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RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS
Gestão Ambiental – 2014
Aula 6
Prof. Biól. Leandro A. Machado de Moura lammoura@uol.com.br
Vegetação
Biomas Brasileiros
Ecossistemas relacionados
Mata de Cocais (Caa;nga/Amazônia) Manguezal (Mata Atlân;ca)
Mata de Araucária (Pampas/Mata Atlân;ca) Res;nga (Mata Atlânica)
Vegetação
Legislação
Lei nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006. Dispõe sobre a u;lização e proteção da vegetação na;va do Bioma Mata Atlân;ca, e dá outras providências. Art. 2o Para os efeitos desta Lei, consideram-‐se integrantes do Bioma Mata Atlân;ca as seguintes formações florestais na;vas e ecossistemas associados, com as respec;vas delimitações estabelecidas em mapa do Ins;tuto Brasileiro de Geografia e EstaVs;ca -‐ IBGE, conforme regulamento: Floresta Ombrófila Densa; Floresta Ombrófila Mista; Floresta Ombrófila Aberta; Floresta Estacional Semidecidual; e Floresta Estacional Decidual, bem como os manguezais, as vegetações de res;ngas, campos de al;tude, brejos interioranos e encraves florestais do Nordeste.
Vegetação
Floresta Ombrófila Densa
• É uma mata perenifólia (sempre verde) com dossel alto (de até 50 m)
• Possui densa vegetação arbus;va, composta por samambaias e bromélias.
• As trepadeiras e epífitas (bromélias e orquídeas) cactos e samambaias também são muito abundantes.
• Sua principal caracterís;ca ecológica reside nos ambientes ombrófilos, relacionada com os índices termo-‐pluviométricos mais elevados da região litorânea e da Amazônia.
• A precipitação bem distribuída durante o ano, determina uma situação bioecológica pra;camente sem período seco
Vegetação
Floresta Ombrófila Densa
Vegetação
Floresta Ombrófila Aberta
Vegetação
• É considerada um ;po de transição da floresta ombrófila densa,
• Tem como principais caracterís;cas o maior espaçamento entre as árvores, daí a origem do nome.
• Possui gradientes climá;cos com mais de 60 dias secos.
Vegetação
Floresta Ombrófila Aberta
Floresta Ombrófila Mista
Vegetação
• também conhecida como Floresta de Araucária ou Araucarieto
• é um ecossistema com chuva durante o ano todo, normalmente em al;tudes elevadas, e que contém espécies de angiospermas com a presença de coníferas.
• O clima da região é subtropical, com chuvas regulares e estações rela;vamente bem definidas: o inverno é normalmente frio, com geadas frequentes e até neve em algumas localidades.
• Encontrada no Brasil principalmente nos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, faz parte do bioma mata atlân;ca, e é caracterizada pela presença da espécie Araucaria angus+folia que nela imprime um aspecto próprio e único.
Vegetação
Floresta Ombrófila Mista
Floresta Estacional Decidual
Vegetação
• Também chamada de Floresta Estacional Caducidófila
• Ocorre em grandes al;tudes e baixa temperatura.
• Esse ecossistema é caracterizado por duas estações bem definidas: uma seca e outra chuvosa, sendo a primeira mais prolongada, ao contrário da floresta tropical que não mantém estação seca.
Floresta Estacional Semidecidual
Vegetação
• Conhecida também como Mata Mesófila: cons;tui uma vegetação pertencente ao bioma da Mata Atlân;ca (Mata Atlân;ca do Interior), sendo Vpica do Brasil Central
• Está condicionada a dupla estacionalidade climá;ca: uma estação com chuvas intensas de verão, seguidas por um período de es;agem.
• O grau de decidualidade, ou seja, a perda das folhas é dependente da intensidade e duração de basicamente duas razões: as temperaturas mínimas máximas e a deficiência do balanço hídrico.
• A porcentagem das árvores caducifólias no conjunto florestal, é de 20-‐50%
Floresta Estacional Decidual e Semidecidual
Vegetação
Classificação AlNtudinal
Vegetação
Ex.: • floresta ombrófila mista aluvial • floresta ombrófila mista submontana • floresta ombrófila mista montana • floresta ombrófila mista altomontana
Vegetação
Resolução CONAMA 10/1993
Estabelece os parâmetros básicos para análise dos estágios de sucessão de Mata Atlân;ca.
Art. 1º: (...) são estabelecidos os seguintes parâmetros básicos para análise dos estágios de sucessão da Mata Atlân;ca: I -‐ fisionomia; II -‐ estratos predominantes; III -‐ distribuição diamétrica e altura; IV -‐ existência, diversidade e quan;dade de epífitas; V -‐ existência, diversidade e quan;dade de trepadeiras; VI -‐ presença, ausência e caracterís;cas da serapilheira; VII -‐ sub-‐bosque; VIII -‐ diversidade e dominância de espécies; IX -‐ espécies vegetais indicadoras.
Resolução CONAMA 01/1994
Define vegetação primária e secundária nos estágios pioneiro, inicial e avançado de regeneração da Mata Atlân;ca.
Vegetação
Resolução CONAMA 10/1993
Art. 2o: Com base nos parâmetros indicados no ar;go 1o desta Resolução, ficam definidos os seguintes conceitos: I -‐ Vegetação Primária -‐ vegetação de máxima expressão local, com grande diversidade biológica, sendo os efeitos das ações antrópicas mínimos, a ponto de não afetar significa;vamente suas caracterís;cas originais de estrutura e de espécies. II -‐ Vegetação Secundária ou em Regeneração -‐ vegetação resultante dos processos naturais de sucessão, após supressão total ou parcial da vegetação primaria por ações antrópicas ou causas naturais, podendo ocorrer árvores remanescentes da vegetação primária. Classificação: Inicial, Médio ou Avançado
Vegetação
Resolução CONAMA 10/1993
Art. 3o Os estágios de regeneração da vegetação secundária (…), passam a ser assim definidos: I -‐ Estágio Inicial:
a) fisionomia herbáceo/arbus;va de porte baixo, com cobertura vegetal variando de fechada a aberta; b) espécies lenhosas com distribuição diamétrica de pequena amplitude; c) epífitas, se existentes, são representadas principalmente por líquenes, briófitas e pteridófitas, com baixa diversidade; d) trepadeiras, se presentes, são geralmente herbáceas; e) serapilheira, quando existente, forma uma camada fina pouco decomposta, conVnua ou não; f) diversidade biológica variável com poucas espécies arbóreas ou arborescentes, podendo apresentar plântulas de espécies caracterís;cas de outros estágios; g) espécies pioneiras abundantes; h) ausência de subosque.
Vegetação
Resolução CONAMA 10/1993
II -‐ Estágio Médio: a) fisionomia arbórea e/ou arbus;va, predominando sobre a herbácea, podendo cons;tuir estratos diferenciados; b) cobertura arbórea, variando de aberta a fechada, com a ocorrência eventual de indivíduos emergentes; c) distribuição diamétrica apresentando amplitude moderada, com predomínio de pequenos diâmetros; d) epífitas aparecendo com maior número de indivíduos e espécies em relação ao estágio inicial, sendo mais abundantes na floresta ombrófila; e) trepadeiras, quando presentes são predominantemente lenhosas; f) serapilheira presente, variando de espessura de acordo com as estações do ano e a localização; g) diversidade biológica significa;va; h) subosque presente.
Vegetação
Resolução CONAMA 10/1993
III -‐ Estágio Avançado: a) fisionomia arbórea, dominante sobre as demais, formando um dossel fechado e rela;vamente uniforme no porte, podendo apresentar árvores emergentes; b) espécies emergentes, ocorrendo com diferentes graus de intensidade; c) copas superiores, horizontalmente amplas; d) distribuição diamétrica de grande amplitude; e) epífitas, presentes em grande número de espécies e com grande abundância, prin-‐ cipalmente na floresta ombrófila; f) trepadeiras, geralmente lenhosas, sendo mais abundantes e ricas em espécies na floresta estacional; g) serapilheira abundante; h) diversidade biológica muito grande devido à complexidade estrutural; i) estratos herbáceo, arbus;vo e um notadamente arbóreo; j) florestas neste estágio podem apresentar fisionomia semelhante à vegetação primária; l) subosque normalmente menos expressivo do que no estágio médio; m) dependendo da formação florestal, pode haver espécies dominantes.
Vegetação
Art. 4o A caracterização dos estágios de regeneração da vegetação, definidos no ar;go 3o, desta Resolução, não é aplicável aos ecossistemas associados às formações vegetais do domínio da Mata Atlân;ca, tais como: • manguezal, • res;nga, • campo de al;tude, • brejo interiorano e • encrave florestal do nordeste.
Resolução CONAMA 10/1993
Vegetação
Art. 4o A caracterização dos estágios de regeneração da vegetação, definidos no ar;go 3o, desta Resolução, não é aplicável aos ecossistemas associados às formações vegetais do domínio da Mata Atlân;ca, tais como: • manguezal, • res;nga, • campo de al;tude, • brejo interiorano e • encrave florestal do nordeste.
Resolução CONAMA 10/1993
Vegetação
I -‐ Manguezal -‐ vegetação com influência flúvio-‐marinha, Vpica de solos limosos de regiões estuarinas e dispersão desconVnua ao longo da costa brasileira, entre os Estados do Amapa e Santa Catarina. Nesse ambiente halófito, desenvolve-‐se uma flora especializada, ora dominada por gramíneas (Spar+na) e amarilidáceas (Crinum), que lhe conferem uma fisionomia herbácea, ora dominada por espécies arbóreas dos gêneros Rhizophora, Laguncularia e Avicennia. De acordo com a dominância de cada gênero, o manguezal pode ser classificado em: 1. mangue vermelho (Rhizophora), 2. mangue branco (Laguncularia) e 3. mangue preto ou siriúba (Avicennia), Os dois primeiros colonizando os locais mais baixos e o terceiro os locais mais altos e mais afastados da influência das marés. Quando o mangue penetra em locais arenosos denomina-‐se mangue seco.
Resolução CONAMA 10/1993
Vegetação
Resolução CONAMA 10/1993
Mangue vermelho (Rhizophora)
Vegetação
Resolução CONAMA 10/1993
Mangue branco (Laguncularia)
Vegetação
Resolução CONAMA 10/1993
Mangue preto ou siriúba (Avicennia)
Vegetação
II -‐ ResNnga -‐ vegetação que recebe influência marinha, presente ao longo do litoral brasileiro, também considerada comunidade edáfica, por depender mais da natureza do solo do que do clima. Ocorre em mosaico e encontra-‐se em praias, cordões arenosos, dunas e depressões, apresentando de acordo com o estágio sucessional, estrato herbáceo, arbus;vo e arbóreo, este úl;mo mais interiorizado.
Resolução CONAMA 10/1993
Vegetação
III -‐ Campo de AlNtude -‐ vegetação Vpica de ambientes montano e alto-‐montano, com estrutura arbus;va e/ou herbácea, que ocorre geralmente nos cumes litólicos das serras com al;tudes elevadas, predominando em clima subtropical ou temperado. Caracteriza-‐se por uma ruptura na sequuência natural das espécies presentes nas formações fisionômicas circunvizinhas. As comunidades florís;cas próprias dessa vegetação são caracterizadas por endemismos.
Resolução CONAMA 10/1993
Vegetação
IV -‐ Brejo Interiorano -‐ mancha de floresta que ocorre no nordeste do País, em eleva-‐ ções e platôs onde ventos úmidos condensam o excesso de vapor e criam um ambiente de maior umidade. É também chamado de brejo de al;tude.
Resolução CONAMA 10/1993
Vegetação
V -‐ Encrave Florestal do Nordeste -‐ floresta tropical baixa, xerófita, la;foliada e decídua, que ocorre em caa;nga florestal, ou mata semi-‐úmida decídua, higrófila e mesófila com camada arbórea fechada, cons;tuída devido à maior umidade do ar e à maior quan;dade de chuvas nas encostas das montanhas. Cons;tui uma transição para o agreste. No ecótono com a caa;nga são encontradas com mais frequuência palmeiras e algumas cactáceas arbóreas.
Resolução CONAMA 10/1993
Vegetação
Sub-‐bosque
Em botânica, um sub-‐bosque, designa o conjunto de vegetação de baixa estatura que cresce em nível abaixo do dossel florestal. A vegetação do sub-‐bosque consiste numa mistura de mudas e plantas jovens de árvores do dossel, juntamente com arbustos do sub-‐bosque e ervas. As árvores mais jovens do dossel florestal costumam ficar reprimidas como juvenis por décadas, enquanto espera uma abertura no dossel que vai permi;r o seu crescimento até as copas. Subosques florestais têm menor intensidade de luz do que no topo do dossel. As ondas de luz que estão aí disponíveis são apenas uma fração das ondas que estão disponíveis sob plena luz do sol. As plantas de subosque devem, portanto, muitas vezes, ser tolerantes à sombra -‐ elas devem ser capazes de fazer fotossíntese com sucesso com a quan;dade limitada de luz disponível.
Vegetação
Espécies Pioneiras
• Se desenvolvem em clareiras, bordas ou locais abertos: • Pequeno número de espécies; • Grande densidade de plantas por hectares; • Pequeno ciclo de vida ( 10-‐20 anos); • Dispersão de sementes por agentes generalistas; • Viabilidade das sementes (longa); • Grande produção de sementes; • Sementes em geral pequenas; • Altas taxas de crescimento vegeta;vo; • Sistema radiculares de absorção mais desenvolvidos; • Alta plas;cidade fenoVpica; • Ampla amplitude ecológica (dispersão geográfica); • Raramente formam associação micorrízica.
Vegetação
Espécies Secundárias Iniciais
• Se desenvolvem em locais semi-‐abertos; • Aceitam somente o sombreamento parcial; • Convivem com as pioneiras (em menor densidade nas fases iniciais da
sucessão florestal); • Grupo mais representa;vo nos estágios intermediários de sucessão.
Espécies Secundárias Tardias
• Se desenvolvem exclusivamente em sub-‐bosque, em áreas permanentemente sombreadas;
• Suas mudas vão compor o banco de plântulas da floresta; • Iniciam sua presença em estágios intermediários de sucessão; • São geralmente árvores de grande porte; • Suas sementes são dispersas por gravidade e por alguns grupos de animais
Vegetação
Espécies Climáx
• Se regeneram e se desenvolvem em plena sombra • Suas sementes possuem geralmente pequena viabilidade e raramente
apresentam algum ;po de dormência; • Sementes dispersas por gravidade, mamíferos e roedores; • Apresentam baixa densidade por área; • Existem um grande número de espécies destes grupo em florestas primárias
e nos estágios avançados de sucessão; • Em pequenos fragmentos florestais isolados são geralmente espécies raras; • Ciclo de vida longo; • Não necessitam de clareiras para sua regeneração; • Definem a estrutura final da floresta; • Crescimento vegeta;vo lento, alta densidade da madeira; • Presença de sistema radicular atrofiado, com poucas raízes de absorção; • A maior parte das espécies são formadoras de associações micorrízicas.
Vegetação
Levantamento FlorísNco
• Tem por obje;vo a qualificação da composição vegetacional de uma determinada área geográfica.
• Em geral é fornecida uma listagem de espécies, sendo as amostragens realizadas através de caminhamentos aleatórios ou transectos.
• É uma importante etapa no conhecimento de um ecossistema por fornecer
informações básicas aos estudos biológicos subsequentes -‐ TIPOS DE VEGETAÇÃO (FITOFISIONOMIAS)
A essência do termo amostragem é a obtenção de uma parte que represente, de forma adequada, a totalidade do objeto de estudo.
Amostragem
Vegetação
Levantamento FlorísNco
São traçadas linhas imaginárias na área, no sen;do de maior extensão e caminha-‐se , anotando o nome cienVfico de todas as espécies.
Vegetação
Levantamento Fitossociológico
Tem por obje;vo a quanNficação da composição florís;ca, estrutura, funcionamento, dinâmica e distribuição de uma determinada vegetação.
Normalmente são considerados três grupos de métodos de amostragem fitossociológica: • Parcelas múl;plas, • Parcela única • Sem parcelas (método de distância).
Vegetação
Levantamento Fitossociológico
Nos levantamentos fitossociológicos geralmente são mais empregados os métodos de parcelas múl;plas, que consiste em estabelecer várias parcelas em vários locais da comunidade vegetal.
Vegetação
Levantamento Fitossociológico
Vegetação
Levantamento Fitossociológico
Vegetação
Levantamento Fitossociológico
Herbário
Vegetação
Levantamento Fitossociológico
Xiloteca Banco de Sementes (Carpoteca)
Vegetação
Levantamento Fitossociológico
Suficiência amostral Espécies iden;ficadas X Tamanho da área de estudo
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