdepalavrasfoneticamentebalanceadasnumtrioprojetadosegundopadresconstrutivosgreenbuilding.
124
GALVO Acomponenteacsticanoprocessodereabilitaodeedifcios:avaliaodedesempenhoparadiagnstico.
132
NUNESetal. Desempenhoacsticodesistemasdepiso:estudosdecasopararudoareoedeimpacto. 140
INDICESesso,Autor1,Ttulo
MIRANDAetal. Anlisedaperdadetransmissosonoraempainisdivisriosdeumecocompsitocomoincrementodelamavermelhade0%a50%empesodepoliuretanodocompsito.
148
Sesso04ClculoeProcessamento
GOMESetal. Anlisemodalnumricoexperimentaldeespaadoresqudruplosemlinhasde 157transmisso.
JACINTOetal. SeparaocegadefontesacsticasutilizandoalgoritmoPARAFAC. 165TAMINATOetal. Recoveryofroughacousticimpedanceprofilebyusinganimproveddirectpropagation
algorithm.173
BARROSeta. Redesneuraisartificiaisaplicadasdeterminaodotamanhotimodamalhaparaoclculodaintensidadetil.
181
MEDEIROSetal. Comparaodedoismtodosdeclculodeimpednciaacsticadelinerssobescoamentotangencial.
189tangencial.
FERREIRAetal. Acousticradiationthroughsupersonicintensityforrectangularplateswithseveralboundaryconditions.
197
Sesso05RudoAmbientalII
BECARDetal. MonitoramentocontnuoderudodoAeroportoSantosDumontRiodeJaneiroRJ. 206TADDEUCCIetal. AdequaoacsticadaUnidadedeAosLongosUPV/CSN. 214q g /
BUDELetal. Aprovaodemodelodemedidoresdenvelsonorotesteseltricos. 222
Sesso06PaisagemSonora
ALMEIDAetal. AvaliaodonveldepressosonoraequivalentenaPraaCentraldoMunicpiodeLaranjaldoJariAP.
231
ALEIXO l l d d d ALEIXOetal. AnlisedapaisagemsonoradaspraasCvicaeTamandaremGoiniaGO. 238CARVALHOetal. APaisagemsonoradoParqueAreioGoiniaGO. 246
Sesso07AcsticadeEdificaesII
NUNESetal. Incertezaemmediesderudodeimpactoemcampo:variaesnoposicionamentodosequipamentos.
255
PAVANELLOetal. Rudoeminstalaeshidrossanitrias:odesafioderealizarmedies. 263
SANTOSetal. Estudopreliminardousodemantasdeltexparacontrolederudodeimpactoemedificaes.
271
Sesso08RudoAmbientalIII
BARBOSA et al Rudo de serramrmore nas operaes de corte em diferentes materiais de construo 279BARBOSAetal. Rudodeserramrmorenasoperaesdecorteemdiferentesmateriaisdeconstruocivil.
279
MARROQUIMetal. AnlisedareduodosnveisderudoemumapartamentoresidencialnacidadedeMaceiAL.
287
SOUZAetal. MapeamentoacsticodobairroImbu,SalvadorBA. 295LUCENAetal. AvaliaodorudoambientalemumaescoladePlanaltinaDF. 303AKKERMANetal. Rudonoplanejamentourbanodereasocupadas. 311
INDICESesso,Autor1,Ttulo
Sesso09AcsticadeSalasI
TORRESetal. HRTFcompressionusingwavelets. 320MASSARANIetal. Verificaodacompatibilidadedefiltrosparamediodetempodereverberaopelo
mtododarespostaimpulsivaintegrada.328
SIMESetal. IsolamentoecondicionamentoacsticodoAuditrioAraujoViannaemPortoAlegreRS. 336
MAIORINO t l E d i i i l d d d b d l i i hi i i 3MAIORINOetal. Estudoinicialdeadequaodeespaotombadopelopatrimoniohistricoparaaprticamusical.
344
MELOetal. Anewapproachtovalidatecomputermodelingauralizationsbyusingarticulationindexes. 352
NARANJOetal. Realidadevirtualacstica:aabordagemdasredesneuraisartificiais. 360
Sesso10AcsticadeEdificaesIII
PIOVESANetal. Absorosonoradedoissistemasmodularesdetelhadosverdesbrasileiros. 369MAGALHESetal. Avaliaodoisolamentosonorodeportasejanelasemcampo. 377
SILVAetal. Desempenhoacsticodevedaesverticaisemblocosdegesso:umaavaliaoemcampoelaboratrio.
385
MOJOLLAetal. Construoeavaliaopreliminardeumafontesonoradeimpactospadronizados(tappingmachine).
393
OLIVEIRAetal. AnliseecontrolederudodosistemaauxiliardamquinadeensaiodefadigadoLaboratriodeEngenhariaMecnica(LabemFemItecUFPA).
401
SILVAetal. Desempenhoacsticodeedificaes:umaavaliaodoisolamentosonorodevedaesverticaisehorizontais.
409
Sesso11Rudo,ProcessamentoeDesenvolvimento
COSTA et al Preveno e controle do rudo da construo civil no licenciamento ambiental 418COSTAetal. Prevenoecontroledorudodaconstruocivilnolicenciamentoambiental. 418MAGALHESetal. Mascaramentosonoroviameiosdecomunicaodemassa. 426
PAIXOetal. Oficinasdeensinocomtrabalhoresexpostosaorudo:algumassugestesparaaeducaopermanente.
434
LARAetal. Sntesebiauricularparaproduodesinaissonorosespacializados. 442CUNHAetal. Adequaodomtododotubodeondasestacionriasparaaobtenodocoeficientede
absorosonoraedaperdadetransmissosonorademateriais.450
absorosonoraedaperdadetransmissosonorademateriais.FRIAS Programadeensaiosinterlaboratoriais2012e2014. 458
Sesso12RudoAmbientalIV
VECCIetal. ConsideraessobrecorreesdosNveisCritriosdeAvaliao(NCA)paraambientesinternos,deacordocomaNBR10151:2000.
468
NIEMEYERetal. Influenciadelegislaodeusodosolonaconfiguraodoambientesonoro:oPEUdas 476VargensRJ.
VALADARES Consideraessobreaavaliaodapoluioacsticaeproposiodesuaclassificao. 484
Sesso13AcsticadeSalasII
FIGUEIREDOetal. Auralizaoemacsticadesalas:tcnicaseimportnciadaequalizaodafontesonora. 493
INDICESesso,Autor1,Ttulo
BRAGAetal. AvaliaodevibraoaqueficamsubmetidosospassageirosetripulantesdeumaembarcaoescolaremusonaAmaznia.
501
BRAGAetal. AnliseacsticaatravsdemtodosnumricoseexperimentaisemumaembarcaoescolaremusonaAmaznia.
509
Sesso14AcsticaSubmarinha 517
VALE O i i d i i b i 8VALE Otimizaodatransmissoemacsticasubmarina. 518VALE ReceporobustadesubportadorasFSKutilizandoMFCCeGMMcomtreinamento
multicondiousandosimuladordecanalacsticosubmarino.525
OSOWSKY Correodeerrodeposiodesistemasdenavegaoinercial:umaabordagemusandoummodemacsticosubmarinoeumsonarpassivo.
533
Sesso15RudoAmbientalV
GIUNTAetal. Comparaoentrelegislaessobrerudoemcapitaisbrasileiras. 542SURIANOetal. Comparaodemtodosdeprevisodorudourbano 550SOUZANETO ConsideraessobreomapeamentodorudonocampusdaUniversidadeFederaldeSanta
Maria(RS)rudorodovirio.558
ROCHA Umadcadadepoluiosonora:mapasacsticosdacidadedeCaruaruPE. 566ROSOetal. Sobreainclusodeatividadesrecreativasemmapasestratgicosderudo. 574JIMNEZ et al A influncia da implantao na configurao do ambiente sonoro de um conjunto de 582JIMNEZetal. Ainflunciadaimplantaonaconfiguraodoambientesonorodeumconjuntode
vivendasdeinteressesocialbaseadanatipologia"culatayovai".582
Sesso16AcsticadeSalasIII
CAETANOetal. Caracterizaoacsticademateriais:mediodocoeficientedeabsorosonorainsitu. 591
BARROSetal. Avaliao preliminar das condies acsticas em um evento cientfico da UERJ Rio de 599BARROSetal. AvaliaopreliminardascondiesacsticasemumeventocientficodaUERJ RiodeJaneiroRJ
599
SANTOSetal. Importnciadodetalhamentodesuperfciesecoeficientesdeespalhamentoparaparmetrosacsticossimulados.
606
NABUCOetal. Mediodeabsorosonoradepoltronasdeteatroemcmarareverberante. 614PAISetal. Comportamentoacsticodeumasaladeproduomusicalcomaaplicaodeumdifusor
produzidocomresduodegesso.622
Sesso17VibraeseControledeRudo
ZANONIetal. AnliseecontrolederudonasunidadesoperacionaisdeabastecimentoPetrobrs. 631MACHADOetal. Estimativaempistadorudoaerodinmicoproduzidoporespelhosretrovisores
automotivos.639
SOUZAetal. Anlisedatexturacristalogrficadeligasmetlicasatravsdoprocessamentodesinaisultrassnicos.
647
CATALN et al Ajuste de frequncias naturais de viga sob flexo por otimizao de dimenses utilizando 655CATALNetal. Ajustedefrequnciasnaturaisdevigasobflexoporotimizaodedimensesutilizandoalgoritmogenticoemodelodeelementosfinitos.
655
TOURINHOetal. Avaliaodemtricasparaoensaionodestrutivodeestruturassanduche 663
GOMESetal. Desenvolvimentodeferramentavirtualparaanlisedesinaisdevibraesemmquinasrotativas.
671
INDICESesso,Autor1,Ttulo
Sesso18MedioeLegislao
FONSECA FILHO etal.
AtendimentoanormadedesempenhoMinhaCasaMinhaVidaSalvadorBA. 680
MILHOMENetal. ApresentaodasrieIEC61094quetratademicrofonesdemedio 686SOARESetal. Influnciadasfontessonorasnacalibraodemedidoresdenvelsonoro. 694ROCHAetal. AvaliaodainteligibilidadedafalaatravsdoSTI:implementaodomtodo. 700
Sesso19RudoAmbientalVI
NEUMANNetal. Relaoentreaintensidadesonoraeapercepodequalidadeurbana. 708ALVESetal. MapeamentoacsticodaconcentraodedennciasdepoluiosonoraemNatalRN. 716CARVALHO JUNIORet al
RudoambientalprovenientedeatividademineradoradebauxitaemJuritiPA. 724etal.
Sesso20AcsticadeSalasIV
OLIVEIRAetal. Reduodorudoemcasadecompressoresatravsdaaplicaodeabsorvedoressonoroseusodesimulaocomputacional.
733
MARTINSetal. AvaliaodaqualidadeacsticadoauditriodeumauniversidadecorporativanoRiodeJaneiroRJ.
741Janeiro RJ.
VORLAENDER Acsticavirtualtecnologiaeaplicaes. 749
Sesso21AcsticaaplicadaMsica
POZZERetal. Caxirola:formadeutilizao,pressosonoranaorelhadousurioepotnciasonora. 758GARAVELLIetal. Anlisedosnveisderudoocupacional:ocasodaOrquestraSinfnicadeBraslia 766
THOMAZELLIetal. Medidordeimpednciaacsticacomoferramentaauxiliarparaartesosdeinstrumentosdesopro.
774
ndice por autor
Akkerman, S.: 311
Alcoragi, F.: 311
Alves, L. R.: 722
Amador Medeiros, A.: 189
Ando, C. M.: 311
Antoniolli, S.: 434
Aor, F.: 707
Arajo, B.: 722
Arajo, E.: 722
Arajo, M.: 328
Arajo, V.: 722
Aspoeck, L.: 320
Avelar Gomes, M.: 663
Barbosa, A. A.: 279
Barbosa Silva, C.: 772
Barreto, D.: 295
Barros, A.: 18
Barros, A.: 303
Barros, J. D.: 599
Barros, T. M.: 181
Barros de Almeida Neto, M.: 165
Bastos, L.: 582
Batista Campos, V.: 231
Bauzer Medeiros, E.: 639
Bcard, V. M.: 206
Becker, R.: 336
Belderrain, M. R.: 34
Bertoli, S.: 92, 279, 393, 566, 606, 780
Bonifcio, P.: 663
Boscher Torres, J.: 320, 360
Botteldooren, D.: 7
Braga, D.: 157, 501, 509, 671
Brando, E.: 700
Brito, L. A.: 10
Brum, R.: 369
Bruna, G.: 714
Budel, F.: 222
Bugarin, R.: 18
Caetano, R. G.: 450, 591
Cafaldo dos Reios, D.: 189
Campos Oliveira, R.: 772
Carvalho, D.: 246
Carvalho, M.: 295
Carvalho, M. d.: 238, 246
Carvalho, M.: 663
Carvalho, R.: 26
Carvalho Jr, E. B.: 18, 730
Carvalho Jr, E.: 68, 303, 772
Caser, A.: 246
Cataln, D.: 655
Chung, A.: 51
Constantino, M. C.: 238
Cordioli, J.: 189
Cormier, K.: 206
Corra Jnior, C.: 181, 197
Correia, T.: 100
Cortes, M.: 476, 582
Costa, A. B.: 418
Cotias, F.: 680
Cunha, I. B.: 92
Cunha, R. N.: 450, 591
Damascena Ribeiro, E.: 231
de Moura Rolim Neto, R.: 231
Duarte, M.: 108
Feiteira, J.: 647
Fernandes, W.: 476
Ferraz, R.: 468
Ferreira, J.: 631
Ferreira, V.: 181
Ferreira, V. D.: 197
Figueiredo, F. L.: 493
Flores, P.: 574
Fonseca, F.: 680
Fonseca Filho, O. J.: 680
Frias, J.: 458
Galvao, W. F.: 132
Garavelli, S.: 18, 68, 303, 730, 772
Gerges, S.: 747
Giordani Serrano, P.: 189
Giunta, M. B.: 542
Gomes, G.: 501, 509
Gomes, M.: 157, 671
Grillo, M. L.: 599
Grilo, .: 574
Guedes, I. C.: 26
Guerra de Souza, R.: 647
Honorato Sampaio, P.: 231
Horta, F.: 468
Iazzetta, F.: 493
Isnard, N.: 206
Jacinto, J. M.: 165
Jimnez, M. A.: 582
Jordan, R.: 655
Jorge, V.: 255
Kohler, R.: 26
Krajcarz, F.: 707
Lara, L. T.: 442
Laranja, R. A.: 434
Lobo, D.: 647
Lopes, G. C.: 599
Lopes de Almeida, W.: 231
Lucena, T.: 303
Lucio Naranjo, J. F.: 352, 360
Lunge, A.: 263
Machado, F.: 476
Machado, W.: 639
Maciel, M.: 108
Magalhes, M.: 84
Maiorino, A. V.: 344
Manhas, M.: 287
Marcondes, L. S.: 622
Marques, E.: 747
Marques, V.: 450, 591
Marroquim, F.: 287
Martins, W. B.: 747
Massarani, P.: 328, 614
Masson, Z.: 189
Matsuo, J.: 18
Medeiros Landim, E. F.: 772
Melo, G. S.: 148, 271, 418, 501, 509
Melo, V.: 60, 352
Mendona Maroja, A.: 18, 68, 303, 730
Michalski, R.: 599
Milhomem, T. B.: 686
Miranda, R.: 148
Mojolla, R.: 393
Montemurro, W.: 34
Montenegro, M.: 680
Moraes, E. L.: 418
Morais Fernandes, K.: 173
Moura Teles, A.: 68
Musafir, R.: 51, 60
Nabuco, M.: 614
Nascimento, R.: 566
Neumann, H.: 714
Niemeyer, L.: 476, 582
Niemeyer, M.: 476
Nunes, M. F.: 140, 255
Oiticica, M.: 76, 100, 116, 287
Oliveira, D.: 336
Oliveira, F. L.: 739
Oliveira, F.: 501, 509
Oliveira, H. L.: 124, 747
Oliveira, R. C.: 401
Oliveira Filho, R.: 450, 591
Osowsky, J.: 533
Pagnussat, D.: 140, 255
Pais, . P.: 622
Paixo, D.: 434
Paixo, D.: 263
Pantoja, J.: 655
Paredes, L.: 476
Pasqual, A. M.: 442
Patrcio, J.: 2
Paul, S.: 369, 558
Paul, S.: 764
Pavanello, L. R.: 263
Pazos, D.: 614
Pedro WEBER, L.: 772
Pedroto Magalhes, G.: 377, 426
Peixoto, D.: 84
Penedo, R. T.: 116
Pinheiro, M. A.: 385, 409
Pinheiro, V.: 51
Pinheiro da Silva Junior, S.: 214
Pinto, D.: 722
Pinto, F.: 377
Piovesan, T.: 369
Pozzer, T.: 764
Rabelo, A. T.: 84
Rabelo Soeiro, R.: 165
Ramalho Cunha, J.: 231
Rgo Silva, J. J.: 385, 409
Rocha, R. B.: 566
Rollo Junior, M.: 6
Roso, V.: 574
Rossatto Rocha, R.: 700
Sales, A.: 246
Samoneck, F.: 271
Santos, C.: 606
Santos, J.: 84
Santos, W. d.: 148, 271
Santos, W. D.: 501, 509
Schimitt, N.: 42
Setbal, F.: 501, 509
Silva, A.: 369
Silva, L.: 566
Silva, O.: 385, 409
Silva Aleixo, P.: 238
Silva Jr., O.: 655
Simes, F. M.: 336
Smiderle, R.: 344
Soares, P. F.: 622
Soares, Z.: 222, 686, 694
Soeiro, N.: 4, 157, 271, 401, 501, 509, 671
Souza, D. F.: 295
Souza, J.: 148
Souza, L.: 542
Souza, L. C.: 550
Souza Neto, O. C.: 558
Suazo, G.: 197
Suriano, M. T.: 550
Taddeucci, G. N.: 214
Tamanini, C. A.: 622
Taminato, F. O.: 173
Teixeira, J. A.: 655
Teixeira, J.: 76
Teixeira de S, D.: 148
Tenenbaum, R. A.: 60, 173, 181, 197, 352, 360
Thomazelli, R.: 780
Tourinho, A.: 663
Vaidotas, R.: 34
Valadares, V. M.: 484
Vale, E. E.: 518, 525
Vecci, M.: 295, 468
Vergara, E.: 739
Vergara, F.: 124
Villela, R.: 614
Vorlnder, M.: 5, 320, 755
Warusfel, O.: 3
Zajarkievaiech, J. E.: 694
Zanoni, G. P.: 631
Zini, A.: 140
Zuffi, G.: 108
EDITORIAL
com imensa satisfao que sediamos em Campinas o XXV Encontro da Sociedade Brasileira
de Acstica - SOBRAC 2014. O Encontro visa promover o intercmbio de experincias entre
pesquisadores, docentes, estudantes e profissionais de empresas ligadas a diversas
especialidades. Para a edio 2014 do evento, o tema escolhido para foi Acstica e Vibraes:
qualidade de ambientes internos e externos. A Organizao do XXV SOBRAC procurou
incentivar a participao de profissionais reconhecidos nacional e internacionalmente,
diversificando assim as atividades do Encontro. A programao conta com palestras de
pesquisadores brasileiros e do exterior, minicursos, sesses tcnicas e estudos de caso.
Paralelamente, oferecemos aos participantes do evento uma rea de exposio com as
principais empresas no mercado brasileiro nas reas de Acstica e Vibraes, possibilitando ao
pblico-alvo altamente especializado conhecer os produtos e tecnologias disponveis na
atualidade, bem como as iniciativas institucionais de interesse, notadamente quanto
inovao e a sustentabilidade. Desejo aos participantes que o XXV Encontro da SOBRAC seja
produtivo e prazeroso.
Stelamaris Rolla Bertoli - Coordenao Geral
Nesta 25 edio do Encontro da Sociedade Brasileira de Acstica contamos com 120
submisses das quais 96 (80%) foram selecionadas para serem apresentadas e publicadas
depois de uma avaliao rigorosa do corpo tcnico, formado por 46 pesquisadores
especializados, dos quais 41 (89%) brasileiros (31 regies Sul e Sudeste; 6 Norte e Nordeste e 4
Centro e Centro-Oeste) e cinco (11%) do exterior. As observaes e recomendaes dos
pareceres foram implementadas pelos autores e, aps este procedimento, os artigos foram
novamente checados pelos avaliadores. Dos artigos aprovados, 62% tratam de pesquisa e
desenvolvimento; 49%, estudos de casos; e 8%, estudos de legislaes, normas e medies. A
estes acrescentamos os resumos das seis palestras proferidas por pesquisadores convidados.
Ao todo, dos 291 autores participantes, 95% so brasileiros e 5% do exterior, abrangendo
Alemanha, Blgica, Canad, Equador, Espanha, Frana e Portugal. Dos artigos publicados, 37%
tratam de Rudo Ambiental; 31%, Acstica de edificaes; 26%, Controle de Rudo e Vibraes;
25%, Acstica de Salas; e 23%, Aplicaes em legislaes, normas mtodos e medies (vrios
artigos contemplam mais de um tpico), o que uma resposta positiva temtica proposta
para este encontro: Acstica e Vibraes: qualidade de ambientes internos e externos.
Vrias inovaes adotadas nesta edio do evento, tanto tcnicas quanto operacionais, s
foram possveis graas flexibilidade, enorme colaborao e boa vontade de todos os
membros do Comit de Programa Tcnico (organizadores e avaliadores) e, sobretudo, dos
prprios autores que adequaram seus textos, procedimentos e formatao durante o processo
de avaliao. Agradeo imensamente a todos pelo apoio s propostas apresentadas e pela
colaborao efetiva para que este processo pudesse chegar a bom termo. Foi um prazer e um
privilgio poder trabalhar com todos vocs neste evento. Muito obrigado!
Jos Augusto Mannis - Coordenao Cientfica e Editorial
RESUMOS DAS PALESTRAS
1
DESEMPENHO ACSTICO DE EDIFICAES:
A EXPERINCIA EUROPEIA
PATRICIO, Jorge
Laboratrio Nacional de Engenharia Civil LNEC (Portugal)
jpatricio@lnec.pt
RESUMO
A acstica das edificaes tem tido um desenvolvimento muito significativo nas ltimas dcadas, no
espao europeu, seja pela facilidade de circulao de pessoas e bens, seja pela existncia de um Comit
Europeu de Normalizao (CEN), que integra os pases membros da UE e da EOTA "European
Organization for Technical Assessments", fatos estes que se tm constitudo como plos promotores de
uma abordagem integrada, e reforada por normas de aplicao obrigatria e comum. Constitui uma
poltica europeia a criao de condies no interior dos edifcios para uma vida mais sustentvel, em cujo
mbito o desempenho acstico das edificaes assume papel fundamental, a par de outras componentes
relevantes como sejam a trmica, a eficincia energtica, a libertao de matrias perigosas, e a qualidade
do ar. Assim, e apesar das diferenciaes existentes em termos de realidades culturais, tem havido por
parte da comunidade tcnica e cientfica, com o apoio da Comisso Europeia traduzida no financiamento
de redes de disseminao, de promoo de investigao, e de mandatos especficos, um esforo de
uniformizao no sentido de fomentar a livre circulao de produtos da construo. Nesta palestra sero
elencadas as evolues havidas no espao europeu em matria de conforto e desempenho acstico de
edificaes, de sistemas construtivos utilizados, de metodologias de abordagem especficas, de critrios
de avaliao de conformidade com disposies legais ou normativas, e de instrumentos de poltica no
campo da circulao de produtos de construo no mercado europeu (Marca CE), assim como as mais-
valias da decorrentes, tanto do ponto de vista econmico como de sustentabilidade global. Sero tambm
apresentadas as tendncias futuras em termos de harmonizao de parmetros caractersticos (descritores
acsticos), assim como as estratgias de classificao acstica de edificaes visando a atribuio de
parmetro de qualidade a unidades habitacionais, em funo de critrios de desempenho especficos, tanto
para edificao nova como para aquela que esteja integrada em processos de reabilitao.
2
mailto:jpatricio@lnec.ptANALYSIS AND SYNTHESIS OF SOUNDFIELDS AND SOUNDSCAPES:
PANORAMA AND TECHNOLOGICAL HORIZONS
WARUSFEL, Olivier
Institut de Recherche et Coordination Acoustique-Musique IRCAM (Frana)
Olivier.Warusfel@ircam.fr
ABSTRACT
Analysis and synthesis of soundfields and soundscapes benefit nowadays from the development of
advanced 3D spatialization recording and rendering techniques such as High Order Ambisonics (HOA) or
Wave Field Synthesis (WFS). These techniques often rely on the use of massive arrays of loudspeakers or
microphones that provide an accurate control of the rendered or captured soundfield and allow for
refined soundscape experiences. The theoretical and perceptual properties of these spatialization
techniques are presented an illustrated in various contexts ranging from music performance, post-
production and broadcast to room acoustics auralization or virtual reality applications. Their development
perspective are discussed together with the importance of their associated sound scene description
formats. The rapid expansion of mobile devices is however already challenging these technological
models (centralized versus distributed spatialization models) and calls for exploring new sonic territories.
3
mailto:Olivier.Warusfel@ircam.frANLISE DINMICA DE ESTRUTURA: UM ENFOQUE PARA A
EXCITAO DO VENTO
SOEIRO, Newton Sure
Universidade Federal do Par UFPA
nsoeiro@ufpa.br
RESUMO
Com o desenvolvimento da indstria civil, naval, ocenica e aeronutica, e o surgimento de novos
materiais e de tcnicas construtivas, o conhecimento do comportamento esttico e dinmico de uma
estrutura essencial para a sua concepo, de modo a garantir o seu padro de segurana e qualidade.
Neste contexto, a ao do vento tem constitudo ao longo da histria da humanidade uma manifestao
ambiental da maior importncia, levando ocorrncia de alguns colapsos em grandes estruturas de
elevada responsabilidade e ao comportamento inadequado de muitas outras, contribuindo para realar a
importncia da Aerodinmica no contexto das Engenharias, a qual desempenha atualmente um papel
fundamental na anlise do comportamento dinmico de grandes estruturas complexas, marcadas por
formas inovadoras. Portanto, sero abordados os fundamentos tericos necessrios para um melhor
entendimento do comportamento estrutural, dando-se destaque aos Mtodos de Elementos Finitos e de
Volumes Finitos, aplicados a casos reais de estruturas sob a ao do vento.
4
mailto:nsoeiro@ufpa.brACSTICA VIRTUAL TECNOLOGIA E APLICAES
VORLNDER, Michael
Institut fr Technische Akustik ITA (Alemanha)
mvo@akustik.rwth-aachen.de
RESUMO
Sistemas de Realidade Virtual (RV) so utilizados em projetos de engenharia, arquitetura ou em
aplicaes de pesquisa biomdica. O componente de acstica na parte de sistemas de RV possibilita criar
estmulos audio-visuais para aplicaes em salas de concertos, em acstica de edificaes, automotiva,
em rudo ambiental e rudo de mquinas e em pesquisas de audio. Tcnicas bastante estabelecidas de
simulao acstica e audibilizao so as bases do sistema, porm ferramentas sofisticadas de
processamento de sinais necessitam ainda ser desenvolvidas. A audibilizao baseia-se na modelagem
dos componentes que caracterizam a fonte sonora, a propagao do som e na tecnologia de udio
espacial. O quanto um ambiente virtual considerado suficientemente exato ou no, dependente de
muitos fatores perceptuais, do pr-condicionamento e da imerso do utilizador. Nesta apresentao as
etapas de processamento para a criao de ambientes acsticos virtuais e o grau possvel de realismo so
discutidos em exemplos de acstica da sala, acstica arqueolgica, no rudo de trfego e na audiologia.
5
mailto:mvo@akustik.rwth-aachen.dePAISAGENS ACSTICAS MARINHAS
ROLLO JUNIOR, Mario Manoel
Universidade Estadual Paulista - UNESP
mario.rollo@clp.unesp.br
RESUMO
Sons biolgicos e no-biolgicos constituem uma propriedade perptua e dinmica de todas as paisagens,
incluindo aquelas presentes em ambientes aquticos, sejam eles continentais ou marinhos. Contudo, ainda
no existe nenhuma teoria consolidada sobre o significado ecolgico de todos os sons provenientes destas
paisagens. O objetivo desta apresentao introduzir um novo campo de estudo nas Cincias do Mar,
denominado Ecologia de Paisagens Acsticas Marinhas, enfatizando as caractersticas ecolgicas dos
sons e seus padres espao-temporais, to logo emergem das paisagens marinhas.
6
mailto:mario.rollo@clp.unesp.brPERCEPTION AND MEASUREMENT OF ENVIRONMENTAL SOUND
BOTTELDOOREN, Dick
Ghent University
Dick.Botteldooren@UGent.be
ABSTRACT
Environmental sound can influence health and well being of the population. The causal chain in this
process starts with the perception of the sound but also includes appraisal and coping mechanisms, all of
which are strongly influenced by context and person characteristics such as life style and noise sensitivity.
It has long been recognized that perceived loudness and quality of the environmental sound has to be
accounted for but the translation to measurement techniques and legislation has mainly been focusing on
A-weighting and energetic averaging. Computational resources and connectivity offered by todays ICT
open new opportunities for measuring and analyzing environmental sound in a way that more closely
matches human perception. Because listening to environmental sound is seldom the purpose of being in a
place, attention processes and gating play an important role in the perception of this environmental sound.
Computational auditory scene analyses, a process imitating auditory object formation in humans,
therefore becomes part of the understanding of how this environmental sound is perceived. And thus it is
a source of inspiration for novel measurement technology. Core liking and affect but also surprise and
expectation complete the model for the appraisal of environmental sound by humans. The presentation
will elaborate on psycho-acoustic experiments and epidemiologic observations illustrating the processes
mentioned above, but it will also elaborate on the implementation of this new way of assessing the sonic
environment in sensor networks.
7
mailto:Dick.Botteldooren@UGent.beARTIGOS
8
Monday, October 20, 2014 2:00PM - 4:00PM SESSO TCNICA 1 A - Rudo Ambiental I - Chair: La Souza
SALA A
9
AVALIAO DO TRFEGOVIBRAO E INC
BRITO, Luiz Antonio P. F. de (1) Professor Doutor do Programa de Ps
Rio Branco, 210, Centro, Taubat
RESUMO
O trfego rodovirio uma das principais fontes de vibraogerar incomodidade na populao e em alguns casos tambm danos estruturais. A distncia entre a fonte e o receptor a principal atenuante da energia vibratriapela especulaao imobiliria e pela grandes cidades principalmente. A forma de propagao da energia vibratria depende da fonte, do tipo de solo e da interao entre as ondas de vibrao epara o padro de incomodidade dos usurios e danos estruturais das edificaes. O parmetro de anlise da vibrao o pico de velocidade da partcula que ligada s tenses geradas na vibratrio. O objetivo deste trabalho avaliar a energia vibratria gerada em uma via com superfcie rugosa e com degrau por meio de medio do pico de velocidade da partculaso atendidos e se h correlao entre um modelo terico e resultados obtidos.faixas com pavimento irregular, fresada e recapeada fresagem. Os resultados obtidos ultrapassam os crA formulao utilizada apresentou resultados adequados apenas para a situao com degrau.
ABSTRACT
Road traffic is a major source of vibration in urban areas withpopulation and in some cases also structural damagemain mitigating factor of the vibration illegal occupation of tracks domaintransmission of vibratory energy depends on the sourcewaves of vibration and structure of the structural damage of buildings. The peak particle velocity related to the stresses generated in the building during the vibration process. The objective of this study is to evaluate the vibration energy generated in a lane with rough surface and step through measurement of peak particle velocity and verify if the standard criteria are met and that there is a correlation between a theoretical model and results. It was evaluated a three tracksanother one with a step. The results exceed the criteria but not the inconvenience of structural damage. The formulation used had adequate results only for the situation to step.
Palavras chave: vibrao, trfego, meio ambiente.
1 INTRODUO.
As fontes de vibrao no meio urbano so diversas podendo esta ser responsvel pela incomodidade ao ser humano, danos estruturais ou prejudicar o funcionamento de equipamentos sensveis, como os hospitalares, por exemplo. As fontes de vibrao podem ser divididas entre as naturais, oriundas
AVALIAO DO TRFEGO RODOVIRIO COMO FONTE DE VIBRAO E INCMODO NO MEIO URBANO
BRITO, Luiz Antonio P. F. de (1); (1) Professor Doutor do Programa de Ps-Graduao em Desenvolvimento Regional da UNITAU, Rua Visconde do
Rio Branco, 210, Centro, Taubat-SP Brasil, CEP: 12020-040, Tel.: (12) 3625
labrito@bighost.com.br
das principais fontes de vibrao no meio urbano com gerar incomodidade na populao e em alguns casos tambm danos estruturais. A distncia entre a fonte e o
principal atenuante da energia vibratria, sendo que esta vem sendo sistematicamente reduzida pela ocupao irregular de faixas de domnio de rodovias e avenidas nas A forma de propagao da energia vibratria depende da fonte, do tipo de
solo e da interao entre as ondas de vibrao e a estrutura da edificao. A normalizao incomodidade dos usurios e danos estruturais das edificaes. O parmetro de anlise da
vibrao o pico de velocidade da partcula que ligada s tenses geradas na edificao durante o processo O objetivo deste trabalho avaliar a energia vibratria gerada em uma via com superfcie rugosa
e com degrau por meio de medio do pico de velocidade da partcula, verificar se os critrios normalizados idos e se h correlao entre um modelo terico e resultados obtidos. Foi avaliada
, fresada e recapeada; em outro trecho tambm foi avaliado um degrau deobtidos ultrapassam os critrios de incomodidade, mas no os de danos estruturais.
A formulao utilizada apresentou resultados adequados apenas para a situao com degrau.
ce of vibration in urban areas with high potential to create discomfortme cases also structural damage. The distance between the source and the receiver
the vibration energy and this is systematically being reduced by the speculation and illegal occupation of tracks domain of highways and avenues especially in big cities
ry energy depends on the source, the type of soil and the interaction between the waves of vibration and structure of the building. Normalization proposes criteria
he peak particle velocity is the parameter analysis of vibration is which is related to the stresses generated in the building during the vibration process. The objective of this study is to
ration energy generated in a lane with rough surface and step through measurement of peak the standard criteria are met and that there is a correlation between a theoretical
was evaluated a three tracks road with uneven pavement, milled and resurface. The results exceed the criteria but not the inconvenience of structural damage. The
formulation used had adequate results only for the situation to step.
o, trfego, meio ambiente.
As fontes de vibrao no meio urbano so diversas podendo esta ser responsvel pela incomodidade ao ser humano, danos estruturais ou prejudicar o funcionamento de equipamentos sensveis, como
emplo. As fontes de vibrao podem ser divididas entre as naturais, oriundas
FONTE DE MODO NO MEIO URBANO
Regional da UNITAU, Rua Visconde do 040, Tel.: (12) 3625-4151.
com elevado potencial para gerar incomodidade na populao e em alguns casos tambm danos estruturais. A distncia entre a fonte e o
sendo que esta vem sendo sistematicamente reduzida ocupao irregular de faixas de domnio de rodovias e avenidas nas
A forma de propagao da energia vibratria depende da fonte, do tipo de A normalizao apresenta critrios
incomodidade dos usurios e danos estruturais das edificaes. O parmetro de anlise da edificao durante o processo
O objetivo deste trabalho avaliar a energia vibratria gerada em uma via com superfcie rugosa verificar se os critrios normalizados
Foi avaliada uma via de trs em outro trecho tambm foi avaliado um degrau devido
no os de danos estruturais. A formulao utilizada apresentou resultados adequados apenas para a situao com degrau.
high potential to create discomfort in the . The distance between the source and the receiver is the
energy and this is systematically being reduced by the speculation and venues especially in big cities. The mode of
, the type of soil and the interaction between the criteria for discomfort and
arameter analysis of vibration is which is related to the stresses generated in the building during the vibration process. The objective of this study is to
ration energy generated in a lane with rough surface and step through measurement of peak the standard criteria are met and that there is a correlation between a theoretical
road with uneven pavement, milled and resurface, and . The results exceed the criteria but not the inconvenience of structural damage. The
As fontes de vibrao no meio urbano so diversas podendo esta ser responsvel pela incomodidade ao ser humano, danos estruturais ou prejudicar o funcionamento de equipamentos sensveis, como
emplo. As fontes de vibrao podem ser divididas entre as naturais, oriundas
10
2
de fenomenos da natureza como terremotos e o efeito de ventos em alguns tipos de estruturas como pontes e edifcios altos, ou artificiais geradas pelo ser humano. As fontes de vibrao artificiais podem ser separadas em grupos como as ligadas a atividade industrial, prensas e mquinas de grande porte, as ligadas construo civil, bate estacas, rolos compactadores, britadores, detonao de solo e rochas e as ligadas ao trfego, tanto rodovirio quanto ferrovirio. A energia vibratria artificial, oriunda das atividades urbanas, geram ondas na faixa de frequncia entre 1 e 150 Hz, j nas fontes naturais de vibrao a energia predomina entre 0,1 e 30 Hz, como os terremotos, e 0,1 a 2 Hz para o efeito da carga de vento em edifcios altos (ISO 4866, 1990).
As fontes de vibrao ligadas indstria geram energia de forma contnua e peridica sendo que seu principal efeito se d nas fundaes e estrutura das edificaes e nos usurios. (ATHANASOPOULOS e PELEKIS, 2000). Em geral a abordagem de anlise ocupacional orientada pela legislao trabalhista j que esta uma situao caracterstica de prdios industriais. J as fontes de vibrao ligadas construo civil possuem uma grande diversidade de formas de ondas devido a tambm diversidade dos equipamentos envolvidos. A energia vibratria gerada pela detonao influenciada pela carga de explosivos utilizada, na cravao de estacas pela massa e altura de queda do martelo e o seu dimetro. A compactao do solo por mtodos vibratrios e os rompedores de concreto so influenciados pela energia cintica gerada pela operao do equipamento (BS 5228-9, 2009).
A vibrao gerada pelo trfego rodovirio aleatria sendo influenciada pelo peso e velocidade dos veculos e condies do pavimento. A gerao de energia vibratria aumenta quando h irregularidades na via, que amplificam o impacto das suspenses dos veculos, principalmente nos solos de baixo amortecimento (BS 7385-1, 1990). O tipo de solo influencia a forma de propagao e atenuao da energia vibratria assim como a distncia entre a fonte e o receptor. As ondas que se formam no solo dependem da fonte, trfego ferrovirio ou bate estacas, por exemplo, mas em geral so ondas de compresso ou cisalhamento (como velocidade em apenas uma direo), quando prximas do ponto de gerao da vibrao, que se transformam em ondas tipo Rayleigh (com velocidade em duas direes) quando refletidas pela superfcie do solo. Nos solos mais rgidos, a propagao da energia vibratria ocorre em maiores velocidades, sendo que a tenso gerada nas fundaes, e consequentemente a vibrao induzida, so inversamente proporcionais a esta, tanto para ondas de compresso quanto para as de cisalhamento. A velocidade das ondas vibratrias no solo varia de acordo com sua composio devido principalmente a impedncia elstica (KIRZHNER, ROSENHOUSE E ZIMMELS, 2005).
A reposta da estrutura frente vibrao induzida est ligada ao tipo de fundao e solo, qualidade e idade da edificao, ao estado de conservao do edifcio (BS 5828-2, 2009). As tenses devido a recalques ou falta de manuteno em uma edificao contribuem para que, mesmo em pequenas velocidades induzidas na estrutura, seja acelerado o processo de danos estruturais. Outra forma de dano estrutural a possibilidade de recalques diferenciais nas fundaes ocasionados pelo adensamento do solo, principalmente os arenosos. Os danos estruturais podem ser classificados como cosmticos, com o aparecimento de pequenas fissuras (da espessura de um fio de cabelo, por exemplo) no reboco ou acabamento em gesso das paredes; de pequena monta, com o aparecimento de trincas (ou evoluo de uma fissura para trinca) e queda de revestimentos, reboco ou gesso; e de grande monta com trincas estruturais em pilares, vigas e lajes (ISO 4866, 2010).
A varivel utilizada para quantificao da vibrao em uma superfcie a velocidade, pois tem conotao de tenso, sendo esta relacionada com os principais danos estruturais. A acelerao est relacionada com a deformao sendo adotada por sismologistas em anlises de terremotos (ATTEWELL, SELBY, UROMEIHY 1989). O pico de velocidade da partcula (PVP) indica o
11
3
mximo valor do movimento de uma partcula em um ponto da superfcie ou de uma estrutura. A PVP deve ser analisada pelo vetor resultante das medidas nos trs eixos ortogonais (X, Y, Z) em funo do tempo, mas haver situaes em anlises estruturais em que velocidades especficas devem ser monitoradas. (ATTEWELL, SELBY, ODONNELL, 1992).
A norma DIN 4150-3 (1999) Vibration in buildings, effect in structures a referncia indicada que aborda os limites de PVP em uma edificao para que no haja danos estruturais sendo aceita por toda comunidade europia (BACCI et al, 2003). A norma DIN (4150-3 (1999) limita a PVP de acordo com a tipoligia das edificaes sendo a Categoria 1 as edificaes com estruturas de concreto armado e madeira em boas condies que possuem como criterio a PVP de 40 mm/s; a Categoria 2 que abrange edificaes em alvenaria em boas condies com o critrio de PVP de 15 mm/s; e a Categoria 3 que se refere a edificaes de alvenaria em ms condies de conservao, ou patrimnios histricos com o critrio de PVP de 8 mm/s. Karantoni e Bouckovalas (1997) avaliaram os efeitos da vibrao em casas de alvenaria e em edificios de concreto armado e concluiram que na primeira tipologia os danos so mais sistemticos e que a idade dos materiais, os prprios materiais em si e o nmero de andares tambm influenciam no processo.
Os efeitos da vibrao tambm podem ser abordados pelo critrio de incomodidade. A partir de 0,3 mm/s a vibrao j perceptvel no ambiente residencial, e em 1 mm/s pode motivar reclamaes, mas pode ser tolerada se a causa da mesma for previamente avisada e em 10 mm/s a vibrao intolervel mesmo que seja por breve exposio (BS 5828-2, 2009). A norma ISO 2631-2 (2003) Mechanical vibration and shock -- Evaluation of human exposure to whole-body vibration -- Part 2: Vibration in buildings (1 Hz to 80 Hz), indica que a vibrao pode ser intolervel para os ocupantes de uma edificao devido sensao fsica de movimento que interfere em algumas atividades como o sono e conversao. Klaeboe et al (2003) relacionaram a velocidade de vibrao em edificaes e o potencial de percepo e reclamao dos receptores. Por exemplo, segundo os autores, a possibilidade de se notar a velocidade de vibrao de 0,10 mm/s de 0%, sendo esta velocidade exatamente o limite de incomodidade mais restritivo da norma ISO 2631-2 (1997). A verso de 2003 da ISO 2631-2 no apresenta os limites de incomodidade de corpo inteiro de maneira que se toma como referncia a verso de 1997. No caso de uma PVP de 0,30 mm/s, a possibilidade de se notar a vibrao de 45% mas a chance de reclamao inferior a 5%, sendo esta velocidade o limite de incomodidade mais restritivo da CETESB DD 215/2007/E (2007). No Brasil no h uma normalizao especfica para o assunto sendo que a que mais se aproxima a norma NBR 9653 (2005) - Guia para avaliao dos efeitos provocados pelo uso de explosivos nas mineraes em reas urbanas que no aborda o assunto de maneira satisfatria, no caso de vibrao induzida pelas fontes do meio urbano (BRITO, 2011) A Deciso de Diretoria n 215/2007/E (07/11/20007) da CETESB indica valores de PVP para uma residncia de 0,3 mm/s tanto para o perodo diurno quanto noturno, mas vlida apenas para o Estado de So Paulo.
A vibrao transmitida atravs do solo pelo trfego de veculos geralmente perceptvel em situaes onde a superfcie da estrada irregular e os edifcios so prximos a esta. Desniveis e degraus podem ser uma fonte potencial deste tipo de vibrao (WATTS e KRILOV, 2000). Watts e Krilov (2000) propem a Equao 1 para o clculo da PPV (mm/s) gerada pela superfcie do pavimento. Sendo a a profundidade do desnvel em mm, g o Fator de Solo, v a velocidade em km/h, r a distncia do leito da via em metros, p o fator que indica se apenas um lado ou os dois so afetados pelo desnvel e x o coeficiente de atenuao de potncia que depende do tipo de solo, argiloso ou arenoso, por exemplo, que podem ser obtidos em Watts e Krilov (2000). A rugosidade da estrada desempenha um papel importante na gerao de vibrao no pneu. A diferena entre a profundidade das irregularidades, e no apenas a profundidade propriamente dita, e seu espaamento so importantes parmetros que regem a vibrao (FUGIKAWA, 2005).
12
4
xrv
pgaPVP
=6
*48
****028,0 1
O objetivo deste trabalho avaliar a energia vibratria gerada em uma via com superfcie rugosa e com degrau por meio de medio do pico de velocidade da partcula, verificar se os critrios normalizados so atendidos e se h correlao entre um modelo terico e resultados obtidos.
2 MTODO
A fonte de vibrao considerada o trfego rodovirio em uma via de 3 faixas de rolamento. As medidas foram realizadas no ponto central de um trecho de aproximadamente 40 metros que foi fresado para recapeamento, sendo que neste o pavimento ficou rugoso com uma profundidade mdia de 10 mm (P1). Outro trecho tambm foi avaliado, sendo este no final da fresagem, com um degrau de 50 mm (P2).
Os equipamentos utilizados para a medio foram medidor de vibrao HVM100, marca Larson Davis, um acelermetro triaxial (capaz de fazer a leitura nos 3 eixos simultaneamente) DITRAM modelo 3233AT e o software BLAZE para tratamento dos dados, todos calibrados por laboratrio pertencentes Rede Brasileira de Calibrao do INMETRO. Para coleta de dados o acelermetro foi acoplado em um POD metlico por meio de um parafuso de modo que este transmitisse os deslocamentos ao equipamento. Os dados foram obtidos nos eixos X (perpendicular fonte), Y (paralelo fonte) e Z (perpendicular ao plano formado pelos eixos X e Y) e calculado o vetor resultante final pelo software, sempre considerando o valor de pico. O tempo de coleta de dados foi de 10 minutos para cada uma das situaes descritas, totalizando 600 valores instantneos.
Os critrios considerados so os da norma ISO 2631-2 (1997) para a incomodidade, com PVP de 0,4 mm/s para residncias, e os da norma DIN 4150-3 (1999) para danos estruturais, PVP de 8 mm/s para edificaes em alvenaria sem uma estrutura formal, caso mais restritivo previsto na norma. Foi considerada na anlise a possvel percepo da vibrao e motivao para reclamao segundo Klaeboe et al (2003). As medidas foram executadas de acordo com as condies descritas na Tabela 1. A Figura 1 ilustra o posicionamento do equipamento de medio no P2. As Figuras 2 e 3 ilustram as condies do pavimento com a pista fresada no P1 e P2 respectivamente. A Figura 4 ilustra o P2 na M6 aps o recapeamento do pavimento. possvel notar que ainda h um pequeno desnvel entre o trecho recapeado e o antigo. Foi calculado por meio da Equao 1 a PVP terica para que fosse possvel averiguar sua preciso nas M2 e M5. A PVP terica foi calculada considerando a velocidade dos veculos como a limite da via, 80 km/h, e o solo arenoso.
Tabela 1 Localizao dos pontos de medio e das condies do pavimento
Ponto de medio Medio Distncia entre fonte e o receptor
(m) Condio do pavimento
1 M1 6,0 Pista com irregularidades, antes da fresagem
1 M2 6,0 Pista fresada
1 M3 6,0 Pista recapeada
2 M4 3,5 Pista com irregularidades, antes da fresagem
2 M5 3,5 Pista com degrau
2 M6 3,5 Pista recapeada
13
5
Figura 1 Vista do equipamento de medio
posicionado no P2 Figura 2 Vista do pavimento fresado
Figura 3 Vista do degrau gerado pela fresagem do pavimento
Figura 4 Vista do pavimento aps o recapeamento no trecho de degrau
3 ANLISE DOS RESULTADOS
A Tabela 2 apresenta os resultados obtidos nas medies em todas as situaes analisadas, a PVP terica por meio da Equao 1 na M2 e M5 e o potencial de percepo e motivao para reclamao segundo Klaeboe et al. (2003). As Figuras 5 e 6 ilustram o pico de velocidade da partcula em mm/s, PVP, no perodo de medio de 10 minutos nos P1 e P2 respectivamente, o limite de incomodidade adotado e a PVP terica por meio da Equao 1.
No P1 o pico de velocidade aconteceu na M2 (pista fresada) com PVP de 0,546 mm/s. Praticamente no houve diferena nos resultados na M1, antes da fresagem (PVP = 0,349 mm/s) e na M3, pista recapeada, (PVP = 0,395 mm/s) sendo que esta diferena pode ser atribuda variao de velocidade ou carga de um veculo pesado, por exemplo. O critrio para danos estruturais na condio mais restritiva dada pela DIN 4150-3 (1999) de 8 mm/s, muito superior a PVP obtida. O critrio de incomodidade da norma ISO 2637-2 (1997) de 0,4 mm/s de maneira que foi superado apenas na condio de pista fresada (M2), sendo atendida antes da fresagem e aps o recapeamento. Na medio M2 houve um acrscimo de cerca de 10% na estimativa de percepo da velocidade de vibrao em relao a M1 e M3, mas a expectativa de reclamao no se alterou.
No P2 o pico de velocidade aconteceu na M5 (pista com degrau) com PVP de 2,030 mm/s. Na M4 (antes da fresagem) a PVP foi de 0,411 mm/s e na M6 (aps o recapeamento) a PVP foi de 0,668
14
6
mm/s. Esta diferena pode ser justificada devido imperfeio que ficou na pista na emenda do recapeamento com a pista antiga, gerando um pequeno degrau, mas suficiente para elevar o nvel de vibrao. Esta situao ilustrada na Figura 4. A PVP na M4 pode ser considerada limtrofe ao critrio de incomodidade e similar a PVP obtida nas M1 e M3, sendo estas com valores menores, mas justificado pela maior distncia entre a fonte e o ponto de medio. A PVP nas M5 e M6 superou este critrio o que indica que mesmo pequenos desnveis no pavimento so suficientes para elevar o nvel de vibrao gerando incomodidade aos moradores lindeiros. O critrio de danos estruturais no foi superado. A estimativa de percepo na M4 igual a M1 e M3, cerca de 45%, sendo que na M5 aumentou para 80% permanecendo em 60% na M6 devido falha no recapeamento. A expectativa de reclamao aumentou de 10% para 20% na presena do degrau e permaneceu em 15%, ou seja, mesmo um pequeno desnvel eleva a estimativa de percepo da vibrao, bem como a expectativa de reclamao. Deve-se ressaltar que as porcentagens dadas na Tabela 2 baseadas nos estudos de Klaeboe et al (2003) se baseiam em uma realidade do norte da Europa, Noruega, onde as vias e as edificaes possuem caractersticas diferentes das encontradas no Brasil, bem como as expectativas de conforto da populao tambm so diferentes.
A PVP terica calculada pela Equao 1 no P1 foi de 0,271 mm/s e na realidade o valor obtido foi de 0,546 mm/s. Observa-se ainda na Figura 5 que a PVP terica foi superada em apenas cinco leituras (de um total de 600), sendo que uma delas pode ser considerada limtrofe (PVP = 0,301 mm/s). Nota-se tambm que na M1 e M3 a PVP obtida tambm superou a PVP terica, mesmo com o pavimento sem rugosidade, indicando que os picos podem ser causados por ondulaes no trecho no considerados na formulao. Desta forma, como o que se busca o pico do evento, pode-se entender que a Equao 1 no representou bem a situao analisada, pista rugosa.
No P2 a PVP terica foi de 2,017 mm/s sendo o valor obtido de 2,030 mm/s havendo desta forma uma perfeita correlao do resultado terico com o obtido, sendo que apenas uma das leituras superou a PVP terica, e mesmo assim por apenas 0,013 mm/s. Por meio da Equao 1, considerando a mesma velocidade, possvel verificar que o degrau avaliado (50 mm) gera uma vibrao perceptvel a cerca de 30 m de distncia. Esta uma situao que pode ser recorrente em vias com edificaes prximas onde veculos passam em alta velocidade por buracos existentes.
Tabela 2 Pico de Velocidade da Partcula (PVP) obtidas em cada uma das medies, a PVP terica, os critrios de incomodidade adotados, a estimativa de percepo e a expectativa de reclamao segundo Klaeboe et al (2003).
Ponto de medio
Medio PPV
(mm/s)
PVP
Prevista
(mm/s)
NCA
(mm/s)
Estimativa de percepo
(%)
Expectativa de reclamao
(%)
1 M1 0,349 XX 0,4 45 10
1 M2 0,546 0,271 0,4 55 10
1 M3 0,395 XX 0,4 45 10
2 M4 0,411 XX 0,4 45 10
2 M5 2,030 2,017 0,4 80 20
2 M6 0,668 XX 0,4 60 15
15
7
Figura 5 - Pico de velocidade da partcula (PVP) em funo do tempo obtido nas medidas M1, M2 e M3, o
critrio adotado (NCA) e a PVP terica na M2.
Figura 6 - Pico de velocidade da partcula (PVP) em funo do tempo obtido nas medidas M4, M5 e M6,
critrio adotado (NCA) e a PVP terica na M5.
4. CONCLUSES
O pico de velocidade da partcula obtido devido ao trfego rodovirio em uma pista rugosa supera o limite de incomodidade adotados, mas fica abaixo do critrio de danos estruturais. A estimativa de percepo dos receptores tem uma pequena elevao com a pista rugosa, mas a expectativa de reclamao permanece a mesma.
O pico de velocidade da partcula obtido devido ao trfego rodovirio em uma pista com degrau de 50 mm supera o limite de incomodidade adotado, mas fica abaixo do critrio de danos estruturais. A estimativa de percepo e a expectativa de reclamao praticamente dobram demonstrando o potencial do incmodo, que pode chegar a cerca de 30 m de distncia.
A formulao apresentada para previso de PVP em trfego rodovirio no atendeu de maneira satisfatria a condio de pista rugosa, apenas na condio de pista com degrau.
A situao avaliada pode ser extrapolada para outras recorrentes no meio urbano como pista com buracos, desnveis em tampas de bueiros, marcao de solo em avenidas de forma que demonstra seu o potencial de incomodidade.
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
1 51 101 151 201 251 301 351 401 451 501 551Pic
o d
e V
elo
cid
ad
e d
a P
art
cu
la
(mm
/s)
PVP M1 PVP M2 PVP M3 NCA PREVISTO
0,00
0,40
0,80
1,20
1,60
2,00
2,40
1 51 101 151 201 251 301 351 401 451 501 551Pic
o d
e V
elo
cid
ad
e d
a P
art
cu
la
(mm
/s)
PVP M4 PVP M5 PVP M6 NCA PREVISTO
16
8
A falta de normas nacionais adaptadas as realidades construtivas e ao tipo de pavimento utilizado no Brasil dificulta a avaliao da real incomodidade dos efeitos da vibrao na populao.
REFERNCIAS
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ANLISE DO EFEITO DO RUDO AERONUTICO SOBRE O PREO DE
IMVEIS RESIDENCIAIS: ESTUDO DE CASO DO AEROPORTO
INTERNACIONAL DE BRASLIA
CARVALHO JR, Edson Bencio1; GARAVELLI, Srgio Luiz2; DE BARROS, Alex de Barros3; ARAUJO, Rebecca Bugarin4; MAROJA, Armando de Mendona5; SHIMOISHI, Jos Matsuo6
(1) Laboratrio de Fsica Aplicada ao Meio Ambiente - Universidade Catlica de Braslia, Programa de Ps-graduao
em Transportes - Universidade de Braslia (2) Laboratrio de Fsica Aplicada ao Meio Ambiente - Universidade Catlica de Braslia, Mestrado em Planejamento e Gesto Ambiental - Universidade Catlica de Braslia (3)
Departamento de Engenharia Civil University of Calgary (4) Curso de Engenharia Ambiental - Universidade Catlica de Braslia (5) Curso de Cincias Naturais - Universidade de Braslia campus Planaltina (6) Programa de Ps-graduao
em Transportes - Universidade de Braslia
RESUMO
O presente trabalho possui por objetivo principal avaliar o efeito do rudo aeronutico sobre o preo de imveis residenciais em reas no entorno do Aeroporto Internacional de Braslia. Essa avaliao foi determinada por meio do Mtodo de Preos Hednicos (HPM). Com uso do HPM foi determinado o ndice de Depreciao por Sensibilidade ao Rudo (NSDI). Esse ndice indica as mudanas nos preos dos imveis, devido exposio ao rudo aeronutico, para a regio objeto de anlise. Para a realizao desse estudo, admitiu-se a existncia de atributos relacionados ao preo do imvel, caractersticas do imvel, da cidade e ambientais. O banco de dados composto por um total de 130 imveis. Com base nos resultados da regresso realizada determinou-se uma reduo de 1,30% per dB. Esse resultado expressivo e alerta para os impactos negativos causados pelo rudo aeronutico.
ABSTRACT
This study evaluated the effect of aircraft noise on the price of residential properties in areas surrounding the Braslia International Airport. This evaluation was determined using the Hedonic Price Method (HPM) and the Noise Sensitivity Depreciation Index (NSDI) was calculated. To conduct this study, admitted the existence of related to the price of the property, Property Features, city and environmental attributes. The database consists of 130 properties. Based on the results of the regression carried out is determined a reduction of 1.30% per dB. This result is expressive and alert to the negative impacts caused by aircraft noise.
Palavras-chave: Rudo aeronutico, Mtodo de Preos Hednicos, Mapas de rudo
1. INTRODUO
A expanso das regies urbanas, e a crescente demanda por viagens areas, resultaram em um aumento do nmero de pessoas que vivem no entorno dos aeroportos sendo expostas ao rudo aeronutico (GOLDSCHAGG, 2013). O rudo aeronutico afeta negativamente a percepo de bem-estar e satisfao das pessoas em residir em determinada rea (KROESEN et al., 2010) e contribui para o desenvolvimento de doenas como hipertenso, problemas cardacos, psicolgicos,
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emocionais, estresse e males associados a distrbios no sono (BABISCH, 2002; BABISCH et al., 2009).
O rudo aeronutico tambm est diretamente relacionado ao desenvolvimento de conflitos entre stakeholders envolvidos em reas de aeroportos (DE BARROS, 2013). Esses conflitos se devem principalmente ao incmodo sonoro induzido pelo rudo aeronutico (FABUREL, 2005; CARVALHO JR et al., 2012). Muitos estudos comprovam que o rudo aerovirio afeta o valor de propriedades nas vizinhanas de um aeroporto tornando-se, assim, um problema de ordem social e econmica (FEITELSON et al., 1996; MORRELL e LU, 2000; NAVRUD, 2002; NELSON, 2004; BROOKER, 2006; DEKKERS e STRAATEN, 2009; PUCHELL e EVANGELINOS, 2012; MATOS et al., 2013).
Poucas pesquisas so desenvolvidas no Brasil com foco na avaliao dos efeitos do rudo, proveniente de fontes de transporte, no valor de imveis. Estudos mostram que o rudo aeronutico possui um maior impacto no preo das habitaes seguido pelo rudo do trfego ferrovirio e trfego rodovirio (DEKKERS e STRAATEN, 2009; PUSCHEL e EVANGELINOS, 2012). Desse modo, nesse trabalho avaliou-se o efeito do rudo aeronutico sobre o preo de imveis residenciais em reas no entorno do Aeroporto Internacional de Braslia. Essa avaliao foi determinada por meio do Mtodo de Preos Hednicos (HPM).
O HPM assume que os preos refletem o efeito combinado de diferentes variveis, tais como: tamanho da propriedade, nmero de quartos, localizao, acesso a instalaes comerciais, acesso reas verdes, parques e problemas ambientais (por exemplo: rudo a que cada propriedade est exposta, saneamento ambiental etc.). Os preos reais pagos para a habitao so relacionados com diferentes variveis ambientais, e outras de interesse, e por meio de tcnicas de regresso mltipla identifica-se os coeficientes para cada varivel (BLANCO e FLINDELL, 2011). Destaca-se que o HPM baseado no comportamento do mercado de habitao, tem sido o mais utilizado na literatura para a valorao do rudo aeroporturio (FEITELSON et al., 1996; BROOKER, 2006). Carballo-Cruz (2009) ainda ressalta que o HPM especialmente apropriado para determinar a relao existente entre nveis de rudo e os preos observados no mercado de habitao, dado que o comportamento dos indivduos nesse mercado acaba por revelar a sua disposio a pagar por suportar/no suportar determinados nveis de rudo.
2. METODOLOGIA
Nesse estudo foi considerado o Aeroporto Internacional de Braslia, cuja sigla ICAO (International Civil Aviation Organization) SBBR, o terceiro em movimentao de aeronaves e de passageiros no Brasil. A crescente demanda por operaes nesse aeroporto e sua proximidade com reas residenciais apontam para uma situao de comprometimento do ambiente sonoro de seu entorno com significativo potencial de incmodo (CARVALHO Jr et al., 2012).
2.1 Mtodo de Preos Hednicos (HPM).
Segundo Morrell e Lu (2000) o HPM pode ser expresso pela seguinte funo: = (, , ). Essa uma funo simplificada onde P o vetor de preo da habitao, S denota o vetor caractersticas da localizao, N caractersticas da vizinhana e Q caractersticas ambientais, como o rudo. O / o coeficiente HP para a varivel nvel de rudo e descreve o preo marginal implcito do custo social do rudo (MORRELL e LU, 2000; BLANCO e FLINDELL, 2011). O output fundamental dos estudos baseados no HPM o denominado ndice de Depreciao por Sensibilidade ao Rudo (NSDI Noise Sensitivity Depreciation Index), que indica a mudana em termos percentuais nos preos dos imveis, em resultado de uma variao de um decibel no nvel de rudo (CARBALLO-CRUZ, 2009). Segundo Blanco e Flindell (2011) o NSDI pode ser definido como:
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NSDI =D
valor da propriedade 100
[Eq. 01]
Onde D a quantidade absoluta da depreciao da propriedade por decibel e expresso por (Nelson, 2004):
= diferena no total da reduo do rudo
diferena no nvel de exposio sonora em dB
[Eq. 02]
2.2 Mapa de rudo
Para a elaborao do mapa de rudo adotou-se a metodologia descrita no Regulamento Brasileiro da Aviao Civil n. 161 de 2013, que indica o uso da mtrica acstica DNL (nvel equivalente de presso sonora dia-noite) e estabelece a necessidade da elaborao de cinco curvas de rudo para um aeroporto com a capacidade operacional do SBBR. Para a simulao das curvas de rudo foi considerado um total de 200.000 movimentos de pousos e decolagens e utilizou-se o software de modelagem INM 7.0d (Integrated Noise Model).
A Tabela 1 indica os limites das curvas de rudo geradas para a mtrica acstica DNL, que uma medida cumulativa da energia total do som, geralmente compilada em uma base anual, e representa uma mdia logartmica dos nveis sonoros no local durante um perodo de 24 horas, com uma penalizao de 10 dB adicionado a todos os sons que ocorram durante o horrio noturno (das 22h as 7h).
Tabela 1: Limites das curvas de rudo simuladas na mtrica DNL
Curvas de rudo dB(A) Limite
DNL 55 55 < DNL 60
DNL 60 60 < DNL 65
DNL 65 65 < DNL 70
DNL 70 70 < DNL 75
DNL 75 75 < DNL 80
DNL 80 80 < DNL 85
DNL 85 DNL > 85
2.3 Banco de dados
Os imveis pesquisados foram identificados em sites das principais imobilirias de Braslia (Wiimoveis.com.br e Lopes.com.br) no perodo de Agosto a Novembro de 2013. O banco de dados foi composto por um total de 130 imveis, dispersos na regio indicada na Figura 1.
2.4 Limites DNL avaliados
No Brasil, o Regulamento Brasileiro da Aviao Civil n. 161 de 2013 (RBAC 161, 2013) estabelece que o zoneamento sonoro de um aeroporto, com a operao anual do SBBR, deve ser estabelecido para o limite 65 < DNL 85, ou seja, inicia-se na DNL 65 (Carvalho Jr et al., 2013). No entanto, neste estudo optou-se por analisar propriedades inseridas no limite 55 < DNL 70 j que no existem
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residncias no interior das curvas DNL 75, 80 e 85. Justifica-se essa escolha devido ao rudo aeronutico ser o que apresenta o maior potencial de incmodo em comparao com outros modais de transportes (rodovirio e ferrovirio) (MIEDEMA e OUDSHOORN, 2001; JONES, 2009). Tambm corrobora a escolha desse limite os resultados obtidos por Carvalho Jr et al. (2012) onde 60% dos entrevistados, em regies no interior das curvas DNLs 55, 60 e 65, mostraram-se incomodados com o rudo aeronutico proveniente do SBBR. Destes, 44% sentiam-se incomodados das 19 s 23h e 32% das 23 s 6h, ou seja, consideraram-se mais incomodados no perodo do entardecer e noite, horrios em que esto em casa e querem descansar. 2.5 Variveis
Para a realizao desse estudo, admitiu-se a existncia de atributos relacionados ao preo do imvel e caractersticas do imvel e da cidade. Tambm foi includo um atributo de externalidade ambiental, ou seja, o nvel de intensidade sonora expresso na mtrica DNL. As variveis so mostradas na Tabela 3 e em caractersticas da cidade, a varivel infraestrutura urbana representa: sistema virio, transporte coletivo, coleta de resduos slidos, gua potvel, energia eltrica, telefone, redes de cabeamento para transmisso de dados, comunicao e televiso, esgotamento sanitrio e guas pluviais. A varivel equipamentos comunitrios representa: segurana, educao, sade, cultura e lazer. Os dados relacionados s caractersticas das cidades foram obtidos da pesquisa censitria por domiclio (IBGE, 2010; PDAD/DF (2011).
Tabela 2: Variveis includas no estudo Atributo Varivel
Preo do imvel Valor do imvel Valor unitrio (R$/m2)
Caractersticas do imvel
rea total do terreno (m2) rea efetivamente construda (m2) Nmero de quartos Nmero de banheiros Nmero de sutes Nmero de vagas de garagem **Piscina (0 = no / 1 = sim)
Caractersticas da cidade
**Comrcio e servios (0 = no / 1 = sim) * Distncia ao terminal aeroporturio (m) **Infraestrutura urbana (0 = completa / 1 = no completa **Equipamentos comunitrios (0 = possui / 1 = no possui **Acesso ao Lago (0 = quadra com sada para o Lago / 1 = quadra sem sada para o Lago **Parques (0 = no / 1 = sim)
Atributo ambiental
Nvel de intensidade sonora (DNL)
* Distncia relativa ao aeroporto foi obtido com uso de software de Sistema de Informao Geogrfica (SIG) / ** Varivel do tipo dummy
2.6 O modelo
Foi adotado nesse trabalho o HPM para analisar os dados onde os coeficientes obtidos para uma equao de regresso padro refletem o impacto relativo sobre a varivel dependente (logaritmo natural do preo do imvel) causado pelas variveis independentes separadamente. O modelo de regresso padro utilizado descrito por Uyeno et al (1993), Nelson (2004) e Blanco e Flindell (2011) e expresso por:
21
ln() = + +
=1
ln + [Eq. 03]
Onde ln (P) o logartmo natural para o valor do imvel (varivel dependente), a constante, o coeficiente para o rudo na mtrica DNL, o ith coeficiente no associado ao rudo, o ith que pertence a todas as outras variveis e o termo de erro. O uso desse modelo de regresso permitiu uma melhor comparao com resultados obtidos em outros estudos. O NSDI foi calculado de acordo com as equaes 1, 2 e 3, sendo que o coeficiente multiplicado por 100 indica a variao percentual do logaritmo natural do preo da propriedade associada a uma mudana, em decibels, no DNL.
3. RESULTADOS E DISCUSSES
A Figura 1 mostra o local do stio aeroporturio do SBBR e a localizao da regio escolhida para o estudo. Essa regio possui populao total estimada em 29.667 mil habitantes e se destaca como regio de elevado perfil econmico com imveis muito valorizados. No identificou-se residncias no interior das curvas DNL 75, 80 e 85 e a Tabela 3 mostra o nmero de casas pesquisadas inseridas no interior das diferentes curvas de rudo.
Tabela 3: Distribuio das residncias pesquisadas por curvas de rudo aeronutico
Curva de rudo dB(A) Nmero de residncias
DNL 55 13
DNL 60 92
DNL 65 21
DNL 70 04
Figura 1: Mapa de rudo do SBBR e localizao da regio pesquisada
22
Inicialmente especificou-se a funo hednica para as formas linear e logartmica. A anlise realizada pela funo linear apresentou R2 = 0,48 (R2 ajustado = 0,45) e para a funo logartmica o R2 foi igual a 0,64 (R2 ajustado = 0,63). Sendo assim, foi escolhido utilizar o modelo log-linear para o preo do imvel, pois 64% do total da varincia da varivel dependente explicada pelas variveis independentes. Realizou-se o teste de multicolinearidade e observado o parmetro de significncia das variveis, os resultados levaram a retirada de algumas variveis permanecendo no modelo as que esto indicadas na Tabela 4. Essa tabela mostra os resultados obtidos para o modelo de regresso log-linear e pode-se fazer algumas consideraes:
a varivel rea efetivamente construda (rea de uso privativo) apresentou sinal positivo, o
que era esperado j que existe uma relao direta entre o valor do imvel e o tamanho das reas privativas;
a varivel nmero de vagas na garagem tambm apresentou sinal positivo, j esperado, indicando que quanto mais vagas disponveis maior ser o preo do imvel;
a varivel distncia ao terminal aeroporturio possui sinal negativo, como esperado, indicando uma valorizao no valor do imvel a cada metro que se distancia do stio aeroporturio;
a varivel piscina adotou sinal positivo, ou seja, se uma residncia possui piscina o valor desse imvel se valoriza em relao ao imvel que no possui;
a varivel nvel de intensidade sonora (DNL), como esperado, adotou sinal negativo. Isto significa que o aumento do nvel de rudo implica em uma reduo no valor do imvel, desde que as demais variveis se mantenham constantes.
Tabela 4: Resultados do modelo HPM Varivel Coeficiente Erro padro Estatstica t
Constante*** 11.175 0.716 15.616 rea efetivamente construda (m2)*** 0.688 0.058 11.799 Nmero de vagas de garagem *** 0.279 0.063 4.398 Distncia ao terminal aeroporturio (m)** -0.054 0.022 -2.421 Piscina* 0.002 0.001 1.749 Nvel de intensidade sonora (DNL)* -0.013 0.008 -1.573 R2 = 0.64 / R2 ajustado = 0.63
* nvel de significncia 90% / ** nvel de significncia 95% / *** nvel de significncia 99%
De acordo com a Tabela 4, o valor determinado para o NSDI (queda do valor imobilirio quando o ambiente apresenta um aumento de um decibel advindo do rudo aeronutico) foi de 1,3. Esse valor de 1,3% por dB encontra-se dentro do limite esperado, se comparado com os resultados de outros estudos (Tabela 5), e acima da mdia obtida por Nelson (2008). Esse resultado expressivo e alerta para os impactos negativos causados pelo rudo aeronutico.
A variao nos valores do NSDI indicados na Tabela 5, entre 0,56 e 3,30, pode ser causada por diferenas metodolgicas entre os estudos ou pode ter refletido diferenas genunas entre as preferncias das diferentes populaes (MORRELL e LU, 2000; BLANCO e FLINDELL, 2011).
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Tabela 5. Valores de NSDI obtidos em outros estudos Estudo NSDI Study location
Levesque (1994) 1.30* Aeroporto de Winnipeg - Canada Espey and Lopez (2000) 2.40 Aeroporto de Reno Tahoe USA Carballo-Cruz (2009) 0.56*** Aeroporto de Portela - Portugal Dekkers and Straaten (2009) 0.77* Aeroporto de Amsterdan - Holanda Puschel and Evangelinos (2012) 1.04** Aeroporto de Dusseldorf - Alemanha Matos et al. (2013) 3.30* 7 aeroportos na Inglaterra Esse estudo (2014) 1.30* Aeroporto de Braslia Brasil
* Mtodo estatstico: regresso mltipla com modelo log-linear / ** Mtodo estatstico: regresso mltipla com modelo semilog-linear / *** Mtodo estatstico: meta anlise
4. CONCLUSO
Este artigo examinou os efeitos do rudo aeronutico no valor de imveis em uma rea no entorno do Aeroporto Intencional de Braslia. Com base nos resultados da regresso realizada foi determinado uma reduo de 1,30% per dB. Esse resultado condizente com os valores obtidos em outros estudos com base na metodologia de preos hednicos. A regio afetada pelo rudo aeronutico, no entorno do Aeroporto de Braslia, bem maior do que a rea analisada nesse estudo. Como trabalhos futuros sugere-se a avaliao do impacto do rudo aeronutico em todas as regies no interior das curvas de rudo no limite 55 < DNL 70, com uma incluso maior do nmero de propriedades no HPM, especialmente na regio no lado leste do aeroporto. Tambm recomenda-se um estudo onde seja includo, no modelo, dados combinados dos nveis de rudo provenientes de mltiplas fontes de transportes em uma nica anlise. 5. REFERNCIAS
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