Um olhar sobre Abril

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Senhora Júlia

78 anos

Presenciou o 25 de Abril

de 1974

Comunista

Senhor Frederico

19 anos

Não presenciou o 25 de

Abril de 1974

Anti-comunista

• Rita – aluna 12º ano – com o objectivo de comentar o 25 de Abril, tendo em conta as mentalidades de todos.

“O povo era oprimido, não tinha

liberdade de expressão e os nossos

jovens morriam numa guerra sem

sentido. As vidas familiares,

normalmente, eram dependentes dos

maridos/pai porque as mulheres não

tinham direito ao voto e apenas

faziam o que estes lhes exigiam.”

“ Não existia liberdade nem

direitos e o povo vivia dependente

do regime. Não sei dados

concretos pois não presenciei o 25

de Abril, apenas sei alguns dados

históricos.”

Senhor Frederico

Rita – Antes do 25 de Abril o povo vivia dependente do regime politico e, não só, principalmente, dos maridos/pai que utilizavam as mulheres como bem queriam. Vivia-se numa época em que a palavra liberdade não existia.

“Uma grande alegria porque foi o

dia em que ficamos livres do

regime opressor.”

“ O 25 de Abril para mim não

passou de uma revolta do povo

contra o regime politico da época.”

Senhor Frederico

Esta data foi bastante importante, apesar de não ter vivido o momento, hoje vivo o que esta revolução me ofereceu, ou seja, a liberdade. Foi a partir daqui que tudo começou, que o mundo conheceu o verdadeiro sentido da palavra LIBERDADE, que a mulher se emancipou, podendo votar e trabalhar.Assim sendo, tudo o que hoje é banal para nós, como namorar no quarto ou sair até ás tantas da noite, foi concebido pelo 25 de Abril graças aos soldados que hoje, raramente, são lembrados.

“Vivo na mesma, com a alegria de

ser livre, mas, com a mágoa de ver

que as pessoas não valorizam as

pessoas que lhes deram a

liberdade. Confundido a liberdade

com a libertinagem.”

“ De forma normal, esta revolução

não foi importante para mim de

forma a celebra-la com grande

euforia.”

Senhor Frederico

Rita – É uma data que me faz confusão, pois sinto que o povo para conseguir a liberdade teve de ser bastante unido o que nos dias de hoje não acontece.Eu não o celebro de forma diferente mas esse dia é vivido com mais mentalidade e, valorizo muito mais a vida e a vontade de viver.

“Sim. Embora não tenha sido

compreendido por todos.”

“No meu porto de vista foi bom

termos obtido a liberdade de

expressão, mas por outro lado foi

mau devido a termos obtido mais

corrupção no país.”

Senhor Frederico

Rita – não esta, mas todas, as revoluções são positivas, fazem com que o povo se una e que as mentalidades de cada um se expressem mesmo não sendo todas aprovadas e levadas avante, o simples facto de expor o que sentido e o que não nos agrada faz de nos um povo opinioso e, leva aos altos cargos da sociedade a conhecerem o que se passa. Tomando sempre medidas, podendo estas serem positivas ou negativas para quem as reclama.

“Sim, pois todos defendem a

liberdade.”

“Com vontade do povo tudo se

consegue, se não tivermos colados

ao governo e quisermos melhorar

o país, aí sim é fácil fazer-se uma

revolução.”

Senhor Frederico

Rita – Embora a dona Júlia considere que sim, eu , penso que não. Porque como já referi anteriormente o nosso povo, o português, não é unido. É um povo que não valoriza a própria nacionalidade e aceita todos os imigrantes dando lhes tudo do melhor, enquanto que aos da mesma raça renegam e, apesar disso, não ajudam.

“Criava contra a igualdade das

raças e das classes sociais.”

“Contra todos os imigrantes que

entram no nosso país, estão a

furtar os nossos postos de

trabalho. Já chega os nossos

criminosos não precisamos dos de

fora.”

Senhor Frederico

Rita – Contra a entrada de outras raças na nossa sociedade, concordando com o testemunho Frederico, penso que o nosso povo já não é português, ou melhor, não é típico português, aceita tudo e todos.A meu ver esta aceitação só nos prejudica e, até nos jogos de futebol tudo é brasileiro ou africano só nos falta os chineses. Apenas pergunto onde está o orgulho português?

Este trabalho foi realizado com base no depoimento de duas mentalidades

opostas. A Dona Júlia, que presenciou a revolução, antes após e depois, e o

Senhor Frederico, que não presenciou mas que conhece os dados históricos

do seu país.

Porem todos estes dados são validos. E na minha opinião esta revolução fez

bem ao nosso povo, no momento e anos depois, mas, agora o povo

confunde-se e, não se orgulha de ser português.

Rita E. SantoNº 1412ºA

Escola D. Fernando II

História AProf. João Vinagre