Ação Civil Pública Celso da Silva e Outros

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOCOMARCA DE OLÍMPIAFORO DE OLÍMPIA1ª VARA CÍVELPraça Monteiro Lobato, 377, ., Centro - CEP 15400-000, Fone: (17) 3281-1927, Olímpia-SP - E-mail: olimpia1@tjsp.jus.brHorário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

DECISÃO

Processo Digital nº: 1001947-80.2016.8.26.0400

Classe - Assunto Ação Civil Pública - Dano ao Erário

Requerente: Ministério Público do Estado de São Paulo

Requerido: Celso da Silva e outros

Juiz(a) de Direito: Dr(a). Marina de Almeida Gama Matioli

Vistos.

Trata-se de "ação civil pública por atos de improbidade administrativa", proposta

pelo MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO em face de CELSO DA

SILVA, PROTEC INFORMÁTICA DE OLÍMPIA LTDA – EPP, FREDERICO LUIS

CONTE & CIA LTDA ME, JOSÉ MÁRIO SILVÉRIO, FREDERICO LUIS CONTE e

DOMINGAS MIRA DE ASSUMPÇÃO SILVÉRIO, sob a alegação de conluio para a

contratação direta de serviços de informática em valor acima do autorizado em lei, afirmando ainda

que as pessoas jurídicas, na verdade, tratam-se de de uma só empresa.

Citados, os requeridos apresentaram manifestações prévias a fls. 388/421, 423/457

e 459/479. Alegaram preliminares de inépcia da petição inicial (fls. 389/396, 423/430, 430/432 e

459/464).

Devidamente notificados (fls. 363 e 387), a Câmara Municipal de Severínia e o

Município de Severínia não se manifestaram nos autos.

Réplica a fls. 494/497.

É a síntese necessária. Fundamento e decido.

1. A petição inicial é apta, sendo certo que narra os fatos de forma suficientemente

clara, apontando, ainda que resumidamente, a conduta dos requeridos. O ato de improbidade da

qual são acusados os réus é o conluio entre eles para burlar a lei de licitações, admitindo

subsidiariamente que o réu Celso da Silva poderia ter agido com culpa (negligência), caso não

fique configurado o dolo. Se houve, ou não, o conluio, ou se as pessoas jurídicas não formam uma

só empresa, é matéria atinente ao mérito e não induz à inépcia da petição inicial.

O fato de, supostamente, inexistir hipótese de litisconsórcio unitário ou necessário

(tratando-se de responsabilidade solidária o litisconsórcio é, realmente, facultativo), não torna

inepta a petição inicial nem impõe óbice à cumulação de ações. A jurisprudência citada a fls.

431/432 em nada ampara a argumentação do requerido, aliás. Ao contrário do que ele afirma, a

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOCOMARCA DE OLÍMPIAFORO DE OLÍMPIA1ª VARA CÍVELPraça Monteiro Lobato, 377, ., Centro - CEP 15400-000, Fone: (17) 3281-1927, Olímpia-SP - E-mail: olimpia1@tjsp.jus.brHorário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

decisão reconhece a existência de litisconsórcio necessário, mas em caso totalmente diverso, onde

havia pedido de nulidade do contrato, a atingir a esfera jurídica de todos os envolvidos.

2. No mais, as matérias argüidas nas manifestações dizem respeito diretamente ao

mérito da demanda e não impedem o recebimento da inicial, mormente porque a conduta imputada

aos réus, em tese, caracteriza ato de improbidade administrativa, estando presentes as condições da

ação e os pressupostos processuais. Os documentos juntados aos autos também permitem aferir a

existência de indícios suficientes que os fatos ocorreram como narrados na petição inicial.

Nesse passo, faz-se necessária a abertura da fase de instrução, concedendo às

partes a oportunidade ampla para demonstrar suas alegações. Diante disso, RECEBO a petição

inicial e determino a citação dos réus para apresentarem contestação, no prazo legal.

3. Em consequência, citem-se os réus para contestar o feito no prazo de 15 (quinze)

dias úteis. Tratando-se de processo eletrônico, em prestígio às regras fundamentais dos artigos 4º e

6º do CPC fica vedado o exercício da faculdade prevista no artigo 340 do CPC.

Havendo contestação, com alegação de novas preliminares ou juntada de

documentos, dê-se vista ao(à) demandante pelo prazo de 15 (quinze) dias (art. 351, CPC).

Intime-se.

Olímpia, 25 de agosto de 2016.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

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