A guerra dos cem anos e o fim da idade média

Preview:

Citation preview

A Guerra dos Cem Anos• Além dos problemas climáticos e da

peste negra, a Europa ainda enfrentou a Guerra dos Cem Anos (1337-1453) entre a França e a Inglaterra.

• Causada pelas rivalidades políticas e econômicas entre os dois reinos.

• A França, auxiliada por Joana d´Arc, conseguiu reverter a guerra a seu favor e expulsou os ingleses do seu território.

• Consequências: desestabilização do sistema feudal, surgimento do sentimento nacional, formação de exércitos profissionais e novas técnicas de guerra (arqueiros, infantaria e armas de fogo)

Desagregação do sistema feudal• Despovoamento dos campos e escassez de mão de obra: as pessoas não

vitimadas pela peste ou pela guerra haviam se deslocado para as cidades• A mão de obra tornou-se rara e, consequentemente, mais bem remunerada• Os senhores feudais enfraqueceram, pois deixaram de receber os tributos

que garantiam as suas rendas• Nas cidades, a burguesia enriquecida pela vitalidade do comércio e dos

negócios urbanos pôde afirmar-se tanto adquirindo parte das terras perdidas pela nobreza como firmando casamentos convenientes com membros dessa camada social

• Camponeses ascenderam e formaram uma pequena elite rural ao aproveitarem o despovoamento das terras e das vilas para adquirir propriedades

• A produção rural começou a organizar-se em função do mercado urbano: o eixo dinâmico da sociedade europeia passou dos campos para as cidades.

As revoltas camponesas (jacqueries)• Em 1358, na França,

sublevações camponesas surgiram como uma contestação generalizada dos privilégios da nobreza rural.

• Na Inglaterra e na Itália também aconteceram rebeliões do mesmo tipo.

• Ao final, os nobres controlaram a situação com certa facilidade, favorecidos por sua superioridade militar e pela ajuda que receberam de nobres de outras regiões.

As revoltas urbanas

• Alianças entre burguesia e camponeses contra a nobreza e o clero contra o aumento de impostos e o pagamento do dízimo para o clero.

• As revoltas estavam relacionadas ao controle da administração das cidades: a burguesia citadina passou a reivindicar poder político.

• As revoltas populares não provocaram uma ruptura social significativa: a aristocracia permaneceu sendo a camada social dominante, desfrutando de privilégios e exercendo poder sobre os governos locais.

As conquistas otomanas e a queda de Constantinopla

O poder do Império Otomano• Os turcos ou turcomanos são povos de religião muçulmana que

não são árabes.• A expansão dos turcos foi favorecida pela emergência, no final

do século XIII, de um Estado militar, forte e bem estruturado, no leste da Anatólia.

• Liderados por Otoman I, o exército turco conquistou toda a Ásia Menor e atingiu o Estreito de Dardanelos, que garantia a passagem da Ásia para Europa.

• A administração do Império se orientava de acordo com o Corão, mas havia liberdade religiosa: cristãos e judeus tinham direito à hospitalidade e à proteção, desde que concordassem em pagar as taxas que os distinguiam dos muçulmanos.

A tomada de Constantinopla• Constantinopla era uma cidade

moderna e cosmopolita situada no Estreito de Bósforo, numa posição estratégica entrea a Ásia e a Europa, ligando o Mar Negro ao Mediterrâneo.

• O comércio, a principal atividade econômica, atraía mercadores do Oriente e do Ocidente, os quais iam e vinham negociar suas mercadorias.

• O Império Bizantino, no entanto, já estava enfraquecido na época da invasão dos otomanos, pois estes já haviam ocupado outras cidade as redor de Constantinopla.

• Constantino XI, o último rei do Império Bizantino, foi morto durante as batalhas nas ruas, enquanto o sultão turco Maomé II desfilava num belo cavalo branco pelas ruas da cidade conquistada.

• A partir da dominação turca, as rotas comerciais entre o Mar Mediterrâneo e o Mar Negro foram dificultadas ou mesmo bloqueadas: por causa disso tornou-se necessário buscar rotas alternativas para alcançar o Oriente.

• Era o fim da Idade Média e o nascimento da Idade Moderna.