Edição nº 15_do_primeira_pauta,_o_jornal_laboratório_do_ielusc,_joinville

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Economia projeta Joinvilleno cenário nacional

Único hospital comala oncológica nãovence demanda edoentes têm de serencaminhados paraoutras cidades

Casos de câncer aumentamna região

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EM TODA A REGIÃO SUL DO Brasilsó Porto Alegre e Curitiba, capitais doRio Grande do Sul e do Paraná, arreca-dam mais do que Joinville.

A maior cidade de Santa Catarina temmais de 30 mil empresas, representa 16%das exportações catarinenses e tem umPIB (Produto Interno Bruto) per capitade R$ 12 mil - muito maior do que amédia nacional. Apesar de tudo isso, amaioria da população recebe menos deR$ 7 mil por ano.

pág. 8

Fotos: Luciano Zinelli da Rosa

Movimento estudantil lutapelo passe-livre pág. 6

Historiador cobra mais imóveistombados no município pág. 10

Volta do Caxias faz renascer clima de rivalidade pág. 15

Fotos: Luciano Zinelli da Rosa

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BRASIL, UM DOS DEZ MAIORES PIBSdo mundo, cai para o 74º lugar, em termos dedesenvolvimento humano. No limiar do século,temos de considerar dois possíveis brasis: o paísque queremos, economicamente competitivo, so-cialmente justo, com um estado democrático dedireito consolidado; ou o país que tememos, eco-nomicamente periférico, socialmente excludente,com instituições debilitadas pela guerra civil nãodeclarada entre a “Bélgica” e a “Índia” que aquiconvivem. Antes, pensávamos que construirum novo Brasil dependia só dos executivos fe-deral, estaduais e municipais. Hoje, sabemos quenão: a globalização vem despojando os gover-nos nacionais de muitas funções.

Por toda parte, cresce a importância do po-der local. Uma nova divisão de responsabilida-de também se delineia entre Estado e socieda-

OPINIÃO

A organização da sociedade civilClailton Breis

Diversos são os desafios enfren-tados no dia-a-dia de um jornalis-ta. Além de questões ligadas à pró-pria sobrevivência, como o pleitopor salário justo, competitividadedo mercado de trabalho e buscapor melhores condições de traba-lho, o exercício da profissão re-quer uma boa dose de jogo de cin-tura e criatividade.

Entre os momentos que exigemdo jornalista tais atributos, a defi-nição da pauta da próxima ediçãoé um dos que requerem maior sen-sibilidade. Afinal, a informação aser veiculada é o produto que ojornal ou revista vai vender, e seuconsumidor precisa estar interes-

João Luiz Kula

Que assunto interessa ao leitor?

Construir o país possível é umatarefa econômica, política, sociale, acima de tudo, uma tarefa ética

EXPEDIENTE

Muito mais do que um “produ-to experimental”, este Jornal La-boratório credencia-se como umespaço fértil para o surgimentode propostas inovadoras, bemcomo para o desenvolvimento deatributos recomendáveis a umbom profissional da área do Jor-nalismo.

Com essa leitura sobre a fun-ção de um Jornal Laboratório, osalunos da turma “B”, da discipli-na de Técnica de Jornal e Perió-dico II, foram abrindo trilhas nouniverso da informação.

Fragmentos de um mosaico quese enriquece com a multiplicidadede seus temas e linguagemirreverente, esta edição do jornalpercorre a cidade de Joinville, re-velando sua história, conquistas,carências e potencialidades.

Para nós, professor e alunos,realizar essa tarefa foi uma gran-de aventura. Embarque nelavocê também.

E faça uma boa viagem!

Mariângela Torrescasana

Caro leitor,

de. As atribuições do poder público local e opapel das organizações não-governamentaistendem a crescer, ao longo do século XXI.

A marcha para o Brasil que queremos de-pende do que fizermos hoje. Construir o paíspossível é uma tarefa econômica, política, soci-al e, acima de tudo, uma tarefa ética.

E a ética requerida é a da co-responsabilida-de entre poder público, mundo empresarial eterceiro setor. Do primeiro espera-se a amplia-ção da cobertura e melhoria da qualidade daspolíticas públicas. Do mundo empresarial, es-pera-se papel pró-ativo no enfrentamento das

desigualdades sociais, aportando não só recur-sos financeiros, mas também contribuição téc-nico-gerencial ao aumento da produtividade dogasto social, por intermédio de programas quepermitam fazer mais e melhor com menos.

Do terceiro setor, por sua vez, espera-se sen-sibilidade, espírito de luta e criatividade para pro-duzir o conhecimento e experiências necessári-as à dinamização do investimento social, afas-tando-se dos assistencialismo e outras formasde manipulação da pobreza de grande parte donosso povo.

Nesse contexto, parcerias, alianças, organi-zações em rede e outras formas deassociativismo entre organizações dos três se-tores são um indicador do dinamismo de umasociedade que se moderniza e se torna a cadadia mais complexa no cumprimento de uma ta-refa que a todos inclui e ultrapassa, viabilizandoum país mais competitivo, justo e democrático.

sado na informação antes deadquirí-lo. Mas, o que é relevan-te? Quais assuntos vão, de fato,interessar ao leitor a ponto de fazê-lo comprar o produto publicado?

Certamente a linha editorial doveículo é o parâmetro delimitadorde que pautas podem, ou não, serinteressantes para o leitor. Masseja qual for a área de atuação darevista, jornal, ou outro produto damídia, a pauta da edição e a for-ma como será desenvolvida vãodefinir qual a verdadeira persona-lidade do veículo.

Independentemente de tratar-sede uma revista voltada a donas decasa ou um jornal especializado emeconomia, o rigor na apuração dos

fatos relacionados à pauta defini-da deve ser o mesmo. Uma vezdefinidos quais assuntos merecemser abordados, a seriedade no le-vantamento das informações e aqualidade na elaboração das ma-térias devem ser preocupaçõesconstantes do profissional. A for-ma como o trabalho será desen-volvido marca o respeito do profis-sional em relação a seu público.

Já a repercussão alcançadapela pauta de uma edição é algoque foge ao alcance do jornalis-ta. Se houve acerto na definiçãoda pauta, se os assuntos tratadospassarão ao esquecimento, so-mente o resultado das bancaspode responder.

Jornal Laboratório do Curso de Comunicação Social - Jornalismo - do Instituto Superior Luterano de Educação de Santa Catarina- IELUSCwww.ielusc.br Diretor Geral: Tito L. Lermen Diretor do Curso: Edelberto Behs Professora Responsável: Mariângela Torrescasana Diagramação:Martín Fernandez e Clailton Breis Produção: 6º semestre Participaram dessa edição: Adriana Cradoso, Albertina Camilo, Alessandra da Costa, AltairNasario, Araceli Hardt, Charlene Serpa, Clailton Breis, Claudio Augusto, Cleber Coelho, Elisa da Silva, Esther M. Reschiliani, Gisélle F. de Araújo, GiselliSilva, Jean Helfenberger, João L. Kula, Josi Tromm, Lisandra de Oliveira, Luis Fusinato, Manoela Borba, Maria Avelina Selbach, Marilia C. M. Maciel, MartínFernandez, Renata F. de Camargo, Taisa Pimentel, Luciano Z. da Rosa. Escreva para nós: A/C Curso de Comunicação Social- Jornalismo Rua: AlexandreDöhler, 56 Centro 89201-260 Joinville-SC Telefone: (47) 4330155 Correio eletrônico: primeirapauta@ielusc.br

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Todos com orifícios

Se depender do vereador Nelson Quirino (PSDB), todos os vasose recipientes terão orifícios.

Ele apresentou emenda ao projeto de lei que regulamenta a atua-ção da vigilância sanitária no município.

Na mesma emenda Quirino pede a retirada dos pratos dos vasos,permitindo a passagem dos líquidos para a alimentação das plantas,colocadas nos cemitérios da cidade.

Insônia

A possibilidade de instalação de uma Comissão Especial de Inqu-érito na Câmara de Vereadores de Joinville, para investigar desviode verbas do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), está deixan-do muita gente de cabelo em pé. Indícios de irregularidade no usode recursos do FAT apontam para Escolas profissionalizantes, polí-ticos e até um sindicalista.

Otair Becker

A filiação do empresário Otair Becker ao PMDB, para disputaruma vaga na câmara dos deputados, está preocupando os futuroscandidatos a deputado federal pelo partido em Joinville. Bráulio Bar-bosa e Adelor Vieira acreditam que uma terceira candidatura depeso pela região deixa próximo de zero as chances do partido ele-ger alguém.

Diante deste quadro, há quem aposte no desembarque de BráulioBarbosa do partido de Luiz Henrique e ingresse no PSDB.

Flerte político

Terminadas as convenções partidárias municipais, as atenções sevoltam para as convenções estaduais. No caso especifico do PSDB,a escolha do novo diretório estadual promete ter um toque dedramaticidade maior que em outros partidos.

As razões são claras.O PSDB é disputado pela coligação Mais Santa Catarina e pelo

PMDB.Como dentro da sigla existem defensores de coligações com os

dois lados e até de uma candidatura própria, quem estiver no co-mando da executiva estadual, comandará as negociações.

Em tempo: O PSDB é mais disputado pelo tempo de TV e menospor seu potencial eleitoral.

Família

A portaria n° 156, de 31 de julho desse ano, revela a falta de“desconfiomêatro” do vereador Jaime Evaristo, eleito pelo PSC.Dos sete assessores ali nomeados três tem o sobrenome do verea-dor e outro é filho de um deputado estadual.

P L E N Á R I O

UM GRANDE SENTIMENTOde revolta e indignação da socie-dade empurrou a Associação dosMagistrados de Santa Catarina aorganizar um seminário de violên-cia urbana na maior cidade doscatarinenses. Ao participar daabertura , o juiz da Comarca deJoinville, Ricardo Roesler, foitaxativo: “...a violência existe des-de a Era medieval, porém, hoje, acarga é muito maior”.

A palestra de abertura do fórum,proferida pelo professor titular da

Fórum critica usode armas de fogo

Charlene Serpa

A Delegacia Regional do Tra-balho em Santa Catarina ganhouo prêmio Empresa CidadãADVB 2001. A DRT/SC con-correu na categoria participaçãocomunitária com o projeto Ôni-bus da Cidadania.

O veículo oferece serviços pú-

Projeto comunitário recebe prêmioManoela de Borba

Comercialização de armas debrinquedos sofre restrições

O comércio de armas de brinque-dos, semelhantes às reais, poderáser proibido no município. O proje-to de lei nº246/2001, de autoria dovereador Gilmar Ferreira (PDT),estabelece rigorosa punição ao in-frator. De acordo com ele “o alto

índice de criminalidade, principal-mente nas áreas urbanas torna ne-cessária a busca de métodos paracoibir ou diminuir as condições fa-voráveis aos marginais”. As armasde brinquedos, conforme o verea-dor, têm sido muito utilizadas naprática de diversos crimes, além deservirem como incentivo à inicia-ção na vida criminal”.

Violência: temalevou centenasde pessoas àCâmara deVereadores

Altair Nasario

Div

ulga

ção

OPINIÃO

Universidade da Flórida (EstadosUnidos), Glaucio Ary Dillon Soa-res, revelou que morreram noBrasil, de modo violento, em umano, cerca de 130 mil pessoas.“Estamos numa guerra civil” dis-se na tribuna da Câmara de vere-adores de Joinville, defendendo oesporte como catalisador da vio-lência e criticando o uso de armasde fogo. Ele argumenta que nosEstados Unidos as armas guarda-das dentro de casa, matam muitomais gente da própria casa em umconfronto com o bandido.

blicos, confeccionando documen-tos como carteira de identidade,carteira de trabalho, CPF, certidãode nascimento, solicitação do se-guro-desemprego, fiscalização eorientação trabalhistas, informa-ções previdenciárias, FGTS e PIS,gratuitamente.

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IMAGENS POR SATÉLITE,obtidas pelo Instituto Nacional de

Pesquisas Espaciais (INPE), per-mitiram registrar, através demapeamento, as matas existentesnas localidades de Santa Catarinae litoral brasileiro. De acordo comestudos feitos em 1997, a região deJoinville ainda preserva 50% de suacobertura vegetal.

Os dados mos-tram ainda que,nos locais mais elevados, existe umpercentual de maior conservaçãoda mata. Segundo o biólogo daFatma (Fundação do Meio Ambi-ente), Luis Ernesto Treim, as pla-nícies e encostas de rios estão mais

Imagem de satélite revelacuidado com o meio ambiente

Gisele Araújo

Preservação da mata atlântica pode ser visualizada no município

Conscientização da comunidade pode salvar o Cachoeira

Lisandra de Oliveira

Joinville vem sofrendo com a po-luição de seus rios. O mais mas-sacrado é o rio Cachoeira, quetransformou-se no esgoto da ci-dade. Durante um longo período,o rio foi alimentado com lixo in-dustrial e dejetos domésticos des-cartados pela mesma sociedadeque agora tenta mudar a realida-de que criou.

Para a vereadora e engenhariaagrônoma, Maria Cadorin, muitos

Luciano Zinelli da Rosa

GERAL

devastadas devido a fertilidade dosolo na região, constituindo-se emlocal ideal para o desenvolvimentoda agricultura e pecuária.

Na opinião do geógrafo daFundema, Naum Santana, a parti-cipação da comunidade é funda-mental para a preservação do meioambiente. Ele destaca serem vári-os os órgãos responsáveis pelaconservação da mata atlântica.

“A população pode acionar osórgãos responsáveis pela preserva-ção ambiental como, por exemplo,a Fundema – órgão do governomunicipal; a Fatma, do estadual; eo Ibama, do federal”. Além des-ses, o geógrafo indica ainda as

Joinville preserva 50% dacobertura vegetal original

organi-zações não-governamentaiscomo o SOS Ma-ta Atlântica”.

De acordo com os dois especia-listas, preservar o meio ambiente éuma questão de sobrevivência.Para eles, Joinville dá uma demons-tração de maturidade ao possuir,em suas matas, a metade da Mata

Atlântica preservada. Um exem-plo dessa afirmação encontra-se naregião central da cidade. O cha-mado Morro do Boa Vista, alémda mata, possui sua fauna e florapreservadas, o que identifica a atu-ação e importância dos órgãoscompetentes.

fatores contribuem para a não lim-peza do rio, e o maior de todos é afalta de conscientização da comu-nidade. “Não só as instituiçõespúblicas, mas a comunidade comoum todo, olha para o rio Cachoei-ra como se fosse um esgoto”, re-vela. Conforme a vereadora, alémdas empresas que poluem, os ór-gãos públicos não implantaram aparte de saneamento básico.Cadorin ressalta que na gestão deWittich Freitag foi realizado umtrabalho completo encima do rioCachoeira e a elaboração do “Pro-

jeto Joinville”. Ela explica que oprojeto não foi colocado em práti-ca devido a seu alto custo, vindo acomprometer a capacidade deendividamento do município. Avereadora acrescenta que, se oProjeto Joinville fosse instalado,em cinco anos o rio teria 70% delimpeza nas águas.

Sistema Flot FluxUma nova medida está sendo

estudada. É o sistema Flot Flux,criado para despoluir o rio. O pro-jeto para a vereadora, constitui-seem uma medida paliativa e não

chegará a limpar nem 70% do rio.“A questão de despoluição do rio

passa por uma série de ações aserem tomadas em conjunto. Essesistema só aborda a questão dalimpeza dos afluentes do rio”,complementa Cadorin.

O sistema, conforme avereadora, já foi usado em SãoPaulo, onde foi muito questiona-do. Entre todas as medidas apon-tadas para a despoluição do rio, amais importante, na sua visão, é acolaboração da comunidade juntocom as ações do governo.

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CONSCIENTES DE QUEPRECIsavam despertar o movi-mento estudantil na região, mem-bros da Juventude Revolução deJoinville e Florianópolis organiza-ram seu projeto em cima de umabandeira de luta, com possibilida-de concreta de conquista para osestudantes.

Como na maioria das grandes emédias cidades do estado já hámeio passe para os estudantes, es-ses jovens revolucionários resol-veram hastear a bandeira do pas-se livre no transporte coletivo.“Em algumas cidades do Brasil, opasse-livre foi conquistado commuita luta pelos estudantes, comoé o caso do Rio de Janeiro. Nãotínhamos dúvida que esta também

seria polêmica. No entanto, acre-ditamos ser esta a melhor formade chamar a atenção da socieda-de, tanto para o problema da edu-cação, como para o transporte emnossa cidade” ressaltou CarlosCastro, um dos coordenadores domovimento.

Ao planejar o movimento, ficouestabelecida, como prioridade, o co-nhecimento dos dados técnicos eestatísticos para compará-los comos de outra cidade que tivesse umtransporte moderno e alguma rela-ção cultural, econômica edemográfica com Joinville. A cida-de escolhida foi Blumenau. A par-tir daí, buscaram informações de

Movimento estudantil elegepasse-livre como bandeira de luta

Conquistas: valor dos cartões magnéticos reduziu em quase 50%

A reunião, que convocou as li-deranças estudantis para come-çar o movimento, aconteceu noDiretório Acadêmico de Comu-nicação Social do IELUSC, emnovembro do ano passado. Ma-ria Sholtz, membro da coordena-ção, comenta que desse encon-tro saíram algumas estratégiaspara o fortalecimento do movi-mento e das reivindicações dosestudantes.

“Devido a pressão dos estu-dantes e da sociedade, o valor doscartões magnéticos passou de R$10,00 e 8,50 para R$ 5,50 e 4,00.Os idosos não tiveram mais queesperar para poder reembarcarnos ônibus e os problemas quedavam nos cartões, passaram aser resolvidos nos terminais ”.

No entendimento da coordena-ção, o objetivo inicial foi alcançadoquando em duas oportunidades,conseguiram colocar, em praçapública, para protestar contra o

Elisa Rietzmann da Silva

Próximos passos

Divulgação

GERAL

Valor da isenção é suficiente para darpasse livre a estudantes eprofessores por 70 anos

suas planilhas de custos e procu-raram, também, obter informaçõesda ANTP (Associação Nacionaldas Transportadoras Públicas),para fazer a relação comparativacom outras cidades do Brasil.

Este estudo levou seis meses esegundo a ANTP, Joinville tem omaior custo por quilometro roda-do do país, R$ 2,80. Blumenau, porexemplo, possui um custo de R$2,13, Florianópolis, R$ 2,26;Curitiba, R$ 2,25; e Porto Alegre,R$ 2,60.

Um estudo sobre essa planilhapermitiu ao movimento afirmar quesomente o item isenção de impos-tos já seria suficiente para dar passelivre a todos os estudantes e pro-fessores por setenta anos. O Exe-cutivo isentou as empresas de ôni-bus por quinze anos. Em contra-

partida, elas deveriam terminarde construir os terminais já inicia-dos e construir os que faltavam,além dos abrigos. Segundo infor-mações da prefeitura, o custo daconstrução de todos os terminaisseria de cinco milhões de reais. Acoordenação do movimento acre-dita que a construção dos abrigosnão custará um milhão, que, so-mados aos cinco milhões do custoda construção dos terminais, exa-gerando, daria uma soma de seismilhões. “O que farão com trinta esete milhões, já que o montante to-tal da isenção é de quarenta e trêsmilhões de reais?”, pergunta CarlosCastro.

transporte e a favor do passe-livre,em torno de dois mil estudantes.

“Para nós, isto foi uma grandevitória, porque não é fácil, na atualconjuntura, conseguir mobilizarestudantes de diferentes colégi-os e faculdades a comparecer empraça pública para protestar compalavras de ordem faixas e car-tazes. Isto mostrou a nossa for-ça e o nosso poder de organiza-ção” comentou Sueli Lopes, ex-presidente da União Joinvilensedos Estudantes Secundaristas.

Os próximos passos do movi-mento, segundo a coordenação,serão apresentar nos colégios or-ganizados, os dados técnicos daplanilha de custos, barrar a co-brança de taxas no ensino públi-co e formar uma comissão de re-presentantes dos estudantes paraconversar com os vereadores, co-brando posição favorável ao pro-jeto que já está tramitando naCâmara de Vereadores. (ERS)

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Avanço do câncer comprometeatendimento hospitalar

Marília Maciel

CERCA DE 330 MIL NO-VOS casos de câncer devemsurgir no Brasil este ano. A es-timativa é do Inca – InstitutoNacional do Câncer, com baseem dados do Ministério da Saú-de. O estudo prevê 117,5 milmortes por câncer até dezem-bro.

O câncer de pele lidera o nú-mero de incidências no país, se-guido pelos de mama, estôma-go, pulmão e próstata. Facil-mente diagnosticado e com altaporcentagem de cura, o câncerde pele não aparece entre osmaiores causadores de morte.

Segundo o Inca, em 2001, ocâncer de pulmão será o prin-cipal causador de óbitos entreos homens, seguido pelo depróstata. Entre as mulheres, ocâncer de mama continua sen-do o que mais mata, seguidopelo de pulmão.

Para Santa Catarina, a previ-são é de que apareçam 5.040novos casos de câncer entre oshomens e 4 mil novos casos en-tre as mulheres. Até dezembro,pelas projeções do Ministério daSaúde, 4,6 mil pessoas morre-rão de câncer no estado. Entreos homens catarinenses, o cân-cer de pulmão é o mais perigo-so e pode provocar a morte de,aproximadamente, 530 pacien-tes este ano. Já as mulheres, de-vem se prevenir contra o cân-cer mamário que, apesar decurável quando diagnosticadoem tempo, ainda é o maior cau-sador de mortes. No Estado,cerca de 270 mulheres podemmorrer em conseqüência dessemal.

Estudo prevêcrescimento doscasos de câncerno Estado

O aumento daincidência dadoença deve piorara situação, jápreocupante, dasaúde nomunicípio.

Doentes sãoencaminhados aoutras cidades

No único hospitalcom ala oncológicade Joinville,pacientes jádormem nocorredor à esperade um leito

Animada pelo ideal de garantiro diagnóstico precoce de mamapara pessoas carentes , surgiu em1980 a idéia de formar a RedeFeminina de Combate ao Câncerde Joinville.

Entre os inúmeros tipos de cân-cer atendidos pela rede , os demama e de útero são os mais fre-qüentes. Em ambos os casos , sea doença for diagnosticada emtempo e o paciente fizer o trata-mento, há cura.

A Rede Feminina de Combateao Câncer já atendeu a mais de43 mil mulheres, que são enca-minhadas para o setor deoncologia do Hospital São José.A Rede custeia os medicamen-tos e doa cestas básicas para aspacientes de baixa renda.

O trabalho de prevenção inclui

Voluntárias ajudam carentesMaria Avelina Selbach

Tipos de câncer de maior incidência napopulação brasileira em 2001

Fonte: INCA/MS

também palestras em igrejas eescolas .

A RFCC de Joinville possuiaproximadamente 65 voluntáriasdistribuídas nos setores de educa-ção, apoio, promoções, eventos,assistência ásmasectomizadas(mulheres que re-tiraram o seio), próteses e plan-tões. Para sobreviver, a rede de-pende de doações, das mensalida-des pagas pelas voluntárias e doseventos, promovidos ao longo doano.

Segundo a presidente da RedeOdete Lima, as mulheres do sé-culo 21 tem mais acesso ás infor-mações e enfrentam menos tabuem relação ao próprio corpo “As-sim que a mulher iniciar sua vidasexual , deve fazer seu preventi-vo, não importa a idade “alertaOdete.

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SALÉSIO WIGGERS, 50ANOS, tem câncer no pulmão, fí-gado e intestino. Completou duassemanas deitado numa maca, nocorredor do hospital São José.“Não é a primeira vez que fica-mos no corredor. Me admira dei-xarem ele com esta doença aqui,neste estado”, diz a esposa deSalésio, Maria Dias. Para acom-panhar o marido, ela dorme sen-tada em uma cadeira.

Teresinha Retzlaff, 46 anos,acompanha a sogra, EcklaRetzlaff, 87 anos, e não esqueceo drama vivido dentro do HospitalSão José. Eckla veio ao hospitalnum domingo, para a internação,mas teve que voltar para casa, poisnão havia mais lugar paraacomodá-la. Na segunda feiraconseguiu uma vaga no corredordo Hospital e somente no dia se-guinte foi transferida para sala deobservação, junto com mais 22pacientes. Incomodada com a si-tuação, reclama: “É um absurdo oque está acontecendo comJoinville. Pagamos um IPTU ca-ríssimo e mesmo assim não vemosresultados. O Prefeito pensa ape-nas em asfaltar ruas e esquece dasaúde”, desabafa.

Pedro da Silva, 60 anos, vibrapor ter conseguido, depois de ummês, uma consulta com um espe-cialista. “Agora vem a pior parte.Sou aposentado, tenho direito àmedicação para continuar o tra-tamento, mas no posto de saúdesempre dizem que não receberamo remédio.”

Adriana Cardoso

Oncologia do São José não vence demanda

Pronto Socorro: estrutura deficitária e atendimento restrito

Luciano Zinelli da Rosa

Luciano Zinelli da Rosa

A Sociedade Joinvilense deMedicina – SJM, está preo-cupada com a deficiênciaestrutural da saúde joinvilense.A falta de equipamentos eremédios dificulta o atendimentoà população.

Segundo o diretor da SJM,Lairton Valentim, a ingerênciapolítica , sobretudo em assuntosde ordem técnica, é o principalmotivador dos conflitos. “OPrefeito insiste em nomearpessoas comprometidas com a

Situação preocupaos médicos da cidade

Histórias como estas são co-muns no dia-a-dia da maior cida-de catarinense. O Tratamento docâncer é um dos mais caros damedicina. Em alguns casos, umaúnica dosagem de medicamentopode custar cerca de três mil re-ais.

O hospital São José é o únicode Joinville com ala especializadaem oncologia. O São José ofere-ce há quase nove anos, os servi-ços de radioterapia, quimioterapiae realiza cirurgias oncológicas. Apeça fundamental para o funcio-namento da ala responsável pelotratamento de câncer no São Joséfoi doada pelo governo do estadode Santa Catarina.

O prédio do hospital possui ape-nas dez anos, mas a estrutura já édeficitária. A capacidade de aten-dimento da oncologia do São Joséé restrita. Pacientes com casosconsiderados especiais são trans-feridos para outras cidades. Asseções de quimioterapia precisamser marcadas com antecedênciae, na maioria das vezes, exigematé mais de uma semana de espe-ra.

Henrique Reis trabalha há vin-te anos no hospital São José e hádois meses assumiu a direção daala de oncologia. O médico negaa existência de muitas filas de es-pera, mas admite que a demandaé muito grande e o SUS restringeos atendimentos aos pacientes deJoinville. “A questão da fila de es-pera, quando se trata de uma do-ença como esta, é muito flexível.Ás vezes temos que priorizar ca-sos mais graves”.

saúde privada para trabalhar emcargos de diretoria de hospitais eaté da Secretaria Municipal deSaúde. Isso faz com que trabalhemem prol das seguradoras ehospitais privados”, acusaValentim.

Uma funcionária do HospitalSão José, que prefere não seidentificar, endossa a opinião deValentim: “os médicos não fazemmilagres, é muito difícil salvarvidas em um lugar como esse, faltaquase de tudo”. (AC)

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SAÚDE

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SITUADA AO NORTE DE SANTACatarina, Joinville vem de destacandonacionalmento pelo seu crescimento eco-nômico. Perdendo apenas para Curitibae Porto Alegre, a cidade possui o terceiromaior volume de receitas geradas aos co-fres públicos do sul do Brasil.

O crescimento de 5,6% ao ano na ar-recadação de tributos posiciona Joinvilleentre as cidades mais importantes do País.O seu parque fabril é composto por maisde 1,3 mil indústrias, responsáveis por cer-ca de 16% das exportações catarinenses,e um comércio diversificado, com quasedez mil estabelecimentos.

A cidade ainda concentra grande parteda atividade econômica no setor de trans-formação, com um faturamento industri-al de quase 10 bilhões de dólares por ano.O produto interno bruto (PIB) per capitade Joinville também é um dos maiores doPaís e gira em torno de R$ 12 mil porano. Uma pesquisa realizada pela Asso-ciação de Joinville e Região da Pequena,Micro e Média Empresa (Ajorpeme), re-alizada no ano passado, atribui ao setorindustrial a responsabilidade por mais dametade da riqueza da cidade. Atualmen-te, a indústria responde por 59,04% da ar-recadação, contra 40,67% do setor de ser-viços.

Aos 150 anos, Joinville possui quase 30mil empresas e cerca de 450 mil habitan-tes. Apesar da renda per capita passardos 10 mil dólares anuais (quase o dobroda média nacional), a maior parte da po-pulação do município recebe menos de R$7 mil por ano. Essa renda per capita éresponsável pelo consumo de quase 2 bi-lhões de dólares anuais na cidade. Cercade 50% deste gasto diz respeito à alimen-tação, transporte e manutenção do lar. Oíndice de desemprego em Joinville se man-tém, nos últimos anos, na faixa dos 8%.

Cleber Auri Coelho, EstherReschiliani e Taísa Pimentel

Joinville tem a terceira maiorreceita do sul do país

Joinville tem quase 30 mil empresas

e cerca de 450 mil habitantes: uma

empresa para cada 50 joinvilense

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ECONOMIA

Pirabeiraba

Distrito Industrial

JardimParaíso

AventureiroJardim Sofia

BomRetiro Jardim Iririú

Iririú

Saguaçú

Santo Antonio

Centro

América

GlóriaVila Nova

Morro do Meio

SãoMarcos

Atiradores

AnitaGaribaldi

Bucareim

Boa Vista(Comasa, Espinheiros)

Jarivatuba

AdhemarGarcia

JoãoCosta

FátimaGuanabara

Boehmerwald

PetrópolisFloresta

Nova Brasília

SantaCatarina(Profipo

Itaum

Itinga

Costa e Silva

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APESAR DE TODO O PO-tencial de Joinville, de seu de-senvolvimento econômico, soci-al, cultural, existe um setor poucoexplorado. O turismo, que emoutras cidades do estado é res-ponsável por mais da metade desua arrecadação, em Joinvillenão avança. Ao contrário. Da-dos obtidos junto à Santur, con-firmam o fato.

O número de turistas, de for-ma geral, nos últimos dois anos,caiu de 161.000 para 127.000.O gasto médio diário destes tu-ristas também caiu. Em 1999era de U$21,45 e em 2000 fi-cou na casa dos U$15,08.

Mais do que números, estesdados revelam a situação emque se encontra a estrutura res-ponsável por atrair eventos paraJoinville. É preciso, urgente-mente, criar espaços na rotadesse negócio no sul do país.

A cidade situa-se em um pon-to estratégico e por isso deveestar no mesmo patamar de ou-tras como Blumenau, Jaraguádo Sul e Brusque. Investir na in-dústria do turismo pode ser ele-mento decisivo para o municí-pio pular do terceiro para o pri-meiro lugar no ranking das ci-dades com maior volume de re-ceitas do país.

Cleber Auri Coelho

Indicadores econômicosO destaque econômico de Joinville, conquistado pela autonomia de seus bairros,

hoje em número de 33, pode ser evidenciado através da diversidade que eles contêm.O mapeamento dos bairros e os indicadores abaixo, permitem identificar as principaisfontes de riqueza e os negócios que sustentam o seu desenvolvimento econômico.

Joinville podeinvestir maisem turismo

O número de turis-

tas caiu de 161.000

para 127.000 nos

últimos dois anos

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ECONOMIA

DEMONSTRATIVO DE ESTABELECIMENTOS

Adhemar GarciaAméricaAnita GaribaldiAtiradoresAventureiroBoa VistaBoehmerwaldtBom RetiroBucareimCentroComasaCosta e SilvaEspinheirosFátimaFlorestaGlóriaGuanabaraIririúItaumItingaJardim IririúJardim ParaísoJardim SofiaJarivatubaJoão CostaMorro do MeioNova BrasíliaParanaguamirimPetrópolisSaguacúSanta CatarinaSanto AntônioSão MarcosVila CubatãoVila NovaZona IndustrialZona Ind. TupyZona RuralPirabeiraba

TOTAL

12513531110146138148433106140133564712793461781533474138484828110675110141

1.753

33899474371313636443794782.458266133121464735934260042316338212318410381926354871182387502446810304

11.59

42600371212416709892934742.1153948249352559288296716439226657823220114420539442431211496202964410369

10.781

25323812411549965853276133400465112529754120924066952729754763332327832614644213168108870305900394

8.142

1114495764423861590140093438103018510020041135414101100016

1.237

Fonte: Secretaria da Fazenda/IPPUJ-2000

LiberalBairro Industrial Comercial Serviço Autônomo

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SociedadeHarmonia-Lyraé um dos três

imóveis játombados no

município

NÃO BASTA QUERER PRE-SERvar. É preciso iniciativa po-lítica para isso. E Joinville estácom a representatividade em bai-xa nesta questão. A queixa é dosociólogo e historiador AfonsoImhof. Durante os últimos qua-tro de seus 55 anos, o homem,com disposição como poucospara o trabalho, acompanhou,projetou e pensou formas de sal-var a história da cidade. Crítico,polêmico, defensor apaixonadode suas idéias, como arevitalização da rua do Príncipee a preservação de prédios anti-gos, teve de se retirar da luta.Na marra.

Quatro meses atrás, pelo “Jor-nal do Município”, órgão oficialda Prefeitura, ficou sabendo quehavia perdido o emprego. Forasubstituído por um professor dehistória sem qualquerenvolvimento com o trabalho atéentão desenvolvido, mas que, se-gundo ele, estava afinado com alinha política do prefeito LuizHenrique da Silveira (PMDB).Imhof lembra que quatro dias an-tes havia se reunido com o pre-sidente da Fundação Cultural,Edson Machado, e falado nor-malmente de trabalho. Aparen-temente, nem o chefe sabia damudança. “Sobrei porque nuncafiz campanha”, ironiza o histori-ador, um apolítico assumido.

Hoje com as bandeiras fixadasno Fórum, a convite do juizRicardo Roesler, Imhof concen-tra energia em outra ação: pre-servar vidas. “Uma preservaçãointegral, sem violência, sem rus-gas sociais...”. Mesmo em ou-tro front, o historiador continua

Historiador reclama dodescaso com a preservação

Albertina CamiloDivulgação

atento à área que sempre o fas-cinou. Aposta, por exemplo, nosucesso de uma iniciativa da Câ-mara de Vereadores. Através deuma moção, o vereador do PTMarcos Aurélio Fernandes soli-citou ao governador EsperidiãoAmin o tombamento de 40 imó-

veis em Joinville.Até agora, na cidade de 151

anos, completados no dia 9 demarço, apenas três prédios têma garantia de ficar na história nãoapenas pelas fotos: a CasaKrüger, no distrito dePirabeiraba; a Estação Ferroviá-ria, no início do bairro Santa

Catarina; e a Sociedade Harmo-nia-Lyra, na rua 15 de Novem-bro, centro. Imhof explica queexistem leis federais, estaduais emunicipais que determinam as for-mas de preservação. Há iniciati-vas das duas primeiras esferas.Quando depende da Prefeitura, o

assunto emperra. “O prefeito écontra tombamentos, porque nãoquer contrariar interesse de ami-gos dele”, dispara.

Muitas pessoas não querem apreservação porque perdem ocontrole sobre os bens tomba-dos. Ao se transformar empatrimônio da União, do Estado

ou do município, o prédio deixade pertencer de fato ao proprie-tário. Ele pode vender, alugar,mas qualquer alteração no imó-vel deve ter o aval do órgão queautorizou o tombamento: o Insti-tuto de Patrimônio Histórico eArquitetônico Nacional (Iphan),a Fundação Catarinense de Cul-tura ou, no caso de Joinville, aFundação Cultural e a FundaçãoInstituto de Pesquisa e Planeja-mento Urbano (Ippuj).

O historiador também não dis-farça a revolta com o fato de umprédio de mais de 70 anos, queservia de escritório da DrogariaCatarinense, na rua 9 de Março,estar sendo demolido – e não tom-bado. “Há muitos intereressesescusos nesta área, e a popula-ção vai perdendo as referências.”Mas, como um Dom Quixote doconhecimento, Imhof não desis-te de pelo menos tentar mudar orumo da história.

Para Afonso Imhof, falta vontadepolítica do prefeito para que Joinville

tenha mais imóveis tombados

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CULTURA

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DE UMA ANTIGA CERVE-JAria a um grande centro cultural.É nisso que deverá se transformara ex-fábrica da Antarctica. OComplexo Cultural Antarctica seráuma nova referência para eventose lazer em Joinville. Dez pessoasde setores da comunidade formamuma comissão para definir as mu-danças no local.

Segundo o coordenador técnicodo Complexo, Paulo RenatoVecchietti, a idéia é oferecer detudo. “Queremos criar um mix cul-tural e comercial, com restauran-te, cervejaria, lojas de utilitários, ci-nemas, anfiteatro e um local espe-cífico para a realização de reuni-ões de grupos culturais da cidade.”

A Comissão de Coordenação paraImplantação do Complexo CulturalAntarctica terá 60 dias para apre-sentar uma proposta ao prefeito LuizHenrique da Silveira com sugestõesde como ocupar o espaço. Depoisdesse prazo, os trabalhos voltam-seà captação de recursos para a rea-lização das obras. “É uma fábricavelha, desativada e precisa de re-formas”, diz Paulo Renato.

Apelidada de “cidadela cultural”pelo artista plástico Juarez Macha-

Cultura invade antiga fábrica de cervejaAraceli HardtJosi Tromm

Museu Casa Fritz AltRua Aubé, s/n Tel. 433-3811Horário: De terça à sexta-feiradas 9h às 12h e das 14h às 18h.Sábados, domingos e feriados, das11h às 17h.

Museu Arqueológico deSambaquiRua Dona Francisca, nº 600Tel. 433-0114 Horário: De terça àsexta-feira, das 9h às 17h. Sába-dos, domingos e feriados das 11hàs 17h.

Joinville, a cidade dos museusAlém de Cidade dos Príncipes,

das Flores e das Bicicletas,Joinville também leva o título deCidade dos Museus. Com o obje-tivo de divulgar a cultura, o muni-cípio apresenta sete museus.

Museu Nacional do BombeiroRua Jaguaruna, nº 13.Tel. 431-1112Horário: Das 8h às 18h.

ComplexoCulturalAntárctica

Luci

ano

Zine

lli d

a Ro

sa

do, o Complexo tem 42 mil metrosquadrados, com 12 mil metros deárea construída. De acordo comPaulo Renato, os ocupantes do es-paço irão arcar com as despesas.

“Será um condomínio como umshopping center. Cada um terá suadespesa de água e luz, além de pa-gar uma taxa de condomínio.”

Uma novidade já definida para oComplexo Cultural Antarctica é oMuseu de Arte de Joinville. Den-tro de pouco tempo, o MAJ seráinstalado ali. A Fundação Cultural

de Joinville também vai promoverum concurso de pintura da facha-da do Complexo. A proposta é di-vidir o muro em 20 espaços. Os

artistas apresentarão sugestões depintura. As obras serão julgadas eos vencedores terão o direito deexpô-las. “O muro é uma grandetela em branco e será dividido emvários outdoors”, adianta Paulo.

Neste ano, 220 mil pessoas já pas-saram pelo Complexo CulturalAntarctica. Alguns dos eventos dedestaque já realizados no local fo-ram a Festa da Solidariedade, com190 mil visitantes, e a VinVeneto,com 19,5 mil. Outra promoção degrande repercussão deve sertransferida para lá este ano. É aFesta das Flores. E Paulo Renatogarante: “Tudo o que se faz aqui ésucesso”.

Em breve, o novo espaço será

sede do Museu de Arte de Joinville

Museu de FundiçãoRua Helmuth Fallgatter, nº 3.345Tel. 461-0148Horário: De segunda à sexta-fei-ra, das 7h30 às 11h50; e das 13hàs 17h25.

Instituto Joinville 150 anosRua Leite Ribeiro, s/n.Tel. 455-0372Horário: De terça à domingo. Das9h às 12h e das 14h às 18h.

Museu de Arte de JoinvilleRua XV de Novembro, nº 1.400Tel. 433-4677Horário: De terça à sexta-feira,das 9h às 17h. Sábados, domin-gos e feriados, das 11h às 17h.

Museu Nacional de Imigração eColonizaçãoRua Rio Branco, nº 229Tel. 433-3736Horário: De terça à sexta-feira,das 9h às 17h. Sábados, domin-gos e feriados, das 11h às 17h.

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CULTURA

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Ler com a ponta dos dedos

Biblioteca Rolf Colin desenvolve

atividades de incentivo à leitura

Trabalhos como

o da Ajidevi e a

dedicaçãao de

pessoas como

Osmar Pavesi

auxiliam os

cegos nas suas

atividades diárias

Osmar Pavesi,cego desdeos 6 anos,aprendeu aler através dométodoBraille aindana infância.

COM O OBJETIVO DE DE-senvolver a auto-estima e o gostopela leitura nas crianças e no por-tador de deficiência visual a Bibli-oteca Rolf Colin está desenvolven-do o projeto “Amor, Sonho e Fan-tasia”. O projeto utiliza o espaçoinfantil da biblioteca pública paradesenvolver atividades de leitura,contação de estórias e teatro defantoches. Pensando principalmen-te no deficiente visual o projetoconta com um setor especial com-posto com livros transcritos para oBraille. O setor recebe pessoascom deficiência visual de diversasregiões do estado. Seu acervo con-ta com 124 livros transcritos parao Braille e 212 títulos em fitas cas-setes. Alguns voluntários empres-tam a voz para gravar estórias delivros em fitas cassetes. Estas fi-tas compõem a audioteca.

A biblioteca possui 22 visitantes

Cláudio Lúcio Augusto

Independência passo a passoRenata F. CamargoGiselli Silva

cadastrados. Osmar Pavesi, defi-ciente visual, é o coordenador doespaço. Segundo Pavesi os defici-entes não conhecem este setor, porisso é pouco visitado. Pavesi écego desde os 6 anos de idade, ain-da na infância aprendeu a ler pelométodo Braille.

Ler com a ponta dos dedos. Esteé o objetivo do método Braile, ex-plica o coordenador. Essa forma deleitura foi criada no ano de 1812pelo francês Louis Braille. Na in-fância Louis perfurou a vista en-quanto brincava na loja de artefa-tos de couro do seu pai.

Naquele tempo já existia um mé-todo de leitura através dos dedosbastante rudimentar. Alguns anosdepois Louis conheceu um gene-ral. Este homem aperfeiçoou ométodo para ensinar os soldados alerem no escuro. Quando Braillemorreu o método de leitura rece-beu o nome Braille em homenagemao seu criador.

Ajudar as pessoas portadorasde deficiência visual e reintegrá-las à sociedade é o trabalho daAjidevi. A Associação Joinvilensepara a Integração dos Deficien-tes Visuais possui atualmente 200portadores da deficiência dosquais 120, a maioria crianças eadolescentes, estão em atendi-mento.

A alfabetização do deficiente éfeita através do trabalho conjun-to de professores de uma escolaconvencional e de professores daAjidevi. Durante um período, oscegos vão para a escola e, em

outro, recebem o reforço dos pro-fissionais da entidade. É na escolaque o professor trabalha o conteú-do didático, utilizando o SistemaBraille.

De acordo com a terapeutaocupacional, Beatriz Macali Sou-za, a associação possui uma biblio-teca com títulos de literatura infan-til doados pela comunidade. Esteslivros são utilizados por pessoascom baixa visão, ou seja, enxergammenos de 30%. Para os cegos, abiblioteca oferece livros adaptadosao Braille, doados pelo governo.

Beatriz trabalha com crianças dezero a seis anos. Para desenvolvera estimulação precoce e a reedu-cação visual, ela utiliza brinquedosadaptados. Com objetos de coresvivas e de diferentes texturas, a

terapeuta procura desenvolver aestimulação cardiorespiratória, au-ditiva e o tato.

O quadro de profissionais da As-sociação é composto por profes-sores de educação física e de alfa-betização pagos pela prefeitura. Hátambém os voluntários que atuamnas áreas de terapia ocupacional,psicologia, aulas de música efonoaudiologia.

Apesar de existir desde 1981, aAjidevi ainda é pouco conhecida.Conforme a professora de educa-ção física Cristiane Sirlei de Oli-veira, “quando se fala em defici-ente, se pensasomente em Apae”.A entidade, segundo ela, tem so-brevivido de doações da comuni-dade. Para interessados em ajudara associação o telefone é 436-3126.

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EDUCAÇÃO

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Ideologia eTécnica da Notícia

Mural da Educação

Alessandra da Costa

Este espaço traz informações sobre cursos e palestras à disposi-ção da comunidade. Também sugere a leitura de alguns livros.Confira abaixo:

Atolada no marketing, a mídiacada vez mais adere ao sensaci-onalismo. Assim o jornalismo vivede mitologias e no livro o autorapresenta três tipos de caricatu-ras e ideais, de atores envolvidoscom o processo de mitificação daEra da (des)Informação, comoexemplo, Fernando Collor deMello.Autor:Juremir Machado SilvaEditora:VozesValor: R$ 17,50

O livro lançou a semente deuma revolução que principiou amudar a maneira de uma univer-sidade brasileira ver o jornalismo,e também o modo de o jornalismover a universidade. Com atualiza-ções sobre a indústria gráfica e asmudanças do lead, o autor atuali-za sua dissertação de mestrado,sendo referência de pesquisa paraestudantes e professores.Autor: Nilson LageEditora: UFSC, 2001Valor: R$ 20,00

A Miséria doJornalismo Brasileiro

Autor: Sérvio Vilas BoasEditora: Summus

Valor: R$ 19,40

Fonte: Livraria Midas

Curso de OratóriaRealização: COL - Clube deOratória e Liderança deJoinvilleData: 5/11 a 8/11Carga horária: 16 horasLocal: CONTAR - RuaQuintino Bocaiúva, 300 –Bairro América,Tel. 433-0088Fax. 433-0147www.clubedeoratoria.org.br

Mestrado: Letras/Inglês eLiteratura ContemporâneaInscrições: OutubroTel. (48) 331-9455E-mail: pgi@cce.ufsc.brwww.cce.ufsc.be/pgi

Mestrado: LinguísticaInscrições: 1/11 a 15/11Tel. (48) 331-6604/331-9581E-mail:pgl@cce.ufsc.brwww.cce.ufsc.br:80/~pgl

C U R S O S

Mestrado: SociologiaPolíticaTel. (48) 331-9253E-mail:ppgsp@cfh.ufsc.brwww.cfh.ufsc.br/~ppgsp

Mestrado:FilosofiaTel. (48) 331-8803E-mail:posfil@cfh.ufsc.brwww.cfh.ufsc.br

Curso de Relações HumanasData: 15/10 a 19/10Carga horária: 14 horasLocal: Senac JoinvilleTel. 433-6502

Curso Básico em FotografiaData: 29/10 a 5/12Carga horária: 44 horasLocal: Senac JoinvilleTel. 433-6502

Curso de OratóriaData: 5/11 a 8/11Carga horária: 12 horasLocal: Senac JoinvilleTel. 433-6502

L I V R O S

O Estilo MagazineO texto em revista

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EM TEMPOS DE GRANDESconquistas no esporte da raquete,com Gustavo Kuerten brilhando nasquadras, é fácil esquecer que umadas modalidades individuais, quemais alegrias já trouxe à torcidaverde e amarela é bem mais baru-lhenta do que as comportadas par-tidas de tênis. Quem tem um pou-co mais de memória lembra doronco dos motores que alegrava asmanhãs de domingo até bem pou-co tempo atrás. Mas, por que o au-tomobilismo não se tornou o esportepreferido dos brasileiros depois detantas conquistas?

Para a maioria, o esporte a mo-tor é caro, restrito a uns poucos, eisso não o deixa ser tão popular.Chega a ser um sinônimo de sonhoinatingível. Correto? Nem sempre.O automobilismo em sua categoriamais básica, o Kart, pode surpre-ender quem pensa que para tornar-se piloto, mesmo amador, é preci-so ter nascido em família rica.

Existem muitas categoriasdentro do kartismo. Desde as maiscaras, aquelas para quem preten-de profissionalizar-se, até as maisbaratas, para quem quer apenasdivertir-se com os amigos. Até oestigma de esporte perigoso, refle-xo talvez de um dos maiores trau-mas que o país já teve, com a mor-te do ídolo Ayrton Senna, pode serdeixado de lado.

O caminho mais acessívelpara quem quer sentir a emoçãode pilotar é o Kart Indoor. O KartIndoor é disputado em pistas co-bertas, com karts equipados commotores de baixa potência e algunsreforços para proteção do piloto.As pistas de kart indoor oferecemao público, por preços acessíveis,desde o kart até os equipamentosde segurança necessários, comomacacão, luvas e capacete, alémde toda a estrutura de pista, sinali-

João Luiz Kula

Kart proporciona segurança e emoçãoDivulgação

zação, auxílio mecânico e organi-zação das provas. Sendo utilizadosos equipamentos de segurança eobservadas as orientações do pes-soal de pista, o Kart Indoor nãooferece risco maior do que espor-tes como o ciclismo, por exemplo.Em Joinville é possível pilotar nes-sa modalidade no Joinville KartIndoor, uma das pistas mais tradi-cionais do país, localizada no últi-mo andar do estacionamento doShopping Cidade das Flores.

Para quem quer experimentar aemoção de acelerar em uma pistade verdade há outra opção, tam-bém acessível e segura: os kartsda categoria Sprint 6,5 HP. Dispu-tada com chassis de competiçãoiguais aos das categorias superio-res, mas com motores de 6,5 HPde potência, os karts Sprint atingemvelocidades de até 70 quilômetrospor hora. Essa modalidade é con-siderada muito segura, pois sendo

disputada em kartódromos, contacom áreas de escape projetadaspara as categorias bem mais velo-zes, sendo até maiores do que se-ria necessário para a velocidadeatingida pelos karts Sprint. Tambémnessa categoria existe o aluguel dekarts para o público e são freqüen-tes as provas abertas a pilotos ama-dores. O Kartódromo Internacio-nal de Joinville oferece o aluguelde karts dessa categoria a preçosnão muito maiores do que os prati-cados no Kart Indoor.

Entre todas as categorias dokartismo, a Sprint 6,5HP é a quecresce mais rapidamente na região.Criada há dois anos, como uma al-ternativa mais barata para quemquer praticar o kartismo como for-ma de lazer, a Sprint ganha cadavez mais adeptos. Muitos dos par-ticipantes dessa categoria organi-zam equipes, a fim de baratear osgastos com aluguel de equipamen-

to ou, para quem tem o kart, com amanutenção e peças. Os motoresutilizados nesse tipo de kart, por se-rem derivados de motores de moto-bombas e, portanto, resistentes, sãoideais para as provas de longa du-ração, como a 500 Milhas de Kart,disputada todo ano desde 1998.Essa prova é o maior desafio dokart amador da região e é aberta apilotos novatos. Nela os pilotos serevezam durante a noite inteira aovolante dos karts, uma verdadeiramaratona que conta com ingredi-entes como paradas para reabas-tecimento e troca de pneus paradesafiar a capacidade de planeja-mento dos participantes. A 500Milhas de Kart de Joinville deveacontecer, esse ano, no final de no-vembro. Além dessa prova, aindahá o Campeonato Citadino de Karte outras provas de longa duraçãoque aceitam a participação de pi-lotos não federados e iniciantes.

Se desde o início da década de70 o automobilismo tem sido umdos esportes individuais com mai-or volume de títulos conquistadospara o Brasil, somente agora, como crescimento de modalidades maisacessíveis em sua categoria debase, surge a oportunidade paramuitos de experimentar um poucoda emoção que seus ídolos sentem.

Entre todas as categorias do

kartismo, a Sprint 6,5 HP é a

que mais cresce na região

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ESPORTE

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POR DIVERSOS ANOS A NATA-ção de Joinville vem sendo destaqueno cenário estadual, nacional e, re-centemente, internacional. Nomescomo Andresa Marquardt, medalhistaem campeonatos brasileiros, váriasvezes campeã e recordista dos Jo-gos Abertos de Santa Catarina, Eduar-do Budal Age, Marcelo Fronza, Fran-cisco Manuel, Carlos Fischer e ou-tros nomes, fizeram, na década de80 e 90, a natação da cidade se des-tacar como uma das mais fortes doestado.

Estes atletas sempre representarama cidade sem ajuda alguma por parteda prefeitura ou iniciativa privada. Osrecursos para os campeonatos, eramadquiridos através de festas realiza-das pelas associações de pais, e deum eventual patrocinador que apare-cia em cima do campeonato para aju-dar.

Na metade da década de 90 paracá, novos nomes foram surgindo.Caso de Rodrigo Bittencourt,Djiovanni Meneghe-tti, Paulo HorstDiogo Hildebrand, Brian Frank,

O futuro da natação em JoinvilleLuis Gustavo Fusinato

Caxias retorna atividades após 25 anos

Novamente Joinville tem doistimes profissionais de futebol.O Caxias Futebol Cluberetornou suas atividades profis-sionais este ano após 25 anosde paralisação. Atualmente oCaxias participa do campeona-to estadual da 2ª divisão de San-ta Catarina. Fundado em 12 deoutubro de 1920 por um grupode 30 jovens dissidentes doAmérica Futebol Clube, oCaxias sagrou-se campeãocatarinense em três ocasiões,1929, 1954 e 1955. Sua históriaé cheia de glórias. Entre elasdestaca-se o Bi-campeonato

Jean Helfenberger

Eduardo Fisher, nadador olímipico de Joinville,

acabou treinando em clubes de outros Estados

Divulgação CBDA

invicto 1954/1955. Até hoje ne-nhum outro clube catarinenseconquistou essa façanha.

O time do Caxias protagonizouvários clássicos inesquecíveiscom o América futebol clube. “Acidade se transformava em se-mana de clássico, a zona sul dacidade era Caxias a zona norteera América” relembra JoãoCarlos Pereira, torcedor fanáti-co do Caxias. Com dificuldadesfinanceiras e sem patrocinado-res, os dois times não consegui-ram obter bons resultados de1970 até 1975. Sem dinheiro esem títulos resolveram pedir aju-da aos empresários joinvilenses.

Na época, o empresário JoãoHansen, um dos donos da TigreSA Tubos e Conexões (antigaCompanhia Hansen Industrial)colocou-se a disposição para aju-dar os times da cidade. SegundoNorberto Gottschalk, atual pre-sidente do Caxias, Hansen exi-giu apenas a fusão de Caxias eAmérica. “Hansen alegou quenão seria justo patrocinar ape-nas um já que não poderia ban-car as duas equipes”, afirmouNorberto. Da união do Caxias eAmérica surgiu, em fevereiro de1976, o Joinville Esporte Clube(JEC).

Após 25 anos ausente do cam-

Roberta Schatzmann, Luiza Ferreirae Eduardo Fischer. Mas as coisasnão mudaram muito. A partir de 1997a Prefeitura Municipal, começou adisponibilizar uma ajuda de customensal aos atletas de todas as mo-dalidades que representam a cidadenos Jogos e Joguinhos Abertos deSanta Catarina. Era uma quantia mui-

to pouca se considerar os gastos quecada atleta tem no mês, com trans-porte, alimentação e preparação físi-ca (Musculação). Apesar disso osatletas sempre “caíram na água” paradar o melhor, independentemente desalários, lutavam para que a cidadede Joinville não perdesse o prestígioda comunidade aquática estadual.

Uma esperança de melhorapara a natação na questão financeiraseria os expressivos resultados deEduardo Fischer a partir de 1998,quando, pela primeira vez foi convo-cado para integrar uma seleção bra-sileira, a Júnior. E depois já na sele-ção principal, participou da Copa doMundo, Olimpíadas de Sydney e re-centemente o Mundial no Japão. Comesses resultados era esperada umaconscientização por parte doempresariado local para que apoiassemais o esporte, dito “amador”, e prin-cipalmente a natação. O que nãoaconteceu, Eduardo teve que se trans-ferir em 1999 para um clube de ou-tro estado, o Minas de Belo Horizon-te e no outro ano o mega projeto doVasco da Gama acabou levando-o anadar pelo clube carioca, e com eleBrian Frank e Diogo Hildebrand.

As esperanças de Joinvillecaem sobre Osvaldo Sauer Neto 16anos e Joana Hildebrand, 14. ambostêm um futuro promissor, mas se nãotiverem um apoio por parte dos em-presários e da própria prefeitura, nãoconseguirão ir muito longe, infeliz-mente.

peonato catarinense a diretoriado Caxias entendeu ser este omomento oportuno pararetornar. O presidente do Caxiasdiz que a idéia apareceu no finalde 1995. A volta aoprofissionalismo tornou-se aindamais realidade com o ingresso doempresário Irineu Machado.Candidato derrotado na ultimaeleição do Joinville Esporte,aceitou o convite da diretoria doCaxias para ser o novo Vice Di-retor de futebol do Caxias.“Acredito que uma cidade, doporte de Joinville, necessita docalor de, pelo menos, duas tor-cidas”, afirma Irineu.

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Armas de brinquedodevem ter vendasproibidas pág. 3

Joinville aindaconserva metade desua cobertura vegetaloriginal pág. 4

Antiga fábrica viraCentro Cultural

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Cegos e crianças têmincentivos para apren-derem a ler pág.12

Natação local depende de incentivoAtletas de grande potencial, como o olímpico Eduardo Fischer, acabamindo treinar em outro Estados por falta de patrocínio.

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Saiba onde e quando visitaros museus de Joinville

Fotos: Luciano Zinelli da Rosa

Conhecida como Ci-dade dos Príncipes,das Flores, da Bicicle-ta e da Dança,Joinville também é aCidade dos Museus.Saiba onde estão equando funcionam osmuseus joinvilenses.

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Museu da Imigração (à esq.) eMuseu de Arte de Joinville são osmais visitados da cidade

Aumenta o interessepelo kart em Joinville

Cada vez mais cai omito de que o automo-bilismo é um esportecaro e para poucos. Oaumento do número depraticantes do kartis-mo prova isso.

pág. 14

Divulgação

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