Ilza Etienne Dessaune

Preview:

DESCRIPTION

Slides disponibilizados pela Professora Carla de Paula do Colégio Castro Alves - Cariacica

Citation preview

- ILZA ETIENNE DESSAUNE - CODINOME: “FLOR DE SOMBRA”

Karina de Rezende Tavares Fleury

Por que estudar as escritoras capixabas?

- Estudos feitos a partir dos anos 90, voltados à teoria e crítica

feminista apontam que o século XX foi o “século das luzes”

para a literatura feita por mulheres.

- Tudo isso, graças ao passo dado rumo ao magistério, por

consequência, às demais profissões.

ILZA ETIENNE DESSAUNE (28/10/1900 – 1988)

Filha de Francisco Etienne Dessaune e Auradina Santos Dessaune, Ilza E. Dessaune, nasceu na Vila do Itapemirim, ES, em 28 de outubro de 1900, e morreu no Rio de Janeiro, aos 88 anos. Estudou na Escola Normal do Estado do Espírito Santo, em Vitória, tendo aprendido francês e inglês.

Apesar de ter dedicado alguns anos de sua vida à tarefa de lecionar inglês no Ginásio do Espírito Santo, ela fez-se reconhecer pelo público leitor capixaba como poetisa e, sobretudo, como cronista.

Ilza Etienne Dessaune é mais um exemplo de mulher novecentista que driblou as amarras sociais que ainda insistiam em fazer do sexo feminino o símbolo da fragilidade.

Vinte e um anos após seu falecimento de nossa cronista, é real a constatação de que poucos sabem a respeito de “Flor de Sombra”, embora seus textos sejam encontrados com regularidade nos vários exemplares que ainda restam da Vida Capichaba.

OBRAPOESIA

Poema dedicado à Guarapari: “O nadador de pedra”, escrito nessa cidade, em janeiro de 1962.

 

O NADADOR DE PEDRA

(Poema à Guarapari)

 

Qual lâmpada de prata cinzelada

suspensa ao pálio azul do firmamento,

Iaci – a lua – se debruça airosa

a perscrutar a vastidão dos mares.

 

Dorme Guarapari – aldeia antiga

à beira das areias radioativas.

Corre serena a noite.

Nas encostas,

de verde matarias recobertas,

cintilam mais estrelas-pirilampos

que as estrelas do céu na látea-via:

 

Dorme tudo na noite tão serena...

Mas insone,

consumida de amor insatisfeito,

há uma alma que vela,

há alguém a sofrer oculta pena.

....................................................

PROSA

Revista Capichaba, Vitória, Ano 5, n. 97, 15 ago.1927, p. 30.

Revista Capichaba, Vitória, Ano 5, n. 88, 30 mar.1927.

Revista Capichaba, Vitória, Ano 6, n. 111, 09 fev.1928.

Recommended