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Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRADisciplina: Zoologia
Profª Andréa Bezerra de Castro
FILO MOLLUSCA
Caracteres Gerais
• Molusca: latim Molluscus, mole;
• É um dos maiores filos do Reino Animal;
• 50.000 espécies viventes e 35.000 fósseis;
• De quase microscópico até a lula gigante (18 m, 450 kg), e bivalves (1,5 m, 250kg);
• Podem ser herbívoros, carnívoros predadores, comedores de materiais filtrados, detritivos e parasitas;
• São usadas como alimento, por colecionadores, botões de madrepérola, pérolas;
Alguns moluscos são destrutivos
teredos ou cupins-do-mar e turus: destroem embarcações;
caracóis e lesmas frequentemente danificam jardins e outras vegetações;
caramujos servem muitas vezes de hospedeiros para perigosos parasitas (Achatina fulica);
o caramujo perfurador Urosalpinx rivaliza com as estrelas-do-mar na destruição de ostras.
O grupo inclui: quítons, escafópodes ou dentes de elefante, caracóis, lesmas, borboletas-do-mar, mexilhões, ostras, lulas, polvos e náutilus;
O plano corporal:
Cefalopediosa: é a mais ativa, contendo os órgãos de alimentação, sensoriais cefálicos e da locomoção. Depende da ação muscular para funcionar;
Massa Visceral: é a região que contém os órgãos do sistema digestivo, circulatório, respiratório e reprodutivo.
• Duas pregas da epiderme formam um manto ou pálio;
• Espaço entre o manto e a parede do corpo: cavidade de
manto ou cavidade palial;
• A cavidade de manto abriga as brânquias ou ctenídios ou
um pulmão;
• O manto secreta uma concha protetora sobre a massa
visceral
Concha perióstraco: é mais externa, conchiolina; prismática: carbonato de cálcio; camada nacarada: madrepérola (450 a 5.000 camadas ).
• Rádula é um órgão linguiforme raspador, protrátil, com fileiras de dentes diminutos, (250.000) flexionados em direção posterior.
• Tem dupla função:
raspar arrancando de superfícies duras as finas partículas de material alimentar;
servir como uma esteira condutora para o transporte de partículas num fluxo contínuo em direção ao trato digestivo.
Alimentação
Classe Scaphopoda
• Dentes-de-elefante ou dentálios;• São marinhos bentônicos; • Concha tubular;• O manto envolvem as vísceras;• Tem de 4 mm a 25 cm de comprimento;• O pé fica dentro do lodo ou areia, a extremidade mais afilada da concha fica exposta na coluna d'água;
Classe Scaphopoda
• O alimento é constituído de
detritos e protozoários;
• Longos tentáculos saem da
cabeça: captáculos;
• Os captáculos exercem uma certa
função sensorial,
• Possuem rádula e uma moela
trituradora;
• Os sexos são separados, e a larva
é uma trocófora.
Classe Gastropoda
• Caracois, lesmas terrestres e marinhas, lapas, búzios, litorinas, lebres-do-mar e borboletas-do-mar;
• Possuem rádula;
• O manto altamente vascularizado pulmão (pneumostômio)
• A maioria tem nefrídio único (rim);
• Sistemas circulatório e nervoso: bem desenvolvidos;
• Órgãos dos sentidos: olhos ou fotorreceptores simples, estatocistos, órgãos tácteis e quimiorreceptores (osfrádio)
Anatomia interna de um gastrópode
• Podem ser dióicos ou monóicos (troca de espermatozóides);
• Muitos realizam cerimônias de corte;
• Após a cópula, cada parceiro deposita seus ovos;
• Larvas trocóforas: livre-natantes;
Pomacea canaliculata
• O hábito alimentar varia com a forma e hábitat.
Conus purpurascens
Conus sp.
Torção
Destorção, incrustação e autopoluição.
Os órgãos sensoriais da cavidade do manto (osfrádios) testam melhor a água quando voltados na direção do deslocamento do animal.
Enrolamento
A classificação tradicional da classe Gastropoda
reconhecia três subclasses:
• Prosobranchia: a maior delas, com quase todas as
espécies marinhas;
• Opisthobranchia: todos são marinhos;
• Pulmonata: reunindo a maioria das espécies de água
doce e terrestres.
Prosobrânquios
• Caramujos marinhos, alguns de água doce e alguns caracóis terrestres;• Em Haliotis e Diodora: a autopoluição é evitada por furos na concha;• Possuem um par de tentáculos;• Os sexos são geralmente separados;• Um opérculo está frequentemente presente.
Haliotis kamtschatkana assimilis
Abalone
Opistobrânquios
• Lesmas do mar, lebres-do-mar, borboletas-do-mar e
conchas canoa;
• Quase todos são marinhos e de águas rasas;,
• Dois pares de tentáculos: rinóforos pregas lamelares
quimiorrecepção;
• A concha é tipicamente reduzida ou ausente;
• Todos são monóicos.
Lesma-do-mar Borboleta-do-mar
Lebres-do-mar
Pulmonados
• Caracóis terrestres, caramujos e lesmas; • Exibem alguma destorção;• Perderam os ctenídios parede vascularizada do manto tornou-se um pulmão;• O ânus e o nefridióporo: abrem-se próximos ao pneumostômio;• Espécies aquáticas: 1 par de tentáculos não retráteis, na base dos quais estão situados os olhos;• Formas terrestres têm 2 pares de tentáculos, com o par posterior dotado de olhos.
Lesmas
Caracol e caramujo
Classe Bivalvia (Pelecypoda)
• Duas valvas comprimidas lateralmente;
• Sem cabeça, rádula e cefalização é reduzida;
• Mexilhões, vieiras, ostras, teredos
• Variam em tamanho: l a 2 mm até l m de comp. e 225 kg.
• Produção de pérola: mecanismo preventivo (grão de areia, parasita, ou outro);
• Troca gasosa ocorre através do manto e das brânquias.
• A maioria é comedor de material filtrado;
• Sistema nervoso: três pares de gânglios
• Órgãos sensoriais: pobremente desenvolvidos.
Sarnabim
Mexilhão dourado
Ostra Vieiras
Estrutura da concha
• Fecundação é externa: 50 milhões de ovos;
• Larvas: trocófora, véliger e estádio de juvenil;
• Bivalves de água doce: fecundação é interna;
•Larva: gloquídio fixa-se às brânquias ou epiderme de um peixe e vivem como parasitas por várias semanas;
• “Pegadora de carona“: dispersão;
Perfuração
• Teredos ou Turus e Cupins-do-mar;
• Destrutivos: embarcações e ancoradouros construídos de madeira;
• Valvas com dentes microscópicos: raspadores de madeira;
Perfuração
• Pholas: perfuram rocha calcária, xisto, arenito e algumas vezes madeira ou turfa (30 cm).
Classe Cephalopoda
• Incluem as lulas, polvos, náutilus e sibas;• Todos são marinhos e predadores ativos;• O pé modificado está concentrado na região cefálica;• Variam em tamanho;• Registros fósseis: conchas muito elaboradas;• Rádula: bico córneo.
lula
polvo sibanáutilus
• Rádula: bico córneo.
Concha em Cefalópode
• Em Nautilus: câmaras de gás;
• As câmaras são conectadas por um cordão de tecido vivo denominado sifúnculo;
• Nas lulas: lamina córnea pena;
• Nos polvos a concha desapareceu por
completo.
Locomoção
• Nadam expelindo água: propulsão a jato sifão;
• Lulas e sibas são excelentes nadadoras;
• O corpo da lula é hidrodinâmico;
• Nautilus é ativo à noite;
• O polvo nada lançando jatos d'água pelo sifão, mas é mais
adaptado para rastejar sobre pedras e corais;
• Alguns polvos nadam à semelhança de uma medusa;
Respiração e Circulação
• Têm um par de brânquias (exceção dos nautilóides);• O sistema circulatório: rede de vasos, circulação fechada, e capilares que conduzem sangue através dos filamentos branquiais;• Coração branquial: aumenta a pressão sobre o sangue;
Sistemas Nervoso e Sensorial
• Sistema nervoso bem elaborados;
• Cérebro: milhões de células nervosas;
• Lulas: fibras nervosas gigantes;
• Olhos altamente complexos;
• Não distinguem cores, discriminam formas;
• São capazes de aprender por observação;
• Órgãos sensoriais bem desenvolvidos;
• Os braços com células tácteis e quimiorreceptoras;
Comunicação
• Sensibilidade táctil e química, e sinais visuais: expansão, enrolamento, elevação ou abaixamento de alguns ou de todos os braços;
• Mudanças de cores: cromatóforosperigo, coloração protetora, nos rituais de corte;
• Saco da tinta: glândula da tinta(sépia).
Reprodução
• Os sexos são separados;• Espermatozóide encapsulados: espermatóforos;• Órgão intromitente: hectocótilo;• Corte: exibição de cores;• Alguns octópodes cuidam da desova. • Um juvenil eclode do ovo.
• BARROS, L. A. A. Zoologia. São Paulo. Ed. Nobel, 1985.
• HICKMAN, C. P. JR.; ROBERTS, L. S. & LARSON, A. Princípios Integrados de Zoologia. Ed. Guanabara Koogan. 2004.
• STORRER et al. Zoologia Geral. 6ª edicão. São Paulo, Ed. Nacional, 1995.
• BARNES, R. D. Zoologia dos Invertebrados. 4ª edição. Roca. 1984.
• RUPPERT, E. E.; BARNES, R. D. Zoologia dos Invertebrados. 6ªedição. Roca. 1996.
• RIBEIRO-COSTA, C. S., ROCHA, R. M. Invertebrados: Manual de Aulas Práticas. 2ª edição. Ribeirão Preto, Holos, 2006.
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