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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DA QUINTA DO CONDE
EBI DA QUINTA DO CONDE
CURSO EFA – NIVEL SECUNDÁRIO – 2º Ano
5ª Atividade Integradora – 17 nov. 2011 a 2 fev.2012
CLC 4, CP 5 e STC 4
Tema: “Como Poupar”
POUPANÇA NO SEIO FAMILIAR
Trabalho realizado por:
Maria Helena Cordeiro e Vitor Morais
Quinta do Conde, 19 de Janeiro de 2012
ÍNDICE
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA PARA UMA POUPANÇA CORRETA
EXEMPLO DE TABELA PARA CONTROLE DO ORÇAMENTO FAMILIAR
TRUQUES DE POUPANÇA
CONCLUSÃO
FONTES
ANEXO I
ANEXO II
ANEXO III
Ano Escolar 2011/2012 2/11
INTRODUÇÃO
Dados divulgados pelo INE – Instituto Nacional de Estatística indicam um decréscimo acentuado
da taxa de poupança das famílias, com mais incidência nos últimos anos, resultado do baixo
crescimento da economia, do aumento do custo dos bens de primeira necessidade, da redução
dos salários e do aumento da taxa de desemprego que provocam uma diminuição significativa do
rendimento das famílias que assim, apesar de alterarem os hábitos de consumo e de diminuírem a
despesa com os investimentos, são incapazes de aumentar o nível de poupança.
Tanto na esfera pública ou institucional, como na esfera privada, a poupança é um instrumento
essencial para o desenvolvimento económico de um país que se quer equilibrado, liberto de
constrangimentos externos e no essencial ao serviço das pessoas.
Deste modo, parece-nos importante que numa reflexão sobre hábitos poupança nas famílias se
tenha em consideração que a economia familiar constitui um pilar da economia nacional, como
referiu o economista Rui Peres Jorge:
“Os números são também um desafio para economia nacional. É que quanto menor a poupança,
menor o volume de recursos nacionais disponíveis para financiar investimento. Dito de outra
forma: aumenta a dependência dos capitais estrangeiros."
(excerto de notícia, datada de 08/05/26 e intitulada "Poupança das famílias cai para o mínimo desde o
ano 2000 ", publicada pelo Jornal Negócios)
É assim, lícito afirmar que nem a economia familiar, nem a nacional sobrevivem à falta de
capacidade de poupança, pelo que, se torna prioritário rever hábitos de consumo, o que está ao
alcance de qualquer cidadão, independentemente do resultado financeiro que daí resultar.
Ano Escolar 2011/2012 3/11
METODOLOGIA PARA UMA POUPANÇA CORRETA
Vamos fazer uma reflexão sobre os três itens que consideramos fundamentais na poupança
familiar. Se quer ter mais dinheiro ao fim do mês tenha presente que no poupar é que está o
ganho.
1º -Pague primeiro a si:
Isto significa retirar parte do rendimento familiar para uma conta poupança logo que recebam os
ordenados, e antes de pagar a terceiros.
Seguindo este principio, pode não saber para onde foi o dinheiro, mas já poupou o que planeou
no inicio do mês.
Recomenda-se uma percentagem de poupança de 12,5%, que corresponde a uma hora de
trabalho diário, no final do mês.
2º - Defina orçamentos de despesa:
Ao definir orçamentos para os vários tipos de despesas estará a gerir o seu mês de acordo com o
planeado, para cada categoria de despesa.
O primeiro passo é começar a registar todas as saídas de dinheiro e agrupá-las por categorias
num mapa de despesas. Ao aplicar este método durante três meses, terá uma visão clara de
como se mexe o seu dinheiro.
3º - Como dividir a poupança:
Retirando os 12,5% por mês, deverá então começar a preocupar-se em como dividir a poupança.
É essencial ter sempre uma poupança para emergências (foto-5) onde deverá ter dinheiro
correspondente a 6 meses da sua média das despesas.
.Este dinheiro se aplicado em produtos de baixo risco e boa liquidez, estará sempre a crescer,
dando-lhe uma rede de segurança para alguma eventualidade. Após ter esta poupança
preenchida é altura de juntar dinheiro para os seus investimentos e para cumprir com os
seus sonhos. Os seus sonhos também deverão ser orçamentados e definidos planos financeiros
para os poder realizar!
Ano Escolar 2011/2012 4/11
EXEMPLO DE TABELA PARA CONTROLE DO ORÇAMENTO FAMILIAR
RECEITAS: Total dos rendimentos mensais do agregado familiar (salário / prémios / subsídios /
rendas / devolução de IRS e outros)
PLANEAMENTO MENSAL DAS DESPESAS FIXAS E VARIÁVEIS
Exemplo de despesas fixas: Renda da casa, quota do condomínio, IMI, taxa de conservação de
esgotos, seguros, TV cabo + Internet, mensalidades (infantários, propinas, explicações, pratica
desportiva e outras atividades formativas, quotas associativas, semanada dos filhos).
1ª Semana 2ª Semana 3ª Semana 4ª SemanaPrevisto Gasto Previsto Gasto Previsto Gasto Previsto Gasto
SALDO
AlimentaçãoEletricidadeÁguaGásCombustívelTelemóvelTempo livreMan. CasaMan. ViaturaVestuárioSaúdeEducação
TOTAL
TRUQUES DE POUPANÇA
Ano Escolar 2011/2012 5/11
Iremos dar alguns exemplos de técnicas para um orçamento familiar saudável:
ALIMENTAÇÃO
Poupe na comida fazendo uma lista semanal. Pode controlar melhor assim o que gasta, o que
precisa e o que sobra (foto-3).
Aproveitar as promoções dos supermercados fazendo listas tendo isso em conta.
Atenção à despensa e gaste o que lá tem, antes de comprar a mais.
Nunca deite comida fora. Reaproveite-a sempre.
ELETRICIDADE
Use lâmpadas de baixo consumo.
Compre eletrodomesticos de classe A: gasta menos energia.
Evite o Stand-by: desligue a tomada do televisor, a box e o DVD.
ÁGUA
Poupe água utilizando redutores de caudal em todas as torneiras da casa (FOTO-4)
Com a água que corre da torneira até ficar quente pode-se encher um garrafão de cinco litros de
água.
Evite banhos prolongados em casa.
GÁS
Desligue o esquentador quando não for preciso.
Ano Escolar 2011/2012 6/11
Utilize racionalmente a energia quando cozinha.
Ao utilizar a energia de forma racional poupa nas facturas do gás.
TELEMÓVEL
Antes de escolher o tarifário, tenha em conta o seu perfil.
Se liga para um pequeno número de contactos, um tarifário de grupo pode ficar mais barato.
Esteja atento ao seu plano de tarifa e compare-o com os da concorrência.
MANUTENÇÃO DA CASA
Isole bem a sua casa.
Utilize painéis solares, porque temos condições privilegiadas de exposição solar.
O recuperador de calor é três vezes mais eficiente que a lareira.
VESTUÁRIO
Poupe na roupa, e em especial na roupa dos filhos. Sempre que possível compre roupa unissexo
porque dá para todos os filhos.
Não compre roupa desnecessária.
EDUCAÇÃO
Existem em diversos locais do país, bancos de manuais escolares em funcionamento.
Sugerimos que contatem a vossa Junta de Freguesia.
CRÉDITO À HABITAÇÃO
No negociar é que está o ganho.
CONCLUSÃO
Ano Escolar 2011/2012 7/11
Considerando a dificuldade em se produzir poupança na maioria das famílias portuguesas, os
truques práticos para reduzir o consumo e o desperdício dos bens e serviços básicos aqui
exemplificados, devem ser acompanhados por uma educação financeira que proporcione
mudanças estruturais no comportamento dos consumidores, o que implica encontrar o equilíbrio
entre a possibilidade e a necessidade de “ter”, estabelecida a diferença entre os bens essenciais e
os supérfluos.
A educação financeira tem por objetivo proporcionar aos consumidores a capacidade de
administrar os seus bens e os seus rendimentos, conhecimentos essenciais no momento em que,
por exemplo, se negoceia um empréstimo bancário, ou se pretende rentabilizar com segurança a
poupança ou um investimento.
Quando se vive uma situação financeira confortável é comum desvalorizar-se o sentido de
poupança tanto nos adultos como nos jovens, contudo, atualmente a situação económica das
famílias é pouco estável, é prioritário adequar os hábitos de consumo e, em ordem ao futuro,
transmitir aos jovens a importância de evitar o desperdício, envolvendo-os na gestão do
orçamento familiar. Neste contexto, a ida às compras num hipermercado pode originar despesas
suplementares se os adultos não souberem dizer não, mas constitui um momento privilegiado
para os pais educarem financeiramente os filhos, para que estes percebam o valor do dinheiro e a
importância da segurança financeira.
FONTES
http://www.paramim.com.pt/article/familia/orcamento-familiar/poupanca-comeca-em-casa.aspx
Jornal de negócios e Jornal de notícias
http://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_financeira
http://www.apfn.com.pt/tp_ensino.php
ANEXO I
Ano Escolar 2011/2012 8/11
Testemunho de Caetana e Duarte, casados, sem filhos, são trabalhadores por conta de outrem
em Lisboa com um rendimento líquido mensal de €1250:
- Há uns anos atrás era considerado um rendimento muito bom e talvez mesmo acima da média.
Hoje, na opinião de algumas pessoas é ainda um bom rendimento para um casal sem filhos, mas
feitas as contas, no final do mês sobra muito pouco, visto que, pagando renda de casa,
transportes públicos, água, luz, gás, telefone, TV e Internet, entre outras despesas obrigatórias
consome-se 2/3 do nosso rendimento, pouco sobra para a alimentação, para o vestuário ou para
produtos de higiene, ou seja para despesas básicas que garantam uma vida digna. Somos
naturalmente obrigados a poupar em tudo o que nos é possível, na electricidade, no gás, no
telefone e até na alimentação, mas tal esforço não tem resultado numa poupança financeira que,
por exemplo, nos dê segurança no caso de nos faltar a saúde ou o trabalho.
- Dizem os nossos governadores que é tempo para poupar, nós perguntamos COMO???
Foto 1: Vamos conseguir poupar?
ANEXO II
Ano Escolar 2011/2012 9/11
Testemunho da família Elias, cujo agregado familiar é composto por 2 adultos e três crianças,
tendo um rendimento líquido mensal no total de €1100:
- A prioridade do nosso orçamento familiar é o pagamento ao Banco da prestação da casa, no
valor de € 500, cuja compra efetuámos em condições económicas mais favoráveis, dado que
atualmente um de nós está desempregado. Na verdade, o que nos tem valido foi a poupança que
conseguimos fazer quando ambos trabalhávamos e quando o custo dos serviços ainda não
tinham atingido os valores incomportáveis a que hoje estamos sujeitos.
Para além do empréstimo e das despesas com a alimentação, a água, a luz, o gás e a educação
dos nossos filhos, apenas investimos na formação dos mesmos: a nossa filha pratica ginástica
numa Associação e os nossos filhos, natação.
Temos a ajuda preciosa dos nossos pais no que diz respeito à alimentação, pois têm pequenas
hortas e cultivam muitos dos alimentos que nos fazem falta.
No fim de todas estas despesas sobra muito pouco e quando sobra, decidimos em família o que
fazemos.
Foto 2: Hortas urbanas – uma forma de poupança.
ANEXO III
Ano Escolar 2011/2012 10/11
Foto 3: A POUPANÇA NA ALIMENTAÇÃO FAMILIAR “Das sobras de bacalhau da noite de
consoada fiz roupa velha...Adoro este prato, desta vez decidi servi-lo em pão sêmea... Estava
delicioso... E como nada se desperdiça o miolo foi transformado em pão ralado...”
Foto 4: POUPAR NA FATURA ENERGÉTICA E NA FATURA DA ÁGUA
Foto 5: SÓ UTILIZAR AS POUPANÇAS EM CASO DE EMERGÊNCIA
Ano Escolar 2011/2012 11/11
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