A segunda metade do século XIX

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Só na segunda metade do século XIX, voltou a existir paz e

estabilidade política em Portugal.

Passaram a existir, então, as condições necessárias para que

fossem tomadas medidas para modernizar a economia, na

tentativa de recuperar do atraso em que Portugal se encontrava.

No reinado de D.Maria II iniciou-se o processo de modernização do

país, mas foi nos reinados de D.Pedro V, D.Luis e D.Carlos que

se verificaram as maiores mudanças.

As Actividades Económicas

No século XIX, a maior parte da população portuguesa vivia nos

campos e dedicava-se à agricultura. No entanto, esta actividade

encontrava-se pouco desenvolvida.

Praticava-se, na maior parte dos casos, uma agricultura de

subsistência, ou seja, os agricultores cultivavam a terra, apenas,

para obter o seu próprio sustento.

A produção era insuficiente, recorrendo-se à importação de alguns

produtos alimentares.

O atraso da agricultura ficava a dever-se,

entre outros, aos seguintes factores:

Reduzida ares de cultivo;

Excessiva concentração da terra – grande parte das propriedades

continuava a pertencer ao rei, à nobreza e às ordens religiosas,

que não investiam na modernização da agricultura;

Sobrecargas de impostos a que os agricultores estavam sujeitos;

Utilização de técnicas e instrumentos agrícolas antiquados, com o

predomínio do trabalho braçal e da força dos animais;

Falta de boas vias de comunicação que facilitassem as

deslocações e o transporte das mercadorias.

Para resolver o problema da fraca produção

agrícola, os governos liberais tomaram

algumas medidas:

Acabou-se com o direito de morgadio (direito que o filho mais velho

tinha de herdar todos os bens paternos);

Parte das terras das coroas, dos mosteiros e dos nobres foi

vendida a burgueses, para incentivar o aumento da produção;

Muitos terrenos baldios (terrenos comunitários) foram divididos e

arrendados ou vendidos a agricultores para que os cultivassem.

Reduzirem-se os impostos a que os camponeses estavam sujeitos.

A Modernização da Agricultura

Contudo, as medidas tomadas pelos liberais não eram suficientes

para resolver os problemas existentes.

Para modernizar a agricultura e aumentar a produtividade, era

necessário introduzir novas técnicas, novos instrumentos e novas

culturas.

Concluímos que a modernização da agricultura se fez através da

introdução de novos utensílios e máquinas agrícolas (como

semeadoras, ceifeiras e debulhadoras mecânicas), da utilização de

novas culturas agrícolas.

O aumento da produção agrícola ajudou a melhorar a qualidade da

alimentação das populações, principalmente das pessoas mais

desfavorecidas e, em consequência, contribuiu para a melhoria das

suas condições de vida.

A vida quotidiana

Na segunda metade do século XIX, regista-se uma nova organização

social:

A nobreza perdeu privilégios, passou a pagar impostos, viu diminuídos os

rendimentos, mas continuou a possuir muitas terras

O clero também perdeu muitos privilégios; as ordens religiosas foram

extintas e as suas terras passaram a pertencer ao governo

A burguesia transformou-se no grupo social mais importante e viu a sua

riqueza aumentada devido ao desenvolvimento do comércio e da indústria

O povo passou a ter, na lei, os mesmos direitos e deveres que os outros

grupos sociais; na prática, continuou a ser o grupo que vivia com mais

dificuldades e que desempenhava as tarefas mais duras e difíceis.

WEBGRAFIA

Manual « Acção e Aventura» do 6º ano

Volume 1

Trabalho realizado por:

João Carlos Soares

nº10 6ºB

01-04-2011

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