Míldio da videira (Plasmopara viticola)

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Tales Gonçalves Rodrigues

UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO

COLEGIADO DE ENGENHARIA AGRONÔMICA

University of Maine

Histórico 1870 aparecimento de Plasmopara viticola na Europa por

meio de mudas das Américas => colapso progressivo da produção devido ao míldio;

Millardet constatou lavouras pulverizadas com cal e enxofre => evitar furtos de cachos – visual e gosto ruim;

Estudou a mistura => Calda Bordalesa, 1885 nasce o primeiro fungicida para o controle de doenças.

Sintomas O patógeno infecta todas as partes verdes da planta, em

todos os seus estádios de desenvolvimento. principalmentea fase inicial de crescimento vegetativo e o início da fasereprodutiva, que vai de 1 a 25 na escala de 47 estádiosfenológicos da videira (EICHHRORN; LORENZ, 1984,citados por PRATT, 1994). Duranteestas fases, os tecidossão mais tenros, o que facilita, sobremaneira, a penetraçãodo patógeno e a sua colonização;

Sintomas Inicialmente, aparecem nas folhas pequenas manchas

arredondadas, com bordos indefinidos e de aspectoencharcado (“mancha óleo”), que podem ser observadas naface dorsal da folha, enquanto que na face ventral, asmanchas são de coloração esbranquiçada, quecorrespondem ao crescimento do patógeno com abundanteformação de esporângios;

Sintomas

Fotos: Tales Gonçalves Rodrigues

Sintomas

Fotos: Tales Gonçalves Rodrigues

Sintomas Nos cachos observa-se, ainda, seca e queda de flores e

podridão de coloração, variando de cinza a azulada embagas ainda imaturas, que se tornam cobertas com aesporulação do patógeno.

Sintomas

Fotos: Tales Gonçalves Rodrigues

Sintomas

Fotos: Tales Gonçalves Rodrigues

Etiologia

Plasmopara viticola é um parasita obrigatório, ReinoStramenopila, Filo Oomycota, Ordem Peronosporales;

Disseminado por vento e respingos de chuva

Nos tecidos do hospedeiro, o fungo cresceintercelularmente nos estômatos e em frutos jovens, osesporangióforos emergem pela lenticelas.

A formação destas estruturas requer 95-100% de umidaderelativa, pelo menos 4 horas de escuro e ocorrepreferencialmente no intervalo de temperatura de 18-22°C;

Sob condições favoráveis de ambiente, o fungo podecompletar seu ciclo em apenas 4 dias.

Controle Os seguinte produtos encontram-se registrados para o

controle da doença: Protetores – Calda bordalesa,hidróxido de cobre, oxicloreto de cobre + mancozeb,chlorothlonil, captan, dithianon, mancozeb e falpet;Sistemicos – trifonato metilico e metalaxyl;Penetrantes – cymoxanil.

Programa de controle da antracnose é também eficiente para o míldio

Controle Dentre os fungicidas protetores a calda bordalesa é um

dos mais antigos, porém eficientes, fungicidas contra omíldio , tem o inconveniente de poder causar fitotoxideznas partes novas da planta, assim como todos os cúpricos,por esse motivo recomenda-se o uso apenas após afrutificação.

Outros fungicidas protetores, como o mancozeb, porexemplo, devem ser utilizados nos estádios iniciais dedesenvolvimento da cultura

Qualquer programa de controle deve se iniciar no estádiofonológico 9. O período mais critico ocorre entre osestádios 17 e 30

Controle

Metalaxyl, por sua atividade sistemica, apresenta comovantagens ser pouco sujeito à lavagem pela chuva,proteger partes da planta em crescimento, nãoatingidas durante a aplicação do produto, permite umlargo intervalo de aplicações (14dias), ser aplicada emdosagens baixas e ter atividade curativa;

Sua principal desvantagem é a seleção de isoladosresistentes, reduzindo-lhe a eficiência. Atualmente, ometalazyl é formulado em mistura com fungicidasprotetores, com objetivo de retardar o risco decrescimento da população resistente.

Controle

Cymoxanil é um produto não sistêmico, porém com poder de penetração na planta, especifico para o míldio. Ele penetra nos órgãos tratados e aumenta a eficiência dos fungicidas protetores quando aplicados conjuntamente. A principal vantagem do Cymozanil é seu poder curativo, que consegue frear uma infecção mesmo 2 ou 3 dias após a penetração do fungo

Controle

Com relação à resitencia geneticam cultivares de Vitisvinifera são altamente suscetíveis ai míldio. Entretanto cuktivares de V. aestivales e de V. labrusca são menos suscetíveis à doença, enquanto Cultivares das espécies V. cordifolia, V. rupestris e V. rotundifolia são relativamente resistentes ao míldio (LAFON; CLERJEAU, 1998)

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