Copa do mundo da fifa 2014

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Trabalho realizado pelos alunos do 3° ano do ensino médio. EE Lourival Gomes Machado Matéria Filosofia.

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Copa do Mundo da FIFA 2014

Daisy Dias Aragão nº07 3ºB

Introdução Ao decorrer deste trabalho iremos ver

os aspectos positivos e negativos do país como sede da Copa do Mundo da FIFA 2014. Obtendo informações da própria população. Será que os brasileiros estão satisfeitos com esse evento? Isto é o que iremos ver.

Segundo a mídia Nosso país recebera os melhores

jogadores do mundo para o que promete ser uma Copa do Mundo tão eletrizante quanto polêmica. O evento vai gerar empregos e obras de infraestruturas, mas também custará bilhões aos cofre públicos . Vai ser um golaço, ou uma bola fora?

Como tudo começou: O Brasil se ofereceu para sediar a Copa de 2014? A CONMEBOL (Confederação Sul-Americana de Futebol)

anunciou que a Argentina, Brasil e Colômbia se candidatariam como países sedes. Em 17 de Março de 2006 a CONMEBOL teve voto unânime o Brasil como único candidato. O Presidente da FIFA Joseph Blatter comunicou em 4 de Julho de 2006 que provavelmente o país seria sediada. Em 28 de Setembro do mesmo ano o presidente se encontrou com o então presidente Lula e disse que o país queria provar sua capacidade antes de sua decisão. No dia 7 de Fevereiro de 2007 sendo como prazo para as inscrições a FIFA antecipou esta data assim acontecendo no dia 18 de Dezembro. No ultimo dia das inscrições a Colômbia tentou se candidatar mas Joseph Blatter não apoiou a candidatura, assim a Colômbia acabou por desistir de sediar a copa. 

Sim, estima-se que o governo irá investir mais de 20 bilhões de reais em infraestruturas para receber a Copa. Somando os recursos diretos e indiretos da iniciativa privada, o total deve chegar a 183 bilhões de reais. O dinheiro será distribuído em áreas como transporte, segurança e cultura, para que os turistas convivam em cidades mais confortáveis e funcionais.

Temos um histórico de obras superfaturadas. A Vila do Pan-Americano do Rio, por exemplo, foi superfaturada em 1,8 milhão de reais, segundo o relatório de 2009. Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), já foi acusado pelo Ministério Público de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. E ele também preside o Comitê Organizador da Copa de 2014.

Ocupando a 73º posição no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e com quase 10% da população analfabeta, o Brasil poderia usar os 20t milhões de reais a ser investidos na Copa para solucionar demandas mais urgentes, em áreas como educação e saúde pública. Com esse montante, seria possível, por exemplo, construir mais de 400 hospitais-escolas.

O enorme fluxo turístico poderá provocar um caos aéreo. Segundo a Infraero, das obras em 13 aeroportos considerados estratégicos para a Copa seis não estarão concluídos até lá. Embora a estatal garanta que será possível atender á demanda , um estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), da USP, diz que voos atrasados e cancelados poderão chegar a 43,9%.

Visão Crítica Observando o sentido do mundial futebolístico no

Brasil, festejado em 2007, é difícil para o senso comum apresentar uma leitura crítica sobre os reais impactos que esse megaevento pode trazer para o país. A cultura simbólica de que o Brasil é o país do futebol, é uma imagem afirmativa que tenta aliviar as expressões das desigualdades. Em nosso país, faz parte do cotidiano viver o futebol, seja nos campinhos dos bairros, nas ruas da periferia, nas quadras com o futebol society ou na opção por torcer por um time estadual.

Bem, nada mais significativo para o imaginário do(a) brasileiro(a) do que a Copa do Mundo de 2014 no Brasil. E neste sentido é importante deixar claro que não somos contrários a Copa do Mundo. Seria hipocrisia, porque somos parte deste imaginário cultural. Porém somos contra ao modelo de cidade corporativa, estruturada em função dos megaeventos como a Copa e as Olimpíadas de 2016.

E nesta singela reflexão pretende-se investigar a análise sobre os riscos, violações que a população pobre está sujeita em função das grandes obras e na fragilização do modelo de gestão democrática e garantias constitucionais no campo dos direitos humanos.

Os investimentos em megaeventos como a Copa do Mundo e Olimpíadas vêm demonstrando como a cidade sempre é o “centro das ambições” pelo movimento do capital. A cidade, mais que nunca, é expressão da sua mercantilização, onde todos os investimentos caminham para um modelo de cidade geradora de lucro, nos moldes das grandes empresas.

Nesta concepção sobre a cidade e a gestão do território, todas as iniciativas buscam favorecer o mercado, e ocorre com a anuência do Estado. E de que forma isso concretiza? Na flexibilidade da legislação urbanística; na parceria público-privado; na desregularização dos direitos sociais; na criminalização dos movimentos sociais e ONGs.

Bem, um aspecto importante trazidas que nos chama atenção no cenário de desenvolvimento das obras da Copa nos estados é que a realização do “(…) megaevento aprofunda essa idéia de cidade de exceção: as regras todas vão para o espaço. (…) Por exemplo, todas as empresas associadas ao Comitê Olímpico Internacional (COI) e à Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA) não pagam impostos. A lei de responsabilidade fiscal, que estabelece os limites de endividamento, é flexibilizada para obras associadas a megaeventos”.

Neste modelo não cabe a dimensão da gestão democrática e participativa. Não é interesse do Estado, e muito menos do capital, que as intervenções urbanísticas e no uso do solo urbano, seja palco de debates nos canais institucionais de participação, como os conselhos de políticas públicas, como o das cidades. Portanto, não é a toa que os comitês locais populares da Copa tem dificuldades de acesso as informações reais sobre as obras e parcerias estabelecidas entre público e privado, lembrando que promovido com os recursos públicos (cerca de 60% dos investimentos das obras é com dinheiro público). 

Estas questões nos preocupam porque significa a redução dos investimentos em políticas sociais. Outro dado é que a afirmação deste modelo de cidades só acentua as desigualdades e as agrega aos investimentos nas cidades da Copa a questão do turismo. Então, não é de se achar estranho que das doze cidades, sete são consideradas de grande potencial turísticos, onde destas quatro estão no Nordeste. 

Ampliando o olhar sobre os impactos sociais e urbanísticos, as intervenções em razão da construção das arenas da Copa e no reordenamento urbano no entorno das cidades, estima-se que cerca de 170 mil pessoas serão movidas no país e isto significa violação do direito á moradia e ao acesso a terra, demonstrando que a cidade para a Copa estão realizando um processo de higienização, removendo os pobres das cidades.

Nos países onde ocorreram megaeventos semelhantes, como China (Pequim) e África do Sul, as intervenções urbanísticas buscaram eliminar a pobreza do entorno dos estádios e a tendência com essas experiências é que a população pobre foi banida da vivência e convivência nos centros urbanos. E a sociedade civil organizada em redes e fóruns, cabe denunciar junto aos órgãos públicos as inúmeras violações e buscar as medidas jurídicas para assegurar a prevalência do direito em detrimento da fragilização dos direitos à cidade. 

Ainda neste campo, contamos com uma mídia conservadora que veicula em horário nobre uma forma de monitoramento e andamento das obras nos Estados e fragilizam os canais legais que são de responsáveis pela formulação e monitoramento das políticas públicas urbanas. As informações veiculadas são superficiais e estão preocupadas com o percentual das obras executadas e se no prazo previsto pela FIFA serão ou não concluídas. Não estão preocupadas com o impacto e alimentam a ilusão de que o acesso a arena por ocasião dos jogos será para todos e todas. Estima-se que pelo valor dos ingressos, poucos de nós terão condições reais, objetivas, para assistir a um jogo da Copa do Mundo. 

Assim, como as obras vem acontecendo, há dúvidas quanto ao seu legado após 2014. E se algo é veiculado como tão bom para o país, porque vem gerando desmandos na flexibilização das legislações; violências em razão dos conflitos fundiários, violações no campo do Direito à Moradia. 

Se há um aspecto positivo nesta história é a nossa capacidade de organização e critica a partir da ação política. Somos produtos de nosso tempo, e neste tempo onde o pensamento hegemônico transforma nossas cidades como cidade-mercado, precisamos pensar na cidade do possível, da igualdade e justiça social, para as presentes e futuras gerações, reafirmando o princípio do Direito à Cidade. 

Estádios da Copa

Charges

Fontes http://www.google.com.br/imgres?imgurl=&imgrefurl=http%3A%2F

%2Fpoavive.wordpress.com%2F2011%2F01%2F21%2Fa-preocupacao-com-a-copa-de-2014%2F&h=0&w=0&tbnid=-yAuInewE0Kw8M&zoom=1&tbnh=238&tbnw=212&docid=cPHkkrCR4FDFoM&tbm=isch&ei=6MNmU42VLqnz8AHe2oHAAQ&ved=0CAsQsCUoAw

http://www.google.com.br/imgres?imgurl=&imgrefurl=http%3A%2F%2Fwww.tribofashion.net%2Fideias-de-charge-sobre-copa-do-mundo-2014%2F&h=0&w=0&tbnid=5Mjcx1BfC05iHM&zoom=1&tbnh=196&tbnw=258&docid=nAlU9bcg8L-OYM&tbm=isch&ei=6MNmU42VLqnz8AHe2oHAAQ&ved=0CAIQsCUoAA

http://www.google.com.br/imgres?imgurl=&imgrefurl=http%3A%2F%2Fblog.poloar.com.br%2Fmidea-carrier-copa-2014%2F&h=0&w=0&tbnid=X2O19AOErutG-M&zoom=1&tbnh=169&tbnw=297&docid=bpNTmq2pm1cK9M&tbm=isch&ei=IsRmU4KkHOrR8AGonYCoCw

http://comitepopularpe.wordpress.com/

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