II reinado (1840 1889)

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II Reinado (1840-1889)

Divisão para facilitar o estudo:

• 1ª FASE – PACIFICAÇÃO OU CONSOLIDAÇÃO (1840-1850)

• 2ª FASE – APOGEU (1850-1870)

• 3ª FASE – DECADÊNCIA (1870-1889)

1ª FASE – MOMENTOS MARCANTES

• Pacificação das Rebeliões Provinciais • Tarifa Alves Branco (1844) – taxas

alfandegárias com intuito de aumentar as receitas do Estado.

• Era Mauá - Período de surto industrial que viveu o País durante o Segundo Reinado.

• Criação do Parlamentarismo (1847) – D. Pedro II ficaria apenas com o poder Moderador. O executivo seria exercido pelo Presidente de Gabinete – “Parlamentarismo às avessas”

• “Eleições do cacete” – logo que D. Pedro II assumiu os liberais promoveram novas eleições (tentando recuperar o poder) em que usaram práticas nem um pouco sutis para conseguir vencer as eleições para o Legislativo. D. Pedro acabou dissolvendo a Câmara e nomeando Conservadores.

• Revolução Praieira (1848-50) – último foco de resistência liberal. Motivado pela destituição do Presidente de Província de Pernambuco – Manifesto do Mundo: conteúdo baseado no socialismo utópico, mas não falava em República nem em abolição da escravidão

A Era Mauáa)Incentivos a Mauá: Tarifa Alves Branco (1844) e Lei Eusébio de Queiroz (1850).

b) Investimentos de Mauá: • Fundição de ferro e bronze. • Construção de bondes e ferrovias. • Iluminação a gás.• Implantação de estaleiros.• Telégrafo submarino.• Navegação a vapor.• Banco Mauá & Cia, com filiais na Inglaterra, na Argentina, no Uruguai, em Paris e em Nova Iorque.

c) Falência de Mauá – Edição de uma nova tarifa alfandegária que reduzia as taxas sobre importação. Foi a chamada "Tarifa Silva Ferraz" (1865).

2ª FASE – MOMENTOS MARCANTES

• Apogeu do Café – grande valorização no mercado internacional

• Lei Eusébio de Queiroz (1850) – Proibição do Tráfico de escravos

• Lei de Terras (1850) – adquirir terra por compra• Estabilidade política – Gabinete da Conciliação

(1853): Liberais e Conservadores: “tudo farinha do mesmo saco”.

• 1868 – Divergências entre Caxias e os Liberais encerra o Gabinete da Conciliação.

• Questão Christie: Em 1863 o Brasil cortou relações diplomáticas coma Inglaterra.

2ª FASE – MOMENTOS MARCANTES

•Fortalecimento da política externa na América do Sul, principalmente na Bacia do Prata

1)Guerra contra Oribe e Rosas (1851):Os presidentes Manuel Oribe (Uruguai) e Juan

Manuel de Rosas (Argentina), buscavam criar um só país, o que desequilibraria as forças na bacia do Prata, uma vez que o novo país controlaria sozinho os dois lados do estuário do rio da Prata, vindo contra os interesses do Brasil na região.

D. Pedro II declarou guerra aos dois países, e mandou organizar um novo exército no Sul, sob cuidados do então conde de Caxias. Ele invadiu o Uruguai em 1851, derrubando Oribe e apagando a possibilidade do Uruguai se fundir com a Argentina.

2) Guerra contra Aguirre (1864):• No ano de 1864, a Argentina cortou relações com o

presidente nacionalista uruguaio Anastácio da Cruz Aguirre. Esta rixa diplomática elevou os ânimos dos uruguaios. Como resultado, propriedades de brasileiros no Rio Grande do Sul eram invadidas e saqueadas por revoltosos, e os brasileiros que viviam no Uruguai também eram perseguidos. D. Pedro II buscou saídas diplomáticas, mas não houve sucesso. Aguirre negou o ultimato que o Brasil deu, e ameaçou quebrar o Tratado de Limites de 1852, assinado entre os dois países.

• Desistindo das saídas diplomáticas, o Imperador buscou entendimentos com o general Venâncio Flores, que disputava o poder no Uruguai. Assim, em março de 1864 uma divisão do Exército brasileiro cruzou a fronteira, invadindo o Uruguai. A invasão durou 11 meses. Em 15 de Fevereiro de 1865, após alguns dias de sítio sobre Montevidéu, o presidente Aguirre rendeu-se, e foi deposto do cargo. Em seu lugar, foi nomeado Venâncio Flores, que assinou o acordo de paz com o Brasil em 20 de Fevereiro.

3ª FASE – MOMENTOS MARCANTES•GUERRA DO PARAGUAI (1864 - 1870)Causas: revolta do ditador Solano Lopéz com o crescimento

político brasileiro na região do Cone Sul. A guerra contra Aguirre foi o ponto final.

Projeto expansionista de Solano Lopez: Formar o "Grande Paraguai", o que daria para seu país uma saída para o mar e ampliaria a área de cultivo agrícola. O grande Paraguai seria formado pelo Paraguai, Uruguai, Rio Grande do Sul, parte do Mato Grosso e as províncias argentinas de Corrientes e Entre-Rios.

Observação - Todo o desenvolvimento paraguaio fez-se com capital nacional. Para a Inglaterra, o modelo econômico do Paraguai era muito perigoso e, portanto, tinha que ser destruído. O Paraguai antes da guerra era o país mais desenvolvido da América Latina. Início das ofensivas:

•Em novembro de 1864 houve a apreensão do navio Marquês de Olinda e a invasão do Mato Grosso, antes mesmo da declaração de guerra formal entre Brasil e Paraguai.

•Em março de 1865, López declara guerra a Argentina que desejava ficar neutra no conflito.

•Formação da Tríplice Aliança, em 1865, para invadir o Paraguai: Brasil, Argentina e Uruguai.

Consequências• Destruição do Paraguai. Cerca de 75% da população

foi dizimada pela guerra (genocídio). A indústria paraguaia foi destruída. O país teve que pagar uma enorme indenização de guerra.

• Endividamento da Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai) com a Inglaterra.

• Fortalecimento político do exército brasileiro, que se transformou num instrumento de contestação ao império escravista e, consequentemente, numa viga de sustentação das campanhas abolicionista e republicana.

3ª FASE – MOMENTOS MARCANTES

• Projeto Abolicionista:

1) Lei do Ventre Livre (1871)

2) Lei do Sexagenário (1885)

3) Lei Áurea (1888)

4) Desgaste da figura do Imperador

Questão Religiosa• No final do Império, um incidente de pouca relevância

acaba tomando uma dimensão inesperada: o padre Almeida Martins é suspenso pelo bispo do Rio de Janeiro por ter participado de uma solenidade maçônica. Na época, católicos e maçons convivem sem problema na cena política brasileira. Contrariando essa tradição, os bispos de Olinda, Gonçalves de Oliveira, e do Pará, Macedo Costa, proíbem a participação de maçons em confrarias e irmandades católicas. Dom Pedro II interfere e manda suspender a medida. Os bispos mantêm suas posições e, em 1874, são presos e condenados a trabalhos forçados. Recebem a solidariedade dos demais bispos e do Vaticano. Mais tarde são anistiados, mas a Igreja não perdoa dom Pedro e retira-lhe o apoio.

Oposição Militar• Desde a Guerra do Paraguai as relações dos

militares com o poder civil não são boas. O Exército transforma-se numa instituição organizada e coesa. O contato com os Exércitos da Argentina e do Uruguai, países republicanos, e a adesão de muitos oficiais à doutrina positivista, os leva a lutar pela República.

• Vários oficiais sentem-se encarregados de uma "missão salvadora": organizar uma espécie de "ditadura republicana", único caminho para corrigir os vícios da organização política e social do país.

Questão Militar• Em 1875 o Parlamento aprova o Regulamento

Disciplinar do Exército, que proíbe os militares de manifestar publicamente suas divergências e posições políticas. Em 1884, a punição do capitão Antônio de Sena Madureira por apoiar publicamente o fim da escravatura detona o enfrentamento entre os militares e o governo. Uma segunda punição pelo mesmo motivo ao oficial Ernesto Augusto da Cunha Matos agrava a crise. Manifestações políticas de militares eclodem por todo o país, apesar das tentativas do governo de sufocá-las. Em fevereiro de 1887, mais de 200 oficiais se reúnem no Rio de Janeiro com o marechal Deodoro da Fonseca, herói da Guerra do Paraguai e figura de grande prestígio, para exigir o fim das punições. O governo cede, mas não consegue apaziguar os militares, ansiosos pela República.

Questão Republicana• O movimento republicano cresceu muito mais

pelos problemas internos do II Reinado do que pela sua capacidade de arrendar correligionários.

• As disputas entre a aristocracia rural enfraquece este grupo frente a burguesia cafeeira.

• Em dezembro de 1870 surge no Rio de Janeiro o jornal A República, que publica o Manifesto Republicano, texto de referência para os republicanos brasileiros. Defende o federalismo em oposição ao unitarismo do Império, prega o fim da união Estado-Igreja e do Senado vitalício.

Questão abolicionista• Com as questões acima relatadas o único

grupo que ainda apoiava o imperador eram os “Barões do café” do Vale do Paraíba. Esta velha aristocracia estava enfraquecida economicamente, mas mantinha muito prestígio político.

• A Lei Áurea retirou a última chance de enriquecimento destes “barões” já que não receberam qualquer indenização pela libertação de seus escravos voltando-se contra o imperador.

Crise final• O próprio governo colabora para a adesão do marechal

Deodoro à conspiração ao nomear o visconde de Ouro Preto para organizar um novo gabinete, em junho de 1889. Ouro Preto propõe algumas reformas liberais: democratização do voto, diminuição dos poderes do Conselho de Estado, implantação do federalismo com maior autonomia para as Províncias e medidas de estímulo ao desenvolvimento econômico. Mas também tenta restaurar a disciplina no Exército e reorganizar a Guarda Nacional – medidas entendidas como interferência pelos militares. Deodoro adere primeiro à conspiração para derrubar Ouro Preto. No início de novembro de 1889, ele e o almirante Eduardo Wandenkolk também aderem ao movimento republicano e à conspiração contra o Império, já em curso.

Proclamação da República

• O golpe militar para derrubar o governo é preparado para 20 de novembro. O governo organiza-se para combater o movimento. Temendo uma possível repressão, os rebeldes antecipam a data para o dia 15. Com algumas tropas sob sua liderança, Deodoro cerca o edifício, consegue a adesão de Floriano Peixoto, chefe da guarnição que defende o ministério, e prende todo o gabinete. Dom Pedro II, que se encontra em Petrópolis, tenta contornar a situação: nomeia um novo ministro, Gaspar Martins, velho inimigo do marechal Deodoro. A escolha acirra ainda mais os ânimos dos militares. Na tarde do dia 15, a Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, em sessão presidida por José do Patrocínio, declara o fim da monarquia e proclama a República. Dois dias depois a família real embarca para Portugal, em sigilo.

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