O.T. Desenvolvendo a Cartografia no Currículo de Geografia 03.2014

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Material utilizado na O.T. de Geografia D.E. Andradina - Março 2014

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SEJAM BEM VINDOS!

Orientação Técnica:

“Desenvolvendo a Cartografia no Currículo de Geografia”

PCNP de Geografia: Eduardo Mendes

Materiais e momentos da OT em:

www.mutuageo.blogspot.com.br

LEITURA DO TEXTO:

COMPETÊNCIA PARA SE ORIENTAR NO ESPAÇO

ZABALA E ARNAU (2010)

ATIVIDADE 2

Cada participante se apresenta respondendo:

Nome;Escola em que leciona;Quais as dificuldades para se orientar na sala?Qual a importância do Ensino de Geografia, da Orientação Espacial e da Cartografia?

ATIVIDADE 03 – ESPAÇO DE FORMAÇÃO: COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

LEITURA DO TEXTO:

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: VOCÊ SABE LIDAR COM ISSO?

ADAPTADO DE GARCIA (2005)

ATIVIDADE 04 – AMPLIANDO CONCEITOS –

ORIENTAÇÃO ESPACIAL E CARTOGRAFIA

EVOLUÇÃO DA NOÇÃO DE ESPAÇO(ALMEIDA, PASSINI, CASTROGIOVANNI, KAERCHER)

Sua construção está associada a liberação progressiva e gradual do egocentrismo...

Piaget e Inhelder - 3 tipos de relações Espaciais

Relações Espaciais Topológicas: 1ªs a serem construídas Sempre estão em nosso cotidiano

Vizinhança: Porta-janela mesma parede Separação: Porta e Janela mesma parede porém

separadas Ordem: 1º porta, 2º parede, 3º janela Envolvimento: formam um plano/uma parte da casa... Continuidade: pontos colocados em sequência no espaço

Relações Projetivas-Pontos de vista: Inicialmente está na própria criança – aos

poucos é transferido para outras referências–(descentração) 3 fases:1ª da posição de objetos a partir do seu ponto de

vista (5-8anos)2ª a partir do ponto de vista do outro a sua frente

(8-11 anos)3ª colocando-se no lugar dos objetos distintos,

quando solicitado a situá-los entre eles (12 anos)

EVOLUÇÃO DA NOÇÃO DE ESPAÇO(ALMEIDA, PASSINI, CASTROGIOVANNI, KAERCHER)

Liberação do Egocentrismo...

Liberação do Egocentrismo...

Permite a transposição corporal para a geográfica estabelecendo relações Norte-Sul e Leste-Oeste num espaço de 3 dimensões ou no mapa.

“Dinâmica Hemisfério Corporal”

Barbante – Horizontal e Vertical “acima – embaixo” Deitar no chão – Ponto de vista A Terra está “solta” não existe acima – embaixo Qual a parte do seu corpo “está o Brasil”

Relações Euclidianas: Permite situar os objetos uns em relação aos outros

considerando um sistema fixo de referência conservando as superfícies e as distâncias.

“o sistema de coordenadas corresponde ao ponto de chegada de toda a construção psicológica do espaço euclidiano” (Antunes, 1987) – 10 a 12 anos

Evolução da forma de apreensão do espaço pela criança – 3 etapas:

Vivido Percebido Concebido aqui ali e lá

abstrato movimento observação reflexão

EVOLUÇÃO DA NOÇÃO DE ESPAÇO(ALMEIDA, PASSINI, CASTROGIOVANNI, KAERCHER)

Essa substituição não se dá de uma hora para outra Conciliam aspectos contraditórios (não é “este” ou

“aquele”, pode ser “este” e “aquele” Importância de uma alfabetização ampla e qualificada

CARTOGRAFIA

A CARTOGRAFIA NO CURRÍCULO DE GEOGRAFIA

Dividir em 7 pequenos grupos de 2 ou 3 pessoas (por série/ano)

Visualizar os Mapas contidos no Caderno do Professor/Aluno

Elencar os melhores e os piores mapas quanto a sua leitura/interpretação

Comentar sobre dificuldades/potencialidades de Leitura/interpretação

“O mapa é uma representação codificada de um determinado espaço real. Podemos até chamá-lo de um modelo de comunicação, que se vale de um sistema semiótico (signos) complexo. A informação é transmitida por meio de uma linguagem cartográfica que se utiliza de três elementos básicos: sistema de signos, redução e projeção”

“Ler mapas, portanto, significa dominar esse sistema semiótico, essa linguagem cartográfica. E preparar o aluno para essa leitura deve passar por preocupações metodológicas tão sérias quanto a de ensinar a ler e escrever, contar e fazer cálculos matemáticos” (ALMEIDA e PASSINI, 2010)

Para Piaget a criança necessita agir para conseguir construir conceitos e edificar os conhecimentos, ela sugere que se leve o aluno a elaborar mapas para torná-lo um leitor eficaz

A ação está em “fazer o mapa” reduzir proporcionalmente, estabelecer sistema de signos ordenados, obedecer um sistema de projeções para que haja coordenação de pontos de vista (descentralização espacial), familiarize-se com a linguagem cartográfica.

Vivendo estas dificuldades (ação-reflexão) ele irá construir noções profundas de cartografia – (Alfabetização Cartográfica)

(ALMEIDA e PASSINI)

COMO? ALMEIDA E PASSINI ORGANIZA 3 MOMENTOS NESSE PROCESSO DE CONSTRUÇÃO

Tarefas operatórias: orientação, observação de pontos de referência, localização, coordenação de pontos de vista, proporcionalidade, conservação de forma, tamanho e comprimento (arvore, ruas, postes, paredes, portas, chão – pontos de referência)

Atividades de codificação do cotidiano: função simbólica do mapeamento. Compreensão da relação significante X significado representados e organizados em legenda

Leitura propriamente dita: Decodificar, ligando o significante e o significado para melhor compreensão da legenda e toda simbologia dos mapas

“o ensino da representação não consiste em apresentar uma lista de palavras a aprender, mas antes no desenvolvimento da capacidade de representar o conhecimento já construído a nível prático” (PIAGET apud ALMEIDA e PASSINI)

SIMIELLI mostra a necessidade de se separar informações dos mapas para facilitar a compreensão: “os alunos entendem melhor as informações quando um mapa de hidrografia é estudado separadamente do relevo, mesmo que posteriormente haja correlação das informações, numa leitura mais complexa”.

PROBLEMATIZAÇÃO: DESENHO DA MÃO NO PAPEL

CONSTRUIR UM CROQUI DA SALA

Dividir em 6 grupos (2 ou 3 integrantes) Roteiro:1-Cada grupo constrói um croqui da sala utilizando

o maior espaço possível na folha previamente recebida. (Não fazer anotações na folha)

-É preciso reduzir (diminuir) o espaço -Como reduzir? -É preciso manter a proporção? Como? -Adotar uma unidade de medida padrão. Qual?

2-Os grupo trocam os croquis. 3-Cada grupo calcula a escala do croqui do outro. -Realizar o cálculo para descobrir a escala -Como podemos expressar esse resultado? -Como calcular a distância real utilizando a escala construída

ESCALA

“A escala de um mapa é a relação constante que existe entre as distâncias lineares medidas sobre o mapa e as distâncias lineares correspondentes, medidas sobre o terreno” (Joly, 2010, p. 17)

Numérica: 1/100.000 ou 1:100.000 ou 1_

100.000 Gráfica:

FRASE ENIGMÁTICA:

a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z

a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z

geografar e uma arte

A LINGUAGEM CARTOGRÁFICA

“A grande vantagem do mapa é permitir representar num plano os objetos observados sobre a superfície terrestre, ao mesmo tempo na sua posição absoluta e nas relações em distâncias e direções” (JOLY, 2010)

Semiologia Gráfica: permite avaliar vantagens e limites das variáveis visuais empregadas na simbologia cartográfica formulando regras de utilização racional (Bertin apud Joly, 2010)

Componentes de localização: latitude e longitude

Componente de qualificação: fundo do mapa (qualitativa, quantitativa ou ambas)

Modos de implantação(JOLY, 2010, p. 13)

ANIMAÇÃO PLANETA TERRA

PROJEÇÕESA maioria dos mapas é feita a partir

da projeção dos meridianos e paralelos curvos da esfera terrestre numa das figuras geométricas abaixo.

PROJEÇÃO CILÍNDRICANa projeção cilíndrica, a superfície

terrestre é projetada sobre um cilindro tangente ao elipsóide que então é longitudinalmente cortado e planificado.

PROJEÇÃO CÔNICA

Na projeção cônica, a superfície terrestre é projetada sobre um cone tangente ao elipsóide que então é longitudinalmente cortado e planificado.

PROJEÇÃO AZIMUTAL São projeções sobre um plano tangente ao

esferóide em um ponto. No tipo normal (ou polar), o ponto de tangência representa o pólo norte ou sul e os meridianos de longitude são linhas retas radiais que partem deste ponto enquanto paralelos de latitude aparecem como círculos concêntricos.

PROJEÇÃO AZIMUTAL CENTRADA NA CIDADE DE SÃO PAULO

OUTROS...

ANAMORFOSES

São mapas esquemáticos, sem escala cartográfica.

São representações em que as áreas sofrem deformações matematicamente calculadas, tornando-se diretamente proporcionais a um determinado critério que se está considerando.

‘‘muito mais que um conjunto de estatísticas ou que um

conjunto de escritos, a carta é a forma de representação

geográfica por excelência; é sobre a carta que devem ser

colocadas todas as informações necessárias para a

elaboração de táticas e estratégias. Tal formalização do

espaço, que é a carta, não é nem gratuita, nem

desinteressada: meio de dominação indispensável, de

domínio do espaço, a carta foi de início criado por oficiais

e para os oficiais. [...] A confecção de uma carta implica

num certo domínio político e matemático do espaço

representado, e é um instrumento de poder sobre esse

espaço e sobre as pessoas que ali vivem’’ (LACOSTE, Yves

2010, p. 23)

ATIVIDADE 05 – OUTRAS PRÁTICAS DE ENSINO

DE CARTOGRAFIA, LOCALIZAÇÃO E ORIENTAÇÃO ESPACIAL

ATIVIDADES PRÁTICAS

Projeções Cartográficas Desenhar na bola de isopor os continentes

conforme o globo terrestre tentando manter a proporção das formas e dos tamanhos.

Após o desenho pegue uma folha sulfite e a partir do “equador” envolva toda superfície da folha na bola de isopor

Verificar: Quanto mais afastado do equador maior o espaço

em branco entre as manchas Quanto mais afastado do equador maiores são as

distorções

ATIVIDADES PRÁTICAS: CONSTRUINDO OS PONTOS CARDEAIS NA SALA DE AULA Atribuir nome as 4 paredes Quem está mais perto e/ou mais longe das

paredes Construir noção de direção utilizando um ponto

de referência As paredes passam a ser referências para se

orientar No pátio da escola: Estabelecer os limites como sendo a sala de

aula Quando não temos paredes como podemos nos

orientar? Estabelecer... Parede onde o sol surge pela

manhã e parede onde o sol enconde-se a tarde. Após trabalhar com a rosa-dos-ventos.

Construir uma paisagem/local fictício ou real na caixa de sapato em três dimensões.

Temos que mandar esta maquete para um amigo distante.

Representar este espaço fidedignamente no plano bidimensional (mapa).

Construir símbolos dos elementos representados (legenda).

O espaço está muito grande, podemos construir um menor? Fazer em escala 1:2

Problematizar com os alunos “o aluno passa a ler o mapa que construiu”.

ATIVIDADES PRÁTICAS - MAQUETES

OUTRAS ATIVIDADES PRÁTICAS

Hemisfério Corporal no papel Um colega contorna os limites do corpo no papel Estabelecer “Equador corporal” Trocar os bonecos Estabelecimento de Hemisférios através de

legenda

BIBLIOGRAFIA UTILIZADA (ESTÃO NA RES. SE 52)

BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Parâmetros Curriculares Nacionais: geografia. Brasília, MEC/SEB, 1998.Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/geografia. pdf>. Acesso em: 12 fev. 2014.

SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo: geografia. In: Currículo do Estado de São Paulo: ciências humanas e suas tecnologias. São Paulo: SE, 2012, p. 25-27, 74-113. Disponível em: <http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/43/Files/ CHST.pdf>. Acesso em: 12 fev. 2014.

ZABALA, Antoni; ARNAU, Laia. Como aprender e ensinar competências. Porto Alegre: Artmed, 2010.

LACOSTE, Yves. A geografia – isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra. 16ª Edição. Campinas, SP: Papirus, 2010.

DURAND, Marie-Françoise et. al. Atlas da Mundialização: compreender o espaço mundial contemporâneo. Tradução de Carlos Roberto Sanchez Milani. São Paulo: Saraiva, 2009.

MARTINELLI, Marcello. Mapas da Geografia e da Cartografia Temática. 5ª Edição. São Paulo: Contexto, 2009.

***CASTROGIOVANNI, A. Carlos; CALLAI, Helena; KAERCHER, Nestor André. Ensino de Geografia: práticas e textualizações no cotidiano. 7ª Edição. Porto Alegre: Mediação, 2010.

BIBLIOGRAFIA UTILIZADA (COMPLEMENTAR)

GARCIA, Lenise Aparecida Martins Garcia. Competências e Habilidades: você sabe lidar com isso? Educação e Ciência On-line, Brasília: Universidade de Brasília. Disponível em: <http://www.educacao.es.gov.br/download/roteiro1_competenciasehabilidades.pdf> Acessado em: 12 fev. 2014.

JOLY, Fernand. A Cartografia. Tradução por Tânia Pellegrini. 13ª Edição. Campinas : Papirus, 2010.

***ALMEIDA, Rosângela, PASSINI, Elza Y. O espaço geográfico: ensino e representação. 16ª Edição. São Paulo: Contexto, 2010.

SOUZA, José Gilberto de; KATUTA, Ângela Massumi. Geografia e conhecimentos cartográficos. A Cartografia no movimento de renovação da geografia brasileira e a importância do uso de wmapas. São Paulo: Editora Unesp, 2001.

***SCHÄFFER, Neiva Otero, KAERCHER, Nestor André, GOULART, Lígia Beatriz, CASTROGIOVANNI, Antônio Carlos. Um Globo em Suas Mãos: práticas para a sala de aula. Segunda Edição. 3ª Edição. Porto Alegre : Penso, 2011.

Obs. *** Livros que trazem práticas para a sala de aula.

BOM RETORNO!

PCNP de Geografia: Eduardo Mendes

Materiais e momentos da OT em:

www.mutuageo.blogspot.com.br