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Este documento foi apresentado pelo Dr. João Pedro Tomaz numa palestra subordinada ao tema "Viver com a Epilepsia", na Lourinhã.
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João Pedro Tomaz
Médico Interno de Saúde Pública
Objectivos a atingir:
• Promover o conhecimento sobre a epilepsia e a forma adequada de actuar perante as crises epilépticas;
• Reduzir o impacto psicossocial da doença e potenciar a integração das crianças com epilepsia;
• Melhorar a comunicação e confiança mútuas entre os pais/familiares e os profissionais de educação de crianças com epilepsia;
• Melhorar a articulação entre a escola e as entidades que podem prestar apoio médico, psicológico e social a crianças com epilepsia.
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Alexandre O Grande, Julius Cesar, Buddha, Napoleão, Handel, Van Gogh, Dante, Socrates, Tchaikovsky, Alfred Nobel
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Há Muitos doentes com Epilepsia?
• Aproximadamente 4 a 7 por mil habitantes (1/200);
• Em Portugal estima-se que existem cerca de 50.000 epilépticos;
• Todos os anos surgem cerca de 4000 novos casos, na sua maioria crianças e adolescentes;
• Cerca de 1/20 pessoas não epilépticas pode ter uma crise convulsiva durante a vida.
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O que é a Epilepsia?
• Perturbação do funcionamento do cérebro;
• Início súbito e imprevisível e, em geral, de curta duração (raramente>15min);
• As crises têm tendência a repetir-se ao longo do tempo (a frequência varia doente/doente).
Não Há EpilepsiaNão Há Epilepsia:• Se não houver crises epilépticas;
• Se apenas uma crise na vida (não provocada);
• Se na presença de crises epilépticas repetidas provocadas por causa conhecida (convulsões febris)
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Qual é a causa da Epilepsia?
1. Na grande maioria das pessoas não é possível determinar a causa = Epilepsia primária;
4. Qualquer lesão que atinja o cérebro pode deixar uma “cicatriz” e causar Epilepsia Secundária;
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A Epilepsia é igual em todos os doentes?
• Crise parcial • Crise Generalizada
- Distinguem-se também pela frequência, facilidade de controlo das crises. Há crises que deixam de necessitar de tratamento).
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Como se faz o diagnóstico de Epilepsia?
• Conversa Médico/Utente/Acompanhante;
• Exames médicos: E.E.G. , exames imagiológicos (TC, RMN);
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A Epilepsia é curável?
• Muitas formas de epilepsia evoluem espontaneamente para a cura;
• O tratamento utilizado apenas pretende controlar o maior número possível de crises;
• A maior parte das vezes é possível um controlo absoluto (desde que os doentes sigam as instruções médicas);
• Novos tratamentos (medicamentos, Cirurgia).
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Como se trata a Epilepsia?
• Antiepilético – controlo das crises epilépticas (raras vezes é necessário recorrer a um reforço com outro fármaco);
• Adicionar um terceiro fármaco traz em geral mais inconvenientes que vantagens;
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Um único fármaco bem escolhido, numa dose bem adaptada, tomada disciplinarmente e todos os dias, controla completamente as crises na maioria dos doentes.
• Cirurgia;
• Ajudar na readaptação do doente à sua nova condição.
Os Epilépticos devem ter uma dieta especial?
Não!
• Apenas devem ter uma alimentação saudável;
• Não devem ingerir Álcool, Café.
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Os Epilépticos podem trabalhar?
Sim!
• Porém, poderão ter de escolher uma profissão que não ponha em risco a sua integridade física (ou a de outrem), na eventualidade de uma crise, se não controladas.
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Os Epilépticos podem fazer desporto?
Sim!
• Mas, cuidado com:
- Alpinismo;
- Hipismo;
- Ciclismo;
- Mergulho;
- Natação!
A Escolha deve ser analisada caso a caso, podendo ser necessária a ajuda do Médico de família.
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Os Epilépticos podem ter filhos?
Sim!
• Contudo, aconselha-se consulta pré-natal!
• O risco para o filho de um doente com epilepsia vir a ter a doença é igual ao da população geral, desde que o outro progenitor não tenha história de epilepsia na família directa.
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Os Epilépticos podem estudar?
Sim!
• A Epilepsia, por si só, não acarreta qualquer diminuição da capacidade intelectual.
• Em alguns casos, a Epilepsia é causada por danos cerebrais;
Essas crianças deverão ter ensino adaptado!
Não faltam exemplos de epilépticos em todas as profissões!!
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Proteger o doente de eventual perigo durante a crise;
Dar o devido apoio até à recuperação completa da consciência.
O que fazer perante uma crise?
• Nas convulsões pequenas, sem queda;
• Nas crises apenas com perturbação de consciência;
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• Nas crises com
queda ou convulsão:
O que fazer perante uma crise?
Se a crise demorar mais do que 5 minutos e não conhecer o doente, chame uma ambulância.
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Não Esqueça!
• Ter epilepsia é ter uma doença como as demais, a qual permite, na grande maioria dos casos, e desde que os conselhos do médico sejam cumpridos, levar uma vida completamente normal.
•Para muitos, é o preconceito que lhes causa problemas e não a epilepsia em si; por isso, deve ter esperança no tratamento e confiança nos médicos e outros profissionais que o tratam e estão prontos para o ajudar.
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A ignorância leva frequentemente à discriminação de pessoas com epilepsia
pela família, escola, empregadores e pela própria comunidade.
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BIBLIOGRAFIA:
• http://www.epilepsia.pt/epi/index.html
• http://www.epilepsy.com/
• http://www.epilepsyfoundation.org/
• http://crescercomsaude.wordpress.com
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