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Retrata os principais acontecimentos ambientais do ano de 2012.
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Retrospectiva 2012
os principais acontecimentos
ambientais do ano
Felizmente, as teorias e
interpretações sobre o Calendário Maia
estavam erradas, e o mundo não acabou
no dia 21 dezembro. Assim, podemos
relembrar os acontecimentos que
marcaram o ano, avalia-los, e refletir
sobre suas consequências no futuro.
RIO+20:
O FUTURO QUE
QUEREMOS?
A Conferência das Nações
Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável (Rio +20) aconteceu em
junho de 2012, e representava grande
expectativa da população e
comunidade cientifica para um
consenso na construção de um futuro
sustentável.
O documento final da Conferência,
intitulado “O Futuro que queremos”, tem
53 páginas, 283 tópicos, e pouco se
menciona sobre a questão climática.
Tratando o tema de maneira ínfima, e sem
profundidade. O texto final trata de “n”
questões, como igualdade de gênero entre
outras – que tem sua importância, mas há
questões mais urgentes, e a climática é uma
delas.
As questões referentes à
biodiversidade também não foram tratadas
com muita importância no documento
final da Rio+20. No texto não são
estabelecidas metas ou agenda sobre essa
questão.
Apesar de serem importantes as
questões de combate a pobreza e a
desigualdade, que aconteceram na
Conferência, e foram expressas no
documento final. Os governantes mundiais
ainda não aceitaram que as soluções para a
pobreza e a desigualdade estão ligadas ao
desenvolvimento sustentável.
O NOVO CÓDIGO
FLORESTAL
Depois de alguns anos, a discussão
sobre a reforma do Código Florestal
brasileiro chegou ao fim. Não que isso seja
algo bom, pelo contrário, a aprovação do
novo texto do Código Florestal mostrou o
quanto o Congresso Nacional é movido
pelo lobby dos ruralistas.
A Lei nº. 12.651/12, com algumas
alterações feitas pela Lei 12.727/12, os
grandes desmatadores são anistiados, e
desobrigados de recompor a área. Eles não
precisarão ter florestas em topos de morro
e encostas, terão (apenas) 15 metros ao
redor de nascentes, e dependendo do
tamanho da propriedade não precisarão ter
mata ciliar ao largo dos pequenos rios.
Além disso: em mais de 90
municípios as áreas de reserva legal cairão
de 80% para menos de 50%. Áreas
consideradas até o momento como sendo
de preservação permanente, com os igapós
e várzeas, que juntas chegam a mais 400
mil km², deixarão de ser consideradas
APPs. Nascentes de rios intermitentes
poderão ser desmatadas.
HIDRELÉTRICA
DE
BELO MONTE
Apesar do governo e do consórcio
responsável pela construção da
hidrelétrica baterem na tecla que os
custos da obra não passariam de R$ 19
bilhões, o BNDES anunciou em
novembro, um empréstimo de R$ 22,5
bilhões ao consórcio Norte Energia S.A.,
que deve investir – até agora, R$ 28,9
bilhões na construção da Belo Monte.
No relatório “O Setor Elétrico
Brasileiro e a Sustentabilidade no Século
21: Oportunidades e Desafios”, entregue
no 6º Encontro do Fórum Amazônia
Sustentável, que aconteceu em dezembro
no Pará, mostrou que os custos sociais da
construção da usina de Belo Monte, são
estimados em R$ 1 bilhão de reais.
Esses valores são referentes a fatores
de degradação que vão ser causados pelas
obras, como perda da qualidade da água,
da atividade pesqueira tradicional e
ornamental, prejuízos com turismo e o
custo da emissão de CO2 e de metano na
atmosfera.
COP 18 – PROTOCOLO DE KIOTO
FOI ADIADO POR MAIS OITO ANOS
A Conferência da ONU para
Mudanças Climáticas, a COP 18, realizada
em Doha – Catar, manteve a regularidade
das outras Conferências, e resultou em
decepção, mesmo com a renovação do
Protocolo de Kyoto até 2020.
Mas não a muito que comemorar, grandes
países poluidores, tais como Japão,
Rússia e Canadá, deixaram o Protocolo.
Estados Unidos e China continuam de
fora. Dos países que ficaram, países da
União Europeia, Austrália e alguns outros
– 36 nações entre as mais industrializadas
do mundo – respondem juntos, por 15%
das emissões globais.
O fato é que os lideres, e grande
parte da população que eles representam,
não estão preocupados com os efeitos das
questões ambientais no futuro. Ainda
estão preocupados com o enriquecimento
a curto prazo, mesmo que os danos sejam
desastrosos.
Estamos caminhando para aumento
das temperaturas entre 3º e 5º, e não
estamos preocupados com as
consequências que isso vai causar.
Se você acha que isso vai acontecer daqui
a muito tempo, veja os noticiários desses
últimos dias, as temperaturas em alguns
lugares do Brasil já passaram dos 40º, e a
sensação térmica já chegou a 50º no Rio
de Janeiro e em Porto Alegre.
Esperemos um maior
comprometimento dos governantes
mundiais com as questões ambientais, e
com a construção de um desenvolvimento
sustentável.
Que os políticos brasileiros lutem em
defesa da preservação, e que representem
os interesses da população, e não de
lobistas. E que enfim, possamos dizer que
estamos construindo um futuro que
queremos.
Faculdade Metropolitana de Manaus - FAMETRO
Curso de Serviço Social4º PERÍODO
Grupo:
Ana Aparecida de Oliveira Maia
Patrícia Fernandes de Medeiros
Kelper dos Santos Martins
Orientadora: Profa. Marly Marinho de Castro Martins
Texto tirado do site www.essataldesustentabilidade
Imagens: www.google.com/imagens
Música: Tema oficial do dia mundial do meio ambiente
FIM
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