INCIDÊNCIA DE MÍLDIO-DO-PEPINO E SUA REGULAÇÃO POR DOSAGENS DE SILÍCIO E LÂMINAS D’ÁGUA

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O pepino (Cucumis sativus - Cucurbitaceae) tem grande importância

econômica e social dentro do agronegócio de hortaliças no Brasil. A produção

anual brasileira de pepino ultrapassa 200.000 ton (CARVALHO et al., 2013).

E nas épocas úmidas e de temperaturas amenas, quando poderá causar

severas perdas, se não controlada adequadamente. É um problema mais sério

nas regiões Míldio das Cucurbitáceas temperadas e subtropicais do globo, mas

pode ocorrer também em regiões tropicais em todas as regiões do Brasil onde

se cultivam abóboras, morangas, melão, melancia e pepino; seja a campo ou

em estufas; mas é mais importante nas regiões Sul e Sudeste; onde as

condições ambientais são mais favoráveis (REIS, 2007).

A incidência do míldio-do-pepino (Pseudoperonospora cubensis (Berk. &

M.A. Curtis) Rostovzev,1903) tem sido observada em praticamente todas as

regiões onde pratica a agricultura , sendo mais frequente em regiões de altas

umidade e de temperatura amena. Esta distribuição generalizada da doença

deve se, em parte, ao grande numero de espécies vegetais que atuam como

hospedeiro. De comum ocorrência em plantas oleícolas, frutíferas, ornamentais

e, em diferentes cereais (BEDENDO, 2011).

O objetivo deste trabalho foi estudar o efeito de dosagens de silício e

lâminas d’água na incidência de míldio-do-pepino (P. cubensis).

Paula Neves Rodrigues1; Natanael M. Lemes1; João J. Guimarães1, Alexandre I.A. Azevedo1; Rodolfo D. Martins1,

Milton L. Paz Lima1IFGoiano câmpus Urutaí, Lab. de Fitopatologia, CEP 75790-000, Urutaí, GO.

INTRODUÇÃO

MATERIAL E MÉTODOS

RESULTADOS E DISCUSSÃO

CONCLUSÕES

LITERATURA CITADA

Em todos os tratamentos foi observado sintomas de míldio, não

havendo reações de virulência de Pseudoperonospora cubensis nas parcelas

tratadas.

Não houve influencia na severidade do míldio das dosagens de silício

nos diferentes dias avaliados, na AACPD e na taxa de crescimento do míldio.

A maior quantidade de lâmina dágua aplicada via gotejamento

desencadeou maior severidade da doença.

Não houve interação das lâminas d’água com as dosagens de silício.

BEDENDO, I. P. Manual de fitopatologia: princípios e conceitos, Míldios.

4. Ed. Agronômica Ceres São Paulo –SP: 2011, v.1, p704.

REIS, A. Míldio das cucurbitáceas, Comunicado técnico, 44 1.ed. Brasília-

DF: 2007, p04 .

CARVALHO, A. D. F.; AMARO, G. B.; LOPES, J. F.; VILELA, N. J.; FILHO, M.

M.; ANDRADE, R. A cultura do pepino, Circular técnica 113. 1. ed. Brasília-

DF: 2013, p18.

Tabela 1. Médias da severidade em diferentes dias após o plantio, área abaixo

da curva de progresso da doença (AACPD) e taxa de crescimento (TX) do míldio

e folhas de pepino conserva pulverizadas com diferentes concentrações de

silício*.

Tabela 2. Médias da severidade em diferentes dias após o plantio, área abaixo

da curva de progresso da doença (AACPD) e taxa de crescimento (TX) do

míldio e folhas de pepino conserva pulverizadas com diferentes lâminas

d’água*.

Tabela 3. Médias da severidade na interação de diferentes dosagens de

silício com diferentes lâminas d’água*.

Figura 1. Sintomas e sinais do míldio (Pseudoperonospora cubensis) do pepino

conserva (Cucumis sativus) no experimento. A. sintoma de míldio em plantas de

pepino, B. esterigmas afiladas e dicotomicamente ramificadas, C. esporângio

escuro e subacutato, D. sintoma de macnhas necróticas e cloróticas na face

adaxial, E.ramificação do esporangióforos, F. esporângios escuros, ovóides à

subacutado.

A B C

DE F

INCIDÊNCIA DE MÍLDIO-DO-PEPINO E SUA REGULAÇÃO POR

DOSAGENS DE SILÍCIO E LÂMINAS D’ÁGUA

Dosagens de silício

Dias após o plantio

48 55 62 69 AACPD TX

(%/dia)

0,00 L.ha-1 3,9 a 1,4 a 8,5 a 9,0 a 928,5 a 0,7 a

1,06 L.ha-1 4,0 b 1,4 a 8,7 a 9,3 a 983,4 a 0,8 a

2,12 L.ha-1 4,2 a 1,5 a 8,1 a 9,1 a 942,2 a 0,7 a

3,20 L.ha-1 4,2 a 1,4 a 8,4 a 9,1 a 942,6 a 0,7 a

valor F3,624 3,1* 2,1ns 2,3ns 0,8ns 0,8ns 0,8ns

CV (%) 20,4 19,6 27,4 24,6 36,0 55,3

Pepino conserva cv.

Híbrido kyries F1

Avaliação: Severidade

(porcentagem de área de tecido

lesionado) aos 48, 55, 62 e 69 dias

após o plantio (DAP)

Parâmetros calculados:

Área abaixo da curva de

progresso da doença

(AACPD) e taxa de

crescimento do míldio (TC).

Cultivo sistema de

telado protegido

Delineamento em

Blocos casualizados

(DBC) em regime

fatorial

Fator 1 – lâminas

d'água

1) – 15 kPa

2) – 30 kPa

3) – 45 kPa

4) – 60 kPa

Fator 2 – dosagens de

silício

1) 0 L/ha

2) 1,06 L/ha

3) 2,12 L/ha

4) 3,2 L/ha

Interação Fator 1 e

Fator 2

Lâminas d'água Dias após o plantio AACPD

TX (%/dia)

48 55 62 69

0,00 L.ha-1 4,0 b 1,5 a 7,8 c 8,3 c 881,0 b 1,4 a

1,06 L.ha-1 4,8 a 1,4 b 8,2 c 8,9 b 923,9 b 0,5 b

2,12 L.ha-1 3,7 c 1,3 c 8,5 b 9,5 a 893,4 b 0,5 b

3,20 L.ha-1 3,8 c 1,5 b 9,1 a 9,8 a 1098,4 a 0,5 b

valor F3,624 56,5** 13,9** 8,8** 14,1** 13,9** 188,6**

CV (%) 20,4 19,6 27,4 24,6 36,0 55,3

Dosagens de silício

Lâmina d'água

-15 kPa -30 kPa -45 kPa -60 kPa

0,00 L.ha-1 861,5 aA 839,7 aA 928,3 aA 1084,6 aA

1,06 L.ha-1 937,4 aA 984,9 aA 925,3 aA 1086,2 aA

2,12 L.ha-1 820,6 aA 938,1 aA 886,6 aA 1123,4 aA

3,20 L.ha-1 904,4 aA 933,1 aA 833,4 aA 1099,5 aA

valor F3,624= 0,7ns 0,7ns 0,7ns 0,7ns

CV (%) 36,0 36,0 36,0 36,0

*Médias seguidas de mesma letra na vertical não diferem entre si ao teste Tukey a P~0,05

*Médias seguidas de mesma letra na vertical não diferem entre si ao teste Tukey a P~0,05

*Médias seguidas de mesma letra em minúsculo na vertica e maiúscula na horizontal não diferem

entre si ao teste Tukey a P~0,05

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