Principais doenças da visão e audição dos equinos

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DOENÇAS DOS SENTIDOS NOS EQUINOS (olhos e ouvidos)Darllan SousaDouglainny BarrosNatália TarciraRayana FrançaWellison Nascimento

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃOCENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

MEDICINA VETERINÁRIADISCIPLINA: CLÍNICA DE EQUÍDEOS

PROF.DR CLAUDIO NINA

São Luís – MA2016

INTRODUÇÃO

Os equinos frequentemente apresentam lesões oculares, visto que tratar-se de uma espécie extremamente reativa aos estímulos externos.

(Mc Donnell, 2002)

Proeminência dos olhos Grande superfície corneana Natureza curiosa inerente

(Brooks & Matthews, 2007)

INTRODUÇÃO

Doenças oftalmológicas têm diversas etiologias

Maior Menor

Comprometer

Grau a visão

Podem afetar

Todas as estruturas do olho

Cada uma delas de maneira individualizada

INTRODUÇÃO

Tratamento e Recuperação

Agente etiológico Estrutura ocular envolvida Gravidade Cronicidade do caso

INTRODUÇÃO

ANATOMIA

Ocorrência de enfermidades oftalmológicas

3% a 27%

INTRODUÇÃO

(SOMMER, 1984; SZEMES & GERHARDS, 2000).

Frequência

Doenças Úvea 50%

Córnea 28%

INTRODUÇÃO

Doenças

Palpebrais

Conjuntiva e/ou da esclera

Sistema lacrimal

Humor vítreo

Lente(SOMMER, 1984; SPIESS, 1997).

Menos frequentes na

espécie equina

Doenças de maior freqüência

Uveíte recorrente equina (URE)

Prevalência de 8% a 25% nos Estados Unidos

INTRODUÇÃO

(GILGER at al., 2001).

EXAME CLÍNICO DO OLHO DOS EQUINOS

É importante observar um vasto histórico antes da realização do exame.

Precisa ser abordado de uma forma sistemática.

EXAME CLÍNICO DO OLHO DOS EQUINOS

O exame deve ter lugar em uma tenda escurecida

Sala de exame para limitar a dispersão de fontes externas de luz

Pode dissimular ou simular lesões

EXAME CLÍNICO DO OLHO DOS EQUINOS

Cabeça

Simetria

Movimentação

Aparência olhos e dos anexos

Traumatismos

Tamanho do globo ocular

Secreção ocular

Posicionamento do globo ocular

Blefaroespasmo

EXAME CLÍNICO DO OLHO DOS EQUINOS

Exames realizados

Reflexo de ameaça

Teste de Schirmer

Uso de Oftalmoscópio

Teste Fluorosceina

Tonometria

EXAME CLÍNICO DO OLHO DOS EQUINOS

PRINCIPAIS AFECÇÕES OCULARES

Entropio

Ectrópio

Carcinoma de células escamosas

Obstrução do canal nasolacrimal

Entrópio da pálpebra em um potro

Ulcera de córnea

Ceratites

Uveíte recorrente equina

Ceratoconjutivite

PRINCIPAIS AFECÇÕES OCULARES

PRINCIPAIS AFECÇÕES OCULARES

Glaucoma

Catarata

ÚLCERA DE CÓRNEA

É uma oftalmopatia comum que pode resultar em necrose progressiva, ulceração estromal profunda, ruptura do globo ocular e perda de visão como consequência da fibrose estromal.

(Mathes et al., 2010)

ÚLCERA DE CÓRNEA

ÚLCERA DE CÓRNEA

Córnea equina

Três camadas:

Epitélio, Estroma e Endotélio

Espessura total de 0,8-1mm

Avascularizada

(Brooks,2012).

(HELPER, 1989; SLATTER, 2001)

ÚLCERA DE CÓRNEACausas

Traumas

Corpo estranho

Anormalidades palpebrais dos cílios e aparelho lacrimal

Infecções virais e micóticas

Deficiências nutricionais

Queimaduras químicas

Imunopatias

(Brooks, 2012)

ÚLCERA DE CÓRNEA

Defeito no epitélio corneano

Permite a aderência e invasão de bactérias e fungos

Microbiota Natural

Intensa dor local e perda de visão temporária a permanente

Patogênicos

As úlceras são classificadas

Conforme a profundidade

Superficial

Profunda

Descemetocele

ÚLCERA DE CÓRNEA

Superficiais

Reparam-se por meio de migração e mitose de células basais num período de 4 a 7 dias, com mínima formação de cicatriz

ÚLCERA DE CÓRNEA

(Slatter, 2001)

Profundas

Ocorrem pelo envolvimento da camada estromal.

(Carneiro Filho, 2006)

ÚLCERA DE CÓRNEA

Descemetocele

Dor

Perda da transparência da córnea

Descarga ocular purulenta

Deposição de pigmentos

Fotofobia

Edema corneal

Epífora

Blefaroespasmo

Edema

Miose

SINAIS CLÍNICOS

Fig.10 Edema corneano e ulceração

TRATAMENTO

Dependem do agente etiológico

Estruturas oculares envolvidas

Gravidade e da cronicidade da lesão

Terapia

Medicamentosa Cirúrgica

TRATAMENTO Medicamentoso Limpeza com solução fisiológica

Administração de pomada oftálmica antibiótica tópica a base de clorafenicol administrada 4 vezes ao dia.

Antibióticos: utilizar 10 ml de gentamicina por 5 dias.

15 ml de flunixin meglumine 1 vez ao dia

TRATAMENTO Cirúrgico

Tarsorrafia

Retalhos de terceira pálpebra

Sutura direta de descemetoceles

Aplicação de adesivos teciduais

Retalhos conjuntivais

Transplantes

UVEÍTE RECORRENTE EQUINA(URE)

UVEÍTE RECORRENTE EQUINA(URE)

A URE é um síndrome imunomediada caracterizada por episódios repetidos de inflamação intraocular separados por períodos de quiescência clínica de duração variável

Mais importante causa de cegueira nos eqüinos

(Rebhun 1991)

(Gilger 2010)

UVEÍTE RECORRENTE EQUINA(URE)

Repetidos episódios de inflamação ocular interrompidos por períodos variáveis de quiescência clínica

(Davidson, 1991;1992)

Antigamente, relacionavam- se os episódios da doença às fases da lua, originando- se daí o nome “cegueira da lua”

(Severin, 1976; Beech, 1987)

Sem predileção

Idade

Sexo

Raça

(Jones, 1942; Slatter, 1990)

UVEÍTE RECORRENTE EQUINA(URE)

Acometer um ou ambos os olhos

1- Imuno-mediadas:o Bactérias: estreptococos, leptospirose e brucelose;o Vírus: influenza e adenovirus;o Parasita: estrongilos, onchocerca e toxoplasma;o Outras: qualquer doença que diretamente afete o olho ou cause

afecção sistêmica desencadeante de resposta imune.

2- Fatores nutricionais e hereditários não comprovados:o Deficiências de vitaminas A, B e C, predisposição hereditária.

Causas

UVEÍTE RECORRENTE EQUINA(URE)

(Kern, 1987; Glaze, 1990).

UVEÍTE RECORRENTE EQUINA(URE)

Presença de infiltrado linfocítico na íris e corpo ciliar.

Decorrência da inflamação uveal e a resposta da doença à terapia corticosteróide.

(Mair & Crispin, 1989)

Fisiopatogenia

Sinais clínicos

Variam de acordo com a localização anatômica da inflamação

Natureza e com a fase em que esta se encontra

UVEÍTE RECORRENTE EQUINA(URE)

(Hartley 2011, Maggs et al. 2008)

Fase Aguda Fase Crônica

Úlcera de córnea

Blefarite

Epífora

Blefarospasmo

Fotofobia

Hiperemia conjutival

Opacidade corneana

Miose

Fase Aguda

UVEÍTE RECORRENTE EQUINA(URE)

Pigmentos na cápsula anterior do cristalino

Degeneração, luxação ou subluxação do cristalino

Degeneração dos ligamentos zonulares (zônula) e do humor vítreo.

UVEÍTE RECORRENTE EQUINA(URE)

Fase Crônica

Diagnóstico

UVEÍTE RECORRENTE EQUINA(URE)

Exame oftalmológico minucioso

Realizar sempre um teste de fluoresceína

Ultrassonografia ocular

Biopsia conjuntival ocasionalmente revelará microfilárias de Onchocerca.

Fig. 12 Biópsia conjuntival

Tratamento

UVEÍTE RECORRENTE EQUINA(URE)

(Maggs et al. 2008)

1- Uso tópico são recomendados midriáticos e ciclopégicos Atropina 1-4% Fenilefrina a 10% 4-6 aplicações no primeiro dia e 2-4 nos dias subseqüentes.

2- Antibióticos e corticóides Gentamicina Dexametasona instiladas 4-6 vezes ao dia.

3- Pela via sistêmica Flunixin meglumine nos 3 primeiros dias.

CATARATA

É qualquer opacidade do cristalino, seja apenas da cápsula

e da substância própria que o forma ou somente da

substância própria. Tipos:

1- Congênitas : logo após o nascimento.

2-Juvenil: Hereditário, lesões

ou inflamatória.

3-Senil: Estado degenerativo do metabolismo do

cristalino.

4- Traumática: Lesões sobre o globo ocular.

CATARATA

Sintomas:Variam conforme a natureza do processo e a causa.

►Opacidade do olho.

►Reflexo cinza-azulado, brilhante, que não deve ser

confundido com a opacidade da córnea.

CATARATA

Alterações de coloração e opacidade dependem

muito do estágio de evolução da catarata e do

grau de comprometimento do cristalino.

Diagnóstico1- Definitivo Oftalmoscopia

2- HistóricoComum em animais com oftalmia periódica.

3- SintomasVisão bastante prejudicadaDistinguindo apenas vultos Animais chocando-se contra objetos(bilateral).

CATARATA

Tratamento:

1- Corticosteróides subconjuntivais e colírios clarificantes Clarvisol

Tratamento médico só fornece algum resultado favorável nos casos iniciais ou quando não existe envolvimento hereditário.

2- Cirurgicamente extraindo-se o cristalino. Em cataratas senis, ou em fase de degeneração e atrofia do

cristalino

CATARATA

CONJUNTIVITE

É o processo inflamatório que acomete a conjuntiva palpebral.

► Primária: no globo ocular e seus anexos

► Secundária: outros processos gerais ou sistêmicos

Etiologia:

1- Traumática: devido a ectrópio, entrópiom, triquíase , corpos estranhos

2- Tóxica (alimentar)

3- Alérgica

4- Infecciosa.

CONJUNTIVITE

• As causas mais comuns de conjuntivite nos cavalos são as irritações causadas pelo vento, quando o animal é transportado de caminhão, por corpos estranhos como areia, palha de arroz e por sementes de gramíneas.

CONJUNTIVITE

Sintomatologia:

►Hiperemia conjuntival acompanhada ou não de congestão dos vasos esclerais.

►Quemose (edema conjuntival)

►Secreção ocular 1- Seroso 2- Mucóide 3- Purulentas

►A dor

CONJUNTIVITE

Tratamento:

Controlar todas as causas que possibilitem irritação conjuntival e, quando secundária a afecções sistêmicas, tratar a doença primária.

1- Sintomático lavagem com água boricada ou solução fisiológica para a retirada da

secreção. 2- Colírios e pomadas com antibióticos cloranfenicol e gentamicina

3- Antiinflamatórios corticosteróides, o que reduz consideravelmente a resposta inflamatória.

CONJUNTIVITE

OUVIDO

INTRODUÇÃO

• É considerado como o segundo sentido mais bem desenvolvido, depois da visão.

Normalmente interage intensamente com a visão e olfato.

• Suas bem equipadas orelhas, possuem, cada uma, um aparato de 10(dez) músculos que as

fazem se mover de forma independente ou junta.

• Quando estão descansando ou totalmente descontraídos, as orelhas, ficam semi-fechadas

ou semi-serradas e voltadas para traz e para baixo, porém relaxadas.

• Primeiro e segundo nervo cervical, usado como teste de reflexo ao aprofundamento

anestésico.

• Perda auditiva com a idade, entre os adultos (5 a 9 anos) e os idosos (15 a 18 anos).

• Os cavalos, possuem um limite de percepção sonora alta, ou seja, superior ao do ouvido

humano e por isso falamos que podem ouvir ultra-sons.

• Causas

ParasitasObjetos EstranhosLesões Picadas de Insetos

• Sintomas

Sacudir das OrelhasInchaço

• Diagnóstico

Lesões traumáticas do pavilhão

Ferimentos causados por arames ou devidos à contenção são comuns; feridas cutâneas simples e regulares do pavilhão auricular, são

tratadas por limpeza com solução antissépticas como Iíquido de Dakin, água oxigenada 10 volumes ou álcool iodado, ou suturadas para que possa ocorrer uma cicatrização por primeira intenção;

as feridas infectadas são tratadas como feridas de cicatrização por segunda intenção;

frequentemente, os ferimentos apresentam miíases e degeneração da cartilagem

da orelha que, em razão da extensão da ferida, poderá atrofiar-se, deixando o

cavalo "troncho".

retirar inicialmente as larvas de mosca; aplicação de substâncias larvicidas na lesão; remover todo o tecido necrosado, inclusive restos de

cartilagem, raspando a ferida com uma lamina; lave-a bem com solução antisséptica; aplique pomada cicatrizante e repelente que pode ter a

seguinte formulação: 2 partes de óxido de zinco; 1 parte de sulfa em pó; 1 pitada de triclorfon pó ou outro larvicida em pó; adicionar óleo de fígado de bacalhau até adquirir

consistência "cremosa".

TRATAMENTO

curativos devem ser diários, até que ocorra a epitelização da lesão;

não esquecer de introduzir um chumaço de algodão no fundo do conduto

auditivo quando for realizar o tratamento;

com finalidade de impedir o escoamento do antisséptico para o conduto do

ouvido externo;

retirar o mesmo logo após o curativo.

Parasitos e corpos estranhos

Carrapatos da espécie Anocenter nitens frequentemente atacam os equídeos;

instalam-se em grande quantidade na face interna do pavilhão auricular, causando graves lesões;

durante o período de sucção, secretam uma substancia Iíquida, semelhante a sangue coagulado, levando a intensa irritação local;

TRATAMENTO: carrapaticidas por aspersão; ou somente local, quando o único ponto de invasão for as orelhas,

polvilhando-se carrapaticida em pó; as lesões devem ser tratadas com antissépticos e pomadas

cicatrizantes. PROFILAXIA: banhos carrapaticidas em animais infestados; higienização das orelhas com limpeza e corte dos pelos a cada 60

dias.

quanto aos corpos estranhos no pavilhão auricular e no conduto auditivo externo, a maior frequência é a de palha de arroz ou serragem de camas de baia ou de forração do assoalho de "trailer" ou caminhão de transporte;

estes deixa o animal inquieto, irritam a mucosa do conduto auditivo e podem produzir otite externa;

animais transportados em caminhões com cama de palha de arroz e que se apresentam em decúbito lateral devem ter seus olhos e ouvidos examinados e limpos ao término da viagem.

Papilomatose auricular

Afecção viral que pode acometer além do pavilhão auricular, os lábios e

narinas dos equinos e, mais raramente, as pálpebras e os membros;

os papilomas são formados por hiperqueratose do tecido; apresentam tamanhos variados de 0,5 a 20 cm.; únicos ou múltiplas brotações de coloração esbranquiçada; a forma de acometimento pela virose ainda não foi bem elucidada; sabe-se que há um fator imunológico envolvido; além do contato com outros portadores; e possível transmissão por insetos voadores.

porém em grande quantidade, podem receber tratamento cirúrgico através de ressecção com bisturi elétrico;

cauterização química; ou por crio cirurgia. vacina autógena: várias regiões do corpo do animal apresentam grande

quantidade de papilomas; desenvolvimento de imunidade com o tempo; quando é grande o número de animais atingidos; aplicação subcutânea em dose única, repetida semanalmente

durante quatro semanas.

algumas vezes, a simples remoção manual de alguns papilomasproporciona ao organismo entrar em contato com o vírus, produzindo resposta imune, combatendo o papiloma, que poderá desaparecer par completo.

Otite externa

Inflamação que envolve o canal auditivo externo e algumas vezes os tecidos do

pavilhão auditivo;

baixa incidência nos equinos; constitui sempre afecção de extrema gravidade; podendo ser uni ou bilateral; causada frequentemente por infecção bacteriana mista; predisposições para a afecção: higienização precária dos ouvidos; falta de corte dos pelos das orelhas; presença de ectoparasitos e de corpos estranhos; banhas frequentes, sem a devida proteção do conduto auditivo com

algodão; exercícios para treinamento ou fisioterapia em represas ou raias de

natação.

Sinais de alterações no ouvido interno: intenso prurido; dor continua ou intermitente; aumento de temperatura local; animal irritado e inquieto; movimentos de lateralidade da cabeça; secreção, geralmente fétida. as bactérias isoladas nos casos agudos: Staphylococcus aureus; Staphylococcus sp; Streptococcus sp. sintomas nos casos agudos: hiperemia; dor; aumento de temperatura local; Secreção.

Otite média e interna

Raras nos equinos, apresentando sintomas graves, como desequilíbrio e quadros de comprometimento do sistema nervoso central;

decorrem: de processos ascendentes do ouvido externo; traumatismos; fraturas de crânio e hemorragias; infecções sistêmicas; drogas tóxicas, etc. quadro clínico é extremamente variado e está na decorrência da

extensão do processo e da participação de microrganismos;

quando traumática, atingindo a região parietal e temporal, produzem

manifestações clínicas neurológicas de compressão; porém, em situações de participação bacteriana ascendentes do

ouvido externo e médio, a manifestação clínica é de encefalite e o animal irá apresentar-se apático, deprimido, anorético, dismétrico e até incoordenado;

outras vezes, anda em círculo e apresenta dificuldade visual; com a evolução o cavalo poderá permanecer em decúbito lateral

com movimentos de pedalagem e opistotomo nas fases finais.

TRATAMENTO BASE

antibioticoterapia de amplo espetro sistêmica, até a remissão dos sinais neurológicos;

apesar da possível recuperação, permanecerão sequelas neurológicas indesejáveis e limitantes ao bom desempenho do cavalo.

Timpanismo das bolsas guturais

Afecção relativamente rara; pode acometer potros com menos de um ano de idade; causa provável: disfunção do óstio-cartilaginoso que da acesso as bolsas guturais; no mecanismo de entrada e saída do ar durante os movimentos de

deglutição; por má-formação das trompas de Eustáquio; ou ainda por acúmulo e fermentação do catarro existente na

mucosa de revestimento.

SINTOMAS: tumefação na altura da região parotídea (triangulo de Viborg), sem

flutuação e com sonoridade timpânica devido a presença de ar; compressão digital a deformação pode se desfazer momentaneamente; os animais afetados podem apresentar sinais de dificuldade

respiratória, devida a compressão da faringe; ocasionalmente, sinais de disfagia. potros ao nascimento ou nos primeiros dias de vida, podem manifestar

os sinais do timpanismo que, com possível para processo catarral com corrimento nasal.

estes quadros são denominados de pneumoguturocistite e podem evoluir para a formação de empiema das bolsas guturais;

o tratamento clinico ineficaz, devendo-se recorrer a correção cirúrgica do problema;

duas técnicas são preconizadas para a correção: uma produz ampliação do orifício faringeano da bolsa gutural; a outra requer a formação de fenestração entre a bolsa direita

e esquerda. quando o processo é antigo e envolve as duas bolsas guturais,

pode-se intervir cirurgicamente associando-se as duas técnicas com resultados satisfatórios.

Empiema das bolsas guturais Processo inicialmente inflamatório da mucosa de revestimento da

bolsa gutural podendo evoluir de um processo catarral, por acúmulo de secreção mucóide, para um processo purulento, caracterizando o empiema (acúmulo de pus);

desenvolvimento relacionado a processos circunvizinhos: faringites ou abscessos retrofaríngeos; sequela de garrotilho, o que é mais comum. não obstante, casos de afecção da bolsa gutural causada por fungos

tem sido diagnosticados;

SINTOMAS MAIS EVIDENTE: corrimento nasal mucopurulento, uni ou bilateral, que se

intensifica durante a mastigação e deglutição, ou quando o animal abaixa a cabeça para pastar;

infartamento dos linfonodos pré-paratídeo e submandibular; se o pus não flui pelas narinas, ou a quantidade eliminada for

pequena em relação ao que está acumulado na bolsa gutural, ocorre aumento de volume junto a região parotídea, denominada de triângulo de Viborg, dificultando a deglutição e respiração, fazendo com que o animal procure manter a cabeça em extensão;

assim a traqueotomia de emergência se faz necessária, devido a intensa dificuldade respiratória, o que pode levar o animal a cianose e morte por asfixia.

Nos processos desencadeados por fungos (micose da bolsa gutural), poderá ocorrer hemorragia causada por ruptura da artéria carótida interna, produzindo quadro clínico de severa gravidade.

diagnóstico: sintomas evidentes de descarga purulenta pelas narinas; aumento de volume no triângulo de Viborg. a confirmação é realizada em hospitais mais sofisticados pela

rinolaringoscopia e pelo cateterismo da bolsa gutural ou pela punção com aguIha da bolsa gutural;

as lesões decorrentes da micose da bolsa gutural são diagnosticadas por endoscopia que revelará placa micótica situada por sobre a artéria carótida interna e estruturas circunvizinhas.

TRATAMENTO drenagem e lavagem da bolsa com soluções antissépticas ou a

remoção cirúrgica do conteúdo purulento e da mucosa da bolsa; os lavados podem ser realizados pela sondagem da bolsa gutural

pela via nasofaringeana com auxílio de pipeta plástica flexível ou pela endoscopia;

tratamento cirúrgico deve ser precedido pela antibioticoterapia utilizando-se penicilina G benzatina na dose de 40.000 a 50.000 UI/kg, pela via intramuscular, a cada 72 horas, ou, quando realizada cultura e antibiograma, o antibiótico em que o microorganismo for mais sensível;

se o animal apresentar dificuldade respiratória com mucosas e conjuntivas

cianóticas, faz-se imediatamente a traqueotomia por incisão envolvendo o 3°, 4° e 5° anéis traqueais;

casos de micose da bolsa gutural devem ser tratados cirurgicamente com a laqueadura da artéria carótida interna e terapia local e sistêmica com drogas antifúngicas.

Cisto dentígero

Tecido dentário embrionário; anormalidade de desenvolvimento de tecido odontógeno,

heterotopia dentária branquiógena; má-formação congênita; desenvolvimento lento, junto a porção petrosa do osso temporal,

na região frontal ou no seio paranasal; maior ocorrência localização temporal, junto a base do pavilhão

auricular.

A afecção manifesta-se plenamente aos dois anos de idade; quando localizado na região subauricular, aparece como um

aumento de volume; o processo frequentemente é de consistência pétrea; à radiografia imagem de tecido dentário. tratamento definitivo: extração do tecido dentário; animal sob anestesia geral; recalcamento, em alguns casos, necessário.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BROOKS, E.Dennis. Oftalmologia para veterinários de Eqüinos. São Paulo: Roca. p.2-31. 2005.

Cotovio, M.; Almeida, O. C.; Oliveira, J. E.; Paulo., J. R.; Peña, M. T. Tratamento cirúrgico e médico (5-fluorouracilo) de um carcinoma das células escamosas na membrana nictitante de um cavalo. Revista portuguesa de Ciências Veterinárias. 100(555-556); p. 219-221. 2005.

Dearo, A. C. de Oliveira; & Souza, M. Batista. UVEÍTE RECORRENTE EQÜINA (CEGUEIRA DA LUA). Ciência Rural, Santa Maria, v. 30, n. 2, p. 373-380, 2000.

Thomassian, Armen. Enfermidades dos cavalos. São Paulo: livraria Varela, 1997, p.553–555.

Enfermidade dos Cavalos, Thomassian, Armen.

OBRIGADO!!

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