Medula e Nervos Espinhais

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Trabalho de Neuroanatomia sobre a Medula Espinhal e Nervos Espinhais com correlações clínicas

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MEDULA EMEDULA ENERVOS NERVOS

ESPINHAISESPINHAIS

Faculdade de Medicina de LisboaFaculdade de Medicina de Lisboa

-Neuroanatomia –

2.º ano de Medicina

2007/08

Apresentação realizada por:Fernando AzevedoFrancisco SantosVânia Caldeira

MEDULA E NERVOS ESPINHAIS

Estrutura Macroscópica e Generalidades da Medula

Estrutura Interna da Medula: Substância Cinzenta Substância Branca Vias da Medula

Lesões da Medula Nervos Espinhais e Dermátomos

ESTRUTURA DA MEDULA

ESTRUTURA MACROSCÓPICA E GENERALIDADES

Forma e Estrutura Geral da Medula

Localiza-se no Canal Vertebral Mede aproximadamente 45cm Limites:

Superior: Bulbo Inferior: L2

2 Espessamentos: Espessamento Cervical Espessamento Lombar

Apresenta as mesmas curvaturas que a Coluna Vertebral

Apresenta 6 sulcos longitudinais: Sulco Mediano Anterior Sulco Mediano Posterior Sulcos Laterais Anteriores (raízes ventrais dos

Nervos Espinhais) Sulcos Laterais Posteriores (raízes dorsais dos Nervos Espinhais)

Sulcos Intermédios Posteriores (Medula Cervical)

ESTRUTURA MACROSCÓPICA E GENERALIDADES

SUBSTÂNCIA CINZENTA - GENERALIDADES A substância cinzenta localiza-se por

dentro da substância branca. Comissura cinzenta Apresenta:

2 Cornos Anteriores 2 Cornos Posteriores 2 Cornos Laterais (Medula Torácica e parte da Lombar)

Canal Ependimário

SUBSTÂNCIA BRANCA - GENERALIDADES Formada por fibras (maioritariamente

mielínicas), que se organizam em: 2 Cordões Anteriores 2 Cordões Laterais 2 Cordões Posteriores Na Medula Cervical – Cordão Posterior:

Feixe Grácil (Goll) Feixe Cuneiforme(Burdach)

IMPORTÂNCIA RELATIVA DA SUBSTÂNCIA BRANCA E CINZENTA

Segmentos Cervicais

Segmentos Torácicos

Segmentos Lombares

Segmento Sagrados

RELAÇÕES COM OS NERVOS ESPINHAIS Sulcos Laterais da Medula Filamentos radiculares Raízes Nervos

31 pares de N. Espinhais: 8 Cervicais 12 Torácicos ou Dorsais 5 Lombares 5 Sagrados 1 Coccígeo

TOPOGRAFIA VÉRTEBRO-MEDULAR Terminação da Medula – L2 Cauda Equina Ritmos de crescimento

diferentes Regra prática de

correspondência vértebro-medular: Apófises Espinhosas (C2-T10):

NºApófise + 2 = nºsegmento medular subjacente

Apófises Espinhosas (T11-T12): 5 Segmentos Lombares

Apófise Espinhosa L1: 5 Segmentos Sagrados

MENINGES E ESPAÇOS MENÍNGEOS DA MEDULA

Espaço Epidural Duramáter

Espaço Subdural Aracnóide

Espaço Subaracnoideu* Piamáter

*Exploração do Espaço Subaracnoideu Entre L2 e S2 Punção Lombar para:

Retirar LCR: Fins de diagnóstico(amostra de LCR) Fins terapêuticos

Medir a pressão do LCR Introduzir:

Meios de contraste (ar, hélio, sais de iodo) Anestésicos (anestesias raquidianas)

Anestesias

Anestesias Raquidianas Espaço Subaracnoideu L3-L4 ou L4-L5

Anestesias Epidurais Espaço Epidural Menos inconvenientes do que as

Raquidianas Exigem maior habilidade técnica

Vascularização da Medula Espinhal

Artérias da Medula: Artéria Espinhal Anterior Artérias Espinhais

Posteriores

Vascularização da Medula Espinhal

Artérias Espinhais Segmentares Artérias Radiculares

Artérias Nutritivas (variáveis): Grande Artéria Espinhal Anterior de Adamkiewicz –

responsável pela irrigação dos 2/3 inferiores da Medula

Vascularização da Medula Espinhal Veias da Medula Espinhal:

Drenam para 6 canais longitudinais que se comunicam com as Veias do Cérebro e Seios Venosos

Plexo Venoso

Vertebral Interno

ESTRUTURA INTERNA DA MEDULA – - Substância Cinzenta Divisão:

Cornos Anteriores Substância Cinzenta Intermédia Cornos Laterais Cornos Posteriores

NEURÓNIOS MEDULARES

Viscerais Radiculares

Neurónios Somáticos

Axónio Longo de projecção

(tipo I de Golgi) Cordonais

de associação NeuróniosAxónio Curto(tipo II de Golgi)

NÚCLEOS DA SUBSTÂNCIA CINZENTA Grupos ou Colunas do Corno Anterior

(Zona Somato-Motora): Grupo Interno/Medial

Grupo Externo/Lateral

Grupo Central: Núcleo Frénico (nervos C3, C4 e C5) Núcleo Acessório (nervos C1-C6) Núcleo Lombo-Sagrado (nervos L2-S1)

NÚCLEOS DA SUBSTÂNCIA CINZENTA

Grupos ou Colunas do Corno Posterior (Zona Somato-Sensível): Substância Gelatinosa de Rolando Núcleo Propius Núcleo Dorsal (Coluna de Clark) Núcleo Aferente Visceral (Coluna de

Betcherew)

Lâminas de Rexed (I-X)

SUBSTÂNCIA BRANCA

1

3

2

1 - Coluna Branca Anterior2 - Coluna Branca Lateral3 - Coluna Branca Posterior

Axónios, dendrites,neuroglia e vasos

VIAS ASCENDENTES OU SENSITIVAS

• Postero lateral

• Espinocerebeloso anterior e posterior

Informação proprioceptiva e de recptores

• Espinotalâmico anterior Tacto protopático

• Feixes grácil e cuneiforme

Sensibil. proprioceptiva e vibratória; tacto epicritico

• Espinotalâmico lateral Temperatura e dor• Espino-tectal

Reflexos espinovisuais

• Espino-olivar

Órgãos cutâneos e proprioceptivos

• Espino-reticular

Pele, músculos e articulações

VIAS DESCENDENTES OU MOTORAS

• Reticulo-espinhal

Movimentos voluntários e actividade reflexa

• Rubro-espinhal

Motilidade e facilita flexores

• Olivo-espinhal

Actividade muscular

• Vegetativos descendentes

Funções viscerais

• Tecto-espinhal Reflexos relacionados com visão

• Vestibulo-espinhal Equilibrio e facilitia extensores

• Feixes cortico-espinhais

Movimentos voluntários (distais)Piramidais

Extra

Piramidais

VIAS INTERSEGMENTARES

Ligação entre neurónios de diferentes níveis

Descendentes e ascendentes

Curtas e Longas

LESÕES DA MEDULA ESPINHAL

Lesões compressivas

Síndrome do choque espinhal

Síndromes destrutivas da medula espinhal

Causas extradurais

Causas intradurais Extramedulares Intramedulares

Segue-se a lesões agudas graves da medula espinhal

Redução das funções medulares abaixo da zona afectada e do SNA

Duração: < 24h - 4 semanas

Síndrome do seccionamento transversal completo da medula espinhal

Síndrome anterior da medula espinhal Síndrome central da medula espinhal Síndrome de Brown-Séquard ou hemissecção

da medula espinhal Siringomielia Poliomielite Esclerose múltipla Esclerose lateral amiotrófica (ELA) ou

síndrome de Lou Gehrig

Perda de toda a sensibilidade e motricidade voluntária abaixo do nível da lesão.

Causas: deslocação de fracturas, ferida de arma

branca ou de fogo, tumor em expansão.

Paralesia do neurónio motor inferior e atrofio muscular

Paralesia espástica bilateral Perda bilateral de sensibilidade

Causas: contusão da medula por fractura ou deslocamento vertebral, lesão da artéria espinhal anterior, hérnia discal

Paralesia bilateral do neurónio motor inferior Paralesia espástica bilateral Perda bilateral de sensibilidade

Causas: normalmente por hiperextensão da coluna cervical → compressão da medula entre os corpos vertebrais e ligamentos amarelos

Paralesia bilateral do neurónio motor inferior Paralesia espástica bilateral Perda bilateral de sensibilidade

Causas: deslocamento de fracturas da coluna vertebral, ferida de arma branca ou de fogo ou tumor em expansão

Hemissecção completa (rara) ou incompleta

Paralesia unilateral do neurónio motor inferior Paralesia espástica unilateral Anestesia cutânea unilateral Perda unilateral de sensibilidade Perda contralateral da sensibilidade táctil, dolorosa e térmica

Causas: anomalia do desenvolvimento do canal central da medula, afectando normalmente a região cervical da medula e tronco cerebral.

lesão da via espino-talâmica lateral

Infecção viral aguda dos neurónios da coluna cinzenta anterior da medula espinhal e núcleos motores dos pares cranianos.

Atrofia muscular Problemas respiratórios

SNC - desmielinização das vias ascendentes e descendentes

Causa desconhecida

Possivelmente, mutações nos genes que codificam as proteínas das bainhas de mielina ou por reacções auto-imunes contra essas proteínas.

Sintomas: fraqueza dos membros, ataxia, espasticidade e paralisia.

Exclusiva das vias córtico-espinhal e neurónios motores das colunas cinzentas anteriores

Causa desconhecida

Progressiva atrofia muscular, paresias, fasciculação, espasticidade. Pode afectar pares cranianos.

Fazem a conexão com a medula espinhal

Responsáveis pela enervação do tronco, membros e parte da cabeça

31-33 pares

CLASSIFICAÇÃO DAS FIBRAS DOS NERVOS ESPINHAIS

TRAJECTO DOS NERVOS ESPINHAIS

TRAJECTO DOS NERVOS ESPINHAIS- RAMOS VENTRAIS - Nervos

unissegmentares (intercostais)

Nervos plurissegmentares

(plexos)

DERMÁTOMOS Território cutâneo enervado por fibras de uma única raiz dorsal

DERMÁTOMOS

Bibliografia

Machado, Ângelo; Neuroanatomia Funcional; Editora Atheneu; 2ª edição; 2004

Snell, Richard; Neuroanatomia Clínica para Estudantes de Medicina; Editora Guanabara Koogan; 5ª edição; 2001

Rouvière, Henri; Anatomía Humana; Editora Masson; 11ª edição; 2005

Netter, Frank; Atlas of Human Anatomy; Elsevier; 4ª edição; 2006

Rohen; Color Atlas of Anatomy; Lippincott Williams & Wilkins; 6ª edição; 2006

Bourret, Paul; Louis, René; Anatomie du Système Nerveux Central; Expansion Scientifique Française; 6ª edição; 1986

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