Texto narrativo

Preview:

DESCRIPTION

 

Citation preview

O que é narração?

É o texto que relata fatos ou acontecimentos reais ou fictícios, de forma linear ou não-linear,com a participação de personagens cuja ação é contada por um narrador.

Narrador ou foco narrativo 3ª pessoa: narrador observador ou onisciente (tudo

sabe). 1ª pessoa: narrador-personagem (participa).

Personagens Definem-se física e psicologicamente pela

descrição.

Espaço Lugar em que se desenrolam as ações: cenário.

Elementos da narrativa:

Tempo

Cronológico (tempo real) ou psicológico (tempo mental)

Enredo

Sucessão de fatos ( apresentação, conflito, clímax e desfecho)

Tipos de discurso

O discurso – ou fala – pode ser apresentado, basicamente de três modos:

Discurso diretoO narrador apresenta a própria personagem falando

diretamente.- Peri, disse empalidecendo, não desças, volta!

(José de Alencar. O Guarani.)

Discurso indireto O narrador conta aos leitores o que a personagem

disse, reproduzindo as suas palavras.

Não olhava para ele o padre, mas para fora, com uns olhos dolorosos e o gesto impaciente. Quando ele acabou, fitou-o com resolução: disse-lhe que se tratava de casar Helena, não com um marido especial, mas com o que ela própria escolhera de sua vontade livre; casamento que cumpria fazer sem demora.

(Machado de Assis. Helena)

Discurso indireto livre É a representação da “fala” interior da personagem, diretamente

incluída na linguagem do narrador.

No discurso indireto livre em vez de apresentar a personagem em sua voz própria (discurso direto), ou de informar objetivamente o leitor sobre o que ele teria dito (discurso indireto), aproxima o narrador e personagem, dando-nos a impressão de que passam a falar em uníssono.

(...) Como pudera ela dar à luz aqueles seres risonhos, fracos, sem austeridade? O rancor roncava no seu peito vazio. Uns comunistas, era o que eram; uns comunistas. Olhou-os com sua cólera de velha. Pareciam ratos se acotovelando, a sua família.

(Clarice Lispector, LF. 56)

Do discurso direto para o discurso indireto

Discurso direto discurso indireto

Presente do indicativo

Todos os presentes disseram:

- Não votamos nele.

Imperfeito do indicativo

Todos os presentes disseram que não votavam nele.

Perfeito do indicativo

O moço perguntou:

- Ela não assinou o requerimento?

Mais-que-perfeito do indicativo

O moço perguntou se ela não assinara (tinha assinado) o requerimento.

Do discurso direto para o discurso indireto

Futuro do presente

O mecânico garantiu:

- Eu consertarei a moto.

Futuro do pretérito

O mecânico garantiu que consertaria a moto.

Presente do subjuntivo

- Duvido que a assembleia aprove a proposta do governo – disse –lhe o sindicalista.

Imperfeito do subjuntivo

O sindicalista disse-lhe que a assembleia aprovasse a proposta do governo.

Imperativo

- Passe-me o sal – pediu-me ela.

Imperfeito do subjuntivo

Ela pediu-me que lhe passasse o sal.

Do discurso direto para o discurso indireto

eu, nós, você(s), senhor(a) (s)

A garota afirmou:

- Eu amo ler.

ele(s), ela(s)

A garota afirmou que ela amava ler.

meu(s), minha(s), nosso(a) (s)

- Meus pais participarão da campanha – disse o menino.

seu(s), sua(s), dele(a) (s)

O menino disse que seus pais participariam da campanha.

este(a)(s), isto, isso

- Isso lhe pertence? – perguntou.

aquele(a)(s), aquilo

Ele perguntou se aquilo lhe pertencia.

Do discurso direto para o discurso indireto

hoje, ontem, amanhã

- Hoje não posso atendê-lo – disse o dentista.

naquele dia, no dia anterior, no dia seguinte

O dentista disse que naquele dia não podia atendê-lo.

aqui, cá, aí

- Não entre mais aqui! – afirmou Ivo.

ali, lá

Ivo afirmou que não entrava mais ali.

Vamos reconhecer os elementos da narrativa no texto abaixo:

Quadrilha

João amava Teresa que amava RaimundoQue amava Maria que amava Joaquim que amava LiliQue não amava ninguém.João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto FernandesQue não tinha entrado na história.

Carlos Drummond de Andrade. Antologia poética.

Atividade Criação de conflito

Escolha uma das cenas sugeridas para desenvolver um enredo. Em seguida, você irá propor um ou vários conflitos que despertem e instiguem a imaginação dos leitores e sua curiosidade sobre o desfecho da história.

Cena A – Você acorda, de madrugada, com sede. Levanta-se para ir até a cozinha e ...

Cena B – Você chega apressado ao prédio, toma rapidamente o elevador e ...

Transforme o discurso direto em indireto.a) Ele me pediu: - Saia um instante.b) Ele afirmou: - Desta hora em diante, tudo será diferente.c) A mulher implorou-me: - Ajude-me!d) O garoto disse: - Não posso ficar mais aqui porque já é muito

tarde.

Transforme o discurso indireto em direto.

a) O menino pedia ao pai que não o deixasse sozinho.

b) O menino garantiu-me que aquela operação tinha sido necessária.

c) O policial perguntou quem era o culpado pelo acidente.

Continuar a narrativa

Continue o início dado, desenvolvendo um enredo de amor, de terror, suspense policial ou ficção científica:

Mario, de pijama, escrevia uma carta no computador quando...

Recommended