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Inovação e CuidadosBásicos de Saúde:
Resolutividade/Tecnologiasdisponíveis
Inovação e CuidadosBásicos de Saúde:
Resolutividade/Tecnologiasdisponíveis
29 de junho de 2009 - Évora - Portugal
Alberto BeltrameSecretário de Atenção à Saúde
Ministério da Saúde do Brasil
XI Conferência Ibero-Americana de Ministros da SaúdeXI Conferência Ibero-Americana de Ministros da Saúde
Secretaria deAtenção à Saúde
BRASILBRASIL8.5 milhões de km²
184 milhões de habitantes
26 Estados /DF
5.564 municípios
Autonomia política, fiscal e administrativa
PIB (2006): US$1,2 trilhões
Expectativa de Vida ao Nascer (2008): 72,51 anos
Mortalidade Infantil (2007): 19,30/1.000 NV
Percentual Gastos com Saúde: 7, 48% PIB
Estrutura econômica-social heterogênea;
Grandes diferenças regionais;
Distribuição desigual - serviços e profissionais;
Convivência de doenças típicas do subdesenvolvimento, com demandas crescentes de doenças crônicas e co-morbidades;
Incorporação tecnológica intensa, acrítica e abusiva no setor saúde;
Baixos níveis de financiamento do sistema.
COMPLEXIDADE DO CONTEXTOCOMPLEXIDADE DO CONTEXTO
Reforma Sanitária nos anos 80
1988 Constituição – Saúde como direito
1990 Lei Sanitária e Controle Social
Proposta Central: acesso à saúde universal para todo cidadão
Acesso deve ser:
UniversalIntegralHierarquizadoRegionalizadoDescentralizado
MARCOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDEMARCOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIAESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
1991 – Programa dos Agentes Comunitários de Saúde
1993 – Programa Saúde da Família
1998 – Criado um fundo per capita nacional (PAB fixo) para todos os municípios e um fundo específico para implementar as equipes de saúde da família (PAB variável)
2001 – Há um incremento na provisão dos recursos para os municipios com maiores coberturas de PSF
2004 – Criado incentivo de equidade (municipios com IDH< 0,70, quilombos, assentamentos)
2006 – Aprovada a Política Nacional de Atenção Primária
EVOLUÇÃO DA APS NO BRASILEVOLUÇÃO DA APS NO BRASIL
2008 – Criados os Núcleos de Apoio à Saúde da Família – equipes multiprofissionais com as demais profissões da saúde, inclusive educador físico e práticas complementares
2009 – desafio da Estratégia Saúde da Família ser ordenadora das redes de atenção à saúde – Territórios Integrados de Atenção àSaúde (Teias)
EVOLUÇÃO DA APS NO BRASILEVOLUÇÃO DA APS NO BRASIL
1 – Definição de equipe mínima, atribuições, integração em rede
2 – Definição das responsabilidades de cada esfera governamental
3 – Mudanças no financiamento e o crescimento dos recursos para a atenção primária
4 – Criação do Sistema de Monitoramento e Avaliação – produção de evidências
5 – Participação da população – pró-atividade da equipe
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICAPOLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA
APS NO BRASILAPS NO BRASIL
– Gestão Tripartite
– Descentralização
– Controle Social
Uma das mais importantes iniciativas do SUS, com peculiaridades que a distinguem no
cenário internacional :
Uma das mais importantes iniciativas do SUS, com peculiaridades que a distinguem no
cenário internacional :
– Equipe Multiprofissional
– Território
– ACS
ESF/ACS/SB
ESF/ACS
ACS
SEM ESF, ACS E ESB
Nº ESF – 29.545Nº MUNICÍPIOS - 5.208
Nº ACS – 229.066Nº MUNICÍPIOS - 5.325
Nº ESB – 18.049Nº MUNICÍPIOS – 4.614
Situação de Implantação de Equipes de Saúde da Família, Saúde Bucal e Agentes Comunitários de
Saúde - BRASIL, MAIO/2009
Situação de Implantação de Equipes de Saúde da Família, Saúde Bucal e Agentes Comunitários de
Saúde - BRASIL, MAIO/2009
FONTE: SIAB – Sistema de Informação da Atenção BásicaSCNES – Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos em Saúde
RESOLUTIVIDADE DASEQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA
Não há como pensar a APS como porta de entrada e ordenadora
das redes de atenção à saúde sem que hajaRESOLUTIVIDADE
RESOLUTIVIDADE DASEQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA
Não há como pensar a APS como porta de entrada e ordenadora
das redes de atenção à saúde sem que hajaRESOLUTIVIDADE
Ampliar a resolutividadeda APS é um grande desafio.Envolve aspectos relativos a:
Ampliar a resolutividadeda APS é um grande desafio.Envolve aspectos relativos a:
1- Necessidades de saúde da população e aspectos culturais e sócio-econômicos da clientela
2- Gestão – profissionalização, planejamento e tecnologias de informação e comunicação
3- Formação de Recursos Humanos
4- Organização de Redes de Atenção - acessibilidade dos serviços e organização de sistemas de referência
1- Necessidades de saúde da população e aspectos culturais e sócio-econômicos da clientela
2- Gestão – profissionalização, planejamento e tecnologias de informação e comunicação
3- Formação de Recursos Humanos
4- Organização de Redes de Atenção - acessibilidade dos serviços e organização de sistemas de referência
Resolutividade da APS1- Aspectos relacionados às necessidades da
população:
Resolutividade da APS1- Aspectos relacionados às necessidades da
população:
Melhor reconhecimentos dos problemas e das necessidades de saúde;
Maior acurácia nos diagnósticos;
Maior adesão aos tratamentos, inclusive medicamentosos –Aqui tem Farmácia Popular;
Diminuição das internações sensíveis à atenção primária; e
Prevenção de condições de Saúde.
Melhor reconhecimentos dos problemas e das necessidades de saúde;
Maior acurácia nos diagnósticos;
Maior adesão aos tratamentos, inclusive medicamentosos –Aqui tem Farmácia Popular;
Diminuição das internações sensíveis à atenção primária; e
Prevenção de condições de Saúde.
Resolutividade da APS2- Aspectos relacionados à gestão:
Resolutividade da APS2- Aspectos relacionados à gestão:
Necessidade de profissionalização da gestão
Investimentos em tecnologias de informação e comunicação: implantação de sistemas informatizados de regulação,
prontuários eletrônicos
Planejamento: programação da atenção especializada a partir da APS/SF
Financiamento: investimento e custeio (per capita médio APS no Brasil: R$ 56,47 (€ 20,31)
Necessidade de profissionalização da gestão
Investimentos em tecnologias de informação e comunicação: implantação de sistemas informatizados de regulação,
prontuários eletrônicos
Planejamento: programação da atenção especializada a partir da APS/SF
Financiamento: investimento e custeio (per capita médio APS no Brasil: R$ 56,47 (€ 20,31)
Necessidade de formação e educação permanente de Recursos Humanos para APS:
Unidades docente-assistenciais – PET Saúde (PT Interministerial nº1.507, 22/06/07) e Criação de Departamentos de Medicina de
Família e Comunidade nas Universidades Públicas;
Formação em larga escala em serviço e titulação de especialistas –Universidade Aberta do SUS – UNASUS;
Telessaúde: segunda opinião formativa e consultas e examesdiagnósticos à distância; e
Implantação de equipes matriciais – NASF/CAPS/CEO/SAMU.
Necessidade de formação e educação permanente de Recursos Humanos para APS:
Unidades docente-assistenciais – PET Saúde (PT Interministerial nº1.507, 22/06/07) e Criação de Departamentos de Medicina de
Família e Comunidade nas Universidades Públicas;
Formação em larga escala em serviço e titulação de especialistas –Universidade Aberta do SUS – UNASUS;
Telessaúde: segunda opinião formativa e consultas e examesdiagnósticos à distância; e
Implantação de equipes matriciais – NASF/CAPS/CEO/SAMU.
Resolutividade da APS3- Aspectos relacionados à formação de Recursos
Humanos:
Resolutividade da APS3- Aspectos relacionados à formação de Recursos
Humanos:
Necessidade de formação e educação permanente de Recursos Humanos para APS:
Unidades docente-assistenciais – PET Saúde (PT Interministerial nº1.507, 22/06/07) e Criação de Departamentos de Medicina de
Família e Comunidade nas Universidades Públicas;
Formação em larga escala em serviço e titulação de especialistas –Universidade Aberta do SUS – UNASUS;
Telessaúde: segunda opinião formativa e consultas e examesdiagnósticos à distância; e
Implantação de equipes matriciais – NASF/CAPS/CEO/SAMU.
Necessidade de formação e educação permanente de Recursos Humanos para APS:
Unidades docente-assistenciais – PET Saúde (PT Interministerial nº1.507, 22/06/07) e Criação de Departamentos de Medicina de
Família e Comunidade nas Universidades Públicas;
Formação em larga escala em serviço e titulação de especialistas –Universidade Aberta do SUS – UNASUS;
Telessaúde: segunda opinião formativa e consultas e examesdiagnósticos à distância; e
Implantação de equipes matriciais – NASF/CAPS/CEO/SAMU.
Resolutividade da APS3- Aspectos relacionados à formação de Recursos
Humanos:
Resolutividade da APS3- Aspectos relacionados à formação de Recursos
Humanos:
ResolutividadeResolutividade da APSda APS44-- Aspectos relacionados Aspectos relacionados àà organizaorganizaçção de ão de
Redes de AtenRedes de Atençção ão àà SaSaúúde:de:
Necessidade de organizaNecessidade de organizaçção territorial da atenão territorial da atençção ão –– estruturaestruturaçção de ão de Redes Assistenciais, implantaRedes Assistenciais, implantaçção de servião de serviçços regionalizados e os regionalizados e hierarquizados em nhierarquizados em nííveis crescentes de complexidade, organizaveis crescentes de complexidade, organizaçção ão de fluxos de referência e contrade fluxos de referência e contra--referênciareferência
ImplantaImplantaççãoão de de serviserviççosos de de apoioapoio a APS, com a APS, com equipesequipes matriciaismatriciais::-- NASF: NASF: NucleoNucleo de de ApoioApoio àà SaSaúúdede dada FamFamíílialia –– dispondodispondo de de
equipesequipes multiprofissionaismultiprofissionais de de apoioapoio, , apoioapoio diagndiagnóósticostico-- CEO: Centro de CEO: Centro de EspecialidadesEspecialidades OdontolOdontolóógicasgicas-- CAPS: Centro de CAPS: Centro de ApoioApoio PsicossocialPsicossocial
ImplantaImplantaççãoão de de outrosoutros serviserviççosos::-- SAMU: SAMU: ServiServiççoo de de AtendimentoAtendimento MMóóvelvel de de UrgênciaUrgência-- UPA 24 UPA 24 horashoras: : UnidadeUnidade de Pronto de Pronto AtendimentoAtendimento
Distribuição dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF
Distribuição dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF
Fonte: CNES
Equipes multiprofissionais de diferentes áreas de conhecimento para apoio da Saúde da Família na rede de serviços :Atividade Física/Práticas
Corporais;Práticas Integrativas e
Complementares; Reabilitação;Alimentação e Nutrição; Assistência Farmacêutica;Serviço Social; Saúde Mental; Saúde da Criança; Saúde da Mulher; Saúde do Idoso.
Equipes multiprofissionais de diferentes áreas de conhecimento para apoio da Saúde da Família na rede de serviços :Atividade Física/Práticas
Corporais;Práticas Integrativas e
Complementares; Reabilitação;Alimentação e Nutrição; Assistência Farmacêutica;Serviço Social; Saúde Mental; Saúde da Criança; Saúde da Mulher; Saúde do Idoso.
CENTRO DE ESPECIALIDADE ODONTOLÓGICA - CEO – JAN/2009
CENTRO DE ESPECIALIDADE ODONTOLÓGICA - CEO – JAN/2009
CENTRO DE ASSISTÊNCIA PSICOSSOCIAL -CAPS
CENTRO DE ASSISTÊNCIA PSICOSSOCIAL -CAPS
CEOS
Farmácia
ServiçosDiagnóstico
Hospitais
SAMU
NASF
UPA
Centro ComunitárioRedes Sociais
Escolas
Equipes de Saúde da Família
ACS
NúcleosVigilância
CTAs
ServiçosDiagnóstico
TELESSAÚDETELESSAÚDE
RESULTADOS APS
NO BRASIL
RESULTADOS APS
NO BRASIL
TAXA DA MORTALIDADE INFANTIL E SEUS COMPONENTES NEONATAL PRECOCE E TARDIA, E PÓS-NEONATAL.
BRASIL, 1990 - 2007
TAXA DA MORTALIDADE INFANTIL E SEUS COMPONENTES NEONATAL PRECOCE E TARDIA, E PÓS-NEONATAL.
BRASIL, 1990 - 2007
Estatísticas Mundiais em Saúde, 2006 (OMS – 2008) –Óbitos por 1000 NV:
Argentina 14Chile 8Canadá 5Cuba 5França 4
Estatísticas Mundiais em Saúde, 2006 (OMS – 2008) –Óbitos por 1000 NV:
Argentina 14Chile 8Canadá 5Cuba 5França 4
Fonte: CGIAE/DASIS/SVS/MSFonte: CGIAE/DASIS/SVS/MS
4,50
1,95-
4,54- 4,36--5,00
0,00
5,00
%
< 20% 20 |-- 50% 50 |-- 70% >=70%
Variação média anual da Taxa de mortalidade infantil segundo estrato de cobertura do PSF em municípios com IDH baixo. Brasil, 1998-2005.
REDUÇÃO DA MORTALIDADE INFANTILREDUÇÃO DA MORTALIDADE INFANTIL
Percentuais de variação da mortalidade infantil associados a 10% de incremento na cobertura da Saúde da Família, de acesso a água e de leitos hospitalares por mil
habitantes. Brasil, 1990-2002
-4,56
-2,92
-1,35
-5,00
-4,50
-4,00
-3,50
-3,00
-2,50
-2,00
-1,50
-1,00
-0,50
0,00Saúde da Família Acesso a Água Leitos hospitalares
% v
aria
ção
da m
orta
lidad
e in
fant
il
SAÚDE DA MULHERSAÚDE DA MULHER
Evidências do Impacto da ESF na redução de internações por condições sensíveis à APS
Evidências do Impacto da ESF na redução de internações por condições sensíveis à APS
A expansão das coberturas por equipes Saúde da Família e Agentes Comunitários está associada particularmente à redução de internações por diabetes, problemas respiratórios e circulatórios
126 mil hospitalizações evitadas
63 milhões de dólares de economia potencial
A expansão das coberturas por equipes Saúde da Família e Agentes Comunitários está associada particularmente à redução de internações por diabetes, problemas respiratórios e circulatórios
126 mil hospitalizações evitadas
63 milhões de dólares de economia potencial
Guanais e Macinko, 2009J. Ambulatory Care Manage, vol. 32, No. 2, pp. 115–122
SAÚDE DO ADULTOSAÚDE DO ADULTO
1,95 -
3,25 -
5,66 - 5,42 -
-6,00
-4,00
-2,00
0,00
%
< 20% 20 |-- 50%50 |-- 70% >=70%
Declínio médio anual da Taxa de internações por Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) na população de 40 anos ou mais,
segundo estrato de cobertura da SF em municípios com IDH baixo. Brasil, 1998/2006
Fonte: Brasil, 2008. “Saúde da Família no Brasil: uma análise de indicadores selecionados: 1998-2005 /2006”
MUDANÇAS NOS DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE
MUDANÇAS NOS DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE
Cada 8 anos de exposição ao SF está robustamente associado com:
- 6.8 % aumento da oferta de trabalho entre adultos de 18 e 55 anos;- 4.6 % de redução na probabilidade de uma mulher entre 18 e 55 anos ter um filho com um intervalo menor que 21 meses; e- 4.5 % aumento da presença na escola de crianças entre 10 e 17 anos.
Cada 8 anos de exposição ao SF está robustamente associado com:
- 6.8 % aumento da oferta de trabalho entre adultos de 18 e 55 anos;- 4.6 % de redução na probabilidade de uma mulher entre 18 e 55 anos ter um filho com um intervalo menor que 21 meses; e- 4.5 % aumento da presença na escola de crianças entre 10 e 17 anos.
Evaluating the Impact of Community-Based Health Interventions: Evidence from Brazil’s Family Health Program*Rocha, Romero; Soares Rodrigo R.
Forschungsinstitut zur Zukunft der Arbeit Institute for the Study of Labor - IZA Discussion Paper No. 4119. April 2009
A atenção primária capaz de definiradequadamente as necessidades e
resovê-las na rede de atenção é capazde impulsionar a coesão social –empoderamento e capital social.
Os cidadãos satisfeitos com os serviços que recebem defenderão o
modelo público e aprovarão o financiamento necessário para sua
manutenção
A atenção primária capaz de definiradequadamente as necessidades e
resovê-las na rede de atenção é capazde impulsionar a coesão social –empoderamento e capital social.
Os cidadãos satisfeitos com os serviços que recebem defenderão o
modelo público e aprovarão o financiamento necessário para sua
manutenção
SAS/Ministério da Saúde
www.saude.gov.br/dab
SAS/Ministério da Saúde
www.saude.gov.br/dab
Muito Obrigado!Muito Obrigado!
Secretaria deAtenção à Saúde
ALBERTO BELTRAMESecretário de Atenção à Saúde
alberto.beltrame@saude.gov.br
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