Biomas brasileiros

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Jayane Wanderley e

Beatriz Cajazeira.

De origem grega, a palavra bioma (bio = vida + oma = grupo) foi utilizada pela primeira vez nos anos 1940 por Frederic Clements para designar grandes unidades caracterizadas pela uniformidade na distribuição e predomínio de espécies de flora e fauna, associadas a relevo, solos e macroclimas. Mais tarde, a classificação foi aprimorada, passando a designar grandes unidades com características semelhantes no que se refere à sua fisionomia, formas de vida, estruturas e fatores ambientais associados - clima, relevo, solos e hidrografia

Bioma Amazônia: Corresponde ao conjunto de ecossistemas que formam a Bacia Amazônica. Está presente em nove países da América Latina. Além das florestas tropicais, sua paisagem também é composta por mangues, cerrados, várzeas, entre outros. No Brasil, encontra-se o núcleo dessa paisagem, a hiléia amazônica, com grande concentração de árvores de grande porte, com até 50 metros de altura, tendo o rio Amazonas como eixo que domina 300 quilômetros para cada lado do seu curso, que ocupa 3,5 milhões de quilômetros quadrados.

Imensa fachada florestal que surpreendeu os portugueses em sua chegada, as Matas Atlânticas guardavam segredos que aos poucos foram sendo revelados. Recobrindo originalmente de 12% a 15% do que veio a ser o território brasileiro, elas se distribuíam pela faixa litorânea do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, avançando para áreas interiores e alcançando frações dos atuais Paraguai e Argentina, em uma área de aproximadamente 1,1 milhão de quilômetros quadrados.

Os cerrados estão localizados basicamente no Planalto Central do Brasil. Configurando o que Aziz Ab´Saber denominou como domínio morfoclimático, eles correspondem à extensão de chapadões tropicais com cerrados e matas-galeria. Há também fragmentos de cerrado em Roraima, Amapá, Amazonas, Minas Gerais, em estados do Nordeste e no sul-sudeste do Brasil. Em sua origem, o bioma recobria cerca de 2,1 milhões de quilômetros quadrados, ou 23% da área total do território nacional.

As tradicionais imagens da caatinga e do semiárido nordestino, com solos secos e rachados e plantas de pequeno porte, muitas vezes deixam de revelar a extrema complexAs tradicionais imagens da caatinga e do semiárido nordestino, com solos secos e rachados e plantas de pequeno porte, muitas vezes deixam de revelar a extrema complexidade e diversidade do bioma. Suas paisagens refletem um clima de forte insolação, temperaturas elevadas na maior parte do ano, solos pedregosos, chuvas escassas e irregulares, com secas periódicas. Parte dos rios é intermitente e sazonal; as exceções são os caudalosos Parnaíba e São Francisco.idade e diversidade do bioma. Suas paisagens refletem um clima de forte insolação, temperaturas elevadas na maior parte do ano, solos pedregosos, chuvas escassas e irregulares, com secas periódicas. Parte dos rios é intermitente e sazonal; as exceções são os caudalosos Parnaíba e São Francisco.

Chamado de Paraíso das Águas, o Pantanal matogrossenseconforma a maior planície de inundação contínua do mundo, numa área de transição entre a floresta amazônica, o Planalto Central brasileiro e o Chaco boliviano. Com diversos ecossistemas aquáticos, semi-aquáticos e terrestres e vegetação predominantemente aberta, o que mais chama a atenção na região é seu regime de cheias, de novembro a fevereiro, em que as águas de mais de 4 mil km de rios da região transbordam e alagam a planície. No período da estiagem, com menos água, que chega de bacias adjacentes lentamente, os rios retornam ao seu leito, formando-se milhares de lagoas (chamadas de "baías") nas margens.

Os Pampas ou Campos sulinos são conjuntos naturais formados por extensas planícies e colinas suaves recobertas por gramíneas, varridas pelos ventos do sul e associadas aos banhados e lagunas próximas à faixa costeira ou pontuadas por araucárias e matas subtropicais nos interiores. Dada a sua configuração, constituem excepcionais pastagens naturais, mas o desaparecimento das coberturas e a exploração nas áreas de arenitos têm feito avançar os campos de dunas e areais, em especial no sudoeste gaúcho.

Os ecossistemas costeiros são compostos, no território nacional, por áreas estuarino-lagunares, formadas por corpos d´água semiabertos que deságuam no oceano. Há, também, manguezais, com vegetação adaptada ao clima tropical e aos extremos de maré diários. Essas áreas são caracterizadas por solos lodosos e constantemente alagados, que servem de base a cadeias alimentares costeiras, sendo utilizados por inúmeras espécies como área de alimentação e procriação. Os ecossistemas costeiros contam, ainda, com praias, dunas, restingas e costões rochosos.