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A TRAJETÓRIA DA MULHER NEGRA NO MERCADO
DE TRABALHO: O CASO BRASILEIRO
Expositores:
Débora Chaves Meireles
Mestranda em Economia – UFRN
Vinicius Gonçalves do Santos
Mestrando em Economia – UFRN
Jorge Luiz Mariano da Silva
Profº Doutor em Economia - UFRN
CURITIBA/PR
2013
1.Introdução
O Brasil desenvolveu-se economicamente sob o amparo do modelo de
escravidão negra.
Convém destacar que os efeitos impetuosos da escravidão foram diferentes
entre homens e mulheres. Além da sujeição ao trabalho forçado, a mulher negra
foi a “espinha dorsal” de sua família, muitas vezes constituída dela mesmo e dos
seus filhos (SILVA, 2003).
A abolição da escravatura sem planejamento, seguida da substituição do
trabalho escravo para o trabalho livre, no século XIX, teceu um novo panorama
no País.
Solução para a questão da oferta de mão-de-obra negra: foi estimular a
imigração europeia e a promoção do trabalho livre na economia ( entrada da
população negra no setor de subsistência e em atividades ditas mal
remuneradas.)
Assim, o mercado de trabalho, entre o período de 1888 a 1920, pôde
expressar a desigualdade de renda por raça, que colocaram os negros em
desvantagem com os imigrantes brancos (HASENBALG, 1979, HASENBALG,
1999).
1.Introdução
No início do século XX: assumiram-se lutas de cunho anti-racista e de
entidades negras.
A partir dos anos de 1980 e 1990: identificam a permanência do racismo no
País, no entanto, caracterizada como desigualdade no mercado de trabalho, devido
a discriminação racial.
No século XXI, em vez de melhorar, o problema da velha estrutura
permaneceu, predominando, assim, para a elevada concentração de renda e
agravando-se para o caso das mulheres negras (BENTO, 2000).
Partindo dessa análise, os homens negros foram excluídos da sociedade de
classe por não terem condições de assumir o desempenho de trabalhadores livres,
e nesse contexto a mulher negra ficou caracterizada como sustentáculo da raça e
responsável pela amparo da família (BENTO, 2000).
Soares (2008): no Brasil, a partir do início da década de 2000, apresenta-se
uma tendência de queda da desigualdade de rendimentos entre os brancos e
negros.
O rendimento médio que os brancos detinham era 2,4 vezes maior do que os
negros.
1.Introdução
OBJETIVO: pretende-se contribuir com o debate sobre a situação das
mulheres não-brancas na sociedade brasileira, assim como o hiato salarial entre
mulheres brancas e não-brancas, no período de 2001 a 2009.
METODOLOGIA: utiliza-se as informações da Pesquisa por Amostra de
Domicílio (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no
período de 2001 a 2009.
Para mensurar a desigualdade de renda para as mulheres brancas e não-
brancas, do Brasil empregou-se o índice de Theil-T e Theil-L, derivado da noção
de entropia generalizada. A escolha desse índice decorreu de sua propriedade de
aditividade e de decomposição intergrupos e intragrupos da população.
ESTRUTURA DO TRABALHO:
Na segunda seção realiza-se à revisão de literatura sobre a evolução da
participação feminina no mercado de trabalho.
Na terceira seção descreve-se a metodologia das decomposições dos índices
de distribuição de renda e a base de dados das variáveis escolhidas para a
análise.
Na quarta seção analisam-se os resultados da contribuição da mulher não-
branca no Brasil, e na última seção são elaboradas as considerações finais.
2. Breve discussão sobre o processo de
inserção das mulheres negras no
mercado de trabalho brasileiro
De acordo com Pinto (2006), no final do século XIX, o incremento dos
direitos civis, sexuais, reprodutivos e de políticas públicas para as mulheres
estiveram relacionados com os movimentos feministas no país – contra a
opressão e a discriminação por gênero -.
No início do século XX, observa-se uma mudança na organização da
estrutura do mercado de trabalho, em especial para as mulheres, que estão
inseridas nas ocupações que eram restritas aos homens. Nota-se que, a situação
das mulheres negras na sociedade brasileira, foi moldada pelas novas forças de
ação política e anti-racismo feminista, proporcionando assim lutas contra a
opressão e discriminação existente entre essa raça.
Na década de 1980:
As principais características das mulheres negras na trajetória do processo
produtivo foram:
primeiro, em relação aos rendimentos quando comparados a determinados
grupos, apresentaram-se extremamente baixos;
e segundo, os rendimentos e as condições de trabalhos são precárias e
inferiores aos outros grupos da população, e ainda assim, no mercado de
trabalho há concentração em determinados setores e atividades da economia
2. Breve discussão sobre o processo de
inserção das mulheres negras no
mercado de trabalho brasileiro
Nos anos de 1990:
A situação das mulheres negras foram bem difundidos, seja no âmbito do
mercado de trabalho, educacional e social.
Quanto ao mercado de trabalho: as mulheres da raça negra sofreram
muitas renúncias ao longo do processo de inserção, visto que é o segmento -
gênero e raça - que ingressa no mercado de forma precoce, e permanece
instalada durante longos períodos.
No âmbito educacional: o governo federal tem investido nesta área, criando
políticas afirmativas raciais – cotas e bolsas das Universidades –.
Porém, o retorno em razão disso é ínfimo, pois as mulheres negras
apresentam um perfil que não tem incentivos a qualificação, o que a prejudica e
pode criar efeitos perversos como o desemprego no mercado de trabalho.
3. Metodologia
3.1 Tratamento dos dados:
As informações utilizadas nesse estudo foram extraídas da Pesquisa Nacional
por amostra de Domicílios – PNADs referentes aos anos de 2001 a 2009.
Dos microdados desta pesquisa foram selecionadas as pessoas com idade
acima de 10 anos e menores de 65 anos, residentes no Brasil. Para o
conhecimento dos microdados da PNAD, assim como para as medidas de
desigualdade de renda foi utilizado o software DAD: Distributive Analysis versão
4.5.
Raça branca compreende os indivíduos declarados brancos.
Raça não-branca compreende os indivíduos declarados pretos e pardos.
A renda utilizada para medir a desigualdade entre raça foi a Renda Mensal do
Trabalho Principal. Os valores dos rendimentos do período de análise foram
deflacionados, pelo deflator das PNADs, o INPC do IPEA usando como base o
3.Metodologia
3.2 Medidas de desigualdade de renda
Por satisfazerem as quatro primeiras propriedades básicas (Simetria,
Independência da escala de rendimento, Homogeneidade da População, Princípio
das Transferências ), neste artigo serão selecionadas as seguintes medidas de
distribuição de renda: o índice de Gini (G), os índices de Theil-T (T) e Theil-L (L),
com exceção esses dois últimos que tem a propriedade Princípio da Sensibilidade
e Aditivamente Decomponivel. De acordo com Rodrigues (1996), as medidas de
distribuição de renda podem ser definidas por:
Admitindo-se a população n pessoas, em que yi trata-se do rendimento do
indivíduo i, μ representa o rendimento médio, em que o < y1 < y2 < ...< yn.
3. Metodologia
O índice de Gini é sensível nos meios das distribuições das transferências
realizadas. Segundo Hoffmann (1998) o indicador de desigualdade de renda
apresenta uma variação entre 0 ≤ G ≤ 1. Quando G = 1, a desigualdade de
renda é elevada, ou seja, um único indivíduo se apropria de toda a renda e os
demais não recebem nada. Caso ao contrário, G = 0, apresenta-se perfeita
igualdade de rendimentos, em que a curva de Lorenz está sobre a curva de
perfeita igualdade.
Os índices de Theil-T e Theil-L apresentam-se como uma importante medida
para a mensuração da desigualdade de renda, admitindo-se que, quanto maior
for o índice de Theil, maior será a concentração de renda. Conforme Hoffmann
(1998), salienta esta medida varia de 0 (completa igualdade) até logn (completa
3. Metodologia
3.3. Decomposição dos índices de distribuição de renda
A desvantagem do índice de Gini devido a superposição dos componentes dos
fatores intra e intergrupos,assume-se como uma das medidas de desigualdade de
renda não decomponível (HOFFMANN, 1998).
Derivado da classe de entropia generalizada proposto por Henry Theil em 1967,
destaca-se que o índice de Theil-T e Theil-L devido a sua propriedade de
aditividade possibilita que a medida de desigualdade total seja realizada pela
soma das medidas de desigualdade intragrupos e intergrupos, ou seja, é uma
medida de desigualdade decomponível em qualquer partição utilizada.
Com a população repartida para G grupos específicos que estabelecem a
população T e L podem ser expressos assim (RODRIGUES, 1996):
Assume-se que vg = ngn trata-se da proporção da população no grupo g e θg =
ngμgnμ define-se como a proporção do rendimento total do grupo g.
3. Metodologia
3.3. Decomposição dos índices de distribuição de renda
Portanto, as equações seguinte foram reeditadas:
Admite-se que o primeiro termo da equação 6 e 7 representam o componente
intragrupo e o segundo termo trata-se do componente intergrupos. A medida
intergrupos resulta das diferenças entre os rendimentos dos grupos; já a medida
intragrupos relaciona-se com as diferenças dos rendimentos entre os indivíduos
que pertencem do mesmo grupo (MATOS, 2005).
Análise dos resultados
Estatística
2001 2009
Mulheres BrancasMulheres
Não-Brancas
Mulheres
Brancas
Mulheres
Não-Brancas
Pessoas 14.347.477 1.530.852 17.412.743 15.841.552
Renda Média (R$)
Brasil 963,66 504,83 1.076,88 646,83
Região Centro-Oeste 1.164,95 686,28 1.380,23 865,62
Região Nordeste 782,49 368,59 897,98 538,97
Região Norte 931,70 494,91 1.035,39 664,62
Região Sudeste 1.048,35 551,96 1.125,06 679,25
Região Sul 888,48 598,82 1.021,92 649,77
Tabela 1 – Rendimento médio do trabalho principal das mulheres por raça no
mercado de trabalho do Brasil – 2001 e 2009.
Fonte: Microdados da Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar – PNAD (2001
e 2009). Elaboração dos autores.
.
Análise dos resultados
AnosMulheres
Brancas
Mulheres
Não-Brancas
2001 963,66 504,83
2002 955,78 509,44
2003 874,32 489,50
2004 885,26 502,62
2005 938,44 525,57
2006 1.009,10 577,63
2007 1.026,48 610,31
2008 1.054,97 627,17
2009 1.076,88 646,83
Tabela 2 – Renda média do trabalho principal das mulheres brancas e não-
brancas no Brasil (2001 – 2009)
Fonte: Microdados da Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar – PNAD
(2001 e 2009). Elaboração dos autores.
.
Análise dos resultados
Faixa Etária
Mulheres Não-Brancas
Renda Média (R$) Horas Trabalhadas Anos de Escolaridade
10-18 anos 243,20 30,69 8,84
19-28 anos 546,76 38,04 11,05
29-38 anos 667,55 37,27 9,93
39-48 anos 733,34 36,85 9,01
49-65 anos 758,38 35,0 7,52
Tabela 3 – Mulheres Não-Brancas: rendimento médio, horas trabalhadas e
anos de estudos por faixa etária no Brasil - 2009
Fonte: Microdados da Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar – PNAD
(2009). Elaboração dos autores.
Análise dos resultados
Ramos da Atividade Principal
Mulheres Não-Brancas
Renda Média (R$) Pessoas Horas Trab.
Agrícola 297,41 616.082 32,71
Outras Atividades Industriais 1.255,70 38.340 38,03
Indústria de Transformação 530,71 1.904.416 37,59
Construção 1.134,14 65.678 41,52
Comércio e Reparação 579,32 2.674.567 38,31
Alojamento e Alimentação 551,69 882.677 43,26
Transporte, armazenagem e
comunicação887,98 208.655 40,67
Administração Pública 1.486,53 780.604 35,97
Educação, Saúde e Serviços
Sociais942,37 2.615.763 34,38
Serviços Domésticos 359,45 4.062.522 35,88
Outros Serviços 585,72 1.046.379 33,21
Outras Atividades 938,96 937.426 38,93
Tabela 4 – Ramos de Atividade do Trabalho Principal para as mulheres não-
brancas: rendimento médio, número de pessoas e horas trabalhadas no Brasil -
2009
Fonte: Microdados da Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar – PNAD (2009).
Elaboração dos autores.
Análise dos resultados
Ramos da Atividade Principal Participação das Mulheres Não-Brancas
01 Salário Minímo 2.852.852
Agrícola 66.361
Outras Atividades Industriais 3.809
Indústria de Transformação 275.982
Construção 12.048
Comércio e Reparação 421.053
Alojamento e Alimentação 159.247
Transporte, armazenagem e comunicação 29.865
Administração Pública 209.834
Educação, Saúde e Serviços Sociais 542.116
Serviços Domésticos 823.157
Outros Serviços 114.488
Outras Atividades 193.835
Tabela 5 – Ramos de Atividade do Trabalho Principal para as mulheres não-
brancas: rendimento médio de 01 (hum) salário mínimo no Brasil - 2009
Fonte: Microdados da Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar – PNAD (2009).
Elaboração dos autores.
Análise dos resultados
Gráfico 1 – Grupos ocupacionais do trabalho principal para as mulheres não-
brancas no Brasil (2009)
Fonte: Microdados da Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar – PNAD (2009).
Elaboração dos autores.
2.92
8.78 7.74
50.94
14.33
4.43
10.73
0.00
10.00
20.00
30.00
40.00
50.00
60.00
Dirigentes em geral Técnicos de nívelmédio
Trabalhadores deserviços
administrativos
Trabalhadores dosserviços
Vendedores eprestadores de
serviço docomércio
Trabalhadoresagrícolas
Trabalhadores daprodução de bens
e serviços e dereparação emanutenção
Análise dos resultados
Grupos Ocupacionais Pessoas Renda Média
Dirigentes em geral 401.547 1.801,24
Profissionais das ciências e das artes 1.185 1.622,61
Técnicos de nível médio 1.207.817 890,32
Trabalhadores de serviços administrativos 1.064.281 777,66
Trabalhadores dos serviços 7.008.636 426,89
Vendedores e prestadores de serviço do
comércio1.971.610 486,25
Trabalhadores agrícolas 609.792 283,23
Trabalhadores da produção de bens e serviços
e de reparação e manutenção1.476.618 454,28
Membros das forças armadas e auxiliares 16.046 2.080,56
Tabela 6 – Renda média dos grupos ocupacionais do trabalho principal para as
mulheres não-brancas no Brasil (2009)
Fonte: Microdados da Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar – PNAD (2009).
Elaboração dos autores.
Análise dos resultados
Anos
Mulheres
Brancas Não-Brancas
Theil-T Theil-L Gini Theil-T Theil-L Gini
2001 0.56506 0.51634 0.53577 0.38019 0.35692 0.44161
2002 0.57938 0.53175 0.54122 0.48100 0.44025 0.48339
2003 0.53116 0.49383 0.52131 0.48030 0.44278 0.47956
2004 0.54073 0.49586 0.52247 0.49140 0.44791 0.48353
2005 0.55534 0.50015 0.52422 0.44765 0.41771 0.46453
2006 0.56403 0.50003 0.52303 0.45292 0.41958 0.46337
2007 0.52392 0.46731 0.50875 0.44166 0.40734 0.45753
2008 0.52374 0.46970 0.50886 0.45608 0.41150 0.45930
2009 0.49791 0.44908 0.49854 0.43300 0.40199 0.45267
Tabela 7 – Mensuração dos índices de distribuição de renda para as mulheres
por raça no Brasil (2001-2009)
Fonte: Microdados da Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar – PNAD (2001 a
2009). Elaboração dos autores.
Análise dos resultados
AnosComponente
Theil-TBrasil Componente Theil-L Brasil
2001
TWR 0.55445 LWR 0.49974
TBR 0.01374 LBR 0.01647
T 0.56819 L 0.51621
2002
TWR 0.54803 LWR 0.48899
TBR 0.04572 LBR 0.04785
T 0.59375 L 0.53683
2003
TWR 0.51406 LWR 0.46945
TBR 0.04094 LBR 0.04249
T 0.55501 L 0.51194
2004
TWR 0.52366 LWR 0.47273
TBR 0.03796 LBR 0.03922
T 0.56162 L 0.51196
2005
TWR 0.51681 LWR 0.45904
TBR 0.04027 LBR 0.04141
T 0.55708 L 0.50045
2006
TWR 0.52392 LWR 0.46006
TBR 0.03735 LBR 0.03836
T 0.56127 L 0.49842
2007
TWR 0.49300 LWR 0.43713
TBR 0.03275 LBR 0.03345
T 0.52575 L 0.47059
2008
TWR 0.49754 LWR 0.43971
TBR 0.03301 LBR 0.03358
T 0.53055 L 0.47328
2009
TWR 0.47250 LWR 0.42473
TBR 0.03178 LBR 0.03228
T 0.50428 L 0.45701
Tabela 8 – Decomposição dos índices de distribuição de renda Theil-T e Theil-L das
mulheres ocupadas no Brasil, por componentes interraça e intraraça (2001 -2009)
5. Considerações Finais
Desde a década de 1970, com a inserção feminina no mercado de trabalho:
papeis dos homens e das mulheres mudaram.
A participação da mulher nos rendimentos familiares tornou-se cada vez
presente. No entanto, essa maior participação feminina, nos postos de trabalho, foi
acompanhada por uma elevada desigualdade nos rendimentos por gênero e raça
no Brasil.
Com base nos resultados expostos notou-se, que a desigualdade de renda para
as mulheres é maior entre as não-brancas, nos índices de distribuição de
rendimentos analisados. No período de 2001 a 2009: a desigualdade de
rendimentos para as mulheres brancas caiu, enquanto que para as mulheres não-
brancas houve um aumento da distribuição de renda no contexto nacional.
No que concerne aos resultados da decomposição dos índices Theil-T e Theil-L
intraraça e interraça para o Brasil, durante o período de análise: o componente
intraraça (IW) apresentou-se mais elevada do que o componente interraça (IB). O
fator intraraça manteve-se em queda tanto para o indice Theil-L e Theil-T,
enquanto que o interraça, aumentou.
Portanto, esses resultados mostram que a distribuição dos rendimentos por
raça apresentaram avanços nas últimas duas décadas, e parte dessa mudança
deve-se pelos incentivos no mercado de trabalho e pelo cenário de políticas
públicas afirmativas para a sociedade brasileira .
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