Informativo endocrino

Preview:

Citation preview

Informativo Endocrinologia

Hiperadrenocorticismo (HAC)

Teste de supressão pela dexametasona - baixa dose

A sensibilidade do teste varia entre 90 a 95% em cães com hiperadrenocorticismo

pituitário dependente (PDH) e pode chegar a 100% em cães com tumor de adrenal

(ADH).

Limitações: O hiperadrenocorticismo iatrogênico não pode ser diagnosticado nesse

teste.

Procedimento: Coletar amostra pela manhã. Administrar 0,01 mg/Kg de

dexametasona intravenosa. Coletar amostras 4 e 8 horas após administração.

Enviar as amostras refrigeradas ao VetLab em até 3 dias.

- Um erro comum cometido por muitos veterinários é no cálculo da dose de

dexametasona. Quando se utiliza o FOSTATO DISSODICO DE DEXAMETASONA,

deve-se lembrar de que a etiqueta afirma uma concentração de 4 mg / ml, mas

apenas 3,3 mg / ml são de dexametasona ativa.

- Quando o animal for muito pequeno a dexametasona pode ser diluída em solução

salina estéril (soro fisiológico) na proporção de 1,0 ml de fosfato de dexametasona

para 5,0 ml de salina. Formando uma concentração de 0,5 mg de dexametasona

por mL. Esta solução pode ser conservada em geladeira por até 1 mês.

- Embora as dosagens de cortisol basal e 8 horas pós-dexametasona sejam as

mais importantes para o diagnóstico do hiperadrenocorticismo, uma amostra

coletada em 4 horas durante o período de teste pode também ser muito útil.

Aproximadamente 30% dos cães com hiperadrenocorticismo pituitário dependente

apresentam supressão do cortisol 4 horas (<1,4), e um aumento da concentração

de cortisol 8 horas após a administração da dexametasona.

Esta curva é de diagnóstico de hiperadrenocorticismo pituitário dependente, e os

testes adicionais para determinar a causa do hiperadrenocorticismo não são

necessários.

Interferentes: Estresse, anestésicos, fenitoína, barbitúricos e outros indutores de

enzimas microssomais hepáticas que acelerem o metabolismo da dexametasona.

Hiperadrenocorticismo atípico

Muitas vezes, as manifestações clínicas e os achados bioquímicos e hematológicos

apoiam o diagnóstico de HAC, porém os testes endócrinos permanecem normais

ou inconclusivos. A produção excessiva de ACTH pode, nas adrenais, estimular o

aumento não só de glicocorticóides, mas também de hormônios sexuais. Recentes

estudos mostram que altas concentrações séricas de 17- hidroxiprogesterona e de

outros hormônios sexuais esteroidais seria a causa do denominado

hiperadrenocorticismo atípico.

Como diagnosticar o atípico: Perfil hiperadrenocorticismo atípico (Androstenediona, Aldosterona, Cortisol, Estradiol, Progesterona, Testosterona e 17 Hidroxiprogesterona - todos pré e pós ACTH ) Diferenciação PDH / ADH

Teste de supressão pela dexametasona - alta dose

Procedimento: Coletar amostra pela manhã. Administrar 0,1 mg/Kg dexametasona

intravenosa. Coletar amostras 4 e 8 horas após administração. Enviar as amostras

refrigeradas ao VetLab em até 3 dias.

0

1,4

2,8

4,2

5,6

7

0 4 8

Normal

PDH

PDH ou ADH

Interpretação: Se o valor de cortisol declinar em mais que 50% indica-se pituitário

dependente e em menos que 50% suspeita-se de tumor de adrenal.

Acompanhamento HAC :

Teste de estimulação com ACTH – Cortisol pré e pós ACTH

Procedimento Cães: Coletar amostra pela manhã. Administrar 0,25 mg/cão de

Synacthen intramuscular, independente do peso corporal. Coletar amostra após

1hora. / Ou Coletar amostra pela manhã. Administrar 2,2 UI / Kg de Cortigel 40 por

cão intramuscular. Coletar amostra após 2 horas.

Controle Trilostano:

1. Animal em tratamento deve ter cortisol pós ACTH entre 5,0 a 11,0;

2. O trilostano não deve ser usado em animais com doença hepática primária ou

doença renal crônica;

3. Os exames clínicos, hemograma, bioquímica (sempre incluir sódio e potássio),

EAS +PU/CU e cortisol pós ACTH devem ser realizados em 10 dias, 4 semanas, 12

semanas e posteriormente a cada 3 meses;

4. O teste de ACTH deve ser realizado 4 a 6 horas após a administração do

trilostano;

- Hipertensão e proteinuria são complicações comuns: O VetLab realiza exame de

PU/CU com o método considerado padrão ouro: Azul brilhante de

Coomassie/Enzimático Trinder

- Metade dos cães com Cushing apresentam infecção urinária e devido ao cortisol

circulante não apresentam sinais nem clínicos e nem no EAS. Uma urocultura deve

ser realizada a cada 6 meses. O VetLab realiza cultura e antibiograma de urina com

resultados em 2 dias úteis.

Hipotireoidismo

Diagnóstico

Anemia Normocítica Normocrômica Arregenerativa 30% dos casos

Aumento de Colesterol e/ou Trigicerídeos 60 a 80% dos casos

Aumento de Frutosamina (sem diabetes) 60% dos casos

Leve aumento de ALT e CK 35% dos casos

T4 Total (TT4) e TSH

A maioria dos cães com hipotireoidismo apresenta valores de TT4 baixo (>90% deles), tornando este um teste com elevada

sensibilidade no diagnóstico. Por outro lado, cães com outras doenças, muitas vezes, têm baixa de TT4 como parte de sua resposta fisiológica. O teste de TSH tem > 90% de especificidade no diagnóstico de hipotireoidismo quando utilizado com T4 total ou T4 livre (por diálise ou bifásico). Quimioluminescência é o teste mais preciso para dosagem de TSH (Marca et al, 2001) A presença de Anticorpos Anti-Tireoglobulina no soro é fortemente sugestiva de tireoidite linfocítica imuno mediada que é responsável por mais da metade dos casos de hipotireoidismo canino. Doenças que Diminuem os Níveis de T4 Séricos: Hipotireoidismo, Deficiência de calorias e/ou proteína, Diabetes mellitus, Hiperadrenocorticismo, Hepatopatias, Hipoadrenocorticismo, Insuficiência renal, Afecções neuro, musculares e Pioderma. Medicamentos que Diminuem os Níveis de T4 Séricos: Fenitoína, Salicilato, Flunixin Meglumine, Glicocorticóides, Mitotano, Anabolizantes, Halotano, Tiopental, Metoxiflurano, Furosemida, Ácidos Graxos, Fenobarbital e Fenilbutazona.

Acompanhamento:

Testar 2 a 4 semanas após o início do tratamento. Coletar amostra antes (pre-pill) e

4 a 6 horas após o medicamento (pos-pill).

Pre-pill Pos-pill Administração Recomendações

normal normal Mantenha a dose

normal aumentado Mantenha a dose a menos que esteja em mais do que 70,0

baixo normal a

aumentado 1 x ao dia Passar para 2 x ao dia

baixo normal a

aumentado 2 x ao dia Aumente a dose ou passe para 2 x ao dia

baixo baixo

Aumente a dose / considere malabsorção intestinal ou

anticorpos anti T4

Quase todo T4 circulante está ligado a proteínas

transportadoras, deixando apenas uma pequena

fração disponível para interagir com os tecidos. Esta

fração livre pode ser mensurada por

radioimunoensaio após diálise de equilíbrio. O efeito

de outras doenças não representa tanta variação

para o T4 livre por diálise.

A análise do T4 livre por diálise de equilíbrio é a

maneira mais precisa de avaliar a tireóide de um

animal. As amostras são dialisadas, separando o T4

livre das proteínas séricas.

Hipertireoidismo Felino

Deve-se investigar a ocorrência de hipertireoidismo em todos os felinos de meia

idade ou idosos que apresentem histórico de perda de peso, principalmente quando

evidenciar polifagia.

Diagnóstico

HEMOGRAMA – Leucocitose, Policitemia

BIOQUÍMICA – Aumento de ALT, Gama GT , AST, uréia , creatinina e fósforo.

DOSAGEM DE T3 E T4

Quando o seu valor está aumentado, o resultado é extremamente específico para o

diagnóstico de hipertireoidismo . No entanto, um resultado dentro da normalidade

não permitirá que se descarte o hipertireoidismo, uma vez que podem ocorrer

flutuações circadianas dos valores séricos de T3 e T4 ou diminuição nas

concentrações de T4 total no soro decorrentes de enfermidades concomitantes não

tireoidianas, tais como nefropatia, diabete, neoplasia, hepatopatia e outras afecções

crônicas

DOSAGEM DE T4 LIVRE POR DIÁLISE

A determinação de T4 livre por diálise é um teste diagnóstico bastante útil em gatos

com grande suspeita de hipertireoidismo e concentração de T4 total dentro dos

valores de referência.

Hiperaldosteronismo

Um dos problemas mais comuns em gatos mais velhos é a doença renal crônica e

hipertensão. Um diagnóstico emergentes em vários deles é o hiperaldosteronismo,

e é um diagnóstico que pode ser facilmente perdido.

Ao aumentar os níveis de aldosterona, o potássio é perdido através dos rins e o

sódio é retido. Isso provoca a conservação da água, o que aumenta o volume

sanguíneo e aumenta a pressão arterial.

A doença ocorre mais comumente em gatos, e é rara em cães. Tem sido relatado

nos gatos entre seis e 20 anos de idade. Os principais sinais clínicos estão

relacionados com a hipocalemia e hipertensão arterial.

O VetLab realiza com exclusividade no Brasil a Relação Renina / Aldosterona

plasmática que é o teste ouro para o diagnóstico.